sexta-feira, 31 de maio de 2013

Frase do dia

"Quem quiser o fruto tem que ir à arvore: quem quiser chegar a Jesus tem que procurar Maria, encontrar um é encontrar o outro." 

Santo Afonso Maria de Ligório


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Na Festa da Visitação de Maria recordamos o genocídio do aborto




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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Jesus caminhou sobre as águas...

...o Papa Francisco caminhou sobre os guarda-chuvas.



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Não desprezes o pecador - Santo Isaac, o Sírio

Não desprezes o pecador, porque todos nós somos culpados. Se por amor a Deus te insurges com ele, em vez disso chora por ele. Por que o desprezas? Despreza os seus pecados, e reza por ele, para fazeres como Cristo, que não Se irritou contra os pecadores, mas rezou por eles (cf. Lc 23,34). Não viste como Ele chorou sobre Jerusalém? Porque também nós, mais do que uma vez, fomos joguetes do demónio. 

Por quê desprezar alguém que foi, como nós, joguete do diabo que troça de todos nós? Porque desprezas o pecador, tu, que não passas de um homem? Será porque ele não é justo como tu? Mas onde está a tua justiça, uma vez que não tens amor? Por que não choraste por ele? Em vez disso, persegue-lo. É por ignorância que alguns se irritam contra os outros, eles que acreditam ter o discernimento das obras dos pecadores. 

in Discurso ascético, 1 ª Série, n º 60


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Frase do dia

"Na vida em família, tenha firmes convicções, sorria nas contrariedades e seja forte nas dificuldades." 

S.Pio de Pietrelcina


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terça-feira, 28 de maio de 2013

Após anos de declínio os fiéis voltam à confissão - Paolo Rodari

Homens, mulheres, sobretudo de 40 e 50 anos, voltam a ajoelhar-se diante de um sacerdote que, como escreveu no séc. XIII o clérigo inglês Tomás de Chobham, "se senta no confessionário como Deus e não como homem".

"Voltam a pedir perdão porque – explica o jesuíta Francesco Occhetta – veem neste sacramento, simplesmente, a ajuda para romper com o passado, para recomeçar tudo, para fazer nova a própria existência".

Não se trata, pois, da mera expiação das culpas. Também, mas não só. Nem apenas de encontrar "uma nova ética" dentro do viver quotidiano. Trata-se, acima de tudo, "de mudar de rumo uma vez por todas". Muitas vezes, diz Occhetta, "os pecados são dores que magoam num nível profundo. Abortos nunca confessados, por exemplo. O sacramento permite recomeçar, ainda que a dor subsista. Mas os pecados são variados. E hoje, como há séculos, trata-se sempre da rejeição do decálogo."

Mons. Gianfranco Girotti, durante anos o número dois da Penitenciaria Apostólica, afirma: "Para além das culpas graves do passado – entre elas as traições, as mentiras que prejudicam outros, os males intencionais com a intenção de ferir e magoar – os fiéis caem principalmente em sete vícios capitais. Desde sempre foi assim: a soberba, a avareza, a luxúria (entra aqui o desejo ou deleite desregrado do prazer e do sexo), a inveja, a gula, a ira e a acédia (que aqui não é a depressão, mas o deixar-se tomar pelo torpor de ânimo ao ponto de sentir fastio pelas coisas espirituais) marcam presença na maioria das confissões de hoje".

Ainda antes da eleição de Jorge Mário Bergoglio para a sede de Pedro, as igrejas italianas registavam um aumento de pessoas a pedir confissão, em cerca de vinte por cento. Números exactos não há, porque as dioceses não têm esse dado.

No passado mês de Fevereiro, a revista Civiltà Cattolica - a histórica revista italiana dos jesuítas – fechava uma das suas edições com um artigo intitulado "O regresso da confissão". O ponto era o aumento dos penitentes nas principais basílicas romanas e também nos santuários italianos. Um aumento vinculado ao último ano, verificável a olho nu pela simples contagem do número de horas que os confessores tiveram de ficar dentro dos confessionários.

"A crise económica é antes de mais crise de valores", explicam os jesuítas da Igreja del Gesù, no centro de Roma. "Vivemos numa sociedade em que falta a figura do pai. Nos últimos meses o sofrimento causado por este vazio agravou-se inexoravelmente. E os nossos confessionários voltaram a encher-se. Detrás deste fenómeno está uma nova procura de espiritualidade. A procura adensa-se até vencer as resistências e tornar-se um pedido de resposta". "Point break" diriam os surfistas. "O ponto de rotura de uma alma que procura Deus", define o padre Occhetta.

Diz S. Gregorio de Narek, poeta, monge, teólogo e filósofo místico armeno que "mesmo na mais escura cisterna, brilha uma pequena chama. Querida por Deus". É esta chama que empurra a sair de casa e entrar num confessionário. Mas para dizer o quê? Quais os pecados recorrentes? A resposta não é simples. Há dias o Papa Francisco lembrou que o confessionário "não é uma lavandaria". Muitos, evidentemente, usam-na assim. Um lugar para lavar as culpas pessoais, indicando um após outro quais dos dez mandamentos foram desrespeitados. "Muitas vezes – diz Bergoglio – pensamos que ir confessar-se é como ir à lavandaria para limpar a sujidade da nossa roupa. Mas Jesus no confessionário não é uma lavandaria. Confessar-se é um encontro com Jesus, mas este Jesus que nos espera, mas nos espera tal como somos".

Nem todos pensam que confessar-se é como lavar a roupa numa máquina de lavar que funciona a moedas. Existe, com efeito, uma tendência oposta: a confissão como se fosse uma marquesa de psicanálise. Escreveu muito sobre isso, há uns anos, o monsenhor Mario Canciani, ao tempo confessor de Giulio Andreotti, explicando que os penitentes falam sobretudo de "stress, impaciência e depressão". Diz: "quase que tenho de lhes pedir desculpa. Não se dão conta que essas coisas não são pecados".

Ainda é Girotti que explica que "cada vez mais o confessionário é usado como lugar para falar de si mesmo, dos problemas pessoais, um pouco como se fosse uma sessão de psicanálise. Mas fora estes casos, e fora dos casos daqueles que confessam os pecados que poderíamos chamar impropriamente "clássicos", noto que se ofende Deus também por outras vias, por exemplo, com acções de poluição social, destruindo o meio ambiente, realizando experiências científicas moralmente discutíveis. Já para não falar da esfera da ética pública, onde também entram em jogo onde novos pecados como a fraude fiscal, a evasão fiscal, a corrupção".

Mas qual é o pecado mais confessado? Girotti não tem dúvidas: "sempre ele, o pecado contra o sexto mandamento: não cometer actos impuros. A esfera sexual parecer ser a mais difícil de domar, ou talvez fira a consciência mais do que as outras ofensas". Acrescenta ainda Canciani: "em todo o caso, o pecado mais desvalorizado é o relativo ao sexto mandamento. É um pecado que se refere à vida privada das pessoas. Neste campo, infelizmente, nota-se um desfasamento entre aquilo que a Igreja ensina e a desordem em que vivem muitas pessoas. Refiro-me não só à esfera sexual, mas também aos divorciados ou a situações familiares complexas. A Igreja deve, porém, acolher todos com amor".

Recentemente o Centro de Estudos sobre as Novas Religiões (CESNUR) publicou uma investigação sobre o sacramento da penitência no seguimento da eleição do Papa Francisco. A insistência do Papa sobre a palavra "misericórdia" empurrou muitos a voltar a confessar-se, na linha da tendência prévia ao conclave. Entre estes, diz a investigação, muitos casais, "irregulares" para a Igreja, que alentados pelo "fogo" de Bergoglio se decidiram por um novo caminho.

Aumentam os penitentes, mas diminuem os confessores. A crise de vocações sacerdotais ameaça fazer com que Igreja não saiba responder à procura.

Assim, nalgumas dioceses, há quem esboce novas soluções. Uma delas, muito discutida mas prevista no cânone 961 do código de direito canónico, é a absolvição a vários penitentes ao mesmo tempo sem a prévia confissão individual. O código diz que é uma absolvição que não pode ser dada se não houver um iminente perigo de morte e se o sacerdote ou os sacerdotes ainda tiverem tempo para ouvir as confissões dos penitentes individualmente.

Em suma, só pode ser dada quando "haja necessidade grave, isto é, quando, dado o número de penitentes, não houver sacerdotes suficientes para, dentro de tempo razoável, ouvirem devidamente as confissões de cada um". A prática comunitária nasce na Bélgica, em 1947-48, numa comunidade paroquial operária. Durante a missa os fiéis, a convite do sacerdote, recordavam os seus pecados, arrependiam-se e eram absolvidos colectivamente. Depois o Concílio Vaticano II reequilibrou a tendência, insistindo que a confissão auricular permanece o único caminho para a remissão dos pecados graves. Mas entretanto o regresso à confissão individual por parte de muitos fiéis deixa em segundo planos essas outras quesílias. 

Também porque, como escreve Civiltà Cattolica, aqueles que voltam a confessar-se fazem-no depois de ter dialogado "com a própria consciência". Diz a revista: "assiste-se a um regresso silencioso mas significativo à confissão por parte da geração dos 40 e 50 anos, que voltam a dar valor ao sacramento, às vezes após muitos anos de afastamento. Aqueles que voltam a confessar-se dizem fazê-lo depois de ter relido o Evangelho, dialogado com a voz da própria consciência, encontrado testemunhas crentes e credíveis".


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Frase do dia

“Enquanto os sacerdotes pagãos ignoram os pobres, os odiosos galileus [i.e., cristãos] dedicam-se a obras de caridade e, ao exibir esta falsa compaixão estabeleceram e efectivaram os seus erros perigosos. Esta prática é comum entre eles e conduz ao desprezo pelos nossos deuses." 

Juliano, o Apóstata (Epístola aos sumos sacerdotes pagãos)


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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Por favor não me adoptem!

O projecto-lei apresentado pelo Partido Socialista que visava a possibilidade de Co-adopção de crianças por parte de um dos membros do par homossexual (“casais do mesmo sexo” – não lhe chamarei casal porque esse termo só o considero para a vinculação homem com mulher) foi aprovado no passado dia 17 de Maio, passando a ser um dia negro para Portugal, dado que a seguir a esta lei surgirão outras mais graves que, por algum tempo, ficarão na prateleira enquanto a sociedade vai ruminando as novidades até se tornarem aceitáveis ao comum mortal. A formatação das consciências é a principal arma dos políticos de todos os quadrantes, procurando tornar aceitáveis e dignas de crédito todas as medidas, leis e critérios que desejam instituir nas sociedades, à luz de um projecto e de uma nova ordem maquiavélica de supra-estruturas que transcendem a territorialidade nacional.

Segundo as palavras do Papa João Paulo II, na sua Encíclica Centesimus Annus (n.º46), «A Igreja encara com simpatia o sistema da democracia, enquanto assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos governados a possibilidade quer de escolher e controlar os próprios governantes, quer de os substituir pacificamente, quando tal se torne oportuno». Mas também acrescenta o Papa que «uma autêntica democracia só é possível num Estado de direito e sobre a base de uma recta concepção da pessoa humana». Assim sendo, qual poderá ser a legitimidade da democracia portuguesa onde os direitos inalienáveis do homem são postos em causa e onde a concepção de pessoa está à mercê de conceitos deformados sobre a pessoa humana, onde o critério é o egoísmo, o prazer e o sentimentalismo desregrado? 

Na verdade, como diz o grande pensador Goethe «onde me devo abster da moral, deixo de ter poder». Neste sentido, o Parlamento Português deixou de ter jurisdição sobre o seu país desde que pôs em causa toda a moral, tentando-a substituir por uma pseudo-ética resultante dos caprichos e das vontades intestinais de políticos subordinados aos lobbies da minoria. Deste modo, temo que o ideal de democracia esteja ameaçado pelos próprios partidos que a sugam, dando razão ao polémico Vassili Rozanov, o qual afirma que «a democracia é um instrumento com o qual uma minoria bem organizada governa uma maioria desorganizada».

Também tenho noção de que a culpa não pode ser apenas imputada aos deputados, na medida em que cada um deles é resultado da vontade do povo. Muito se poderia divagar sobre esta questão da representação popular em democracia, mas pensemos no essencial: o que leva a maioria do Parlamento Português a votar favoravelmente ou a abster-se face a um projecto-lei sodomista? Será esta a vontade dos portugueses? Perguntem aos portugueses ou façam um referendo e verão como seria arrasadora a resposta de um país que não se revê em políticas que atentam contra o conceito de família, a qual progressivamente é mais mal compreendida e alvo dos maiores ataques por parte de quem deveria alicerçar o Estado naquilo que é a célula base da sociedade: a família (pai [homem], mãe [mulher] e filhos).

Parece que, na perspectiva dos partidos que têm acento na bancada parlamentar, o verdadeiro interesse nacional não está conforme com o interesse nacional dos cidadãos: os portugueses querem condições para criar os filhos e vê-los prosperar, imploram trabalho, desejam solidariedade, ambicionam justiça nas instâncias sociais e políticas, preferem uma economia que busque os interesses humanos e um progresso que respeite os valores inalienáveis da pessoa humana. Contudo, a meu ver, quase num tom provocador e irresponsável, os nossos políticos entretêm-se no Parlamento a resolver questões de lana caprina. Parece-me que o conceito de partidos de direita e esquerda desapareceu, porque os ideais com que foram fundados desapareceram…da esquerda (trotskista, marxista-leninista ou socialista) parece apenas continuar a sua política de aproveitamento da vulnerabilidade das desgraças humanas, económicas e sociais das pessoas; e da direita (neo-liberal e social-democrata) parece haver uma confusão entre os interesses soberanos da pessoa humana e os interesses de alguns grupos de pressão.

A questão que se coloca já não é apenas a dos pobres, mas sobretudo a dos inocentes. Sob a terminologia de “inocentes” podemos pensar em todos aqueles que são vítimas de anos de mentira, roubo e usurpação de poderes. Entre os inocentes estão, obviamente, as crianças: não só as que tentam sobreviver nos ventres das mães, bem como aquelas que são vítimas de um Estado que, não resolvendo os problemas das famílias, quer usurpar o papel desta instituição natural (a família) promovendo novas formas de um hipotético acolhimento. Será que o Estado tem o direito de ingerência na família? Que poder tem o Estado para legitimar aquilo que antropologicamente não está correcto? Nunca um Parlamento ou o próprio Estado poderá ser defensor e legislador da Verdade e do Justo, pois o que mais existe na história são casos de injustiça, de mentira e de morte por conta daquilo que o Estado impingiu aos seus cidadãos.

A complexidade antropológica, psicológica, física e genital do ser humano revela, sob todos os aspectos, o que é uma família, o que é um casal e quem pode ter filhos! Só um homem e uma mulher, unidos pelo amor, poderão ser e ter a responsabilidade da paternidade e da maternidade sob as crianças. É óbvio que, à luz da palavra “amor”, muitos fundamentam esta fraudulenta lei que foi votada. Todavia, quando se quer um filho a todo o custo e por capricho, desmorona-se toda a possibilidade de amor, pois o amor rivaliza com o egoísmo! Para além disto, sabemos a inconstância da maior parte das relações de pares homossexuais, o que poderá imputar às crianças a vivência de verdadeiros dramas afectivos. 

A criança precisa de encontrar, nos vários estádios de crescimento, a masculinidade e a feminilidade que completam e complementam em toda a plenitude todo o seu ser, algo impossível quando as suas referências passam a ser demasiadamente contingentes face ao que o pai e a mãe podem assegurar. Por fim, resta-me lembrar que a adopção não é um direito dos pais nem um dever do Estado. A adopção é a possibilidade de encontrar para a criança uma resposta que a ajude a crescer plenamente. Um par homossexual que, à força, quer ter filhos sob a mesma jurisdição não é digno de crédito e de legitimidade para educar e criar uma criança, pois não tem em consideração o bem da criança, mas a busca de satisfações sentimentais e hedonistas. 

As forças e os partidos “democráticos” das últimas décadas, em jeito irónico e crítico, acusam a ditadura salazarista de ter feito de Portugal o país dos três “F” (Fátima, Futebol e Fado). Todavia, a letra “F” deu lugar a outra letra, a letra “H”, imperando já em Portugal a nova ditadura do Homicídio (no aborto), da Homossexualidade e do Hedonismo. Lamento que a letra tenha mudado, não por convicções políticas, mas porque, ao contrário da letra “F” que unia minimamente o país, a letra “H” está a criar rupturas e chagas que minam o tecido familiar, social e cultural. 

Sabemos que temos uma das mais baixas taxas de natalidade do mundo, que a política não está interessada em atribuir incentivos económicos e sociais às famílias para poderem ter mais filhos, que o aborto passou a ser normal e usado na maior parte das vezes como meio contraceptivo diante da irresponsabilidade dos casais…. Para além de tudo isto, resta saber que lugar tem a criança na nossa sociedade portuguesa? Se continuamos assim, do coração dos que são inocentes de toda esta fantochada já brota o grito de desespero: Por favor…não me adoptem!

Pe. Ricardo Cardoso


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Comunidade do Cordeiro

Chegam hoje a Portugal 5 Irmãs da Comunidade do Cordeiro. Uma das 5 cinco irmãs é portuguesa, a Irmã Margarida da Cunha, a primeira irmã portuguesa nesta Comunidade. Vêm para uma semana de missão na Paróquia do Montijo. 


Antes de irem para o Montijo, passam em Lisboa.
Amanhã, dia 28 de Maio vai haver um encontro, em S. Nicolau, com as Irmãs do Cordeiro com o seguinte programa:

    Missa: 19h15 ( As irmãs vão cantar na Missa );
    Jantar e Testemunho: 20h (inscrições: secretaria@paroquiasaonicolau.pt até às 15h00 de amanhã.);
    Completas: 22h15;

No Montijo:

    4ª feira - Missa às 19h00 - Paróquia do Espírito Santo;
    6ª feira - Missa às 19h00 - Paróquia do Espírito Santo;
            - Vigília às 21h30 no SEIXAL;
    Sábado - Vigília da Solenidade do Corpo de Deus às 21h30 - Paróquia do Espírito Santo.

Para uma informação mais detalhada deixo-vos o telefone da Paróquia do Montijo: 212310101.



Sobre a Comunidade do Cordeiro:


"Um novo ramo, nascido do tronco da Ordem dos Pregadores │Fundada em França a 6 de Fevereiro de 1983 por Monseigneur Jean Chabbert, Arcebispo Bispo de Perpignan, a Comunidade do Cordeiro é “um novo ramo nascido do tronco da Ordem dos Pregadores”. A 16 de Julho de 1983 foi reconhecida como “pertencente à família de São Domingos” pelo Padre Vincent de Couesnongle, então Mestre da Ordem dos Pregadores.

Actualmente a Comunidade reúne mais de cento e trinta irmãzinhas e cerca de trinta irmãozinhos, vindos de vários países. Os irmãozinhos e as irmãzinhas têm um objectivo de vida comum e podem reunir-se para a oração litúrgica. No entanto, fazem vida doméstica separada.

Desde 1996 o Cardeal Christoph Schönborn,o.p., Arcebispo de Viena (Austria) é o Bispo responsável pela Comunidade." (do site)



Aproveitem para conhecer esta nova Comunidade! 


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Mais uma manifestação contra o "casamento gay", em Paris




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domingo, 26 de maio de 2013

Solenidade da Santíssima Trindade

“Eu declaro que todo o homem que professa Cristo e nega Deus, que Cristo de nada lhe servirá. E a quem invoca Deus, mas nega o Filho, que a sua fé é vã. E a quem rejeita o Espírito, que a sua fé no Pai e no Filho cairá no vazio, pois não a poderá ter, visto que lhe falta o Espírito.” S.Gregório de Nazianzo


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Hoje em dia toda a gente se salva?

Uma vez fui a uma conferência com um senhor chamado Ralph Martin, que foi um dos peritos no Sínodo dos bispos, em Outubro de 2012, e escreveu há pouco tempo um livro sobre os 50 anos do Concílio Vaticano II.

Ele contou que a seguir ao Vaticano II as missões católicas praticamente deixaram de existir, porque o “espírito” da época era que afinal todos se salvam, por isso as missões foram abandonadas. Algumas que subsistiram, ficaram confusas em relação à sua identidade, então dedicaram-se ao que parecia necessário: justiça social, ecologia e emancipação das mulheres. Já ninguém achava necessário apregoar Cristo como o Salvador.

Ele falou num exemplo dado por um bispo indiano, que está no Sínodo. Este senhor bispo tinha um motorista, que não era cristão. Acho que em certas partes da Índia não é de bom tom andar a “converter” gente. Seja como for o bispo nunca falou sobre esses assuntos com o motorista. Passado um tempo, o motorista foi-se embora e arranjou outro emprego. Depois foi ter com o bispo e perguntou: “Porque é que nunca me falou de Jesus? Os evangélicos falaram-me de Jesus, e agora sou cristão, mas “você” nunca me falou d’Ele.”

E disse também que hoje em dia achamos que as portas do Céu são largas, e as do inferno estreitas. E perguntou o que é que está errado nesta visão? (resposta: é o contrário do evangelho).

Falou do ponto 16 da Lumen Gentium, que fala da possibilidade da salvação para alguém que (sem culpa, tentando procurar Deus, e vivendo rectamente) nunca ouviu falar do evangelho. Esta é a primeira parte desse ponto, que toda a gente invoca para dizer que todos se salvam, por isso não é preciso evangelizar. Mas disse que as pessoas se esquecem do resto desse ponto, que diz que quando se vive sem Cristo não se vive num ambiente neutro, é-se muito mais frágil e sujeito a cair sob o domínio do Maligno, a pôr a esperança toda numa pessoa e não em Deus, etc...

Por isso ele diz que é urgente evangelizar, é urgente dizer às pessoas que se continuarem naquele caminho podem não se salvar, o que pode ser muito desagradável. Daí a urgência da evangelização, por parte de todos os católicos.

Nas perguntas ao orador, um seminarista inglês disse que uma vez ia num taxi (em Londres), e perguntou ao taxista se era católico, e este respondeu que sim, e depois perguntou se ia à Missa, e ele disse que não. E o seminas perguntou: então está a preparar-se para ir para o inferno. O taxista perguntou: “O quê?? Claro que não”. O seminarista disse: “Então, recebeu todos os ensinamentos, a revelação, e por vontade própria nega o mais precioso que Deus tem para si, por isso só pode ir para o inferno, é melhor preparar-se.” E o taxista: “Já levei muitos padres e religiosos no meu taxi, nunca nenhum me perguntou se ia à Missa.”


João Silveira


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sábado, 25 de maio de 2013

Provavelmente o melhor discurso do Papa Francisco (até agora)

Vésperas de Pentecostes com os movimentos, as comunidades, as associações e as agregações laicas. Praça de S.Pedro, 18 de Maio de 2013 


1ª Questão colocada ao Santo Padre

 “A verdade cristã é atraente e persuasiva porque responde à necessidade profunda da existência humana, anunciando de forma consistente que Cristo é o único Salvador de cada homem e de todos os homens”. Santo Padre, estas Vossas palavras calaram fundo em nós, exprimindo de modo direto e radical a experiência que cada um de nós deseja viver sobretudo no Ano da Fé e nesta peregrinação que esta noite nos trouxe aqui. Estamos diante de Vós para renovar a nossa fé, para a confirmar e reforçar. Sabemos que a fé não pode ser de uma vez por todas. Como dizia Bento XVI na Porta Fidei: “A fé não é um pressuposto óbvio”. Esta afirmação não se prende apenas com o mundo, com os outros, com a tradição de que provimos: esta afirmação prende-se antes de mais com cada um de nós. Damo-nos muitas vezes conta de como a fé é um rebento de novidade, um início de mudança, mas que depois tem dificuldade em abarcar a totalidade da vida e não se torna a origem de todo o nosso conhecer e agir.

Santidade, como conseguiu alcançar na vida a certeza da fé?

E que caminho nos indicais para que cada um de nós possa vencer a fragilidade da fé?



Questão colocada ao Santo Padre

Santo Padre, a minha experiência é uma experiência de vida quotidiana como tantas outras. Procuro viver a fé no meio de trabalho em contacto com os outros como testemunho sincero de ser bem recebido no encontro com o Senhor. Eu sou, nós somos “pensamentos de Deus” investidos de um Amor misterioso que nos deu a vida. Eu dou aulas numa escola e esta consciência dá-me um motivo para me apaixonar pelos meus rapazes e também pelos seus colegas. Verifico muitas vezes que muitos buscam a felicidade em inúmeros itinerários individuais onde a vida e as suas grandes questões se reduzem muitas vezes ao materialismo de quem tudo quer e continua permanentemente insatisfeito ou ao niilismo para o qual nada tem sentido. Pergunto a mim mesmo como a proposta da fé, que consiste num encontro pessoal, de uma comunidade, de um povo, pode alcançar o coração do homem e da mulher do nosso tempo. Fomos feitos para o infinito – “jogai a vida para as grandes coisas!”, dissestes recentemente -, e no entanto tudo à nossa volta e dos nossos jovens parece dizer que devemos contentar-nos com respostas medíocres, imediatas e que o homem deve adaptar-se ao finito sem nada mais buscar. Estamos por vezes intimidados como os discípulos na véspera do Pentecostes.



A Igreja convida-nos à Nova Evangelização. Penso que todos nós aqui presentes sentimos fortemente este desafio que está no íntimo das nossas experiências. Queria, pois, pedir-Vos, Santo Padre, que me ajudásseis a mim e a todos nós a saber como viver este desafio do nosso tempo. Qual é para Vós a coisa mais importante na qual todos os nossos movimentos, associações e comunidades devemos ter os olhos postos para pôr em prática aquilo a que fomos chamados? Como podemos comunicar hoje eficazmente a fé?



Questão colocada ao Santo Padre

Santo Padre, ouvi como emoção as palavras da Vossa audiência aos jornalistas após a Vossa eleição. “Como eu quisera uma Igreja pobre e para os pobres.” Muitos de nós estão empenhados em obras de caridade e justiça: somos parte ativa na presença enraizada da Igreja onde o homem sofre. Sou uma empregada, tenho a minha família e empenho-me pessoalmente como posso junto dos vizinhos e na ajuda aos pobres. Mas nem por isso me sinto satisfeito. Queria dizer como Madre Teresa de Calcutá: tudo é por Cristo. O que muito me ajuda a viver esta experiência são os irmãos e as irmãs da minha comunidade que se empenham no mesmo fito. E neste empenhamento somos sustidos pela fé e a oração. A necessidade é grande. Vós o recordastes: “Quantos pobres há ainda no mundo e quanto sofrimento encontram estas pessoas”. E a crise agravou tudo. Penso na pobreza que aflige tantos países e que também no mundo do bem-estar se veio juntar à falta de trabalho, aos movimentos migratórios de massa, às novas escravidões, ao abandono e à solidão de tantas famílias, de tantos anciãos e de tantas pessoas sem casa ou sem trabalho.

Queria perguntar-Vos, Santo Padre: como podemos eu e nós viver uma Igreja pobre e para os pobres? De que modo o homem que sofre é uma questão para a nossa fé? Que contributo concreto e eficaz podemos nós, movimentos e associações laicas, fornecer à Igreja e à sociedade para enfrentar esta grave crise que atinge a ética pública, o modelo de desenvolvimento, a política, em suma, uma nova maneira de ser dos homens e das mulheres?



Questão colocada ao Santo Padre

Caminhar, construir, confessar. Este Vosso “programa” para uma Igreja-movimento, pelo menos tal como a entendi ao ouvir a Vossa homilia no início do Pontificado, confortou-nos e animou-nos. Confortou-nos porque nos encontrámos numa experiência profunda com os amigos da comunidade cristã e com toda a Igreja universal. Animou-nos porque de certa forma Vós obrigaste-nos a sacudir o pó do tempo e da superficialidade da nossa adesão a Cristo. Mas devo dizer que não consigo superar o sentimento de perturbação que uma destas palavras causa em mim: confessar. Confessar, ou seja, testemunhar a fé. Pensamos em tantos dos nossos irmãos que sofrem por causa dela como ainda há pouco ouvimos. Nos que ao domingo de manhã têm de decidir se vão à Missa porque sabem que indo à Missa põem a vida em risco. Nos que se sentem cercados e discriminados pela fé cristã em muitos, em demasiados cantos do nosso mundo.



Perante estas situações parece-nos que o meu confessar, o nosso testemunho é tímido e tem peias. Queríamos fazer outra coisa, mas o quê? E como ajudar estes nossos irmãos? Como aliviar os seus sofrimentos nada podendo fazer ou bem pouco para mudar o seu contexto político e social?


Respostas do Papa Francisco



Boa noite a todos!


Estou contente por encontrar-vos e pelo facto de que todos nós nos encontramos nesta praça para rezarmos, estarmos unidos e esperarmos o dom do Espírito. Eu conhecia as vossas questões e pensei nelas – isto não é, pois, insciente! A verdade em primeiro lugar! Tenho-as escritas aqui. A primeira – “como pudestes alcançar na vida a certeza da fé e que caminho indicais para que cada um de nós possa vencer a fragilidade da fé?” – é uma questão histórica porque se prende com a minha história, a história da minha vida!


Tive a graça de crescer no seio de uma família na qual a fé era ensinada de uma forma simples e concreta, mas foi sobretudo a minha avó, a mãe do meu pai, que marcou o meu caminho de fé. Era uma mulher que nos explicava, que nos falava de Jesus, que nos ensinava o catecismo. Lembro-me sempre de que na Sexta-Feira Santa nos levava à noite à procissão das velas, que no fim da procissão chegava o “Cristo jacente” e que a avó nos mandava, a nós crianças, ajoelhar e dizia: “Olhem, está morto, mas amanhã ressuscita”. Recebi o primeiro anúncio cristão justamente desta mulher, a minha avó! Isto é lindíssimo. O primeiro anúncio em casa, com a família! E isto leva-me a pensar no amor de tantas mães e de tantas avós na transmissão da fé. São elas que transmitem a fé. Isto acontecia também nos primeiros tempos, porque São Paulo dizia a Timóteo: “Eu recordo a fé da tua mãe e da tua avó” (cfr. 2Tm, 1,5). Pensai nisto todas as mães que estão aqui, todas as avós. Transmitir a fé. Porque Deus nos coloca junto das pessoas que auxiliam o nosso caminho de fé. Não encontramos a fé no abstrato, não! Há sempre alguma pessoa que prega, que nos diz quem é Jesus, que nos transmite a fé, que nos dá o primeiro anúncio. E foi esta a primeira experiência de fé que tive.



Mas há um dia muito importante para mim: 21 de Setembro de 53. Andava pelos 17 anos. Era o “Dia do Estudante”, para nós o primeiro dia da Primavera, para vós o do Outono. Antes de ir para a festa, passei pela minha paróquia, encontrei um padre que não conhecia e senti necessidade de me confessar. Foi para mim uma experiência de encontro: encontrei alguém que estava à minha espera. Mas não sei o que aconteceu, não me lembro, não sei bem porque estava ali aquele padre que eu não conhecia, não sei porque sentira aquela necessidade de me confessar, mas o certo é que alguém estava à minha espera. À minha espera há muito. Depois da confissão senti que algo mudara. Eu não era a mesma pessoa. Sentira justamente como que uma voz, um chamamento: estava convencido de que devia ser sacerdote. 

Esta experiência na fé é importante. Dizemos que devemos procurar a Deus, ir ao Seu encontro pedir perdão, mas, quando não vamos, Ele espera. Ele está primeiro! Nós temos uma palavra espanhola que explica bem tudo isto: “O Senhor sempre nos primerea”, está primeiro, está à nossa espera! Esta é de facto uma grade graça: encontrar alguém que está à nossa espera. Tu, pecador, vais, mas Ele está à tua espera para te perdoar. É esta a experiência que os profetas de Israel descreviam dizendo que o Senhor é como a flor da amendoeira, a primeira flor da Primavera (cfr. Ger, 1, 11-12). Antes que desabrochem as outras flores, ei-lo, ei-lo que nos espera. O Senhor espera-nos. E, quando o buscamos, deparamos com esta realidade: que é Ele quem nos espera para nos acolher, para nos dar o Seu amor. E isto causa em ti uma estupefação tal que não acreditas, e assim vai nascendo a fé! Com o encontro de uma pessoa, com o encontro com o Senhor. Alguém dirá: “Não, eu prefiro estudar a fé nos livros!” É importante estudá-la, mas olha que isso não chega! 

O que importa é o encontro com Jesus, o encontro com Ele, e isto dá-te a fé, porque é justamente Ele quem ta dá! Também faláveis da fragilidade da fé, no que fazer para a vencer. O maior inimigo que a fragilidade tem é – curioso, hã? – o medo. Mas não tenhais medo! Somos frágeis e sabemos disso. Mas Ele é mais forte! Se fores com Ele, não há problema! Uma criança é fragilíssima – muitas vi hoje - , mas estava com o pai e com a mãe, estava a salvo! Com o Senhor estamos a salvo. A fé cresce com o Senhor, precisamente da mão do Senhor e isto faz-nos crescer e torna-nos fortes. Mas, se pensarmos que nos podemos desenvencilhar sozinhos… pensemos no que aconteceu a Pedro: “Senhor, nunca te renegarei!” (cfr. Mt, 26, 33-35), e depois o galo cantou e renegara-o três vezes! (cfr. Vv. 69-75). Pensemos: quando temos demasiada confiança em nós próprios, somos mais frágeis, mais frágeis. Sempre com o Senhor! E dizer com o Senhor significa dizer com a Eucaristia, com a Bíblia, com a oração… Mas também em família, com a Mãe, também com Ela, porque é Ela que nos leva ao Senhor; é a Mãe, é Ela que tudo sabe. Portanto rezar a Nossa Senhora e pedir-lhe que, como Mãe, nos torne fortes. Eis o que penso sobre a fragilidade, é pelo menos esta a minha experiência. Uma coisa que todos os dias me fortalece é rezar o Rosário a Nossa Senhora. Sinto uma força tão grande porque vou ao Seu encontro e sinto-me forte.



Passemos à segunda questão.



A primeira: Jesus. O que é mais importante? Jesus. Se não avançarmos com a organização, com outras coisas, coisas belas, mas sem Jesus, não avançamos, não adianta. Jesus é mais importante. Agora queria fazer uma pequena censura, mas fraternamente, cá para nós. Todos vós gritastes na praça: “Francisco, Francisco, Papa Francisco!”. Mas onde estava Jesus? Eu quereria que vós gritásseis: “Jesus, Jesus e o Senhor e está justamente entre nós!” Daqui para a frente nada de “Francisco”, mas “Jesus”!


A segunda questão é a oração. Olhar o rosto de Deus, mas sobretudo – e isto prende-se com o que disse antes – sentir-se olhado. O Senhor olha-nos: olha-nos primeiro. A minha experiência é o que experencio diante do sacrário (Tabernáculo) quando vou rezar à noitinha diante do Senhor. Por vezes adormeço um pouquito, é certo, porque um pouco da fadiga do dia nos faz adormecer. Mas Ele compreende-me. E sinto tanto conforto quando me olha. Pensamos que devemos rezar, falar, falar, falar… Não! Deixai-vos olhar pelo Senhor. Quando Ele nos olha, dá-nos força e ajuda-nos a testemunhá-Lo – porque a questão versava sobre a fé, não? Primeiro “Jesus”, depois “oração” – sentimos que Deus está sempre a amparar-nos com a mão. Sublinho agora a importância disto: deixar-se guiar por Ele. Isto é mais importante do que qualquer cálculo. Somos verdadeiros evangelizadores deixando-nos guiar por ele. Pensemos em Pedro; talvez estivesse a fazer a sesta depois de almoço e tivesse uma visão, a visão do lençol com todos os animais, e sentisse que Jesus lhe dizia algo, mas não compreendia. Nesse momento alguns não-hebreus vieram chamá-lo para ir a uma casa e viu como o Espírito Santo ali estava. Pedro deixou-se guiar por Jesus para chegar à primeira evangelização dos gentios, que não eram hebreus: coisa inimaginável naquele tempo (cfr. At. 10, 9-33). E assim a história toda, toda a história! Deixar-se guiar por Jesus. É justamente o líder; o nosso líder é  Jesus.


E terceira: o testemunho. Jesus, oração – oração, esse deixar-se olhar por Ele – e depois o testemunho. Mas eu queria acrescentar algo. Este deixar-se guiar por Jesus leva-nos às surpresas de Jesus. Podemos pensar que devemos programar a evangelização num tabuleiro, pensando nas estratégias, fazendo planos. Mas isto são instrumentos, pequenos instrumentos. O importante é Jesus e deixar-se guiar por Ele. Depois podemos fazer estratégias, mas isto é secundário.


Finalmente, o testemunho: a comunicação da fé só pode ser feita com o testemunho e isto é o amor. Não com as nossas ideias, mas com o Evangelho vivido na nossa existência e que o Espírito Santo faz viver em nós. É como que uma sinergia entre nós e o Espírito Santo, e isto conduz ao testemunho. A Igreja é levada adiante pelos Santos, que são justamente os que dão este testemunho. Como disse João Paulo II e também Bento XVI, o mundo de hoje precisa de muitos testemunhos. Não tanto de mestres, mas de testemunhos. Não falar muito, mas falar com a vida toda: a coerência de vida, precisamente a coerência de vida! Uma coerência de vida que é viver o cristianismo como um encontro com Jesus que me conduz junto dos outros e não como um facto social. Socialmente somos assim, somos cristãos fechados em nós. Não, isto não! O testemunho!



A terceira questão: “Queria, Santo Padre, perguntar-Vos como posso eu e podemos todos nós viver uma Igreja pobre e para os pobres. De que modo o homem que sofre constitui uma questão para a nossa fé? Que contributo concreto e eficaz podemos nós todos nós como movimentos e associações laicas dar à Igreja e à sociedade para enfrentar esta grave crise que afeta a ética pública.” Isto é importante! “O modelo de desenvolvimento, a política, em suma, uma nova maneira de sermos homens e mulheres?”.



Volto ao testemunho. Antes de mais viver o Evangelho é o principal contributo que podemos dar. A Igreja não é um movimento político nem uma estrutura bem organizada: não é isto. Nós não somos uma ONG, e, quando a Igreja se torna uma ONG, perde o sal, não tem sabor, é apenas uma organização vazia. E nisto sede astuciosos porque o diabo nos engana, porque o perigo do “eficientismo” existe. Uma coisa é pregar Jesus, outra é a eficácia, é ser eficiente. Não, isso é outro valor. O valor da Igreja é fundamentalmente viver o Evangelho e dar testemunho da nossa fé. A Igreja é o sal da terra e a luz do mundo, é chamada a manter presente na sociedade o fermento do Reino de Deus e fá-lo antes demais com o testemunho, o testemunho do amor fraterno, da solidariedade, da condivisão. Quando ouvimos alguém dizer que a solidariedade não é um valor, mas uma “atitude primária” que deve desaparecer… não dá! Está a pensar-se numa eficácia meramente mundana. 

Os momentos de crise, como os que estamos a viver – mas dissestes antes que “estamos num mundo de mentiras” – este momento de crise não consiste, estejamos atentos, a uma mera crise económica; não é uma crise cultural. É uma crise do homem: o que está em crise é o homem! Mas o homem é imagem de Deus! Por isso há uma crise profunda! Neste momento de crise não nos podemos preocupar apenas connosco, fechar-nos na solidão, no desânimo, no sentimento de impotência perante os problemas. Não vos fechais por favor! Isso é um Jesus perigo: fechamo-nos na paróquia, com os amigos, nos movimentos, com os que partilham as mesmas coisas connosco… Mas sabeis o que sucede? Quando a Igreja se fecha, adoece cada vez mais. Pensai num quarto fechado durante um ano; quando lá fordes, há um cheiro a bafio, há tanta coisa errada. Uma Igreja fechada é a mesma coisa: é uma Igreja doente. A Igreja tem de sair de si mesma. Para onde? Para as periferias existenciais sejam elas quais forem, mas sair. Diz-nos Jesus: “Ide por todo o mundo! Andai! Pregai! Dai testemunho do Evangelho!” (cfr. Mc 16, 15). 

E o que sucede se não sai de dentro de si mesma? Pode dar-se o que sucede a todos aqueles que saem de casa e andam na rua: um acidente. Mas eu digo-vos: prefiro mil vezes uma Igreja acidentada, que sofreu um acidente, a uma Igreja doente de clausura! Saí, saí! Pensai no que diz o Apocalipse. Diz uma coisa bela: que Jesus está à porta e chama, chama para entrar no nosso coração (cfr. Ap 3,20). É este o sentido do Apocalipse. Mas perguntai isto a vós mesmos: quantas vezes Jesus está dentro e bate para sair e nós não O deixamos sair para nossa segurança, porque muitas vezes estamos fechados em estruturas caducas que só servem para fazer de nós escravos e não livres filhos de Deus? É importante ir ao encontro nesta livre “saída”; esta palavra pareceu-me muito importante: o encontro com os outros. Vivemos uma cultura do desencontro, uma cultura da fragmentização, uma cultura na qual deitamos fora o que não nos interessa, e todos sem negociar a nossa pertença. E há ou uma cultura do deitar fora. 

Mas convido-vos a pensar neste ponto – e faz parte da crise – nos anciãos que são a sabedoria de um povo, nas crianças… A cultura do deitar fora! Mas devemos ir ao encontro e criar com a nossa fé uma “cultura do encontro”, uma cultura da amizade, uma cultura onde encontremos irmãos, onde possamos falar também com os que a não pensam como nós, com os que têm outra fé, que não têm a mesma fé. Todos têm algo em comum connosco: são imagens de Deus, são filhos de Deus. Ir ao encontro de todos sem negociar a nossa fé. E outro ponto importante: com os pobres. Hoje – e dói ouvi-lo – encontrar um vagabundo morto de frio não é novidade. Hoje um escândalo é talvez notícia. Um escândalo: ah, isso é notícia! Hoje pensar que tantas crianças não têm comida não é notícia. Isto é grave, isto é grave! Não podemos ficar tranquilos! Ora… Mas é assim. Nós não podemos ser cristãos imaculados, esses cristãos demasiado educados, que falam de assuntos enquanto tomam chá tranquilamente. Não! Devemos tornar-nos cristãos corajosos e ir em busca dos que são a própria carne de Cristo! 

Quando vou confessar – ainda não posso, porque sair para me confessar… daqui não se pode sair, mas isto é outro problema – quando eu ia confessar na diocese precedente, apareciam uns quantos a quem perguntava sempre: “Mas dá esmola?” – “Sim, padre!”. “Ah, bom, bom”. E fazia outras duas perguntas: “Diga-me: quando dá esmola olha para aquele ou aquela a quem a dá?” – “Ah, não, não pensei nisso”. Segunda pergunta: “E quando dá a esmola, toca na mão daquele a quem a dá ou atira a moeda?” Eis o problema: a carne de Cristo, tocar na carne de de Cristo, assumir esta dor dos pobres. A piedade não é para nós cristãos uma categoria sociológica, filosófica ou cultural: não, é uma categoria teologal. Eu diria que é talvez a primeira categoria, porque esse Deus, o Filho de Deus, se baixou, se fez pobre para caminhar connosco. E é esta a nossa pobreza: a pobreza da carne de Cristo, a pobreza que o Filho de Deus nos trouxe com a Sua Encarnação. 

Uma Igreja pobre para os pobres começa por ir ao encontro da carne de Cristo. Se vamos ao encontro da carne de Cristo, começamos a compreender algo, a compreender o que é esta pobreza, a pobreza do Senhor. E isto não é fácil. Mas há um problema que não faz bem ao espírito dos cristãos: o espírito mundano, a mundanidade espiritual. Isto leva-nos a uma suficiência, a viver o espírito do mundo e não o de Jesus. A questão que colocáveis: como se deve viver para enfrentar esta crise que atinge a ética pública, o modelo de desenvolvimento, a política. Como se trata de uma crise do homem, uma crise que destrói o homem, é uma crise que despoja o homem da ética. Se, na vida pública, na política, não houver ética, uma ética de referência, tudo é possível e tudo pode ser feito. E, quando lemos os jornais, vemos como a falta de ética na vida pública faz tão mal à humanidade inteira.



Queria contar-vos uma história. Já o fiz duas vezes esta semana, mas fá-lo-ei uma terceira vez a vós. É a história que conta um midrash bíblico de um rabino do século XII. Ele conta-nos a história da construção da Torre de Babel e diz-nos que, para a construir eram preciso fazer tijolos. O que significa isto? Ir, misturar a lama, transportar a palha, fazer tudo e depois… ao forno. E, uma vez feito, o tijolo era levado para cima, para a construção da torre de Babel. Um tijolo era um tesouro por causa do trabalho todo que dava fazê-lo. Quando um tijolo caía, era uma tragédia nacional e o operário culpado era castigado; um tijolo era tão preciso que era um drama quando caía. Mas se um operário caía, não acontecia nada, era uma coisa totalmente diferente. Isto acontece hoje: se os investimentos nos bancos descem um pouco… tragédia… o que fazer? Mas se as pessoas morrem de fome, se não têm comida, se não têm saúde, não se faz nada! Eis a nossa crise atual! E o testemunho de uma Igreja pobre para os pobres vai ao encontro desta mentalidade.



A quarta questão: “Perante estas situações parece-me que o meu confessar, o meu testemunho é tímido, tem peias. Eu queria fazer mais, mas o quê? E como ajudar estes nossos irmãos, como aliviar os seus sofrimentos nada ou muito pouco podendo fazer para mudar o seu contexto político-social?”.



Para anunciar o Evangelho são necessárias duas virtudes: a coragem e a paciência. Eles (os cristãos que sofrem) são a Igreja da paciência. Sofrem e são mais mártires hoje que nos primeiros séculos da Igreja, são mais mártires! São nossos irmãos e irmãs. Sofrem! Levam a fé ao martírio. Mas o martírio nunca é uma derrota; o martírio é o mais alto grau do testemunho que devemos dar. Estamos no caminho do martírio, dos pequenos martírios; renunciar a isto, fazer aquilo… mas estamos no caminho. E eles, os pobrezinhos, dão a vida, mas dão-na – como sentimos a situação no Paquistão – por amor a Jesus, testemunhando Jesus. Um cristão deve ter sempre esta atitude de amor a Jesus, testemunhando Jesus. Um cristão deve ter sempre esta atitude de mansidão, de humildade, a mesma atitude que eles têm confiando em Jesus, entregando-se a Jesus. 

É bom precisar que muitas vezes estes conflitos não têm uma origem religiosa; há amiúde outras causas de tipo social e político, e infelizmente as pertenças religiosas são utilizadas como achas na fogueira. Um cristão deve sempre saber responder ao mal com o bem, mesmo que isto seja muitas vezes difícil. Nós procuramos fazer sentir a estes irmãos e a estas irmãs que estamos profundamente unidos – profundamente unidos! – à sua situação, que sabemos que eles são cristãos “entrados na paciência”. Quando Jesus vai ao encontro da Paixão, entra na paciência. Eles entraram na paciência: dai-lo a saber, mas também dai-lo a saber ao senhor. Pergunto-vos: vós rezais e por estes irmãos e estas irmãs? Rezais por eles? Não vou agora pedir que quem reza levante a mão: não. Não o perguntarei agora. Mas pensai bem nisso. Na oração quotidiana, dizemos a Jesus: “Senhor, olha para este irmão, olha para esta irmã que tanto sofre, que tanto sofre!” Eles experimentam o limite, justamente o limite entre a vida e a morte. E também para nós: esta experiência deve levar-nos a promover a liberdade religiosa para todos, para todos! Todos os homens e todas as mulheres devem ser livres na sua confissão religiosa seja ela qual for. Porquê? Porque esses homens e essas mulheres são filhos de Deus.



E assim creio ter dito algo acerca das vossas questões, peço desculpa se me alonguei demais. Obrigado e não esqueçais: nada de Igreja fechada, mas sim uma Igreja que sai para fora, para as periferias da existência. Que aí o Senhor nos guie. Obrigado.


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sexta-feira, 24 de maio de 2013

O Vaticano visto por dentro



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Dia de Nossa Senhora Auxiliadora: Regabofe nos Salesianos!

A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso" São João Bosco



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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sobre o documentário “Pecado na Igreja” da RTP

Depois de contratar o maior mentiroso do País como comentador, a RTP provou hoje mais uma vez que está a seguir o caminho do jornalismo sensacionalista e rasca. O documentário feito pela jornalista Mafalda Gameiro não podia ser mais tendencioso e enganador. Os entrevistados foram escolhidos a dedo, e as respostas dos que não alinhavam totalmente com o que a jornalista defendia foram cortadas no ‘momento certo’.

Apresentar as 4000 denúncias de pedofilia que aconteceram nos últimos 10 anos na diocese de Boston (sic) sem dizer que os casos se passaram há décadas atrás e não são recentes é no mínimo pouco honesto. O mesmo, e ainda mais grave, quando se tenta associar a pedofilia ao celibato dos Padres.

Um dos “especialistas” entrevistados foi um brasileiro gay, que, por ser católico, se recusou a envolver com um padre, mas que ganha a vida como prostituto, e, segundo diz, tem clientes padres (tudo faz sentido). Outra “especialista”, com largo tempo de antena, foi uma trabalhadora do sexo (sic) que diz que a Igreja defende uma “falsa pureza”, para de seguida afirmar que no sexo não existe falta de pureza (não estivesse a própria interessada no negócio). Ambos falaram de padres como se fossem os seus clientes quase exclusivos, mas dada a incoerência dos seus discursos, e o propósito da entrevista a que foram sujeitos, a sua credibilidade fica um pouco abalada.

A ideia que se quis fazer passar é que TODOS os padres são infiéis ao celibato a que se sujeitaram livremente, o que lança uma sombra de suspeita sobre muitas pessoas que deram a vida por nós. Isto para não falar dos que são nossos amigos.

Aos (poucos) padres que se envolvem frequentemente com mulheres, com homens, com prostitutas, com prostitutos, com adolescentes ou com crianças, digo isto: o inferno é para sempre. E para sempre é muito tempo!


João Silveira


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Carta aberta a Teresa Caeiro, deputada do CDS - Sofia Costa Guedes

Querida Tegui (Teresa Caeiro),

Conheço-a há muitos anos e sempre a considerei como uma mulher de valores, de convicções, de combates. Olhei para si e admirava-a como política. Dum partido dito da Democracia Cristã. E por isso não podia deixar de lhe dizer o que sinto e como vejo hoje...

Como é mais do que evidente, Portugal e a Europa estão a viver um tempo duma mistura de “pré e pós” guerra. Vivemos um presente sem alicerces, sem seguranças, sem tecto . As pessoas não sabem onde andam, onde estão, quem são!!!? O que vão comer, onde se deitar, o que pensar, a quem obedecer. Sem rumo, sem caminho, perdem-se...

E porque será? Como chegamos a isto?

Não são os cursos de Direito, nem de Medicina, nem de Gestão ou Economia, de Relações Internacionais, nem sequer de Engenharia molecular e outros que podem dar a resposta. Porque a resposta está no homem, em cada homem.

A Antropologia talvez nos possa ajudar. Porque fala do ser humano, da sua identidade que é feminina e masculina. Que prova cientificamente e filosoficamente que são diferentes, com igual dignidade. Que não existe outra forma de ser senão homem e mulher! E que só nesta complementaridade pode nascer a vida! Nunca houve outra forma nem jamais haverá!!! Por mais que se inventem conceitos, esta verdade é imutável. É científico, é racional, é real!!!

Mas ainda há uma outra questão, as raízes cristãs são fundamentadas numa Pessoa: Jesus Cristo! Aquele que você e os democratas cristãos dizem acreditar. Aquele que nos deu as Bem-Aventuranças, para entendermos melhor os Mandamentos. Aquele que amou todos, se deu com todos, perdoou todos os que se arrependeram, mas que foi muito claro em relação ao Homem! Ele próprio se fez homem!!! Deu a vida por todos e cada um. Foi grande defensor das mulheres, sendo escândalo no seu tempo, mas sempre as olhou e tratou com o maior dos respeitos e dignidade.

O Cristianismo é o maior defensor da Natureza, porque foi Deus quem a criou. A Liberdade do Homem, também foi a premissa, mas disse-nos que só se é livre quando se escolhe a Verdade, o Bem!!! Tudo o resto aprisiona-nos, limita-nos e em última análise mata-nos. 

Foi por isso com enorme tristeza a vi ser minha representante no Parlamento e abster-se de defender os mais frágeis da nossa sociedade. A proposta de lei sobre a co-adoção de crianças por pares homossexuais é uma loucura! É matar toda uma genealogia natural que todos têm direito. É negar a identidade de uma pessoa!!! Já imaginou acontecer isso com o seu filho? Queira Deus que não aconteça, mas ..... o seu filho "cortar" consigo, sua mãe e tudo o que ela foi para ele, sobretudo o lhe ter dado vida?

E esta é mais uma de muitas “anormalidades” que a ideologia gay ou do género, tem conseguido injetar na nossa sociedade. Por isso ela está doente de morte!!! E você e tanto loucos, inconscientes deixam-se ir.... fora os que dormem...

Estou triste, mas acordada, serena e cheia de esperança, porque sei que a Vitória do Bem sobre o Mal já aconteceu! A nós cabe-nos escolher de que lado queremos estar.... porque nós ainda estamos no combate!!!

Pense nisso Tegui e embora continuando sua amiga, digo-lhe que não só não voto mais no CDS ou qualquer outro partido, como vou fazer campanha contra. Lutei 38 anos pelo direito e dever de votar. Agora já não acredito nesta forma de fazer política, porque o que se passa no Parlamento nada tem a ver com a realidade.

Um beijinho e que a Sabedoria de Deus ilumine a sua consciência.


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quarta-feira, 22 de maio de 2013

A humildade de S. Macário

Certo dia, S. Macário regressava à sua cela, trazendo consigo umas folhas de palmeira. Pelo caminho, o demónio veio ao seu encontro com uma foice de ceifeiro, e tentou atacá-lo, mas não conseguiu. Disse-lhe então o demónio: «Macário, sofro muitos tormentos por tua causa, porque não consigo vencer-te. Contudo, faço tudo o que tu fazes: tu jejuas, e eu não como; tu velas, e eu não durmo. Há só um aspecto em que me vences.» «Qual?» «A tua humildade. É ela que me impede de te vencer.» 

in Sentenças dos Padres do Deserto


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terça-feira, 21 de maio de 2013

Nossa Senhora de Fátima e Lenine - Pe. Gonçalo Portocarrero

Nossa Senhora de Fátima, aliás Maria de Nazaré, e Vladimir Ilitch Ulianov, mais conhecido por Lenine, têm algumas curiosas afinidades, que, se não forem meras coincidências, são inquietantes manifestações de um desígnio transcendente.

O primeiro facto que os relaciona é a “conversão da Rússia”, que ambos, embora de forma diametralmente oposta, se propuseram realizar. Lenine, através da revolução de Novembro de 1917, converteu o império ortodoxo dos czares na ateia URSS. Maria, a 13 de Julho de 1917, também se propôs converter a Rússia… mas no sentido contrário! Não é estranho que um revolucionário queira converter um Estado cristão num país ateu, mas tem que se lhe diga que alguém queira converter numa sociedade cristã um país que já o é, porque sabe que, entretanto, vai deixar de o ser! Com efeito, naquela altura ninguém podia supor necessária a conversão da Rússia, para voltar a ser o que na data já era! Terá sido mera casualidade que, antes de aparecido o mal, já tivesse sido preconizada a cura?!

A segunda ocorrência dá-se a 13 de Maio de 1917, dia da primeira aparição na Cova da Iria e data em que Lenine redige o seu “credo ateu”. Esta sua profissão de fé ateia – Dostoievski disse que os russos têm tanta fé que alguns até são ateus! – foi provocada pelo assassinato, em Sampetersburgo, a futura Leninegrado, de uma professora e das crianças a quem dava catequese.

Meras coincidências? Talvez. Mas para a ciência, como para a fé, não há acasos. O que a razão humana não consegue explicar cientificamente, a fé entende que pode ser uma manifestação da Providência que, como alguém disse, é Deus quando viaja incógnito pelos caminhos dos homens, fazendo-os divinos. in ionline


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