domingo, 29 de dezembro de 2013

Frase do dia

"Desperta, ó homem! Por ti, Deus Se fez homem" 

Santo Agostinho (Sermões, 185)


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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Tempo de compromisso no mundo para os cristãos - Bento XVI

"Dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", foi a resposta de Jesus quando lhe foi perguntado o que pensava sobre o pagamento dos impostos. Aqueles que o interrogavam, obviamente, queriam colocá-lo numa armadilha. Queriam forçá-lo a tomar posição no debate político sobre o domínio romano na terra de Israel. E tinha ainda mais em jogo: se Jesus era realmente o Messias esperado, então certamente ele teria ficado contra os dominadores romanos. Portanto a pergunta estava pensada para desmascará-lo como uma ameaça ao regime ou como um impostor.

A resposta de Jesus leva habilmente a questão para um nível superior, colocando, com finura, em guarda seja com relação à politização da religião seja com a deificação do poder temporal, como também da incansável busca da riqueza. Os seus ouvintes deviam compreender que o Messias não era César, e que César não era Deus. O reino que Jesus vinha instaurar era de uma dimensão absolutamente superior. Como respondeu a Pôncio Pilatos: “O meu Reino não é deste mundo”.

As narrações de Natal do Novo Testamento têm o objectivo de expressar uma mensagem semelhante. Jesus nasce durante um "censo de todo o mundo", querido por César Augusto, o imperador famoso por ter levado a Pax Romana a todas as terras submetidas ao domínio romano. No entanto, esta criança, que nasceu em um canto obscuro e distante do império, estava prestes a oferecer ao mundo uma paz muito maior, verdadeiramente universal no seu propósito e transcendente de todos os limites de espaço e tempo.

Jesus é-nos apresentado como o herdeiro do Rei David, mas a libertação que Ele trouxe para o seu povo não era a de ter sob vigilância os exércitos inimigos; tratava-se, pelo contrário, de vencer para sempre o pecado e a morte.

O nascimento de Cristo desafia-nos a repensar as nossas prioridades, os nossos valores, o nosso modo de vida. E enquanto o Natal é certamente um momento de grande alegria, é também uma ocasião de profunda reflexão, ou melhor, de um exame de consciência. No final de um ano que significou privações económicas para muitos, o que podemos aprender da humildade, da pobreza, da simplicidade da cena do presépio?

O Natal pode ser o momento em que aprendemos a ler o Evangelho, a conhecer a Jesus não só como o Menino da manjedoura, mas como aquele em que nós reconhecemos o Deus feito Homem.

É no Evangelho que os cristãos encontram inspiração para a vida cotidiana e para o seu envolvimento nos assuntos do mundo - quer isso aconteça no Parlamento ou na Bolsa. Os cristãos não deveriam fugir do mundo; pelo contrário, deveriam comprometer-se com ele. Mas o seu envolvimento na política e na economia deveria transcender toda a forma de ideologia.

Os cristãos combatem a pobreza porque reconhecem a dignidade suprema de todo ser humano, criado à imagem de Deus e destinado à vida eterna. Os cristãos trabalham para uma partilha equitativa dos recursos da terra porque estão convencidos de que, como administradores da criação de Deus, nós temos o dever de cuidar dos mais frágeis e dos mais vulneráveis. Os cristãos se opõem à ganância e à exploração convencidos de que a generosidade e um amor que esquece de si, ensinados e vividos por Jesus de Nazaré, são o caminho que conduz para a plenitude da vida. A fé cristã no destino transcendente de todo ser humano implica a urgência da tarefa de promover a paz e a justiça para todos. 

Porque tais objetivos são compartilhados por muitos, é possível uma grande e frutuosa colaboração entre os cristãos e os outros. E no entanto, os cristãos dão a César só o que é de César, mas não o que pertence a Deus. Por vezes, ao longo da história, os cristãos não puderam aceder aos pedidos feitos por César. Do culto ao imperador da Roma antiga até os regimes totalitários do século XX, César tentou tomar o lugar de Deus. Quando os cristãos se recusam a se curvar diante dos deuses falsos propostos em nossos tempos não é porque eles têm visões ultrapassadas do mundo . Pelo contrário, isso acontece porque eles são livres das amarras da ideologia e animados por uma visão tão nobre do destino humano, que não podem aceitar compromissos com nada que o possa prejudicar.

Na Itália, muitos presépios são adornados com ruínas das antigas construções romanas no fundo. Isso mostra que o nascimento do menino Jesus marca o fim da velha ordem, o mundo pagão, no qual os pedidos de César pareciam impossíveis de desafiar. Agora há um novo rei, que não confia na força das armas, mas no poder do amor. Ele traz esperança a todos aqueles que, como ele mesmo, vivem à margem da sociedade. Traz esperança para aqueles que são vulneráveis ​ às instáveis sortes de um mundo precário. Da manjedoura, Cristo nos chama a viver como cidadãos do seu reino celestial, um reino que todas as pessoas de boa vontade podem ajudar a construir aqui na terra. 

in Financial Times


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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Frase do dia

“Dizem que, quando é celebrado o Natal do nosso Salvador, o pássaro da aurora canta durante toda a noite, e nenhum espírito mau ousa vaguear por aí; as noites não trazem malefícios, e os planetas não exercem má influência; nenhum encantamento consegue atrair, nem nenhuma bruxa tem o poder de fazer mal: tão abençoado e tão sagrado é esse tempo.” 

Hamlet, acto I, cena I (William Shakespeare)


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- Santo Natal, Vossa Santidade. - Obrigado, igualmente!




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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Deixe-O entrar: neste Natal, dê colo a quem o não tem


Naquela manhã chuvosa e triste, foi maior a afluência de passageiros aos autocarros da carreira que, várias vezes ao dia, faziam a ligação entre um subúrbio e o centro da cidade. O motorista, já cansado pelas horas de serviço ao volante da possante viatura, parecia carrancudo. Os passageiros, num mutismo muito matinal, exibiam também caras pouco amistosas, indiferentes ante a paisagem costumeira, perdidos em cogitações à volta das suas habituais preocupações.

O ambiente crispou-se quando duas pessoas, a propósito de um lugar vago, encetaram uma discussão acesa. Ambas pretendiam o assento, a que cada qual se julgava com melhor direito. Enquanto o passageiro mais velho invocava a sua idade, a outra candidata pretendia ter sido a primeira a detectar a vaga. O motorista, sendo a única autoridade presente, tentou apaziguar os ânimos, mas sem êxito. Passageiros houve que tomaram partido, ora pela pessoa idosa, ora pela outra de meia-idade que, mais afoita, ocupou o lugar disputado para, com o facto consumado, atalhar a discussão, mas essa sua atitude suscitou um coro de vozes indignadas.

Entretanto, o autocarro travou e imobilizou-se em mais uma paragem. Desceram algumas pessoas e, depois, entrou uma jovem mãe, que trazia embrulhado num xaile o seu bebé. Apesar da falta de lugares e a recente discussão, de que ainda se ouviam alguns ecos, duas ou três pessoas levantaram-se e a mulher, agradecida, pôde sentar-se com o filho ao colo. O pequenito, de faces rosadas e olhinho muito vivo, espreitava para tudo e para todos com muita atenção. Perplexo, só sossegava quando o seu olhar se cruzava com o de sua mãe, o único rosto que lhe era familiar.

Naquele ambiente tenso e frio de uma manhã qualquer, escura e aziaga, tudo parecia sombrio, mas a presença daquele bebé logrou que as faces duras dos trabalhadores se descontraíssem e que os seus lábios circunflexos se abrissem em discretos sorrisos. Foi como se um raio de sol entrasse naquele espaço e o azul do céu florisse nos corações daquelas mulheres e homens, que pareciam condenados à dura escravidão de um trabalho servil. Um milagre escondido num menino recém-nascido.

O Natal é Deus presente num sorriso de amor. O Omnipotente fez-se visível na fraqueza do mais pequenino ser humano. Inerme, Ele desafia o poder dos poderosos. Pobre, Ele ri-se da opulência dos abastados. Perseguido e ignorado, faz-se irmão de todos os indigentes e humilhados, porque os párias deste mundo não estão esquecidos para Deus.

No silêncio da sua voz, Ele fala do amor do Pai. A sua mudez cala as discussões, o seu sorriso destrói os ressentimentos, a limpidez do seu olhar purifica as consciências, une as famílias e pacifica as nações. Porque a sua mão, pequenina mas poderosa, abençoa o mundo.

Neste Natal, quando Ele chegar e bater de mansinho à sua porta, deixe-O entrar. Prepare-Lhe, pelo sacramento da penitência, um lugar no seu coração, porque é aí que, pela Eucaristia, Ele quer nascer de novo. E, depois, faça uma paragem na sua vida, abra os seus braços e dê o seu colo a quem ainda o não tem. Porque esse menino sem ninguém é, como Jesus, filho de Deus, mas precisa, aqui na terra, de uns pais também. Pe.Gonçalo Portocarrero in Voz da Verdade

*Para o Refúgio Aboim Ascensão, com muito apreço e amizade.


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domingo, 22 de dezembro de 2013

sábado, 21 de dezembro de 2013

Os croissants mornos do Papa - Aura Miguel


A sala de refeições da Casa Santa Marta, outrora com pouco movimento, agora está sempre cheia. As mesas raramente têm lugares livres desde que Francisco optou por viver na famosa casa de hóspedes do Vaticano. É que entre os comensais está o próprio Papa. Ao lado do refeitório principal há uma sala reservada para convidados especiais, mas, na maioria dos casos, Francisco prefere tomar as refeições na sala grande, junto dos outros hóspedes. 

A mesa do Papa é sempre a mesma e está colocada a um canto da sala, mas já aconteceu o sucessor de Pedro sentar-se de surpresa num lugar vago de outras mesas, conversando de surpresa e animadamente com os outros comensais. O serviço, tipicamente italiano, inclui primeiro e segundo pratos, mas – tal como os outros hóspedes - Francisco levanta-se para ir ao "buffet" servir-se de salada e outros acompanhamentos e, sempre que passa entre as mesas, não resiste e mete conversa com quem está sentado. 

Quem vive na Casa Santa Marta garante que o clima é muito cordial e bem-disposto. Mas os homens da segurança têm agora mais dores de cabeça, porque a rotina não encaixa no "estilo Bergoglio" e, por isso, nunca se sabe o que pode acontecer.

Há dias, durante o pequeno-almoço, o Papa não estava na sua mesa habitual, nem em qualquer outro lado. Começou a gerar-se uma grande agitação, com vários homens de fato escuro e agentes de segurança enervados a passar revista a toda a casa. Onde estava o Papa? Por onde se teria metido? Toda a gente foi interrogada, a casa passada a pente fino, mas nada! Depois de uns valentes minutos de angústia, descobriram-no finalmente. Bergoglio caminhava pelo jardim, com passada decidida e um saco de papel na mão. Quando finalmente os homens da segurança lhe falaram do susto devido à sua ausência inesperada, Francisco riu-se e explicou que ia ao mosteiro Mater Ecclesia, onde vive Bento XVI, levar-lhe uns croissants mornos, "acabadinhos de fazer, como ele gosta".

É assim este Papa: terno e atencioso com todos. E tão depressa leva bolos quentes ao seu vizinho Ratzinger, como não hesita em pegar no telefone e dar os parabéns aos seus amigos e, se não atendem, deixa afectuosos recados no voicemail do telemóvel. Dedica mais horas a saudar, abraçar e beijar pessoas de todas as idades do que a falar e a ler discursos. Preocupa-se sobretudo com o lado humano e concreto das pessoas com quem se cruza, ao ponto de ter pedido à mãe de um bebé acabado de beijar que lhe pusesse um chapéu porque tinha a cabeça muito quente, ou ainda, no caso de um outro pequenino que chorava com fome, devolveu-o à mãe para ela amamentar o bebé, mesmo ali, na Praça de São Pedro! E como é um Papa "todo-o-terreno", tão preocupado com o quotidiano da vida terrena quanto o é com a vida eterna e salvação de cada um, a misericórdia é talvez a sua palavra preferida, porque remete para a esperança e alegria. 

Se pudesse, Francisco gostaria de abraçar todos, "com amor e ternura como fazem as mães" – tal como explicou numa entrevista, arqueando os braços como se segurasse um bebé – porque "é assim que deve ser a Igreja: dar carinho, cuidar e abraçar". E não é este também o melhor retrato de Francisco? in RR


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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Governo espanhol aprova uma lei que restringe bastante o aborto


O governo espanhol aprovou uma lei que restringe bastante o aborto, em relação à lei criminosa do governo de José Luís Zapatero, onde era tudo à grande. A esquerda e os jornalistas estão histéricos, prometem guerra e gritam que isto significa um retrocesso de 30 anos nos direitos das mulheres, como se os bebés abortados não viessem a ser também mulheres. 


Cá para mim foi um grande passo na direcção certa. Passos Coelho, estás a seguir?

João Silveira


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"Meu Deus, que fiz eu?" Ashley correu para o médico a tentar reverter os efeitos da pílula abortiva

Como contam algumas histórias recentes - dadas a conhecer por grupos pró-vida - nos Estados Unidos, quando se intervém a tempo, é possível reverter os efeitos da pílula abortiva RU-486.

O caso de Emily

Foi isso que se passou, por exemplo, no passado Dia de Acção de Graças, no Juan Diego Pregnancy Center de San José (California). Como conta a California Catholic Daily, foi atendida, com êxito, Emily, uma mãe grávida de seis semanas e que quinze dias antes tinha estado num centro de Plannig Parenthood (a principal indústria abortista do país), para tomar o comprimido e abortar. Arrependeu-se de fazê-lo no minuto seguinte, mas a enfermeira do abortório disse-lhe que já era tarde. Não é verdade. Emily socorreu-se do Centro Juan Diego, depois de saber por grupos pró-vida que é possível travar a tempo os efeitos da pílula.

O caso de Ashley

Outro facto semelhante foi relatado recentemente na LifeNews. Desta vez foi aplicado um protocolo médico que existe desde 2007 e que foi criado pelo Dr. Matthew Harrison, um dos protagonistas da história que agora se conta.

O Dr. Harrison recebeu a visita de Ashley, uma jovem de vinte anos, grávida de sete semanas e que tinha recorrido a um abortório dois dias antes a solicitar a pílula abortiva RU 486. Está em causa um fármaco chamado mifeprex que bloqueia a hormona progesterona - imprescindível à gravidez - e que é complementado com o misoprostol ou o cytotec, que promovem a expulsão do bebé, entretanto, morto.

Nalguns casos, o primeiro fármaco não mata o bebé e Ashley não tinha tomado o segundo comprimido. Havia uma esperança quando o Dr. Harrison se encontrou naquela circunstância. Ashley contou ao médico que tinha decido matar o seu filho por pressão do namorado e pai da criança. Contudo, quando tomou o comprimido arrependeu-se e disse, "Meu Deus, que fiz eu?". Chamou a mãe, que não sabia de nada e que a encaminhou para um centro de saúde, onde a levaram ao Dr. Harrison.

O médico encontrava-se naquela situação pela primeira vez. Sem saber o que fazer e sentido-se incapaz de resolver o caso, pediu para sair do consultório por um momento. Foi para uma sala ao lado e começou a rezar. Depois de consultar diversos recursos profissionais decidiu aplicar a Ashley um tratamento de progesterona. Pensou que talvez uma dose extra pudesse contrapesar os efeitos do comprimido mortal.

Existiam alguns riscos e deu-os a conhecer a Ashley. O tratamento podia não resultar e o bebé morrer. Era igualmente possível que surgissem complicações com risco de vida para mãe e filho. Mas a jovem estava decidida a tentar qualquer coisa que desse a volta ao seu erro trágico. Assinou o consentimento e animou o médico: "Aconteça o que acontecer, estamos na mão de Deus. Vou rezar e o meu filho vai ficar bem."

E nasceu a Kaylie

Ashley começou o tratamento e no final dessa semana sangrou. Pouco depois deixou de sangrar e a gravidez seguiu o seu caminho. E, meses depois, estava de banco o Dr. Daniel L. Holland (sócio do Dr. Harrison), quando o chamaram para atender a um parto, do qual nasceu uma menina perfeita: Kayle, sobrevivente da RU 486.

Têm-se feito alguns estudos nesta linha. Recentemente a Dr. Mary Davenport publicou no The Annals of Pharmacotherapy histórias de seis casos semelhantes ao de Ashley e Kaylie.

Abre-se a esperançara para aquelas mulheres que só compreendem a magnitude do passo que estão dar quando tomam o comprimido mortal. in religionenlibertad


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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A "Antífona do Ó" de hoje

Hoje, a antífona de Vésperas para o Magnificat é "O Radix Iesse... Ó Raiz de Jessé".

As versões em Latim de cada um dos títulos do Messias são: Sapientia (Sabedoria), Adonai (Senhor), Radix (Raiz), Clavis (Chave), Oriens (Oriente/Luz), Rex (Rei) e Emmanuel (Emmanuel). Peguem nas primeiras letras de cada um dos títulos, da última até ao princípio. Descobrem: EROCRAS ou "ero cras... Eu estarei (aí) amanhã".

A canção "O Come, O Come, Emmanuel" é simplesmente uma adaptação das sete antífonas do Ó.

“Ó Raiz de Jessé, erguida como sinal diante dos povos, diante da qual os reis mantêm o silêncio e a quem os Gentios farão a súplica: vinde, para nos libertar, não tardeis mais.”

Alguma coisa que está debaixo da terra (uma raiz) ergue-se alto até aos céus como um sinal! Cantamos na Quaresma: Vexilia Regis prodeunt. O que é uma pequena raiz durante o Advento, torna-se na Quaresma a árvore da nossa salvação.

Isaías 11,10 dá-nos uma imagem da nossa reflecção para hoje. O grande profeta do Advento diz-nos que o reinado de David será destruído, mas não inteiramente. Uma raiz permaneceria. Jessé é o pai de David. David é a raiz de Jessé. David conduz a Cristo. Depois da destruição, permanece uma raiz.

Independentemente das exigências que a vida nos apresenta ou quão turbulentas forem as vicissitudes do mundo que passa, quando nos agarramos à raiz temos a certeza de sair vitoriosos no fim. Fr. Z


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Uma visita lusófona ao Monsenhor Guido Marini

O “Maestro” das celebrações litúrgicas do Papa é a simpatia e a humildade em pessoa



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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

77 crianças dão os parabéns ao Papa Francisco



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Frase do dia

"Quando somos incompreendidos, julgados desfavoravelmente, para quê defender-se ou explicar-se? Não nos preocupemos com isso, não digamos nada; é tão doce não dizer nada, deixar-se julgar por não importa quem!" 

Santa Teresinha do Menino Jesus


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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Beato Pedro Fabro proclamado santo pelo Papa Francisco

O Papa Francisco proclamou santo o jesuíta francês Pedro Fabro. No seu dia de anos, o Papa resolveu ofereceu este presente à Companhia de Jesus e a toda a Igreja.

Mas, perguntam alguns, quem é Pedro Fabro? Pedro Fabro foi o primeiro companheiro de Santo Inácio de Loyola quando fundou a Companhia de Jesus.

“Mas o primeiro não foi S.Francisco Xavier?” Não, Francisco foi o segundo! O primeiro foi Pedro Fabro, companheiro de quarto de S.Francisco Xavier em Paris, quando ambos conheceram S.Inácio. Francisco foi mais difícil de convencer, ao passo que Pedro, que andava com algumas dúvidas sobre o futuro, aceitou a proposta de Inácio para fazer Exercícios Espirituais, e no fim da primeira semana estava convertido e disposto a seguir Inácio para onde quer que ele fosse.

O próprio Pedro Fabro descreve desta forma esses primeiros tempos: “Vivemos todos juntos, dividimos o quarto, a mesa, o dinheiro; e ele (S.Inácio) era o meu professor de vida espiritual, dando-me a possibilidade de conhecer melhor a vontade divina e a minha própria vontade. E foi assim que nos tornámos um só nos desejos, na vontade e no firme propósito de escolher a vida que agora levamos, os que fazemos parte desta Companhia, da qual eu não sou digno.”


Foi destacado para trabalhar na Alemanha, onde a reforma protestante atacava o catolicismo. Pedro Fabro mostrou-se impressionado com a destruição feita pela reforma, mas também pelo estado decadente dos católicos, especialmente o clero daquelas terras. Convenceu-se que a mudança teria que vir da conversão do clero, assim como dos restantes fiéis, por isso com grande fervor pregava os Exercícios Espirituais e a todos impressionava com a sua força de vontade e optimismo. Aí conheceu outro santo, Pedro Canísio, que disse dele: “Nunca conheci um teólogo mais profundo ou um homem de santidade tão impressionante…todas as suas palavras estavam cheias de Deus.”

Foi também enviado por S.Inácio para fazer apostolado em Portugal e Espanha, onde a Companhia de Jesus cresceu muito. Enquanto o responsável pela missão na Índia era S.Francisco, o trabalho feito pela Europa teve Pedro Fabro como o seu maior responsável.

O Papa Francisco já se tinha referido a Pedro Fabro várias vezes, nomeadamente numa entrevista a um jornal no dia 14 de Junho de 2013, quando disse o que impressionava no ‘Padre Reformado’: “O diálogo com todos, inclusive com os mais afastados e com os adversários, a piedade simples, talvez, uma certa ingenuidade, a disponibilidade imediata, seu atento discernimento interior, o fato de ser homem de grandes e fortes decisões e, ao mesmo tempo, capaz de ser doce.”

Temos razões para festejar, e os próximos tempos serão propícios para conhecer melhor a vida deste santo.

S.Pedro Fabro, rogai por nós! 


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O Papa Francisco faz hoje 77 anos!



V. Orémus pro beatíssimo Papa nostro Francisco.
R. Dóminus consérvet eum, et vivíficet eum,
et beátum fáciat eum in terra,
et non tradat eum in ánimam inimicórum eius.


V. Oremos pelo nosso beatíssimo Papa Francisco.
R. Que o Senhor o conserve e vivifique, 
que o faça feliz na terra 
e não o entregue nas mãos dos seus inimigos.


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domingo, 15 de dezembro de 2013

Os gnósticos: Novas heresias velhas - Pe.Gonçalo Portocarrero

A história não é, certamente, um processo cíclico, nem dialéctico, mas muitas das antigas heresias subsistem na actualidade, em edições revistas e actualizadas. É o caso, entre outros, do novo gnosticismo.

Segundo o Senhor D. Manuel Clemente, a gnose dos primeiros séculos «apresentava-se como um conhecimento intelectual, um sistema completo, sobre Deus e a felicidade do homem. Conhecimento, e não adesão existencial ou de fé.» O gnosticismo moderno pretende ser uma nova síntese entre a fé cristã, as espiritualidades orientais e o moderno conhecimento científico, com as suas imensas possibilidades tecnológicas.

É recorrente, a este propósito, o empenho dos novos gnósticos em actualizar, ou modernizar, a Igreja, não apenas pela reforma dos seus axiomas teológicos, que insistem em assumir como teses meramente humanas, mas também pela substituição da sua missão salvífica que, segundo afirmam, deu pasto a intoleráveis atitudes proselitistas, pela prática de uma beneficente acção humanitária. Assim sendo, os dogmas do inferno ou da infalibilidade papal, entre outros, deveriam ser reduzidos à sua condição histórica de obsoletos princípios doutrinais; os milagres e os exorcismos deveriam ser tidos como serôdias manifestações da antiga ignorância científica; e até a supremacia de Cristo deveria evoluir para a sua ecuménica equiparação a Maomé, Buda, Krishna ou qualquer outro grande líder religioso.

Os novos gnósticos são os defensores de uma Igreja tão abrangente e inclusiva que, a bem dizer, nada excluiria. Partidários do sacerdócio feminino e da interrupção voluntária da gravidez, defensores da ideologia de género e da fecundação artificial, apologistas das uniões de facto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo deveriam, segundo eles, ser acolhidos pela instituição eclesial, sob pena de que a mesma, fossilizada em velhos clichés anacrónicos, se divorciar irreparavelmente da modernidade.

«Na moral, o gnosticismo» – segundo ainda o nosso Patriarca – «tanto derivava para um ascetismo extremo […], como para uma total amoralidade». De facto, são dois extremos muito presentes na sociedade hodierna, que se escandaliza com o tabagismo, ou as touradas, mas consente a destruição violenta de milhões de embriões humanos e tolera, com indiferença, a droga e a pobreza extrema de milhões de indigentes.

Na perspectiva deste novo gnosticismo, a moral católica não teria outro princípio que não fosse o da total autonomia das consciências, porque uma ética categorial objectiva mais não seria, na sua lógica, do que um novo farisaísmo. Como máxima da sua gnose pseudo-cristã, gostam de repetir, sem contudo o compreender, o princípio agostiniano: «ama e faz o que quiseres»!

O relativismo gnóstico está na moda, também em certos ambientes eclesiais, não obstante a sua manifesta heterodoxia. É certo que Jesus abraçou os publicanos e os pecadores, mas nunca consentiu nos seus desvarios. É verdade que se opôs aos rigorismos farisaicos, mas sem revogar a Lei, nem atenuar o seu radicalismo.

A Igreja é, pela sua própria natureza, universal e, portanto, está receptiva a todos os pecadores, na comunhão da fé e da moral cristãs. Ser católico não é apenas concordar com alguns aspectos da doutrina da Igreja, nem um vago sentimento de amor ao Mestre, mas uma efectiva «adesão existencial» a Jesus de Nazaré. Ao jeito de Paulo, que pode dizer de si mesmo: «já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20) in Voz da Verdade


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Casamento de oficial da Guarda Suiça

Sair assim da igreja é mais apelativo do que levar com arroz na cara



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sábado, 14 de dezembro de 2013

Joseph Kurtz, o novo presidente da Conferência Episcopal Americana

A rezar ajoelhado à frente duma clínica de abortos



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Dia de S.João da Cruz

Hoje é dia de S.João da Cruz, doutor da Igreja, místico, reformador da Ordem dos Carmelitas Descalços e um dos maiores poetas espanhóis, por isso é o seu patrono.

Uma das suas frases mais conhecidas é: 
"No fim da vida serás julgado segundo o teu amor."

Percebo que estou a anos-luz deste santo quando vejo as três coisas que costumava pedir a Deus: que não deixasse passar um dia da sua vida sem lhe enviar sofrimentos, que não o deixasse morrer ocupando o cargo de superior e que lhe permitisse morrer humilhado e desprezado.

João Silveira


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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

No silêncio, Deus escuta-nos - Beata Teresa de Calcutá

Não conseguimos encontrar a Deus no barulho, na agitação. No silêncio, Deus escuta-nos; no silêncio, fala às nossas almas. No silêncio é-nos dado o privilégio de ouvir a sua voz:

Silêncio dos nossos olhos. Silêncio dos nossos ouvidos. Silêncio da nossa boca. Silêncio do nosso espírito. No silêncio do coração, Deus falará.

O silêncio do coração é necessário para escutar a Deus em todo o lado — na porta que se fecha, na pessoa que reclama a tua presença, nos pássaros que cantam, nas flores e nos animais. Se estivermos atentos ao silêncio, será fácil orar. Há tanta tagarelice, coisas repetidas, coisas escusadas naquilo que dizemos e escrevemos. A nossa vida de oração é afectada porque o nosso coração não está silencioso. Vou manter com mais cuidado o silêncio no meu coração, para que, no silêncio do meu coração, oiça as suas palavras de consolação e, a partir da plenitude do meu coração, possa consolar Jesus escondido no infortúnio dos pobres.


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O Papa Francisco faz hoje 44 anos de Padre

Eis o jovem Jorge Mario Bergoglio com a sua batina de jesuíta



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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Mais uma vida salva!

Ontem recebi uma mensagem duma pessoa a pedir para rezar, aqui perto do Papa, por uma rapariga que tinha hora marcada para abortar hoje, forçada pelo namorado e pela família. Contra todas as probabilidades, hoje a rapariga desistiu de abortar!

Quem puder reze por esta corajosa mãe e pelo seu filho, para que enfrentem todas as dificuldades como enfrentaram esta.


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Papa Francisco é a "Pessoa do Ano" para a revista Time


O Papa Francisco foi escolhido como “Pessoa do Ano” pela revista Time. Não é a primeira vez que isto acontece, tal sucedeu com o Papa João XXIII em 1963 e com o Papa João Paulo II em 1994. Nestas distinções dadas pelo “mundo” convém ser cuidadoso, até porque nunca se sabe se existem segundas intenções nestes prémios dos (nem sempre fiáveis) meios de comunicação social.


No entanto parece-me que a Time não tinha outra alternativa para personalidade do ano. Neste momento o mundo não tem grandes líderes: Obama está em fase decadente, Putin é olhado com desconfiança e a Merkel está a tornar a Alemanha forte demais para o nosso gosto.

O Papa Francisco apareceu de maneira inesperada: veio da América Latina depois duma renúncia “estranha” do Papa Bento XVI, e começou desde logo a tornar-se no centro das atenções. A Time sublinha a sua preocupação pela pobreza, especialmente pelos emigrantes, e a sua exortação para que a Igreja saia para a rua. Fala também do seu impressionante contacto com os doentes, nomeadamente aqueles nos repulsam à primeira vista.

Como seria de esperar, em alguns pontos, apresenta este pontificado como contraposto ao de Bento XVI (visto sempre com mais desconfiança pelos meios de comunicação social). A Time fala duma mudança de tom em relação ao aborto (por ter alertado para a dificuldade da decisão da mulher), ao celibato dos padres (dizem ter deixado a porta aberta para a mudança) e num maior poder dado às mulheres na Igreja, embora admita que na Evangelii Gaudium o Papa não deu hipótese à ordenações de mulheres.

Foi bastante sublinhada a frase do Papa sobre o caso duma pessoa homossexual que procurasse Deus sinceramente: “Quem sou eu para julgar?” Esta frase, já tantas vezes mal interpretada continua a fazer correr tinta, e neste caso a Time acredita que vá contribuir para acabar com a “homofobia” no mundo.

A análise da Time é exaustiva, fala de quase todos os episódios conhecidos, mesmo que seja de raspão. Apresenta bons argumentos mas também erros de análise para tentar sublinhar a diferença do Papa Francisco em relação aos outros. Enfim, nada de novo debaixo do sol.

João Silveira


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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Frase do dia

"As pessoas rústicas das aldeias falam sempre verdades ou mentiras dos vizinhos, mas a moderna cultura dos bairros abastados acredita em tudo o que vê nos jornais, desde as iniquidades do Papa, até o martírio do rei das ilhas Canibais, e no entanto, perdida na excitação de todos esses tópicos, não chega a saber o que está a acontecer na casa do lado."

G.K. Chesterton, O Segredo do Padre Brown


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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Estrela (de)cadente


“Eu sou a deputada mais famosa do Parlamento Europeu, até tenho direito a manifestações e a mais de oitenta mil e-mails, há outros que ninguém sabe quem são.” Edite Estrela, 10/12/2013

Hoje foi chumbado o “relatório Estrela”, que tinha como objectivo tornar o aborto (ainda) mais acessível nos países da União Europeia, declarando-o como um “Direito Humano”. A eurodeputada reagiu bem, dizendo que a derrota se deveu à "hipocrisia e ao obscurantismo". 

Edite Estrela perdeu esta batalha, mas está a vencer a guerra. Na União Europeia são poucos os países onde o aborto não é livre e gratuito. Em 2008 foram realizados 1.207.646 abortos na União Europeia (1 em cada 11 segundos), e o mais espantoso é que cada um deles era um ser humano, único e irrepetível. Hoje podemos comemorar, mas amanhã voltamos à luta!


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U Ime Obitelji - José Maria André

O título não lhe diz nada? É natural. Fora da Croácia, quase ninguém sabe o que se passou no último Domingo, 1 de Dezembro de 2013.

Nesse dia, o movimento «U Ime Obitelji» (que em croata significa «Em nome da família») conseguiu incluir na Constituição a revolucionária definição de que «o casamento é a união de vida entre um homem e uma mulher». O Governo foi incapaz de travar o processo. O Primeiro Ministro considerou a definição aberrante e não queria inclui-la na Constituição. O «U Ime Obitelji» concordava: «de facto, é triste que uma coisa tão óbvia tenha de ser escrita na Constituição»... (Antes, tinha saído uma lei que atribuía às relações homossexuais o estatuto de casamento).

Na Croácia, para convocar um Referendo é preciso recolher, num prazo de 15 dias, as assinaturas de 10% dos eleitores. O «U Ime Obitelji» avisou a população e esta mobilizou-se para uma impressionante «operação-relâmpago», entre 12 e 26 de Maio de 2013.

Na votação para a União Europeia, havia 3,8 milhões de eleitores, pelo que eram necessárias 380 mil assinaturas. No entanto, ainda não tinham passado dois meses, o Governo anunciou que o número de eleitores subira vertiginosamente para 4,6 milhões e portanto o «U Ime Obitelji» precisava de reunir 460 mil assinaturas.

Este anúncio foi muito polémico, porque, segundo as estatísticas oficiais, a Croácia tem apenas 4.480.043 habitantes, incluindo adolescentes, bebés e crianças. Assim, o país ficou com mais 100 mil eleitores do que habitantes, incluindo menores de idade. Grande parte da população achou isto estranho, mas alguns responsáveis da União Europeia aplaudiram, considerando que o Governo Croata estava a ser responsável. Estavam muito preocupados com o resultado do Referendo.

Embora o «U Ime Obitelji» não tenha organização capaz de recolher tantas assinaturas, a mobilização dos cidadãos foi de tal ordem que, em quinze dias, juntaram 710 mil assinaturas válidas. A polícia recebeu milhares de queixas, porque grupos de vândalos atacavam as pessoas que assinavam, mas as autoridades acharam que não era caso para intervir. Paralelamente, o Governo promoveu uma campanha na televisão para demover os eleitores. A maioria dos deputados ainda decidiu que o Referendo não seria vinculativo, mas o Tribunal Constitucional chumbou essa pretensão. A partir daí, as agências noticiosas deixaram de dar informações provenientes da Croácia, talvez para evitar que o mau exemplo contaminasse outros países.

Finalmente, no Domingo passado, a proposta do «U Ime Obitelji» venceu por 66% dos votos.

As agências noticiosas publicaram as palavras consternadas do Primeiro Ministro, que pediu desculpa pela posição assumida pelo seu povo, e ouviram outras personalidades deplorando também aquela vergonha nacional. Quanto aos números, desvalorizaram o resultado, argumentando que a percentagem de abstenção tinha sido maior que nas votações para a União Europeia. Podiam talvez ter acrescentado que o número de votos foi semelhante, o número oficial de eleitores é que cresceu habilidosamente, em poucas semanas.

Agora, para remediar a situação, querem aplicar à Croácia as directrizes de educação sexual que vigoram em Portugal. Não se sabe como é que o povo croata vai reagir.

Quanto a Portugal, ...falemos antes da Croácia. in Correio dos Açores», 8-XII-2013


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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Vatican licence plate. Can it be a Cardinal "in pectore"?




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Lisboa antes do terramoto de 1755



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Discurso do Papa Francisco às equipas de Rugby de Itália e da Argentina

Queridos amigos, bom dia!

Constato com prazer que entre a Itália e a Argentina há diversos encontros desportivos! Isto é bom, bom sinal, sinal de uma grande tradição que continua entre estas duas Nações.

Agradeço-vos por terdes vindo para me saudar, com o apoio do Senhor Embaixador, e também pela iniciativa caritativa que tomais.

O rugby é um desporto muito simpático, e digo-vos porque o vejo assim: porque é um desporto duro, com muito confronto físico, mas sem violência, há grande lealdade, grande respeito. Jogar rugby é duro, no es un paseo, não é fácil! E penso que isto é útil também para temperar o carácter, a força de vontade.

Outro aspecto que se destaca é o equilíbrio entre o grupo e o indivíduo. Existem as célebres «refregas», que, às vezes, fazem impressão! As duas equipas confrontam-se, dois grupos compactos, que se empurram um contra o outro e se equilibram. E também existem as acções individuais, as corridas rápidas rumo à «meta»! 

Esta palavra tão bonita, tão importante, faz-nos pensar na vida, porque toda a nossa vida tende para uma meta; e esta busca, a busca da meta, é árdua, exige luta, empenho, mas o importante é não correr sozinhos! Para chegar é necessário correr juntos, e a bola passa de mão em mão, e avança-se juntos até alcançar a meta. E então há que festejar!

Talvez esta minha interpretação não seja muito técnica, mas é o modo como um bispo considera o rugby! E como bispo desejo-vos que ponhais em prática tudo isto também fora do campo, que o ponhais em prática na vossa vida.

Eu rezo por vós, desejo-vos o melhor. Mas também vós rezais por mim, para que também eu, com os meus colaboradores, façamos uma boa equipa e cheguemos à meta!

Obrigado, e que amanhã tenhais um bom jogo! 
Sala Clementina, Sexta-feira, 22 de Novembro de 2013


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sábado, 7 de dezembro de 2013

Pais a discutir à frente dos filhos - Henrique Raposo

É uma cena que se repete vezes sem conta, no consultório, na rua, no café, no jardim: o pai a desautorizar a mãe que acabou de ralhar com o menino, a mãe a anular a ordem que o pai acabou de dar, pais a discutir a educação dos filhos à frente dos filhos, ou seja, os putos não recebem uma educação, assistem a um workshop.

Há dias, no consultório pediátrico, um daqueles monstrengos que nunca ouviu um não parecia o Diabo da Tasmânia, limpava o chão com a roupa, tirava as folhas das plantas e, acima de tudo, estava naquela fase do pré-bullying no contacto com as outras crianças. Um amor. Às tantas, virou a atenção para um fio da mãe, transformando-o num ioiô. A mãe reagiu, colocou-o de castigo. Numa resposta pensada ao milímetro, o miúdo irrompeu num pranto que se ouvia no Marquês.

Com a previsibilidade de uma cadelinha de Pavlov e fazendo exactamente aquilo que o garoto queria, o paizinho entrou em cena, retirou o fio das mãos da mulher e disse: "pronto, ninguém fica com o fio". Um verdadeiro Salomão.

Aquele pai não percebeu que tinha acabado de transformar a mãe numa espécie de irmã do seu filho, não percebe que o pai não desautoriza a mãe à frente do filho, e vice-versa.

Sem o entrosamento entre Comandante e Imediato, o navio entra num motim. Vem nos livros, ou melhor, vem nos filmes. Esta malta nunca viu o "Caça ao Outubro Vermelho", esse prodígio da pedagogia? O Imediato repete sempre a ordem do Comandante e, quando discorda, chama o Comandante à parte para uma conversa longe dos ouvidos da canalha.

Não, não estou a dizer que o pai é a voz de comando único. Sosseguem o facho progressista. O pai deve secundar as ordens da mãe, mesmo quando não concorda com elas, porque o importante é não desautorizar a mãe à frente do filho.

Até pode achar que uma ida ao parque não faz mal, mas, se a mãe já disse que não, o pai tem de manter esse não. Sem esta renúncia, sem esta humildade, não há educação que resista e a vida em família transforma-se num inferno. 

Sem esta unidade entre pai e mãe, os garotos crescem sem educação, pior, aprendem logo a aproveitar as falhas na muralha paternal, tornam-se mestres na arte de atirar pai contra mãe e mãe contra pai, avó contra pai, sogra contra genro, nora contra sogro, periquito contra sogra, sogra contra hamster, um forrobodó de rancor provocado pela esperteza egoísta do petiz, uma esperteza alimentada pelo egoísmo do pai ou da mãe, que são incapazes de enfiar a viola no saco, de conter uma opinião divergente, de demonstrar um pedacinho de humildade.

É por estas e por outras que educar crianças é a negação perfeita do nosso egoísmo pós-moderninho, da nossa obsessão com o eueu isto, eu aquilo, eupenso isto, eu gosto daquilo . Ter um filho é a némesis deste eu, porque exige a presença do nós, o casal. E, como não está para aturar esse nós, muita gente fica-se só pelo primeiro filho. 

Eu sei que muitos casais não têm mais filhos por causa da crise, mas a grande causa da crise demográfica não é económica, é de outra espécie. Por que razão já tínhamos poucos filhos antes da crise? in Expresso


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Novena à Imaculada Conceição - 7 de Dezembro

Oração de todos os dias: Virgem Puríssima, concebida sem pecado...(clicar aqui)

Nono dia - 7 de Dezembro

Ó viva luz de santidade e exemplo de pureza, Virgem e Mãe, Maria Santíssima, Vós, apenas concebida, adorastes profundamente a Deus e Lhe destes graças, porque por meio de Vós, acabada a antiga maldição e desceu uma grande bênção sobre os filhos de Adão.

Ó Senhora, fazei que esta bênção acenda no meu coração um grande amor para com Deus; inflamai-o, para que constantemente ame o mesmo Senhor, e depois O goze eternamente no Paraíso, onde possa dar-Lhe as mais vivas graças pelos singulares privilégios a Vós concedidos e possa também ver-Vos coroada de tamanha glória! Amén.

Avé Maria...

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!

(Cântico a Nossa Senhora) 


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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A canonização de Nelson Mandela

Nelson Mandela foi declarado ‘Santo Subito’ nas redes sociais. Após a sua morte, multiplicaram-se os elogios ao ex-Presidente da África do Sul, muitos deles por parte de católicos.

Mandela foi considerado um herói depois de ter lutado durante décadas pelo fim do Apartheid. Esteve preso durante 26 anos e foi determinante na transição para a democracia, tendo dado um bom exemplo perdão e convivência pacífica com os brancos da África do Sul.

Em 1994 tornou-se Presidente da África do Sul, com 62% dos votos. Os primeiros tempos foram passados a tentar equilibrar um país com feridas recentes de discriminação racial e uma democracia em fase embrionária.

Apenas dois anos depois, em 1996,  assinou a liberalização do aborto, através da "Choice on Termination of Pregnancy Act". Esta foi considerada uma das leis mais liberais do mundo em relação ao aborto: 

- Até às 12 semanas o aborto é feito a pedido, sem qualquer justificação necessária;
- Das 12 às 20 semanas não há praticamente nenhuma restrição, o aborto é possível por problemas mentais ou físicos da mulher ou ainda por problemas económicos;
- A partir das 20 semanas por motivos mais graves.

É evidente a monstruosidade desta lei, pela qual Nelson Mandela é directamente responsável. Segundo números oficiais, entre Agosto de 2012 e Julho de 2013 foram feitos 85302 abortos em hospitais públicos da África do Sul.

É no mínimo irónico que alguém que passou grande parte da sua vida a lutar contra a discriminação de pessoas consoante a sua cor de pele tenha assumido como seu o dever de discriminar pessoas apenas porque (ainda) estão dentro da barriga da mãe.

Escrevo este artigo politicamente incorrecto por dois motivos:

- Porque as vítimas inocentes desta lei criminosa de Mandela merecem que lhes seja feita justiça. Estamos a falar de centenas de milhares de seres humanos na fase mais frágil da vida (pela qual todos passámos) e que foram mortos por quem os devia proteger. 

- Porque enquanto estão todos ocupados a canonizar Nelson Mandela ninguém está preocupado em rezar por ele. E neste momento precisa mais disso do que de elogios.

João Silveira


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