sexta-feira, 23 de julho de 2010

Como queres que te ouçam? - S. Josemaria Escrivá

Corres o grande perigo de te conformares com viver (ou pensar que deves viver...) como um "bom rapaz", que se hospeda numa casa arrumada, sem problemas, e que não conhece senão a felicidade. Isso é uma caricatura do lar de Nazaré. Cristo, justamente porque trazia a felicidade e a ordem ao mundo, saiu a propagar esses tesouros entre os homens e mulheres de todos os tempos. (Sulco, 952)

Parecem-me muito lógicas as tuas ânsias de que a humanidade inteira conheça a Cristo. Mas começa pela responsabilidade de salvar as almas dos que convivem contigo, de santificar cada um dos teus companheiros de trabalho ou de estudo... Esta é a principal missão de que o Senhor te encarregou.. (Sulco, 953)

Comporta-te como se de ti, exclusivamente de ti, dependesse o ambiente do lugar onde trabalhas: ambiente de laboriosidade, de alegria, de presença de Deus e de visão sobrenatural.

Não entendo a tua debilidade. Se tropeças com um grupo de colegas um pouco difícil (que talvez tenha chegado a ser difícil por desleixo teu...), esqueces-te deles, pões-te de parte, e pensas que são um peso morto, um lastro que se opõe aos teus ideais apostólicos; que nunca te entenderão...

Como queres que te ouçam, se (dando por descontado que os ames e sirvas com a tua oração e a tua mortificação) não falas com eles?...

Quantas surpresas apanharás no dia em que te decidas a criar amizade com um, com outro e com outro! Além disso, se não mudas, poderão exclamar com razão, apontando-te a dedo: "Hominem non habeo!", não tenho quem me ajude! (Sulco, 954)


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As mães sabem tudo



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terça-feira, 20 de julho de 2010

Carta de um padre

Querido irmão e irmã jornalista,

Sou um simples sacerdote católico. Sinto-me orgulhoso e feliz com a minha vocação. Há vinte anos vivo em Angola como missionário. Sinto grande dor pelo profundo mal que pessoas, que deveriam ser sinais do amor de Deus, sejam um punhal na vida de inocentes. Não há palavras que justifiquem estes atos. Não há dúvida de que a Igreja só pode estar do lado dos mais frágeis, dos mais indefesos. Portanto, todas as medidas que sejam tomadas para a proteção e prevenção da dignidade das crianças será sempre uma prioridade absoluta.

Vejo em muitos meios de informação, sobretudo em vosso jornal, a ampliação do tema de forma excitante, investigando detalhadamente a vida de algum sacerdote pedófilo. Assim aparece um de uma cidade dos Estados Unidos, da década de 70, outro na Austrália dos anos 80 e assim por diante, outros casos mais recentes...

Certamente, tudo condenável! Algumas matérias jornalísticas são ponderadas e equilibradas, outras exageradas, cheias de preconceitos e até ódio.

É curiosa a pouca notícia e desinteresse por milhares de sacerdotes que consomem a sua vida no serviço de milhões de crianças, de adolescentes e dos mais desfavorecidos pelos quatro cantos do mundo

Penso que ao vosso meio de informação não interessa que eu precisei transportar, por caminhos minados, em 2002, muitas crianças desnutridas de Cangumbe a Lwena (Angola), pois nem o governo se dispunha a isso e as ONGs não estavam autorizadas; que tive que enterrar dezenas de pequenos mortos entre os deslocados de guerra e os que retornaram; que tenhamos salvo a vida de milhares de pessoas no Moxico com apenas um único posto médico em 90.000 km2, assim como com a distribuição de alimentos e sementes; que tenhamos dado a oportunidade de educação nestes 10 anos e escolas para mais de 110.000 crianças...

Não é do interesse que, com outros sacerdotes, tivemos que socorrer a crise humanitária de cerca de 15.000 pessoas nos aquartelamentos da guerrilha, depois de sua rendição, porque os alimentos do Governo e da ONU não estavam chegando ao seu destino.

Não é notícia que um sacerdote de 75 anos, o padre Roberto, percorra, à noite, a cidade de Luanda curando os meninos de rua, levando-os a uma casa de acolhida, para que se desintoxiquem da gasolina, que alfabetize centenas de presos; que outros sacerdotes, como o padre Stefano, tenham casas de passagem para os menores que sofrem maus tratos e até violências e que procuram um refúgio.

Tampouco que Frei Maiato com seus 80 anos, passe casa por casa confortando os doentes e desesperados.

Não é notícia que mais de 60.000 dos 400.000 sacerdotes e religiosos tenham deixado sua terra natal e sua família para servir os seus irmãos em um leprosário, em hospitais, campos de refugiados, orfanatos para crianças acusadas de feiticeiros ou órfãos de pais que morreram de Aids, em escolas para os mais pobres, em centros de formação profissional, em centros de atenção a soropositivos... ou, sobretudo, em paróquias e missões dando motivações às pessoas para viver e amar.

Não é notícia que meu amigo, o padre Marcos Aurelio, por salvar jovens durante a guerra de Angola, os tenha transportado de Kalulo a Dondo, e ao voltar à sua missão tenha sido metralhado no caminho; que o irmão Francisco, com cinco senhoras catequistas, tenham morrido em um acidente na estrada quando iam prestar ajuda nas áreas rurais mais recônditas; que dezenas de missionários em Angola tenham morrido de uma simples malária por falta de atendimento médico; que outros tenham saltado pelos ares por causa de uma mina, ao visitarem o seu pessoal. No cemitério de Kalulo estão os túmulos dos primeiros sacerdotes que chegaram à região... Nenhum passa dos 40 anos.

Não é notícia acompanhar a vida de um Sacerdote “normal” em seu dia a dia, em suas dificuldades e alegrias consumindo sem barulho a sua vida a favor da comunidade que serve. A verdade é que não procuramos ser notícia, mas simplesmente levar a Boa-Notícia, essa notícia que sem estardalhaço começou na noite da Páscoa. Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce.

Não pretendo fazer uma apologia da Igreja e dos sacerdotes. O sacerdote não é nem um herói nem um neurótico. É um homem simples, que com sua humanidade busca seguir Jesus e servir os seus irmãos. Há misérias, pobrezas e fragilidades como em cada ser humano; e também beleza e bondade como em cada criatura...

Insistir de forma obsessiva e perseguidora em um tema perdendo a visão de conjunto cria verdadeiramente caricaturas ofensivas do sacerdócio católico na qual me sinto ofendido.
Só lhe peço, amigo jornalista, que busque a Verdade, o Bem e a Beleza. Isso o fará nobre em sua profissão.
Em Cristo, Pe. Martín Lasarte, SDB.


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Amigos da onça

O “Rent a Friend” é já conhecido nos Estados Unidos, onde cerca de dois mil assinantes pagam 25 dólares por mês (cerca de 20 euros) para aceder a uma rede com 218 mil potenciais amigos.

O utilizador escolhe a pessoa, combina um encontro e negocia o preço da amizade.
O amigo alugado pode fazer companhia para ir ao cinema, passear no shopping, podendo servir igualmente de guia turístico. in ionline


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segunda-feira, 19 de julho de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Iniesta, peregrino de Santiago



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O Ícone de Kazan

Este Ícone ou imagem de Nossa Senhora com o Menino é do tipo “Odighitria” (Aquela que indica o caminho). Toma o nome da cidade russa de Kazan, onde, no ano de 1579, teria sido recuperada, por uma menina de nove anos, das ruínas de uma casa destruída por um incêndio. Era uma das muitas cópias de um outro Ícone mais antigo que se encontrava em Constantinopla e que, segundo a tradição, fora pintada pelo evangelista S. Lucas.

Está ligada a vários factos da história russa: a libertação de Moscovo e da Rússia das tropas polacas (1612), das tropas de Napoleão (1812) e também das tropas de Hitler (1941). Venerava-se especialmente na catedral de Kazan, próximo de São Petersburgo, e também na Praça Vermelha de Moscovo, numa igreja consagrada em 1630, demolida nos anos 30 do século XX, e reconstruída de raiz, já depois da queda do regime comunista russo, em 1990.

O Ícone que agora vai ser entregue à Rússia foi examinado por quatro peritos russos e por quatro do Vaticano que concluíram ser uma cópia dos finais do século XVII ou princípios do século XVIII. Nos finais do mesmo século XVIII, foi coberto com uma placa de prata e adornada com pedras preciosas. Levado da Rússia para o ocidente, passando pela Inglaterra, foi parar aos Estados Unidos. Conta John Haffert, um dos fundadores do Exército Azul, que o viu na Feira Mundial de Nova Iorque, em 1964.

Depois de muitas vicissitudes, foi o mesmo Exército Azul, agora denominado Apostolado Mundial de Fátima, que o adquiriu por um grande preço e enviou para Portugal, para ser entronizado na Capela bizantino-russa da “Domus Pacis” (sede internacional do Exército Azul), onde chegou no dia 21 de Julho de 1970. Foi uma cerimónia tocante a que juntou, na Capelinha das Aparições, o Ícone de Nossa Senhora de Kazan e a imagem de Nossa Senhora de Fátima, chegando aquele a ser colocado na própria coluna que assinala o sítio da azinheira, onde Nossa Senhora, a 13 de Julho de 1917, profetizou a conversão da Rússia e o triunfo do seu Imaculado Coração.

Entre 1974 e 1982, o Ícone de Kazan esteve nos Estados Unidos, regressando a Fátima a 9 de Maio de 1982.

A 26 de Fevereiro de 1993, o Apostolado Mundial de Fátima (Exército Azul) “fez oferta irrevogável e transferiu a propriedade e o título do Ícone de Nossa Senhora de Kazan para a Santa Sé, para uso do Santo Padre e para que sirva para glória de Deus e em honra de Nossa Senhora de Fátima”. A entrega foi feita no dia 1 de Março de 1993, na Domus Pacis, pelo então director da sede internacional do Exército Azul, Sr. António Jacinto Pereira, a Mons. Luigi Pezzuto, Encarregado de Negócios da Nunciatura Apostólica de Lisboa, estando presente o Bispo.

Por expresso desejo de João Paulo II, o Patriarca Ortodoxo de Moscovo recebeu no dia 28 de Agosto de 2004, das mãos do Cardeal Walter Kasper, o Ícone da Mãe de Deus de Kazan, no que foi considerado um acontecimento de “dimensão histórica”.
Fonte
: Ecclesia


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segunda-feira, 12 de julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Dez mil jovens fazem promessa de castidade

Dez mil jovens equatorianos das cidades de Quito e Cuenca comprometeram-se publicamente a ficarem castos até o casamento e, este uma vez realizado, a serem fiéis até a morte, informou a Agência da Igreja Católica Argentina.

Os milhares de jovens ouviram "testemunhos sobre a indústria da morte, dos anticonceptivos, o aborto, a mentira do preservativo, as consequências da anticoncepção".

Falaram mulheres que "nas portas de uma clínica de aborto com a ajuda de voluntárias de Pro-Vida, puderam ver o que é na verdade um aborto, receberam ajuda e disseram Sim à vida.


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O sacerdócio não é uma carreira, diz o Papa

“Quem aspira ao sacerdócio para um crescimento do seu próprio prestigio pessoal e do próprio poder compreendeu mal na raiz o sentido deste mistério”.

“O sacerdócio nunca pode representar uma maneira de atingir a segurança na vida ou de conquistar para si uma posição social”. A ambição e o sucesso fazem com que o padre seja “sempre escravo de si mesmo e da opinião pública”. “Para ser considerado deverá adular; terá de dizer aquilo que a gente quer ouvir; terá de se adaptar às modas e às opiniões e assim privar-se-á da relação vital com a verdade, reduzindo-se a condenar amanhã aquilo que terá louvado hoje”.

“Um padre que veja nestes termos o próprio ministério, não ama verdadeiramente Deus e os outros, mas apenas a si mesmo e paradoxalmente acaba por se perder a si mesmo”.
in
Agência Ecclesia


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Sócrates contrata polvo Paul para assessor

O porta-voz do Aquário Sea Life acaba de confirmar que o primeiro-ministro José Sócrates fechou contrato com o polvo Paul para as próximas três épocas com mais uma de opção. O polvo ganhou fama graças a várias previsões acertadas neste Mundial da África do Sul, tais como as vitórias alemãs sobre a Argentina, Inglaterra, Austrália e Gana. Também previu acertadamente que a Alemanha perderia com a Sérvia e com a Espanha. José Sócrates conseguiu apresentar uma proposta superior às propostas de Steve Jobs, Obama, Lula, Chavéz, Angela Merkel e Pedro Passos Coelho. De salientar que o polvo já colabora informalmente com o governo português há algum tempo, tendo escolhido a caixa de comida do aumento do IVA, a caixa de comida com as actuais medidas de austeridade, a caixa da golden share, a caixa sem chip e a caixa com a foto de Manuel Alegre. in o Inimigo Público


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Afinal a vuvuzela é antiga



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A única medida é amar sem medida - S.Josemaria

Cumpres um plano de vida exigente: madrugas, fazes oração, frequentas os Sacramentos, trabalhas ou estudas muito, és sóbrio, mortificas-te..., mas notas que te falta alguma coisa! Leva ao teu diálogo com Deus esta consideração: como a santidade (a luta por atingi-la) é a plenitude da caridade, tens de rever o teu amor a Deus e, por Ele, aos outros. Talvez descubras então, escondidos na tua alma, grandes defeitos contra os quais nem sequer lutavas: não és bom filho, bom irmão, bom companheiro, bom amigo, bom colega; e, como amas desordenadamente "a tua santidade", és invejoso. "Sacrificas-te" em muitos pormenores "pessoais"; e por isso estás apegado ao teu eu, à tua pessoa e, no fundo, não vives para Deus nem para os outros; só para ti. (Sulco, 739)

A todos os que estamos dispostos a abrir-lhe os ouvidos da alma, Jesus Cristo ensina no Sermão da Montanha o mandato divino da caridade. E, ao terminar, como resumo, explica: amai os vossos inimigos, fazei bem e emprestai sem esperardes nada em troca, e será grande a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom, mesmo com os ingratos e os maus. Sede, pois, misericordiosos como também o vosso Pai é misericordioso.

A misericórdia não se limita a uma simples atitude de compaixão; a misericórdia identifica-se com a superabundância da caridade que, ao mesmo tempo, traz consigo a superabundância da justiça. Misericórdia significa manter o coração em carne viva, humana e divinamente repassado por um amor rijo, sacrificado e generoso. Assim glosa S. Paulo a caridade no seu canto a esta virtude: A caridade é paciente, é benéfica; a caridade não é invejosa, não actua precipitadamente; não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não pensa mal dos outros, não folga com a injustiça, mas compraz-se na verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. (Amigos de Deus, 232)


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segunda-feira, 5 de julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Para quem diz que a Fé não depende da Razão

8% dos russos acreditam na vitória no Mundial

Uma sondagem independente realizada em Moscovo no mês de Junho revelou que 8% dos russos acreditam que o seu país poderia vir a ganhar o Mundial 2010. O problema é que a Rússia nem sequer passou a fase de apuramento...

A pesquisa foi realizada pelo centro de Levada e incidiu em 1600 pessoas, em 130 cidades do país. O Brasil colheu a maioria dos votos (33%).

Destaque ainda para 2% de votos na Turquia...outro país que não conseguiu chegar ao Mundial da África do Sul.

A Rússia não está no Mundial desde 2002, altura em que ficou na fase de grupos. Desde aí teve comportamento idêntico no Euro-2004 e conseguiu um brilharete no Euro-2008, caindo, apenas, nas meias-finais. in maisfutebol


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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Frase do dia

"Stultorum infinitus est numerus" (o número de tolos é infinito) 

Eclesiastes 1, 15


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S. Pedro e S. Paulo - S. Josemaria Escrivá

Ânimo! Tu... podes. – Vês o que fez a graça de Deus com aquele Pedro dorminhoco negador e cobarde...; com aquele Paulo perseguidor, odiento e pertinaz? (Caminho, 483)

Pedro diz-Lhe: "Senhor, Tu lavares-me os pés, a mim?!". Responde Jesus: "O que Eu faço, não o compreendes agora; entendê-lo-ás depois". Insiste Pedro: "Tu nunca me lavarás os pés!". Replicou Jesus: "Se Eu não te lavar, não terás parte coMigo". Simão Pedro rende-se: "Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!".

Ao chamamento a uma entrega total, completa, sem vacilações, muitas vezes opomos uma falsa modéstia como a de Pedro... Oxalá fôssemos também homens de coração, como o Apóstolo! Pedro não admite que ninguém ame Jesus mais do que ele. Esse amor leva-o a reagir assim: – Aqui estou! Lava-me as mãos, a cabeça, os pés! Purifica-me de todo, que eu quero entregar-me a Ti sem reservas! (Sulco, 266)

"Pesa sobre mim a solicitude por todas as igrejas", escrevia S. Paulo; e este suspiro do Apóstolo recorda a todos os cristãos – também a ti! – a responsabilidade de pôr aos pés da Esposa de Jesus Cristo, da Igreja Santa, o que somos e o que podemos, amando-a muito fielmente, mesmo à custa da bens, da honra e da vida. (Forja, 584)


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Que é o homem?

O mundo actual apresenta-se, assim, simultaneamente poderoso e débil, capaz do melhor e do pior, tendo patente diante de si o caminho da liberdade ou da servidão, do progresso ou da regressão, da fraternidade ou do ódio. E o homem torna-se consciente de que a ele compete dirigir as forças que suscitou, e que tanto o podem esmagar como servir. Por isso se interroga a si mesmo.

Na verdade, os desequilíbrios de que sofre o mundo actual estão ligados com aquele desequilíbrio fundamental que se radica no coração do homem. Porque no íntimo do próprio homem muitos elementos se combatem. Enquanto, por uma parte, ele se experimenta, como criatura que é, multiplamente limitado, por outra sente-se ilimitado nos seus desejos, e chamado a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, vê-se obrigado a escolher entre elas e a renunciar a algumas. Mais ainda, fraco e pecador, faz muitas vezes aquilo que não quer e não realiza o que desejaria fazer (Rom 7, 15). Sofre assim em si mesmo a divisão, da qual tantas e tão grandes discórdias se originam para a sociedade. [...]

Perante a evolução actual do mundo, cada dia são mais numerosos os que põem ou sentem com nova acuidade as questões fundamentais: Que é o homem? Qual o sentido da dor, do mal, e da morte, que, apesar do enorme progresso alcançado, continuam a existir? Para que servem essas vitórias, ganhas a tão grande preço? Que pode o homem dar à sociedade, e que coisas pode dela receber? Que há para além desta vida terrena?

A Igreja, por sua parte, acredita que Jesus Cristo, morto e ressuscitado por todos, oferece aos homens, pelo Seu Espírito, a luz e a força para poderem corresponder à sua altíssima vocação; nem foi dado aos homens sob o céu outro nome, no qual devam ser salvos (Act 4, 12). Acredita também que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre. E afirma, além disso, que, subjacentes a todas as transformações, há muitas coisas que não mudam, cujo último fundamento é Cristo, o mesmo ontem, hoje, e para sempre (Heb 13, 8).

Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo (Gaudium et spes), §§ 9-10


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