sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Frase do dia

"Reclamar é um vício voluntário que faz morrer a caridade." 

S. Pio de Pietrelcina


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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Ignorância sobre o casamento não é razão para mudar doutrina

Só porque muitos Católicos não percebem o ensinamento da Igreja sobre a indissolubilidade do casamento não significa que a Igreja possa mudar esse ensinamento, disse o Cardeal Gerhard Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé

Falando com os repórteres a 25 de Fevereiro - apenas dois dias depois do Colégio de Cardeais se reunir durante dois dias para discutir sobre o cuidado pastoral a ter com as famílias - ele disse que a grande difusão da falta de conhecimento entre os Católicos sobre a doutrina da Igreja era "lamentável". 

No entanto, só porque as pessoas não percebem a palavra de Jesus não significa que possa ou deva ser mudada, disse ele. "Seria paradoxal se a Igreja dissesse: 'Visto que nem toda a gente saber a verdade, a verdade deixa de ser obrigatória para o futuro.'" 

Não permitir aos recasados divorciados e aos casados civilmente acesso à Eucaristia "não tem a ver com a minha opinião", disse o Cardeal Müller; reflecte uma longa história de ensinamento e doutrina da Igreja. 

Depois da Arquidiocese de Friburgo, na Alemanha, dizer que tornaria mais fácil para os Católicos divorciados recasados receberem a Comunhão, o Cardeal Müller escreveu um artigo no Verão passado -- publicado num jornal alemão e em várias línguas do jornal do Vaticano -- a contradizer qualquer expectativa de que a Igreja Católica iria afrouxar a sua disciplina sobre receber os sacramentos. 

A atenção pastoral aos Católicos não pode ir contra a doutrina, disse o Cardeal aos jornalista a 25 de Fevereiro. "A doutrina e o cuidado pastoral são a mesma coisa. Jesus Cristo como pastor e Jesus Cristo como mestre com a sua palavra não são duas pessoas diferentes", disse ele. 

Apesar do Papa Francisco ter pedido uma nova aproximação pastoral que seja criativa, corajosa e caridosa, o Cardeal Müller disse que quaisquer que sejam estas aproximações, não podem ir contra a vontade de Jesus. 

O sacramento do matrimónio vai permanecer uma ligação indissolúvel entre marido e mulher e o ensinamento não pode ser mudado, disse ele. Quaisquer novas aproximações "têm que aprofundar o conhecimento" e a compreensão que as pessoas têm desse ensinamento. 

Muitos Católicos "pensam que o casamento é apenas uma reunião festiva celebrada na Igreja, mas os esposos estão a fazer um juramento, a prometer viver totalmente um para o outro, em corpo e alma, na Fé e na Graça de Deus", disse ele. 

"Não há solução, visto que o dogma da Igreja não é apenas uma teoria criada por teólogos"; representa "a palavra de Jesus Cristo, que é muito clara. Eu não posso mudar a doutrina da Igreja." 

O Cardeal Müller falou com os repórteres minutos antes de uma conferência para apresentar o seu novo livro sobre a pobreza. Sentado ao seu lado na apresentação do livro estava o Cardeal Oscar Rodriguez Maradiaga, com quem ele discordou publicamente sobre a aproximação da Igreja aos Católicos divorciados e casados civilmente. O tópico do casamento não surgiu durante a apresentação. Carol Glatz in Catholic News Service


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‘Progressismo’: a maior causa de morte e terror no século XX

por  George Neumayr

O autor inglês George Orwell escreveu que "a linguagem política está feita para fazer as mentiras parecerem verdadeiras e o homicídio respeitável e para dar uma aparência de firmeza ao que é puramente passageiro." Na história da manipulação da linguagem política, o termo "progressivo" ocupa certamente um lugar de destaque.

O termo é usado incessantemente para descrever ideias políticas, figuras políticas e homens da igreja, entre outros, que uma elite liberal julga serem iluminados. Através do uso repetitivo de "progressivo", os liberais modernos pensaram enganar o público ao igualar progressismo com progresso. Mas nenhuma igualdade destas se justifica. O fosso entre a retórica de "progresso" e a realidade do progresso é flagrante.

A escuridão do século XX é suficiente para dissuadir qualquer pessoa de confundir "progressismo" com progresso. As ideologias mais vis deste século foram todas apresentadas como "progressivas". Em nome de melhorar a humanidade, os auto-proclamados progressistas sentiram-se animados a um "progresso" que está bem mais longe dos preceitos básicos da razão e da lei natural.

Enquanto que algumas causas do século XX denominadas "progressivas" se qualificam como inócuas ou pelo menos debatíveis, muitas eram, sem dúvida, más. Os esquemas eugénicos do século, por exemplo, não vieram dos conhecidos reaccionários mas de progressistas que assim se auto-proclamavam com orgulho. Os principais juízes e presidentes de universidades do Ocidente apoiavam a eugenia abertamente antes da Segunda Guerra Mundial.


Nos anos 20, Oliver Wendell Holmes, considerado um pilar do progressismo, não pensou em mais nada se não em promover a divulgação da esterilização de quem quer que a elite considerasse inferior. Afinal de contas, disse ele, "É melhor para todo o mundo se, em vez de esperar pela execução de uma geração degenerada pelo crime ou de deixá-los a morrer à fome pela sua imbecilidade, a sociedade pudesse evitar aqueles que manifestamente não servem para a continuidade da sua espécie... Três gerações de imbecis já chegam."

Muito antes da Solução Final de Hitler, Margaret Sanger, fundadora da Planned Parenthood [N.T.: Associação internacional de Planeamento Familiar], estava a escrever sobre eliminar os de "mente fraca" e as minorias indesejáveis. Muito antes dos arquitectos do Obamacare conceberem paineis de morte para os idosos, o dramaturgo George Bernard Shaw, um querido dos progressistas, propôs alegremente painéis de exterminação: "De certeza que todos conhecem meia dúzia de pessoas, pelo menos, que não servem para nada neste mundo, que causam mais problemas do que aquilo que têm para dar. Simplesmente ponham-nos ali e digam 'Cavalheiro, ou Madame, podia ter a gentileza de justificar a sua existência?' "

A Califórnia "progressiva", o epicentro da eugenia no século XX, não foi buscar os seus esquemas à Alemanha de Hitler. Pelo contrário, os frios engenheiros sociais da Alemanha foram buscar as suas ideias eugénicas à Califórnia. Edwin Black, autor de War Against the Weak, observou que "só depois de a eugenia se tornar entranhada nos Estados Unidos é que a campanha foi transplantada para a Alemanha, e não com pouco esforço dos eugenistas da Califórnia, que publicaram folhetos a idealizar a esterelização e os faziam circular entre os oficiais e cientistas alemãos."

Locais supostamente progressivos como Pasadena e Palo Alto (o presidente de Stanford no início do século XX, David Starr Jordan, era um grande promotor da eugenia) foram faróis de iluminação aos olhos de Hitler, segundo Black:


Hitler estudou as leis eugénicas da América. Ele tentou legitimizar o seu anti-semitismo tornando-o numa espécie de medicina, envolvendo-o na fachada pseudo-científica e saborosa da eugenia. Hitler conseguiu recrutar mais seguidores entre os intelectuais alemães ao dizer que a ciência estava do seu lado. Enquanto que o ódio racista de Hitler veio da sua própria cabeça, a estrutura intelectual da eugenia, adoptada por Hitler em 1924, foi criada na América. Durante os anos 20, os cientistas eugenistas da Carnegie Institution cultivavam relações pessoais e profissionais profundas com os eugenistas fascistas da Alemanha. Na Mein Kampf, publicada em 1924, Hitler citou a ideologia eugénica da América e mostrou publicamente um conhecimento avançado da eugenia americana. "Existe hoje um estado," disse Hitler, "onde pelo menos são consideráveis os pequenos inícios que se encontram em ordem a uma melhor concepção. É óbvio, não é a nossa exemplar República Alemã, mas os Estados Unidos."


Os auto-proclamados progressistas também se enredaram nas raízes do comunismo russo. "Eu vi o futuro e funciona," disse o jornalista Lincoln Steffens depois de visitar a Rússia em 1921. O Bolchevismo e o progresso eram vistos como a única e mesma coisa.

"A maior parte dos liberais viam os bolchevistas como um movimento popular e progressista," escreveu Jonah Goldberg em Liberal Fascism: The Secret History of the American Left. "Praticamente toda a elite liberal, incluindo a equipa de confiança de Roosevelt, fez a peregrinação a Moscovo para tirar notas admiráveis sobre a experiência soviética."

Tendo em conta esta história negra, os usos contemporâneos de "progressismo" deviam merecer uma enorme suspeita. De facto, era normal esperar que a palavra tivesse desaparecido. Em vez disso, gozou de um renascimento. Para muitos políticos e jornalistas, "progressista" agora soa melhor que "liberal".

Em 2007, num debate durante as primárias presidenciais Democráticas, Hillary Clinton recusou-se a chamar-se liberal e escolheu, em vez disso, chamar-se progressista. Ela explicou:


Eu prefiro a palavra 'progressista', que tem um significado americano real, ao voltar atrás à Era Progressiva no início do século XX. Considero-me a mim mesma uma progressista moderna - alguém que acredita fortemente nos direitos e liberdades das pessoas, que acredita que estamos melhor como sociedade quando trabalhamos juntos e quando encontramos formas de ajudar aqueles que não têm todas as vantagens na vida, arranjando as ferramentas que precisam para levarem uma vida mais produtiva para si e para a sua família. Portanto, considero-me uma progressista americana moderna orgulhosa e penso que este é o tipo de filosofia e prática que precisamos de trazer de volta para a política americana.


A sua vaga definição de progressista fá-la parecer incrível e sem problemas, como se os progressistas defendessem nada mais que as normais inspecções de validade dos alimentos e uma sociedade civil robusta. Na verdade, o progressismo desencadeia noções secularistas e socialistas de perfeição humana e engenharia social divorciada de Deus e da lei moral natural que já se provaram desastrosas para a raça humana.


Se o progressismo é difícil de definir, é porque consiste em nada mais do que a vontade humana que está sempre a mudar. Não tem nenhum critério de progresso para além daquilo a que quem quer que esteja no poder chamar "progresso". A filosofia falsa e vazia que está por trás disto permite as formas mais sinistras de subjectivismo e de ideologias de poder.

Claro que é óbvio que os auto-proclamados progressistas gostavam de ver o público acreditar que as suas ideias políticas, económicas e religiosas têm o mesmo carácter de comprovadas e de mensurabilidade que o progresso tecnológico. Empurram a ideia de que a sociedade vai melhorar sob as políticas, economias e religiões "progressivas" da mesma forma que, dizem eles, os computadores melhoraram sob um progresso tecnológico mensurável e inegável.

Esta assumpção guia o progressismo, mas não tem uma base filosófica correcta. Igualmente incorrecta é o que C.S. Lewis chamava o "snobismo cronológico" construído no progressismo - "a assumpção de que o que quer que passou de prazo é, devido a isso, descredibilizado". Uma ideia verdadeira não deixa de ser verdade só porque aqueles que estão no poder deixam de a seguir.

A ironia do progressismo é que as suas políticas implicam quase sempre um regresso às más ideias e práticas corrompidas dos tempos antigos. É uma barbárie num novo disfarce. O que é que é mesmo novo em relação a eutanasiar os idosos, matar bébés, celebrar a promiscuidade e por aí em diante? Mesmo as suas noções mais sofisticadas de uma "constituição viva" e de um governo federal colectivista (ideias que são as grandes marcas do movimento Progressivo Americano) são apenas versões glorificadas de tiranias bem conhecidas dos antigos.

O termo progressismo anexa-se invariavelmente a políticas que fariam até pagãos devassos corar. Os Democratas auto-proclamados "progressistas", por exemplo, não têm meias medidas sobre extender abertamente o termo a práticas brutais como o aborto por nascimento parcial. Barack Obama, que tem orgulho no termo "progressista", nem sequer conseguiu opor-se às leis contra o infanticídio enquanto foi senador em Illinois.


Em linguagem comum, o progresso refere-se ao desenvolvimento gradual de algo. No seu uso político e religioso, "progressivo" mais frequentemente do que o contrário refere-se a práticas regressivas e primitivas e a ideias que deformam a vida e minam o desenvolvimento da civilização.


Como disse C.S. Lewis, uma pessoa verdadeiramente progressista é alguém que se mantém firme pelo meio de uma ideia falsa, seja qual for o seu estereótipo, e se move em direcção à verdade.
"Progresso significa aproximar-nos do lugar em que queremos estar", escreveu ele. "E se foram pela curva errada, então seguir em frente não vos vai levar para mais perto. Se estão na estrada errada, progresso significa dar meia volta e andar para trás, para a estrada certa; e nesse caso o homem que volta para trás mais cedo é o homem mais progressista."

O progresso autêntico, por outras palavras, é inseparável da verdade sobre o bem do homem. Qualquer ideologia com um critério de progresso não enraizado na verdade significa apenas uma corrupção e desorientação gradual. Tal como é evidente na mania pelo casamento gay no Ocidente, o "progresso" é agora definido não pela maior aderência à lei moral natural mas pela abolição total da lei natural.
Do mesmo modo, a forma como os media medem o "progresso" na Igreja Católica não é pela crescente aderência à santidade e à verdade mas pelos desvios dela. Os media coroam homens da igreja como "progressistas" se estes parecerem estar a substituir a ortodoxia pelo liberalismo moderno.
A incorporação do liberalismo moderno no Catolicismo é o destino final a que os "progressistas", tanto dentro como fora da Igreja, querem ir.


Ir para além da "verdade e falsidade" até uma aliança com o "mundo" é o contrário da missão da Igreja. Mas progressistas como Hans Kung, baseando-se num conceito darwiniano, vão sempre dizer que o último desenvolvimento, seja em religião ou política, é o melhor. Todas as mudanças são vistas como perfeitas, não destrutivas.

Uma experiência amarga já devia ter ensinado o público de que "uma mudança em que possam acreditar", como diz Obama, é normalmente uma mutação alarmante. "Progresso", aplicado à política e religião, entra na categoria de Orwell da retórica de uso pessoal para silenciar a oposição ao que quer que esteja a ser proposto. Ora isto devia pelo menos convidar ao cepticismo e não à submissão.
Para dizer como Lincoln Steffens, nós vimos o futuro sob o progressismo e claramente não funciona.

in LifeSiteNews.com


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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Frente-a-frente




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Carta do Papa Francisco às Famílias

Queridas famílias,

Apresento-me à porta da vossa casa para vos falar de um acontecimento que vai realizar-se, como é sabido, no próximo mês de Outubro, no Vaticano: trata-se da Assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada para discutir o tema «Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização». Efectivamente, hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho, enfrentando também as novas urgências pastorais que dizem respeito à família.

Este importante encontro envolve todo o Povo de Deus: Bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos das Igrejas particulares do mundo inteiro, que participam activamente, na sua preparação, com sugestões concretas e com a ajuda indispensável da oração. O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimónio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. 

Por isso, peço-vos para invocardes intensamente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa. Como sabeis, a esta Assembleia sinodal extraordinária, seguir-se-á – um ano depois – a Assembleia ordinária, que desenvolverá o mesmo tema da família. E, neste mesmo contexto, realizar-se-á o Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia, em Setembro de 2015. Por isso, unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize, através destes acontecimentos, um verdadeiro caminho de discernimento e adopte os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios actuais com a luz e a força que provêm do Evangelho.

Estou a escrever-vos esta carta no dia em que se celebra a festa da Apresentação de Jesus no templo. O evangelista Lucas conta que Nossa Senhora e São José, de acordo com a Lei de Moisés, levaram o Menino ao templo para oferecê-Lo ao Senhor e, nessa ocasião, duas pessoas idosas – Simeão e Ana –, movidas pelo Espírito Santo, foram ter com eles e reconheceram em Jesus o Messias (cf. Lc 2, 22-38). Simeão tomou-O nos braços e agradeceu a Deus, porque tinha finalmente «visto» a salvação; Ana, apesar da sua idade avançada, encheu-se de novo vigor e pôs-se a falar a todos do Menino. 

É uma imagem bela: um casal de pais jovens e duas pessoas idosas, reunidos devido a Jesus. Verdadeiramente Jesus faz com que as gerações se encontrem e unam! Ele é a fonte inesgotável daquele amor que vence todo o isolamento, toda a solidão, toda a tristeza. No vosso caminho familiar, partilhais tantos momentos belos: as refeições, o descanso, o trabalho em casa, a diversão, a oração, as viagens e as peregrinações, as acções de solidariedade... Todavia, se falta o amor, falta a alegria; e Jesus é quem nos dá o amor autêntico: oferece-nos a sua Palavra, que ilumina a nossa estrada; dá-nos o Pão de vida, que sustenta a labuta diária do nosso caminho.

Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na verdade e na caridade. A protecção da Bem-Aventurada Virgem Maria e de São José acompanhe sempre a todos vós e vos ajude a caminhar unidos no amor e no serviço recíproco. De coração invoco sobre cada família a bênção do Senhor.

Vaticano, 2 de Fevereiro – festa da Apresentação do Senhor – de 2014.


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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Câmara oculta: a abortista, perante um aborto aos 6 meses: “Não podemos dar à luz um bebé vivo (risos)”

O abortadouro chamado Southwestern Women´s Options [Opções para as Mulheres do Sudoeste], poderá continuar a sua missão. São especialistas em abortos tardios, e operam com impunidade sob as leis permissivas desse Estado. Barack Obama é um dos grandes apoiantes deste negócio, e enquanto Senador e depois como Presidente, fez tudo o que estava ao seu alcance para impedir que essas práticas fossem proibidas. Recolhemos informações sobre as instruções dadas às mães que vão a essa clínica, incluindo o terrível “não olhes para baixo" a que são aconselhadas.

Foram gravados por uma câmara oculta, e de novo o Live Action, no dia 8 de Novembro, conseguiu "apanhar" uma mulher grávida, para demonstrar a frieza e o cinismo ("falta de vergonha em mentir ou a defesa e prática de acções ou doutrinas repreensíveis", conforme definido pela Royal Academy ) com que se atende cada caso.

Em baixo mostramos o vídeo completo, e transcrevemos os momentos mais significativos.

00.31 (Recepcionista, que explica que o procedimento dura uma semana.)
Serão 8000 dólares. Ainda está sentada na cadeira? [Risos] Cada semana a mais do que a duração do processo, serão 1000 dólares a mais.

00.57 (Conselheira) Você está de 27 semanas, grávida de 6 meses.

1.06 (Conselheira) Sim, está desenvolvido. Em termos de sobrevivência, teria dificuldades e precisaria da ajuda de uma incubadora. Passaria algum tempo no hospital antes que pudesse levá-lo para casa.

1.37 (Abortista [Drª. Carmen Landau, bolsa de estudos em Cuba]) 
O primeiro dia. Damos-lhe um tiro para que o seu coração pare de bater, ok?

2.06 (Conselheira) Será inserida [a agulha para sugar o cérebro e assim facilitar a saída do bebé] na base do crânio.

(Mãe) Ele vai sentir alguma coisa?

[O vídeo do Live Action apresenta uma caixa que explica que todos os mecanismos que fazem com que o bebé sinta dor estão desenvolvidos às 20 semanas.]

(Conselheira) Eh , quer dizer, eu não estou... não tenho a certeza. Hum... Seria, bem ... Acho que não... Não sei se ele está suficientemente desenvolvido para sentir... Talvez... Isso incomoda-a?

(Mãe) Sim, um pouco, acho eu. E a si?

(Conselheira) [Risos] Ah , bem ... Eu acho que é... eh... é necessários para o processo, e em ultima análise... eh... É a maneira mais segura e mais humana para fazê-lo. Porque... eh... não podemos dar à luz uma criança...viva. [Risos]

(Mãe) Ou seja, é como ter um filho... mas o bébé está morto.

(Conselheira) Um "stillborn".

(Mãe) O que é um "stillborn"?

(Conselheira) "Stillborn" é uma criança morta.

3.10 (Mãe, para a abortista) Você já fez isso antes com pessoas na minha minha si[tuação]?

(Abortista) Sim, muitas vezes.

(Mãe) Já o fez muitas vezes ...

(Abortista) Sim.

(Mãe) Ok .

(Abortista) Sim, sim. As pessoas vêm de todo o país e de todo o mundo à nossa clínica, porque na maioria dos locais não se pode fazer um aborto com mais de 24 semanas. Sendo assim, temos muitas pessoas que já estão realmente muito avançadas na sua gravidez. As leis do Novo México não põem muitos problemas.
in Religión en libertad



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Bispos americanos recomendam o filme 'Filho de Deus', com Diogo Morgado

O Cardeal Donald Wuerl de Washington e o Arcebispo José Gomez de Los Angeles são alguns dos líderes cristãos que recomendam o filme Filho de Deus (Son of God) que conta a vida de Jesus (representado pelo actor português Diogo Morgado).


"É reconfortante ver como este filme dá vida às páginas do Evangelho e nos ajuda a ver a experiência daqueles que viveram no tempo de Jesus", afirmou o Cardeal Wuerl, segundo um comunicado da empresa produtora. "Pessoalmente, recomendo a todas as pessoas, mas especialmente às famílias esta maravilhosa história do Filho de Deus para que nos voltemos a inspirar sempre de novo com a história do amor de Deus por nós".
"O filme Filho de Deus é um filme muito importante porque nos dá a oportunidade para tomar consciência da presença de Deus nas nossas vidas, e de que somos filhos de Deus", acrescentou o arcebispo Gomez. "O filme é extraordinário para o meu ministério". in 'É o Carteiro'


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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Uma mentira repetida muitas vezes...




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O céptico - G. K. Chesterton

“Há um céptico mais terrível ainda do que aquele que acredita que tudo começou na matéria. É possível encontrar o céptico que acredita que tudo começou em si mesmo. Este é o que duvida não da existência de anjos ou de demónios, mas da existência dos homens e das vacas. Para ele, os próprios amigos não passam de uma mitologia que a sua mente arquitectou: foi ele quem criou o próprio pai e a própria mãe. Esta horrível fantasia tem em si qualquer coisa que a torna decisivamente atraente para o egoísmo, um tanto ou quanto místico, do mundo moderno. 

Aquele editor que pensava que certos homens iriam longe se acreditassem em si mesmos, aqueles que andam em busca do super-homem e vão procurá-lo no espelho, aqueles escritores que falam em imprimir a sua personalidade em vez de criarem vida para o mundo: todos esses homens estão, positivamente, a uma curta distância do mais terrível vácuo. E quando o benéfico mundo que nos cerca se tiver enegrecido como uma mentira, quando os amigos se esvaírem como fantasmas, quando os alicerces do mundo desmoronarem, quando o homem que não acredita em nada nem ninguém ficar sozinho no meio do seu pesadelo, ver-se-á escrita sobre ele, numa ironia vingadora, a grande legenda individualista. 

As estrelas serão apenas pontos na escuridão do seu cérebro, e a cara da sua mãe não será mais do que um simples esboço traçado pelo lápis de um louco nas paredes da sua cela. E por sobre essa mesma cela estará escrita esta terrível verdade: Este acredita em si mesmo.” in Ortodoxia


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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Mini-Papa




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"O melhor que podemos dar aos nossos filhos são irmãos", diz mãe de 18 filhos


É cada vez mais difícil ver uma família com mais de dois ou três filhos... agora, imaginar uma com dezoito é algo que supera até os contos de fadas ou os nossos avós. Pois bem, hoje, Rosa Pich está apresenta na cidade de Pamplona, na Espanha, o seu livro: “Como ser feliz com 1, 2, 3... filhos?”

“É um livro muito prático para católicos, protestantes, budistas... Está pensado para uma família com um ou dois filhos, porém escrito a partir da experiência de ter 18 e de ter vindo de uma família numerosa”, diz Pich numa entrevista concedida ao jornal Diário de Navarra.

Rosa Pich e seu marido Chema Postigo, de 48 e 53 anos, respectivamente, têm 18 filhos. Ela vem de uma família com 15 irmãos e ele de uma com 14. Casaram-se quando ela cumpriu 23 anos e ele 28. 

Como alimentar um exército tão grande? “Não comemos só frango”, já que, como afirmou a mãe, dois frangos são suficientes para toda a família. “Em primeiro lugar preparamos um quilo de arroz ou esparguete, que custa entre 0,80 e 0,90 cêntimos e enche muito. Somos de comer muita massa. Os meus filhos são desportistas e comilões. Além do mais, não faz falta comer tanta carne. E acompanhamos tudo com pão”. Uma média de 10 pães por dia, aproveitando o desconto de 0,20 cêntimos que uma padaria oferece para a família.

Recebem alguma ajuda do Estado? “A única é da Renfe. O Estado tem que se mexer. É necessário incentivar a natalidade, porque nos transformaremos num país de velhos. O problema não é a falta de comida, porque se desperdiça. O problema é que está mal distribuída”.

Rosa comentou que o pior não é ter filhos aos 40, mas ficar só nessa idade. “Ter filhos é ser muito feliz”, disse. “Parece-me que é preciso aprender que é possível viver com muito pouco. O importante –destacou Pich – e o que a cada dia como mãe tento ensinar aos filhos, é que é preciso dar-se aos demais e desde muito pequeno. Na rua vemos muita gente triste e é por não pensar nos outros”.

Obviamente que uma família tão numerosa não é um convento de monjas. Diz Rosa Pich que “Na minha casa existem momentos de caos, caos. Um precisa cortar o cabelo, com outro aconteceu algo na escola... Mas é preciso encontrar momentos para si mesmo. As vezes digo: ‘A Mãe vai sair’. Fecho a porta e dou uma volta no quarteirão. Também, depois de comer e jantar, temos um momento de conversa e depois cada um pega seu livro”.

Concluindo a entrevista ao Diario de Navarra Pich quis deixar uma palavra aos seus pais: “Obrigado, obrigado, obrigado. Ser uma família numerosa implica muitas renúncias e eles me deram tudo e sempre com alegria. Mãezinha, lembro-me que eu lhe perguntava: e quando vai descansar? E me respondia: “na outra vida”. adaptado de Zenit


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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Lista dos Títulos ou Diaconias dos novos Príncipes da Igreja


Os Cardeais, mesmo que vivam longe de Roma, são os mais directos colaboradores do Papa no ministério petrino. Portanto, seguindo uma tradição que vem da antiguidade, a cada um é atribuído um título ou uma diaconia correspondente a uma igreja de Roma. É um acto simbólico, não têm jurisdição nessas igrejas. No início os Cardeais eram escolhidos entre o Clero de Roma. 

Eis a lista dos recém-purpurados: 

1. Cardeal Pietro Parolin, Título dos Santos Simão e Judas Tadeu na Torre Angela

2. Cardeal Lorenzo Baldisseri, Diaconia Santo Anselmo em Aventino

3. Cardeal Gerhard Ludwig Müller, Diaconia de Santa Inês em Agonia

4. Cardeal Beniamino Stella, Diaconia dos Santos Cosme e Damião

5. Cardeal Vincent Gerard Nichols, Título do Santíssimo Redentor e Santo Afonso na Via Merulana

6. Cardeal Leopoldo José Brenes Solórzano, Título de São Joaquim em Prati di Castello 

7. Cardeal Gérald Cyprien Lacroix, I.S.P.X., Título de São José em Aurelio

8. Cardeal Jean-Pierre Kutwa, Título de Santa Emerenciana em Tor Fiorenza

9. Cardeal Orani João Tempesta, O.Cist., Título de Santa Maria Mãe da Providência no Monte Verde

10. Cardeal Gualtiero Bassetti, Título de Santa Cecília

11. Cardeal Mario Aurelio Poli, Título de São Roberto Belarmino

12. Cardeal Andrew Yeom Soo-Jung, Título de São João Crisóstomo no Monte Sacro Alto

13. Cardeal Ricardo Ezzati Andrello, S.D.B., Título del Santíssimo Redentor em Val Melaina

14. Cardeal Philippe Nakellentuba Ouédraogo, Título de Santa Maria Consoladora em Tiburtino 

15. Cardeal Orlando B. Quevedo, O.M.I., Título de Santa Maria "Rainha do Mundo" na Torre Spaccata 

16. Cardeal Chibly Langlois, Título de São Tiago em Augusta

17. Cardeal Loris Francesco Capovilla, Título de Santa Maria em Trastevere

18. Cardeal Fernando Sebastián Aguilar, C.M.F., Título de Santa Ângela Merici

19. Cardeal Kelvin Edward Felix, Título de Santa Maria da Saúde em Primavalle.


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Papa Bento XVI presente no primeiro consistório do Papa Francisco


A maior surpresa da cerimónia de hoje de manhã na Basílica de São Pedro foi a presença do Papa Bento XVI.

Neste dia da Cátedra de São Pedro, a Igreja ganhou 19 novos Cardeais (16 deles eleitores), vindos de várias partes do mundo. O novo Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, foi escolhido para dirigir algumas palavras no início da cerimónia, com as quais agradeceu ao Papa Francisco a confiança depositada nestes novos cardeais e reflectiu sobre as obrigações que advêm com a honra recebida.

No entanto, no início do seu discurso, agradeceu a presença do Papa Bento XVI, que de seguida foi aplaudido por toda a Basílica Vaticana. Quando renunciou ao papado, há cerca de 1 ano, Bento XVI deu a entender que desapareceria da cena pública, vivendo em clausura no Mosteiro Mater Ecclesiae, dentro dos muros do Vaticano.

Mas com o passar do tempo, e a notável melhora das suas capacidades físicas, o Papa Bento XVI tem sido visto cada vez mais vezes e hoje, para surpresa de muitos, esteve presente no primeiro consistório do Papa Francisco.

São momentos históricos estes que presenciamos, e seriam impensáveis ainda há poucos anos atrás. Veremos o que mais nos reserva esta situação invulgar de termos um Papa "activo" e outro "passivo".



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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

E tudo o vento levou...




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Abandono à providência divina - Pe. Jean-Pierre de Caussade SJ

Encontrar Deus tanto nas coisas mais simples e insignificantes como nas maiores é ter uma fé fora do comum, grande e extraordinária. Contentar-se com o momento presente é saborear e adorar a vontade divina em tudo o que se tiver de sofrer ou de fazer, naquilo que compõe o momento presente nas suas sucessões. Graças à vivacidade da sua fé, estas almas simples adoram a Deus igualmente nos estados mais humildes; nada derruba a sua fé, […] nada as espanta, nada as desgosta. 

Maria verá fugir os apóstolos, mas manter-se-á firme aos pés da cruz e reconhecerá o seu Filho, mesmo desfigurado pelos escarros e pelas chagas. […] A vida da fé mais não é que seguir a Deus através daquilo que O disfarça, O desfigura, O destrói e, por assim dizer, O aniquila. Eis a vida de Maria, do estábulo ao Calvário: ser fiel a um Deus que todos desconhecem, abandonam e perseguem. 

De igual modo, as almas de fé atravessam uma sucessão contínua de mortes, de véus, de sombras e de aparências que tornam irreconhecível a vontade de Deus; e seguem-na e amam-na até à morte de cruz, e sabem que há que deixar passar as sombras e correr atrás deste Sol divino. Da aurora ao poente, por mais escuras e espessas que sejam as nuvens que O escondem, este Sol ilumina, aquece e inflama os corações fiéis que O bendizem, O louvam, O contemplam.


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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Audiência Geral: Papa Francisco fala de improviso sobre a Confissão



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Parecer da Ordem dos Advogados sobre a possibilidade da co-adopção

Parecer da Ordem dos Advogados
(Sobre o Projecto de lei nº 278/XII/1ª (PS), consagrando a possibilidade
de co-adopção pelo cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo).


O projecto de lei em apreço constitui para a Ordem dos Advogados uma via algo sinuosa de ultrapassar parcialmente a rejeição de um projecto de lei do Bloco de Esquerda (o n.º 126/XII) que visava a eliminação total da impossibilidade legal de adopção por casais do mesmo sexo.

Tal como o projecto rejeitado, o ora apresentado procede à mesma subversão da hierarquia de direitos, partindo da constituição de um direito a adoptar quando, em bom rigor, esse direito não pode (co)existir com o direito a ser adoptado.

É o direito da criança a ser adoptada e não um pretenso direito de adultos (do mesmo sexo ou não) a adoptar que deve sempre prevalecer para o legislador.

O direito da criança a ser adoptada implica que essa adopção se faça em respeito pelo princípio da família natural, ou seja, por uma família constituída por um pai (homem) e uma mãe (mulher) e não com um homem a fazer de mãe ou com uma mulher a fazer de pai.

O desenvolvimento harmonioso da personalidade de uma criança (um dos seus direitos fundamentais) implica a existência de referências masculinas e femininas no processo de crescimento.

(...)

Por isso e também pelas considerações expendidas no parecer emitido a propósito do Projecto de Lei nº 126/XII (BE), cuja cópia se anexa, a Ordem dos Advogados Portugueses considera que o Projecto de Lei nº 278/XII/1ª (PS) não deve ser aprovado pela Assembleia da República.

Lisboa, 09 Outubro 2012


A Ordem dos Advogados


in oa.pt

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Bébés Financeiros Descartáveis: O Papa Francisco sobre a nossa cultura do descartável

OPapa tem umas palavras interessantes sobre bébés e a nossa cultura do descartável. Vou ligar as suas palavras com a minha experiência de pai feliz de sete filhos.

Marshalls2013 (74)
Mas antes de vermos isso, deixem-me fazer-vos uma confissão:
Eu tenho culpa disso. Com sete crianças, a nossa família usa imensos objectos "descartáveis":
  1. Fraldas descartáveis.
  2. Toalhas de papel descartáveis.
  3. Pratos de papel descartáveis.
  4. Guardanapos descartáveis.
  5. Bolsas de plástico descartáveis.
  6. Copos de papel descartáveis.
Como imensas famílias, habituámo-nos ao luxo dos objectos descartáveis. Simplesmente usamo-los e deitamo-los fora.
Na América é tudo muito mais difundido que isto. As pessoas compram um novo telemóvel. 12 meses depois livram-se dele. Já chegou algo melhor. Substituir o computador antigo a cada 12 meses é muito comum. Alguns até tratam os carros como objectos descartáveis!
O meu amigo Padre Pio Maria Hoffman falou-me recentemente de uma frase fantástica do Papa Francisco sobre a nossa "cultura do descartável" e a sua relação com o aborto, crianças militares e tráficos de seres humanos:


A paz também é ameaçada por cada negação da dignidade humana, em primeiro lugar pela falta de acesso a uma nutrição adequada. Não podemos estar indiferentes aos que sofrem de fome, especialmente as crianças, quando pensamos em quanta comida é desperdiçada todos os dias em muitos lugares do mundo imergidos naquilo a que eu muitas vezes chamei "a cultura do descartável". Infelizmente, o que se deita fora não é só a comida e objectos descartáveis, mas muitas vezes os próprios seres humanos, que são descartados como "desnecessários". 
Por exemplo, é assustador pensar mesmo que existem crianças, vítimas do aborto, que nunca vão ver a luz do dia; criança usadas como soldados, abusadas e mortas em conflitos armados; e crianças compradas e vendidas nessa forma terrível de escravatura moderna que é o tráfico humano, que é um crime contra a humanidade.
- Sua Santidade o Papa Francisco, Discurso ao Corpo Diplomático, 13 de Janeiro de 2014
pope francis with baby gesturing
Quando não valorizamos o que temos, isso torna-se dispensável ou "descartável".
A prática do aborto (tal como as crianças militares e o tráfico humano) trata as crianças comocomodidadesO Papa Francisco, nesta pequena citação, está a reposicionar o debate do aborto. É brilhante.
As crianças não são comodidades!
E, ainda assim, quando estamos em público com as nossas sete crianças, 95% dos comentários que recebemos são questões de comodidade. Muito poucos se focam na dignidade humana dos nossos filhos. Em vez disso, pensam neles como responsabilidades monetárias. São como um barco a desvalorizar na vossa garagem - com a excepção de que não flutuam num lago ou não vos puxam às voltas nos skis aquáticos.

Os filhos como fonte de consumo de dinheiro

A cultura vê os filhos como fontes de consumo de dinheiro. Como pais, o diabo está sempre a sussurrar a mesma mentira aos nossos ouvidos. O diabo diz baixinho, "Não vale a pena. Não podes pagar isso. Nunca andarás para a frente. Os filhos estão a impedir-vos de avançar."
O que há de tão brilhante nos comentários do Papa Francisco é que ele vira o jogo. Ele diz, "Vejam, o mundo só está a valorizar os miúdos como mortos (aborto), assassinos impressionantes (crianças militares) ou facilitadores de orgasmos (tráfico sexual/de humanos)."
Se não acreditam que o mundo caiu sob o pecado original, revejam essa lista.

Os filhos como imagens de Deus

A resposta a isto é repensar a forma como imaginamos os filhos. Eles têm alma. Têm alegria. Têm beleza. Cada pessoa que existe é "assombrosa e maravilhosamente feita." (Sl 139:14) A Fé ensina que Deus cria imediata e instantaneamente uma alma humana totalmente nova na concepção. Essa alma é única e tem grande dignidade aos olhos de Deus. Jesus ama as crianças pequenas. É por isso que Satanás odeia as crianças pequenas.
Se os filhos não vos fazem felizes ou são tentados a olhar para os filhos em termos financeiros, estão a dar ouvidos ao lado errado. O Espírito Santo está a dizer-vos uma coisa. O diabo diz-vos a coisa contrária. Dêem ouvidos ao primeiro. Resistam ao segundo e ele fugirá.

Porque é que eu amo os meus filhos

Nós temos sete filhos e muitas vezes sinto-me tentado a pensar neles em "termos financeiros." Quando recebo a conta por um braço partido ou uma janela partida, posso ser tentado a pensar que tenho sete buracos no casco do navio Marshall da Sétima Frota Americana [N.T.: ver aqui] - sempre a deixar entrar água e a afundar o navio.
Já falei sobre isto no meu podcast, mas o segredo para a alegria e para a paz é a gratidão. Sejam agradecidos e a melancolia vai-se embora.
Marshalls2013 (80)
  1. Eu gosto do meu filho Gabriel porque ele é esperto e divertido. Ultimamente anda a tornar-se um pouco filosófico tal como o seu velho. Igualzinho ao pai. É um inventor. Gosta imenso de atirar ao arco e flecha e de outros desportos.
  2. Gosto muito da Mary porque é muito alegre e divertida. Ela tenta fazer-me cócegas. Noutras vezes faz-me partidas. Ela é muito inteligente: uma aluna de 20.
  3. Gosto imenso da minha Rose porque me traz chá verde quente quando não lhe peço. Ela é uma líder. Tem um bando de raparigas à volta dela a toda a hora. Ela é uma enorme ajuda com a irmã bébé.
  4. Gosto muito do Jude porque é um grande dançarino e gosta imenso de cantar. Como o Gabriel, ele cria coisas. Ontem fez um arco de flecha.
  5. Gosto do Becket porque ele é tão parecido comigo quando eu era um miúdo - mas parece-se imenso à minha mulher. Podem ver a sua nova “dança ninja” num vídeo no meu mural do Facebook. Ele tem um grande coração. Vive num mundo de fantasia que é fascinante conhecer. Ele também é super organizado.
  6. Depois há o Blaise. Eu gosto imenso dele apesar de ter problemas com o açúcar no sangue e de gritar à noite (Deus fê-lo assim, não me posso queixar). Apesar de ter dois anos, tem pequenas frases muito queridas tipo "Wassup Dudes" e "Yee-haw." Ele gosta de se vestir de super-heróis e de usar máscaras. Se eu lhe disser, "És o meu super-homem" ou "és um cowboy" ele fica mesmo contente.
  7. A Elizabeth tem 7 meses. Ela sorri sempre que me vê (aceitem, se ela está com fome - então ela quer a mãmã). Ela faz aqueles sons de bébé que tenta falar. Está a começar a caminhar no chão.
Marshalls2013 (22)
Cada criança é um mistério. Cada criança está escolhida para um destino especial. Não existe nada de "descartável" ou dispensável em relação a elas. Eu abençoo-as. Quero que elas saibam que Deus tem planos para as abençoar nesta vida e para a eternidade. Eu tenho o digno trabalho de as guiar por esse destino divino.
Conseguem dar um preço a isso? Taylor Marshall


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