Quando São Tomás de Aquino chegou à Universidade de Paris havia uma grande perseguição aos padres dominicanos (e também alguma aos franciscanos). Eram novas ordens religiosas, radicais na forma de viver os conselhos evangélicos e tinham muitas vocações. Eram grandes intelectuais e respondiam a qualquer bom argumento com outro ainda melhor.
Aqui fica uma provocação feita a São Tomás e a respectiva resposta:
"Um membro de uma ordem religiosa, que afinal de contas escolheu seguir o caminho de perfeição, não deveria simplesmente sofrer o ataque dos inimigos sem oferecer qualquer defesa?"
Responde São Tomás: "Sim, quando isso disser respeito à sua própria pessoa; o membro de uma Ordem deve até estar preparado para aguentar coisas bem piores que palavras hostis. Mas, quando o ataque se eleva contra a forma de vida evangélica em si, isto é, contra os ensinamentos divinos, a resposta tem que ser não."
in 'Quaestiones quodlibetales'
1 comentário:
Segundo a minha opinião, este texto pode perfeitamente responder a muitas dúvidas atuais, sobre o que é ou não é, respeitar a OBEDIÊNCIA que Deus nos impõe, relativamente, à Igreja.
Se bem entendi, quando os ataques são puramente pessoais, devemos encará-los com paciência, humildade, tolerância, misericórdia...numa linha de perdão, sempre que não exista possibilidade de dialogar com o "inimigo", a fim de o trazer à razão.
Contudo, se os ataques são relativos à nossa postura de FIDELIDADE à Palavra de Deus, aos Seus Ensinamentos, podendo, na maior parte dos casos, ir CONTRA a CORRENTE, e até dar a impressão de que somos RIGORISTAS, RÍGIDOS, INTRANSIGENTES e sei lá que mais, devemos pôr Deus acima de todas as críticas e DEFENDER A VERDADE, contra TUDO e contra TODOS, com dignidade, claro.
Será que é esta a mensagem?
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