«Quando, passado algum tempo, estivemos presos, a Jacinta, o que mais Ihe custava era o abandono dos pais; e dizia, com as lágrimas a correrem-lhe pelas faces:
– Nem os teus pais nem os meus nos vieram ver. Não se importaram mais de nós!
– Não chores-lhe disse o Francisco.
– Oferecemos a Jesus, pelos pecadores.
E levantando os olhos e mãozinhas ao Céu, fez ele o oferecimento:
– Ó meu Jesus, é por Vosso amor e pela conversão dos pecadores.
– Ó meu Jesus, é por Vosso amor e pela conversão dos pecadores.
A Jacinta acrescentou:
– É também pelo Santo Padre e em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.
Quando, depois de nos terem separado, voltaram a juntar-nos em uma sala da cadeia, dizendo que dentro em pouco nos vinham buscar para nos fritar, a Jacinta afastou-se para junto duma janela que dava para a feira do gado. Julguei, a princípio, que se estaria a distrair com as vistas; mas não tardei a reconhecer que chorava. Fui buscá-la para junto de mim e perguntei-Ihe por que chorava:
– Porque – respondeu – vamos morrer sem tornar a ver nem os nossos pais, nem as nossas mães! E com as lágrimas as correr-lhe pelas faces: – Eu queria sequer, ver a minha mãe!
– Então tu não queres oferecer este sacrifício pela conversão dos pecadores?
– Quero, quero. E com as lágrimas a banhar-lhe as faces, as mãos e os olhos levantados ao Céu, faz o oferecimento:
– Então tu não queres oferecer este sacrifício pela conversão dos pecadores?
– Quero, quero. E com as lágrimas a banhar-lhe as faces, as mãos e os olhos levantados ao Céu, faz o oferecimento:
– Ó meu Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, pelo Santo Padre e em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria. Os presos que presenciaram esta cena quiseram consolar-nos:
– Mas vocês – diziam eles – digam ao Senhor Administrador lá esse segredo. Que Ihes importa que essa Senhora não queira?
– Isso não! – respondeu a Jacinta com vivacidade. – Antes quero morrer.
– Isso não! – respondeu a Jacinta com vivacidade. – Antes quero morrer.
Determinámos, então, rezar o nosso Terço. A Jacinta tira uma medalha que tinha ao pescoço, pede a um preso que Ihe pendure em um prego que havia na parede e, de joelhos diante dessa medalha, começamos a rezar. Os presos rezaram connosco, se é que sabiam rezar; pelo menos estiveram de joelhos.
Terminado o Terço, a Jacinta voltou para junto da janela a chorar.
Terminado o Terço, a Jacinta voltou para junto da janela a chorar.
– Jacinta, então tu não queres oferecer este sacrifício a Nosso Senhor? – Ihe perguntei.
– Quero; mas lembro-me de minha mãe e choro sem querer.
– Quero; mas lembro-me de minha mãe e choro sem querer.
Então, como a Santíssima Virgem nos tinha dito que oferecêssemos também as nossas orações e sacrifícios para reparar os pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria, quisemos combinar a oferecer cada um pela sua intenção. Oferecia um pelos pecadores, outro pelo Santo Padre e outro em reparação pelos pecados contra o Imaculado Coração de Maria. Feita a combinação, disse à Jacinta que escolhesse qual a intenção por que queria oferecer.
– Eu ofereço por todas, porque gosto muito de todas.
1 comentário:
Que grande lição nos dá essas crianças,mesmo nos piores momentos ,mantinham a fé e eram perseverantes em suas missões.Santa Jacinta e são Francisco Marto rogai por nós.
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