segunda-feira, 6 de março de 2023

Santa Perpétua e Santa Felicidade, Mártires

Origens

Uma nobre e uma escrava. O que sabemos sobre as origens das duas é pouco, porém digno de nota. Perpétua era uma senhora nobre da cidade de Car­tago, no Norte da África. Felicida­de era escrava de Perpétua, também de Cartago. As duas tinham cerca de 20 anos e eram cristãs numa região dominada pelo Império Romano, em tempos de perseguição contra os cristãos.

Senhora e escrava unidas pela Fé

Perpétua era rica, de família tradicional e nobre. O seu pai era pagão. Quando da prisão, ela tinha apenas vinte e dois anos e era mãe de um bebé recém-nascido. Felicidade estava com oito meses de gravidez.

Prisão

As duas foram presas no ano 203, por ordem do imperador romano Severo, pelo simples facto de serem cristãs. Severo, cujas origens familiares também estavam na África, tinha emitido um decreto de pena de morte aos cristãos. As duas sofreram as atrocidades da prisão unidas pela Fé, em oração e encorajando uma a outra.

O diário da prisão

Estando na prisão, Perpétua escreveu um diário que está entre os mais comoventes e realistas da História da Igreja. Nesse diário ela narra todo o sofrimento pelo qual passaram e descreve esperança cristã na vida eterna de maneira maravilhosa. No diário conta que o seu pai foi visitá-la à prisão para pedir que ela renunciasse à Fé e, assim, salvasse a sua vida. Ela, porém, preferiu a morte em vez de negar o Senhor da sua vida, Jesus Cristo.

Um parto na prisão

Temendo a pena de morte, Felicidade pedia diariamente a Deus que o seu filho nascesse antes que ela fosse executada. Assim aconteceu. Embora tivesse um parto muito sofrido, o seu filho nasceu livre. O filho de Santa Felicidade nasceu apenas dois dias antes que a sua mãe fosse martirizada na arena.

Baptismo na prisão

As Santas Perpétua e Felicidade, senhora e escrava, mantinham-se firmes na oração e no sustento da fé, apoiadas por outros 6 cristãos também presos. Estes tornaram-se seus companheiros de vida, de morte e de testemunho para o mundo. Perpétua e Felicidade, mesmo demonstrando tanta fé, ainda não tinham sido baptizadas. Por isso, receberam o baptismo na prisão. Isto fortaleceu ainda mais a fé dessas duas santas.

Torturas e martírio

Segundo os relatos oficiais da época, presentes no diário de Santa Perpétua, os cristãos homens foram martirizados primeiro, tendo sido lançados aos leopardos famintos. Foram despedaçados por esses animais. Perpétua e Felicidade foram lançadas aos touros selvagens. Perpétua viu a sua amiga e irmã ser atingida pelos animais e ainda conseguiu ampará-la nos seus braços e recompor a sua roupa estraçalhada, numa demonstração de respeito, dignidade e amor. 

Os pagãos que assistiam ao “espectáculo” emocionaram-se durante um curto espaço de tempo. Porém, logo começaram a gritar pedindo a morte de Perpétua. Então, os touros atingiram as duas e, logo em seguida, elas foram degoladas. Aconteceu no dia 7 de março do ano 203. 

Oração a Santas Perpétua e Felicidade

Deus Todo-Poderoso, que destes às mártires Santas Perpétua e Felicidade a graça de sofrer por Cristo, ajudai também a nossa fraqueza, para que possamos viver firmes na Fé, como elas que não hesitaram em morrer por vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 

Santas Perpétua e Felicidade, rogai por nós.

in Cruz Terra Santa


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1 comentário:

Anónimo disse...

Que Deus ACORDE o Seu Povo, porque tempos parecidos se aproximam, sem que a maioria esteja minimamente preparada.
Se, diante dum virus invisível, foi o que foi, como reagiremos, quando o massacre for mesmo a sério...