Pe. José de Anchieta escreve o 'Poema à Virgem', enquanto se encontra refém de indígenas, no litoral brasileiro. Benedito Calixto (1920) |
No dia 3 de Abril de 2014, o Pe. José de Anchieta, co-fundador da cidade de São Paulo, é canonizado sem os dois milagres geralmente necessários: um para a beatificação e outro para a canonização propriamente dita. Este procedimento denomina-se “canonização equipolente” (equivalente), pois equivale ao processo normal para declarar que determinada pessoa falecida se encontra junto de Deus, no Céu, a interceder pelos que ainda vivem na Terra.
O Papa Francisco assina um decreto, canonizando o jesuíta. O processo de Anchieta teve início em 1597, ano da sua morte, e dura há 417 anos. Houve muitos percalços, incluindo dificuldades financeiras e até a supressão da Companhia de Jesus em 1773. No entanto, recentemente, o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Angelo Amato, vislumbrou a possibilidade de se mudar de estratégia, com a canonização equipolente.
Nesta canonização deve-se ater a três requisitos básicos: 1) a prova do culto antigo ao candidato a santo, 2) o atestado histórico incontestável da fé católica e das virtudes do candidato, 3) a fama ininterrupta de milagres intermediados pelo candidato.
O Pe. Anchieta preenche sobejamente as três condições. Com efeito, são inúmeros os milagres e graças atribuídos à sua intercessão. Veneram-no como bem-aventurado (que está no Céu) tanto fiéis de São Paulo como de todo o Brasil, e das Ilhas Canárias, local onde Anchieta nasceu.
adaptado de Zenit
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