Hoje a Igreja lembra e reza por todos os que já morreram. Família, amigos, conhecidos, desconhecidos, todos devem estar incluídos na nossa oração neste dia e especialmente durante o mês de Novembro.
Como não pudesse visitar os locais onde estão sepultados “os meus”, fui rezar num cemitério, aqui em Roma, chamado ‘Cimitero del Verano’. Ao contrário do que o nome indica funciona o ano inteiro.
É um cemitério gigante com campas, jazigos e túmulos para todos os gostos. Impressiona ver quantas pessoas ali foram enterradas. Ver quando morreram: 1987, 1965, 1934, 1890, 1854…tantas! Ver os nomes, imaginar as vidas delas, os sonhos, como terão vivido, as alegrias e as tristezas, amores e desamores…
Também serve para fazer um exame de consciência da nossa vida aqui: pouca oração, apego a coisas materiais, desordens carnais, dificuldade em perdoar, desejo de honras, perder tempo com coisas inúteis, pouco serviço ao próximo, vaidades...
Tudo isso vai acabar ali. Tal como acabou para eles vai acabar para nós também. Quando morrermos não vamos levar nada disso connosco. O melhor mesmo é começar já a viver com este firme propósito: Nunca mais trocar o eterno pelo instante.
João Silveira
João Silveira
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