Como é belo o sorriso da infância! Assemelha-se ao raio de sol do nosso lar: quanto mais sorrisos, quanto mais a nossa casa resplandece.
Multiplicai-vos, seres encantadores, enchei de alegre animação e de gritos a casa onde nascestes! Deus gosta de ver-vos e de ouvir-vos. Providência das avezinhas e dos lírios dos prados, Ele quer ser, particularmente, o Deus das famílias numerosas. Reserva-lhes as suas melhores bênçãos, e dá-lhes não sei que especiais encantos que atraem a simpatia, a misericórdia e a liberalidade dos corações bem formados.
Não há aí os silêncios pesados que entristecem os lares desertos; nem o coração dos pais está exposto às idolatrias néscias que não cessam de rodear o filho único: o número não enfraquece o amor, multiplica-o; e não há nesses lares abençoados, nem ausências irreparáveis, nem lutos que não possam ser consolados; a flor ceifada por Deus deixa após ela flores amáveis que passam a amar-se mais, como que para se vingarem das traições da morte; nesses lares, o trabalho, a dedicação e o sacrifício impõem-se e perpetuam-se em tradições santas e gloriosas.
Há neles eleitos para povoarem o céu, soldados para povoarem o país, pioneiros para se apossarem do mundo: o império da terra pertence às famílias numerosas.''
R. P. Monsabré in 'Le Mariage' (Edit. P. Lethielleux, 1893)
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