sexta-feira, 10 de maio de 2024

Testamento de D. Pedro II ao seu filho D. João V, Rei de Portugal e Algarves

Encarrego-te o bem dever que deves governar e em primeiro lugar te encomendo a fé cathólica, o temor a Deus, o culto divino nos templos e lugares sagrados, lembro-te o muito, que deves amar a todos os teus vassalos e que és rei dos portugueses, os mais honrados e fiéis, que pode haver no mundo e que os reis de Portugal sempre tratarão vassalos como filhos, encarrego-te que premeies os bons e castigues os maos e que na administração da justiça te hajas com grande igualdade, sem attenderes a outros respeitos, mais que aos merecimento de cada hum, e principalmente de guerra não os dês, senão a quem os merecer e no que te aconselharem segue sempre o que for justiça e razão. 

O que for justiça e razão, justiça e razão! (repetiu) Deixo-te o reino de Portugal, de que Deos hum dia te háde pedir contas.

Fonte: A.N.T.T. Fundo Arquivistico Casa Real-Aquivo histórico do ministério das Finanças


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2 comentários:

Eduardo disse...

"É através de mim que os reis governam e os príncipes decretam leis justas. Através de mim, os chefes governam e os nobres dão sentenças justas." (Prov. 8, 15-16).
E era assim porque os nossos monarcas, católicos, sabiam que a Sabedoria detestava o orgulho e a soberba, a boca falsa que agora parecem estar tão presentes naqueles chefes que se atrevem a julgar o passado de Portugal com uma "boca" de Televisão. Os maus exemplos do modernismo, com rédea solta! Nada de novo! Já se passou o mesmo em Espanha, há bem pouco tempo, com outra "boca" falsa...!

Anónimo disse...

Mas alguém consegue imaginar qualquer líder atual a evocar Deus, desta maneira?
Ou mesmo, a referir conselhos desse gênero?
Hoje, todos somos mais do que perfeitos, egocentricos, autossuficientes, e precisamos de Deus para quê ? Mas será que Ele existe mesmo?
"-Vem Senhor Jesus, e dá um pouco de alegria aos que em Ti confiam..."