Nem só de Pão
vive o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus
Evidentemente que todos devemos atender com toda a seriedade as indicações das autoridades sanitárias e decisões do governo a respeito da pandemia, que nos asseguram que por aí anda. Foi isso que o Episcopado português procurou fazer com a suspensão das Missas públicas e, se interpreto rectamente, com a limitação de outros Sacramentos.
Convirá, no entanto, saber que essa decisão é disciplinar e prudencial, não podendo por isso vincular absolutamente a consciência dos sacerdotes, que tomando seriamente em consideração as recomendações dos especialistas em saúde salvaguardem com o rigor devido essas indicações.
Uma vez que “Importa
mais obedecer a Deus do que aos homens” (Act. 5, 29), qualquer Padre
poderá Celebrar a Santa Missa com o povo, desde que, evidentemente, tomadas
todas a precauções necessárias que garantam a impossibilidade de contágio.
Não se entende, por exemplo, que um Sacerdote num funeral possa fazer a encomendação do corpo e dizer algumas palavras, e esteja impedido de Celebrar a Santa Missa Exequial, mesmo que sem a Sagrada Comunhão Sacramental dos presentes - até, infelizmente, parece que a Santa Missa, por si só, não tenha uma eficácia independentemente da Comunhão dos que a ela assistem. O Santo Sacrifício oferecido é, ele mesmo, eficaz em favor da Salvação do mundo.
É, ainda, ininteligível, que com as
devidas precauções, não se atenda todo e qualquer penitente ao Sacramento da
penitência ou reconciliação. Mais grave seria proibir a absolvição e a Santa
Unção dos internados infectados com o Covid-19, pois se os médicos,
protegidos apropriadamente, podem e devem tratar deles seria uma cobardia que
os Sacerdotes não o pudessem fazer.
Outrossim seria imoral proibir os
Sacramentos do Baptismo e do Matrimónio, que respeitassem todas as precauções e
cuidados recomendados à restante população.
À Honra de CRISTO. Ámen.
Padre Nuno Serras Pereira
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