No dia
2 de Março de 1939, o Cardeal Eugenio Pacelli foi eleito Papa e tomou o nome de
Pio XII. E hoje, 81 anos depois dessa eleição, foram abertos ao público os
documentos do Arquivo Secreto do Vaticano referentes ao Pontificado do Papa Pio
XII, que atravessou a II Guerra Mundial. Finalmente poderá acabar uma lenda
negra que tentou acusar o Papa de ser conivente com o regime nazi, algo que tem
vindo a ser desmentido nas última décadas:
O primeiro ataque de vulto contra Pio XII deve-se a Rolf Hochhut,
que em 1964 apresentou a peça Der Stellvertreter (O Vigário).
Concomitantemente deve-se assinalar o livro de Saul Friedländer; Pio XII e o
Terceiro Reich. Exibiam a figura de um Papa favorável ao nazismo e indiferente
ao holocausto dos judeus.
Tal imagem era falsa. Com efeito; Pio XII foi o único dos grandes
homens da sua época que conseguiu salvar 800 mil judeus em toda a Europa
ocupada pelos nacional-socialistas; o próprio Saul Friedländer lhe devia a
sobrevivência no Seminário de Montluçon.
Por ordem de Pio XII, muitos institutos e conventos católicos
organizaram-se para abrigar clandestinamente os judeus perseguidos. O próprio
Vaticano, pequeno como é, foi um importante centro de resistência e de socorro
de todo tipo.
Merece atenção o testemunho do grande físico judeu Albert
Einstein, que no fim da guerra de 1939-45, declarou:
"A Igreja Católica foi a única a protestar contra os
atentados de Hitler à liberdade. Até então eu não tinha interesse pela Igreja,
mas hoje tenho grande admiração por ela visto que apenas a Igreja teve a
coragem de se levantar em favor da verdade espiritual e da liberdade
moral."
Dom Estêvão Bettencourt (OSB) in 'Pergunte e
Responderemos' 389 (Outubro 1994)
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