terça-feira, 22 de abril de 2025

Cardeal Zen insurge-se contra a precoce convocatória para reunião de Cardeais em Roma

O Cardeal Giovani Battista Re convocou os Cardeais para a primeira reunião das Congregações Gerais hoje de manhã no Vaticano, pouco mais de 24 horas depois da morte do Papa Francisco. O Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, bispo emérito de Hong Kong, enviou uma mensagem que se mostrava indignado por toda esta urgência:

“O Cardeal Zen gostaria de saber porque é que a primeira sessão das Congregações Gerais tem de começar tão cedo. Como é que os mais velhos das periferias podem chegar a horas? Há uma palavra amável que lhes recorda que não têm o dever de assistir, mas têm o direito - sim ou não?”

O Cardeal Zen tem sido uma voz activa contra o desastroso acordo entre a Santa Sé e a China e já foi chamado a tribunal várias vezes em Hong Kong por ser contra o regime comunista e assassino chinês.



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segunda-feira, 21 de abril de 2025

O Papa Francisco morreu

A bênção Urbi et Orbi de ontem, Domingo de Páscoa, foi o último acto público do Papa Francisco. Rezemos pelos repouso eterno da sua alma.

Requiem aeternam dona ei, Domine.
Et lux perpetua luceat ei.
Requiescat in pace.
Amen



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domingo, 20 de abril de 2025

Intróito da Missa de Domingo de Páscoa

O intróito - o início, as primeiras palavras da Missa - deste Domingo de Páscoa é belíssimo e vale a pena ser ouvido e rezado:

Ressuscitei e ainda estou convosco, Aleluia. Pusestes sobre mim a vossa mão, Aleluia. A vossa sabedoria mostrou-se admirável, Aleluia, Aleluia.


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A verdadeira alegria vem da Ressurreição de Cristo




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sexta-feira, 18 de abril de 2025

Jesus está morto

A igreja vazia, os altares desnudos, a lâmpada do sacrário apagada e, este próprio, aberto e vazio. Nosso Senhor não está – é visível. Foi-nos tirado, por causa nossas culpas e nossas faltas. Foi julgado, condenado e crucificado pelos meus crimes.

A cerimónia da Paixão é sóbria como convém a um dia como este. O sacerdote entra em silêncio e prostra-se no chão: singelo gesto para expressar o luto de toda a Igreja porque o Senhor está morto. E Ele está morto porque foi assassinado, e fomos nós que O assassinámos: prostrar-se com o rosto por terra é também sinal de vergonha. De angústia diante da enormidade da nossa malícia, tão grande que foi capaz de matar a Deus.

O Senhor está morto! E nós, agora, não temos a onde ir. Porque nós estragámos até mesmo a maior das Graças que poderíamos receber dos Céus. Nós crucificámos o Filho de Deus, que viera ao mundo para nós. E, durante o tradicional canto da cerimónia de adoração da Cruz, o Altíssimo nos interpela, queixando-Se e perguntando o que foi que nos fez para que O matássemos. Perguntando o que mais poderia ter feito por nós para que o amássemos. Lançando-nos à face a nossa ingratidão: só na Cruz nós exaltamos Aquele que tanto nos exaltou. Infelizes de nós! Porque retribuímos com a máxima ingratidão a Quem tanto nos amou.

E é essa a Sexta-Feira da Paixão: a festa do amor desprezado, o clímax da nossa ingratidão. A memória do dia mais triste da história da humanidade: quando os homens mataram Deus. O Amor escarrado e humilhado, escarnecido e Crucificado, elevado no Madeiro e, ainda assim, amando…! O beijo que nós damos na cruz  tem outro sentido, mas é impossível não lembrar de Judas traindo com um beijo o Filho do Homem. Também eu estou naquele beijo, também é minha aquela traição. É esta a hora das trevas e não somos meros espectadores no drama da Sexta-Feira Santa. Somos todos protagonistas na Crucificação de Cristo. São os meus pecados que Lhe rasgam a Carne, que Lhe vertem o Sangue, que O pregam na Cruz.

E, na Cruz, humilhado e obediente até a morte, Nosso Senhor entrega o espírito. E está consumado, condenado por nós, crucificado por nós, morto por nós. Não há espaço para Ele no nosso mundo! E as palavras arrependidas do centurião são também nossas, porque reflectem também a nossa dor e o nosso desespero quando, com as mãos cheias de sangue, tomamos consciência do grande crime que acabámos de cometer: Ele era verdadeiramente o Filho de Deus… e matámo-Lo! Infelizes de nós! 

Jorge Ferraz in Deus lo vult


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quinta-feira, 17 de abril de 2025

Quinta-Feira Santa: Instituição da Eucaristia

Quinta-Feira Santa. Jesus Cristo institui a Eucaristia, antecipando o Sacrifício da Cruz que teria lugar no dia seguinte. Depois da Ceia, tomando o pão e disse: ISTO É O MEU CORPO.


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quarta-feira, 16 de abril de 2025

Quarta-Feira Santa: Judas Iscariotes trai Nosso Senhor

Vem cá, demónio, outra vez. Tu sábio? Tu astuto? Tu tentador? Vai-te daí, que não sabes tentar. Se tu querias que Cristo se ajoelhasse diante de ti, e souberas negociar, tu o renderas.

Vais-lhe oferecer a Cristo mundos? Oh! que ignorância! Se quando lhe davas um mundo, lhe tiraras uma alma, logo o tinhas de joelhos a teus pés. Assim aconteceu. Quando Judas estava na Ceia, já o diabo estava em Judas: Cum jam diabolus misisset in cor ut traderet eum Judas. – Vendo Cristo que o demónio lhe levava aquela alma, põe-se de joelhos aos pés de Judas, para lhos lavar, e para o converter. Senhor meu, reparai no que fazeis: não vedes que o demónio está assentado no coração de Judas? 

Não vedes que em Judas está revestido o demónio, e vós mesmo o dissestes: Unus ex vobis diabolus est? – Pois, será bem que Cristo esteja ajoelhado aos pés do demónio? Cristo ajoelhado aos pés de Judas, assombro é, pasmo é; mas Cristo ajoelhado, Cristo de joelhos diante do diabo? Sim. Quando lhe oferecia o mundo, não o pôde conseguir; tanto que lhe quis levar uma alma, logo o teve a seus pés. Para que acabemos de entender os homens cegos, que vale mais a alma de cada um de nós que todo um mundo.

As coisas estimam-se e avaliam-se pelo que custam. Que lhe custou a Cristo uma alma, e que lhe custou o mundo? O mundo custou-lhe uma palavra: Ipse dixit, et facta sunt - uma alma custou-lhe a vida, e o sangue todo. Pois, se o mundo custa uma só palavra de Deus, e a alma custa todo o sangue de Deus, julgai se vale mais uma alma que todo o mundo. Assim o julga Cristo, e assim o não pode deixar de confessar o mesmo demónio. E só nós somos tão baixos estimadores das nossas almas, que lhas vendemos pelo preço que vós sabeis. 

Pe. António Vieira in Sermão do Primeiro Domingo da Quaresma (1653)


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terça-feira, 15 de abril de 2025

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Polícia italiana pagou a reparação de um crucifixo vandalizado

Em Fevereiro, um homem roubou um crucifixo de uma igreja na Via delle Orfanelle, em Alessandria, no norte de Itália. O indivíduo brandiu o crucifixo como se fosse uma arma, jurando e cuspindo sobre ele, e danificou carros ao longo do Corso Virginia Marini com o objecto.

O autor foi detido pelos Carabinieri depois de ameaçar matá-los e de os agredir violentamente para evitar ser revistado. A polícia encontrou o crucifixo gravemente danificado, tanto na parte de madeira da cruz como na parte de chumbo que representava o corpo de Cristo.

O homem foi preso sob suspeita de causar danos graves a veículos, resistir à autoridade, manusear bens culturais roubados, transportar objetos ofensivos e insultar crenças religiosas. Foi também acusado de ter ameaçado um menor em frente a uma escola próxima na Via Morbelli, brandindo o crucifixo.

Quando os Carabinieri viram o crucifixo no chão naquele estado, ficaram profundamente consternados e decidiram, sem hesitação, pagar pela sua reparação por um profissional.

A 9 de Abril, o crucifixo foi devolvido à Diocese de Alessandria.

O Comandante Provincial, Tenente-Coronel Palatini, afirmou que "o homem que roubou o crucifixo e o utilizou para danificar carros, ameaçar pessoas e, com desprezo, amaldiçoá-lo e caluniá-lo, reduzindo-o a pedaços, feriu e insultou a comunidade e a nós".

in gloria.tv



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Jesus carregando a Cruz (1560) Tiziano Vecellio / Titian

"Vós, Redentor, amastes o homem de tal modo que, quem considerar este amor, não pode deixar de vos amar. Vosso amor faz violência aos corações." São João da Cruz


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domingo, 13 de abril de 2025

Semana Santa, a semana mais importante do ano

Num dia como o Domingo de Ramos, Jesus Cristo entrou em Jerusalém, onde foi recebido com honras de Rei e aclamado como O enviado por Deus. Mas o clima de festa não durou muito; 5 dias depois, essa multidão que tanto o louvara foi a mesma que gritou em uníssono: "Crucifica-O!" e que não descansou enquanto isso não aconteceu. Sobre este pequeno episódio diria o seguinte:

1. Não nos devemos preocupar com o que as pessoas pensam ou dizem de nós: num dia somos óptimos, no dia seguinte somos péssimos; para uns somos os melhores, para outros somos os piores. Apenas interessa o que Deus pensa de nós. Viver com essa consciência dá-nos uma grande liberdade. Foi assim que viveu Jesus.

2. As multidões podem ser manipuladas. Jesus foi recebido em festa e com pompa porque tinha feito bastantes milagres - alguns testemunhados por muitos dos presentes - e tinha ensinado como alguém com autoridade para o fazer, e não como os que ensinam uma coisa e fazem outra. Ainda assim, um pequeno grupo conseguiu influenciar essa multidão de maneira a que esquecesse o que sabia ser verdade e exigisse a maior injustiça do mundo: a morte de cruz a um homem que passou fazendo o bem.

3. Nosso Senhor aceita ser aclamado sabendo que uns dias mais tarde seria desprezado, insultado, agredido, açoitado, flagelado, crucificado e assassinado. Tudo aceitou sem se revoltar, com uma mansidão que faz corar a nossa revolta ao mínimo insulto ou correcção que nos fazem. Fez isso para nos salvar; e também para nos ensinar.

Santa Semana Santa a todos.



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sexta-feira, 11 de abril de 2025

As Sete Dores de Nossa Senhora

Esta Sexta-Feira antes da Semana Santa é dedicada às Sete Dores de Nossa Senhora. É uma boa coisa rezar um Pai-Nosso e sete Avé-Marias por cada uma delas:

1. A profecia de Simeão (Lc 2, 34-35)
2. A fuga para o Egipto (Mt 2, 13)
3. O Menino Jesus perdido e encontrado no Templo (Lc 2, 43-45)
4. Maria encontra Jesus a caminho do Calvário (Lc 23, 26)
5. Jesus morre na Cruz (Jo 19, 25)
6. Maria recebe o corpo de Jesus nos braços (Mt 27, 57-59)
7. O corpo de Jesus é colocado no Sepulcro (Jo 19, 40-42)


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quinta-feira, 10 de abril de 2025

Bispo Strickland fala da sua destituição e do estado da Igreja

"Quando recebi a notícia da minha destituição como bispo da Diocese de Tyler, foi um momento de dor, não por mim, mas pelo povo que pastoreei e pela Igreja que amo", disse Monsenhor Joseph Strickland, o ex-bispo de Tyler, Texas, ao InfoVaticana.com.

- "Não me foi dada uma explicação clara."

- "Recebi algumas palavras de apoio de alguns bispos, mas em privado. Ninguém teve coragem de me apoiar publicamente. O silêncio dos bispos diz tudo."

- "No episcopado a coragem não é opcional ; é uma exigência."

- "Acho que muitos bispos hoje têm medo de falar claramente."

- "Há um medo enorme [entre os bispos] de serem destituídos, marginalizados ou punidos."

- "O episcopado não se trata de autopreservação, mas de dar a vida pelo rebanho."

- "Fala-se muito na Igreja sobre sinodalidade e misericórdia, mas o Vaticano pune aqueles que defendem posições católicas, enquanto nunca sanciona aqueles que promovem abertamente heresias e falsas doutrinas."

- "Existe uma clara dualidade de critérios no Vaticano."

- "Se a sinodalidade realmente se trata de ouvir e caminhar juntos, por que razão as vozes dos católicos fiéis são tantas vezes ignoradas ou silenciadas?"

- "Se a misericórdia é verdadeiramente uma marca deste pontificado, por que razão é tão raramente estendida àqueles que simplesmente tentam permanecer fiéis ao depósito da Fé?"

- "Misericórdia sem verdade é falsa misericórdia, e unidade sem verdade não é unidade."

- "A Igreja não pode florescer se a fidelidade for punida e o erro tolerado."

- "Estamos a testemunhar um desmantelamento sistemático da doutrina, liturgia e ensino moral sob o pretexto de 'cuidado pastoral', 'inclusão' ou 'sinodalidade'."

- "Há uma crescente hostilidade contra a Fé Católica e contra aqueles que a defendem, enquanto a confusão e o erro são permitidos a espalhar-se sem controlo, até mesmo por aqueles em posições de mais alta autoridade."

- "A Igreja está a ser desfigurada pela ambiguidade, compromisso e falsa caridade."

- "A cabeça da Igreja é Cristo, não qualquer Papa ou bispo."

- "Não somos chamados a ser diplomatas ou políticos; somos sucessores dos Apóstolos."

- "Silêncio ou compromisso diante do erro é uma traição a Cristo."

- "Não seremos julgados por quanto agradámos ao mundo, mas por quão fielmente proclamámos a verdade."

- "Estamos a viver um dos pontificados mais polarizadores na História da Igreja."

- "Reverência e fidelidade são tratadas como problemas, enquanto confusão moral e compromisso são tolerados ou até encorajados."

- "Um pontificado deveria confirmar os irmãos na fé, não desestabilizá-los."

in gloria.tv


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quarta-feira, 9 de abril de 2025

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Comunistas espanhóis cortaram os dedos a um Cartuxo que não largava o Terço


A 19 de Julho de 1936, milicianos comunistas chegaram ao mosteiro cartuxo de Santa Maria de Montalegre, em Tiana, Barcelona. Vinte monges viviam ali, dedicados a uma vida contemplativa, estritamente separada do mundo e de qualquer tipo de política.

Os milicianos irromperam como uma horda furiosa, armados e cheios de ódio. Revistaram as celas, destruíram imagens e profanaram a igreja. Chamaram os monges de "parasitas", "preguiçosos" e "fascistas com escapulários".

Os monges receberam a escolha entre abandonar o mosteiro ou morrer. O prior, Dom José María Reig, ordenou que saíssem. Alguns refugiaram-se em casas de amigos. 

No entanto, os criminosos comunistas não se contentaram com a expulsão. Perseguiram os monges um a um. O prior e vários irmãos foram presos em condições desumanas, sem acusação, julgamento ou direitos. Apenas com uma sentença assinada: morrer por serem monges.

Foram transportados pelas estradas catalãs em camiões, tratados como animais. A cada paragem, insultos e espancamentos aumentavam. Em determinado momento, ordenaram-lhes que saíssem: "De joelhos!" gritaram. "Peçam desculpa à República [Comunista Espanhola]!"

Mas os monges não pediram desculpa; apenas rezaram. Um deles foi visto a mover os lábios em silêncio, recitando o Salmo 50: "Miserere mei, Deus, secundum magnam misericordiam tuam...".

Os criminosos mataram-nos. O corpo do prior ficou com os braços abertos, como numa cruz. Outro teve o crânio esmagado com a coronha de um rifle antes de ser morto. Um dos irmãos teve os dedos cortados porque não largava o seu rosário. Os cartuxos foram executados sem honra, sem nome e sem julgamento.

"Mesmo hoje há quem prefira silenciar estas coisas," escreve Jaime Gurpegui no InfoVaticana.com, "para que a história não interrompa os seus congressos sobre sinodalidade" e os seus sonhos de uma Igreja domesticada e neutral.

"Foi disto que Franco nos salvou," nota Gurpegui, "de toda a Catalunha se transformar numa Cheka ao ar livre, dos mosteiros serem arrasados e dos monges perseguidos como cães."

"Os cartuxos não clamam. Não fazem manifestações nem escrevem manifestos. Vivem em silêncio, rezam e fazem penitência. O seu mundo é a cela, a capela e o jardim. Por isso o seu martírio é ainda mais impressionante: porque fala sem levantar a voz. Porque clama em sangue. Porque é o testemunho de que nem o claustro nem o eremitério podem salvar do ódio quando esse ódio é dirigido contra Cristo."

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domingo, 6 de abril de 2025

Exame de consciência para adultos

Como se Confessar:

Antes de mais, é preciso examinar bem a consciência. Depois, dizer ao sacerdote que pecados específicos se cometeu, e, com a maior exactidão possível: quantas vezes cometeu aqueles pecados desde a última boa confissão. Só se é obrigado a confessar os pecados mortais. No entanto, a confissão dos pecados veniais ajuda muito a evitar o pecado e a avançar em direcção ao Céu. Se houver dúvida sobre se um pecado é mortal ou venial é melhor referir ao confessor a dúvida. 

Condições necessárias para um pecado ser mortal:

1. Matéria grave;
2. Pleno conhecimento;
3. Pleno consentimento da vontade.

Considerações preliminares:

1. Alguma vez deixei de confessar um pecado grave, ou conscientemente disfarcei ou escondi um tal pecado? Nota: Esconder deliberadamente um pecado mortal invalida a confissão, e é igualmente pecado mortal. Lembre-se que a confissão é privada e sujeita ao Sigilo da Confissão, o que quer dizer que é pecado mortal um sacerdote revelar a quem quer que seja a matéria de uma confissão.
2. Alguma vez fui irreverente para com este Sacramento, não examinando a minha consciência com o devido cuidado?
3. Alguma vez deixei de cumprir a penitência que o sacerdote me impôs?
4. Tenho quaisquer hábitos de pecado grave que deva confessar logo no início (por exemplo, impureza, alcoolismo, etc.)?

Primeiro Mandamento:  Eu sou o Senhor teu Deus, Não terás deuses estranhos perante Mim (incluindo pecados contra a Fé, Esperança e Caridade)

1. Descuidei o conhecimento da minha fé, tal como o Catecismo a ensina, tal como o Credo dos Apóstolos, os Dez Mandamentos, os Sete Sacramentos, o Pai Nosso, etc?
2. Alguma vez duvidei deliberadamente de algum ensinamento da Igreja, ou o neguei?
3. Tomei parte num acto de culto não católico?
4. Sou membro de alguma organização religiosa não católica, de alguma sociedade secreta ou de um grupo anticatólico?
5. Alguma vez li, com consciência do que fazia, alguma literatura herética, blasfema ou anticatólica?
6. Pratiquei alguma superstição (tal como horóscopos, adivinhação, tábua Ouija, etc.)?
7. Omiti algum dever ou prática religiosa por respeitos humanos?
8. Recomendo-me a Deus diariamente?
9. Tenho rezado fielmente as minhas orações diárias?
10. Abusei os Sacramentos de alguma maneira? Recebi-os com irreverência, como, por exemplo, a Comunhão na mão sem obedecer aos princípios e às sete regras promulgadas por Paulo VI como sendo obrigatórias neste caso?
11. Trocei de Deus, de Nossa Senhora, dos Santos, da Igreja, dos Sacramentos, ou de quaisquer coisas santas?
12. Fui culpado de grande irreverência na igreja, como, por exemplo, em conversas, comportamento ou modo como estava vestido?
13. Fui indiferente quanto à minha Fé Católica — acreditando que uma pessoa pode salvar-se em qualquer religião, ou que todas as religiões são iguais?
14. Presumi em qualquer altura que tinha garantida a misericórdia de Deus?
15. Desesperei da misericórdia de Deus?
16. Detestei a Deus?
17. Dei demasiada importância a alguma criatura, actividade, objecto ou opinião?

Segundo Mandamento: Não tomarás o Nome do Senhor teu Deus em vão

1. Jurei pelo nome de Deus falsamente, impensadamente, ou em assuntos triviais e sem importância?
2. Murmurei ou queixei-me contra Deus (blasfémia)?
3. Amaldiçoei-me a mim próprio, ou a outra pessoa ou criatura?
4. Provoquei alguém à ira, para fazê-lo praguejar ou blasfemar a Deus?
5. Quebrei uma promessa feita a Deus?

Terceiro Mandamento: Santificar Domingos e Dias Santos de guarda

1. Faltei à Missa nos Domingos ou Festas de guarda?
2. Cheguei atrasado à Missa nos Domingos e Dias Santos de guarda, ou saí mais cedo por minha culpa?
3. Fiz com que outras pessoas faltassem à Missa nos Domingos e Dias Santos de guarda, ou saíssem mais cedo, ou chegassem atrasados à Missa?
4. Estive distraído propositadamente durante a Missa?
5. Fiz ou mandei fazer trabalho servil desnecessário num Domingo ou Festa de guarda?
6. Comprei ou vendi coisas sem necessidade nos Domingos e Dias Santos de guarda?

Quarto Mandamento: Honra o teu pai e a tua mãe

1. Desobedeci aos meus pais, faltei-lhes ao respeito, descuidei-me em ajudá-los nas suas necessidades ou na compilação do seu testamento, ou recusei-me a fazê-lo?
2. Mostrei irreverência em relação a pessoas em posições de autoridade?
3. Insultei ou disse mal de sacerdotes ou de outras pessoas consagradas a Deus?
4. Tive menos reverência para com pessoas de idade?
5. Tratei mal a minha mulher ou os meus filhos?
6. Fui desobediente ao meu marido, ou faltei-lhe ao respeito?
7. Sobre os meus filhos:
a) Descuidei as suas necessidades materiais?
b) Não tratei de os fazer baptizar cedo? *(Veja-se em baixo)
c) Descuidei a sua educação religiosa correta?
d) Permiti que eles descuidassem os seus deveres religiosos?
e) Consenti que se encontrassem ou namorassem sem haver hipótese de se celebrar o matrimónio num futuro próximo? (Santo Afonso propõe um ano, no máximo).
f) Deixei de vigiar as companhias com quem andam?
g) Deixei de discipliná-los quando necessitassem de tal?
h) Dei-lhes mau exemplo?
i) Escandalizei-os, discutindo com o meu cônjuge em frente deles?
j) Escandalizei-os ao dizer imprecações e obscenidades à sua frente?
k) Guardei modéstia na minha casa?
l) Permiti-lhes que usassem roupa imodesta (mini-saias; calças justas, vestidos ou camisolas justos; blusas transparentes; calções muito curtos; fatos de banho reveladores; etc.)?
m) Neguei-lhes a liberdade de casar ou seguir uma vocação religiosa?
* As crianças devem ser baptizadas o mais cedo possível. Além das prescrições diocesanas particulares, parece ser a opinião geral ... que uma criança deve ser baptizada cerca de uma semana ou dez dias a seguir ao nascimento. Muitos católicos atrasam o baptismo por quinze dias ou um pouco mais. A ideia de administrar o Baptismo nos três dias que se seguem ao parto é demasiado estrita. Santo Afonso, seguindo a opinião geral, pensava que um atraso não justificado de mais de dez ou onze dias a seguir ao parto seria um pecado grave. Segundo o costume moderno, que é conhecido e não corrigido pelos Ordinários locais, um atraso de mais de um mês sem motivo seria um pecado grave. Se não houve perigo aparente para a criança, os pais que atrasem o baptismo por três semanas, pouco mais ou menos, não podem ser acusadas de pecado grave, mas a prática de baptizar o recém-nascido na semana ou dez dias que se seguem ao parto deve recomendar-se firmemente; e, de facto, pode mesmo recomendar-se um período ainda mais curto. — H. Davis S.J., Moral and Pastoral Theology, Vol. III, pg. 65, Sheed and Ward, New York, 1935

Quinto Mandamento: Não matarás 

1. Procurei, desejei ou apressei a morte ou o ferimento de alguém?
2. Alimentei ódio para com alguém?
3. Oprimi alguém?
4. Desejei vingar-me?
5. Provoquei a inimizade entre outras pessoas?
6. Discuti ou lutei com alguém?
7. Desejei mal a alguém?
8. Quis ferir ou maltratar alguém, ou tentei fazê-lo?
9. Recuso-me a falar com alguém, ou ressentimento de alguém?
10. Regozijei-me com a desgraça alheia?
11. Tive ciúmes ou inveja de alguém?
12. Fiz ou tentei fazer um aborto, ou aconselhei alguém a que o fizesse?
13. Mutilei o meu corpo desnecessariamente de alguma maneira?
14. Consenti em pensamentos de suicídio, desejei suicidar-me ou tentar suicidar-me?
15. Embriaguei-me ou usei drogas ilícitas?
16. Comi demais, ou não como o suficiente por descuido (isto é, alimentos nutritivos)?
17. Deixei de corrigir alguém dentro das normas da caridade?
18. Causei dano à alma de alguém, especialmente crianças, dando escândalo através de mau exemplo?
19. Fiz mal à minha alma, expondo-a intencionalmente e sem necessidade a tentações, como maus programas de TV, música reprovável, praias, etc.?

Sexto e Nono Mandamentos: Não cometerás adultério; não cobiçarás a mulher do próximo

1. Neguei ao meu cônjuge os seus direitos matrimoniais?
2. Pratiquei o controlo de natalidade (com pílulas, dispositivos intra-uterinos, interrupção)?
3. Abusei dos meus direitos matrimoniais de algum outro modo?
4. Cometi adultério ou fornicação (sexo pré-marital)?
5. Cometi algum pecado impuro contra a natureza (homossexualidade ou lesbianismo, etc.)?
6. Toquei ou abracei outra pessoa de forma impura?
7. Troquei beijos prolongados ou apaixonados?
8. Pratiquei a troca prolongada de carícias?
9. Pequei impuramente contra mim próprio (masturbação)?
10. Consenti em pensamentos impuros, ou tive prazer neles?
11. Consenti em desejos impuros para com alguém, ou desejei conscientemente ver ou fazer alguma coisa impura?
12. Entreguei-me conscientemente a prazeres sexuais, completos ou incompletos?
13. Fui ocasião de pecado para os outros, por usar roupa justa, reveladora ou imodesta?
14. Fiz alguma coisa, deliberadamente ou por descuido, que provocasse pensamentos ou desejos impuros noutra pessoa?
15. Li livros indecentes ou vi figuras obscenas?
16. Vi filmes ou programas de televisão sugestivos, ou pornografia na Internet, ou permiti que os meus filhos os vissem?
17. Usei linguagem indecente ou contei histórias indecentes?
18. Ouvi tais histórias de boa vontade?
19. Gabei-me dos meus pecados, ou deleitei-me em recordar pecados antigos?
20. Estive com companhias indecentes?
21. Consenti em olhares impuros?
22. Deixei de controlar a minha imaginação?
23. Rezei imediatamente, para afastar maus pensamentos e tentações?
24. Evitei a preguiça, a gula, a ociosidade, e as ocasiões de impureza?
25. Fui a bailes imodestos ou peças de teatro indecentes?
26. Fiquei sozinho, sem necessidade, na companhia de alguém do sexo oposto?

NB: Não tenhamos receio de confessar ao sacerdote qualquer pecado impuro que tenhamos cometido. Não escondamos ou tentemos disfarçá-lo. O sacerdote está ali para ajudar e perdoar. Nada do que possamos dizer o escandalizará; por isso, não tenhamos medo, por mais vergonha que tenhamos.

Sétimo e Décimo Mandamentos: Não roubarás; não cobiçarás os bens do teu próximo

1. Roubei alguma coisa? O quê, ou quanto?
2. Danifiquei a propriedade de outrem?
3. Deixei estragar, por negligência, a propriedade de outrem?
4. Fui negligente na guarda do dinheiro ou bens de outrem?
5. Fiz batota ou defraudei alguém?
6. Joguei em excesso?
7. Recusei-me a pagar alguma dívida, ou descuidei-me no seu pagamento?
8. Adquiri alguma coisa que sabia ter sido roubada?
9. Deixei de restituir alguma coisa emprestada?
10. Lesei o meu patrão, não trabalhando como se esperava de mim?
11. Fui desonesto com o salário dos meus empregados?
12. Recusei-me a ajudar alguém que precisasse urgentemente de ajuda, ou descuidei-me a fazê-lo?
13. Deixei de restituir o que roubei, ou obtive por embuste ou fraude? (Pergunte ao sacerdote como poderá fazer a restituição, ou seja, devolver ao legítimo dono o que lhe tirou).
14. Tive inveja de alguém, por ter algo que eu não tenho?
15. Invejei os bens de alguém?
16. Tenho sido avarento?
17. Tenho sido cúpido e invejoso, dando demasiada importância aos bens e confortos materiais? O meu coração inclina-se para as posses terrenas ou para os verdadeiros tesouros do Céu?

Oitavo Mandamento: Não levantarás falsos testemunhos contra o teu próximo

1. Menti a respeito de alguém (calúnia)?
2. As minhas mentiras causaram a alguém danos materiais ou espirituais?
3. Fiz julgamentos temerários a respeito de alguém (isto é, acreditei firmemente, sem provas suficientes, que eram culpados de algum defeito moral ou crime)?
4. Atingi o bom nome de alguém, revelando faltas autênticas mas ocultas (maledicência)?
5. Revelei os pecados de outra pessoa?
6. Fui culpado de fazer intrigas (isto é, de contar alguma coisa desfavorável que alguém disse de outra pessoa, para criar inimizade entre eles)?
7. Dei crédito ou apoio à divulgação de escândalos sobre o meu próximo?
8. Jurei falso ou assinei documentos falsos?
9. Sou crítico ou negativo sem necessidade ou falto à caridade nas minhas conversas?
10. Lisonjeei outras pessoas? 

Oração para antes da Confissão: 

Senhor, iluminai-me para me ver a mim próprio tal como Vós me vedes, e dai-me a graça de me arrepender verdadeira e efectivamente dos meus pecados. Ó Virgem Santíssima, ajudai-me a fazer uma boa confissão.


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Imagens e Crucifixos cobertos a partir deste Domingo da Paixão

Por que razão se tapam as imagens desde o Domingo da Paixão (quinto Domingo da Quaresma)? 

Tradicionalmente, as duas semanas do tempo "da Paixão" começam no quinto Domingo da Quaresma. A primeira semana é a Semana da Paixão e a segunda semana é a Semana Santa.

A leitura tradicional do Evangelho para este Domingo foca-se no ódio crescente das autoridades judaicas contra Cristo. Acusam-nO de ser um samaritano, de fazer feitiços, de blasfémia e de estar possuído por Satanás. Não pensam em Cristo como "um bom mestre". Julgam que é um agente demoníaco.

A antiga leitura do Evangelho no Primeiro Domingo da Paixão (o quinto Domingo da Quaresma) do capítulo oitavo do Evangelho de S. João acaba com estas palavras “Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou". (Jo 8, 59)

De acordo com Santo Agostinho, neste momento quando "Jesus se ocultou", Cristo ficou de facto invisível devido à Sua natureza divina. Santo Agostinho escreve:

"Ele não se esconde a Si mesmo num canto do templo, como se tivesse medo, ou a correr para uma casa, ou desviando-se para trás de uma parede ou coluna: mas pelo Seu Poder Divino, fazendo-se a Si mesmo invisível, passa pelo meio deles."

Para ajudar a exprimir este mistério, as estátuas e imagens Católicas são tapadas com véus roxos desde as Vésperas do fim de tarde antes do Domingo da Paixão. Jesus "esconde-Se a Si mesmo".

As estátuas permanecem cobertas até ao Glória de Sábado Santo. Este é o momento em que acaba o jejum da Quaresma e começa a glória da Páscoa. Este desvelar revela Cristo que se revelou a si mesmo como ressuscitado e vitorioso.

Também é um costume piedoso para os leigos Católicos cobrirem com véus roxos as imagens e estátuas de casa durante a época da Paixão.

A nossa Fé Católica é tão rica! Assegurem-se que ensinam aos vossos filhos e netos estas tradições antigas e bonitas!

Taylor Marshall


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sábado, 5 de abril de 2025

A água de São Vicente Ferrer

Certa vez, uma mulher foi ter com São Vincente Ferrer para se queixar que o marido estava sempre tão irascível e mal-humorado que tornava a coabitação insuportável. Ela pediu ao santo conselhos sobre como restaurar a paz na sua família. 

"Vá ao convento", disse o santo, "e diga ao porteiro para lhe dar um pouco da água da fonte. Quando o seu marido chegar em casa, tome um gole, mas não o engula, segure na boca e verá que milagres fará!" 

A mulher fez o que o santo lhe dissera. À noite, quando o marido voltou para casa, nervoso como de costume, a mulher tomou um gole daquela água milagrosa e fechou os lábios. E o milagre realmente aconteceu: depois de alguns minutos o marido ficou em silêncio e, assim, a tempestade na família passou. Nos dias seguintes, a mulher recorreu também a esse remédio e a água causou o mesmo efeito milagroso. 

O seu marido já não era mal-humorado, pelo contrário, tinha voltado a ser como tinha sido: dirigia à sua mulher palavras carinhosas e elogiava-a pela sua paciência e doçura. A mulher ficou tão feliz com essa mudança do marido que correu para o santo para lhe contar sobre o milagre realizado por aquela água especial. 

"Não foi a água da fonte que causou esse milagre", disse São Vicente sorrindo, "mas apenas o seu silêncio. As suas queixas contínuas enfureceriam o seu marido. Ao passo que o seu silêncio tornou-o terno e carinhoso novamente". 

Ainda hoje, em Espanha, há uma expressão que é: "Beber a água de São Vicente!"


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sexta-feira, 4 de abril de 2025

S. Isidoro de Sevilha sobre os que ensinam com soberba e não com caridade

Os mestres irados, por causa da sua fúria, convertem o tom do ensino em enorme crueldade e, pela mesma razão, prejudicam mais os seus súditos mais do que os ajudam.

Há muitos que, quando ensinam, não são humildes na exposição, mas antes arrogantes. E mesmo as coisas boas que pregam não são anunciadas por desejo de correção, mas por vício de grandiloquência.

Muitos há que ensinam não com a intenção de construir, mas para se engrandecer, e não são sábios para tirar proveito (para a Vida Eterna), mas querem ensinar para parecer sábios.

Há uma perversa imitação dos presbíteros arrogantes, que imitam os santos no rigor da disciplina mas desprezam-nos no afecto da caridade. Querem parecer rígidos pela severidade mas não querem dar exemplos de humildade, preferem ser terríveis do que como mansos e afáveis.

Os doutores soberbos sabem mais sobre ferir do que curar. É Salomão quem o testemunha (Ps. XIV, 9): Na boca dos insensatos está a vara da sua soberba, porque repreendendo com rigor ferem e não sabem ter simpatia através da humildade.

Quem aceita, por caridade de coração e humildade de consciência, curar os males do pecado alheio, faz bem. Mas quem repreende o criminoso com um coração orgulhoso ou odioso não corrige, mas fere. Porque tudo o que o protervo ou irado profere é a fúria de quem ofende, não a direção de quem corrige.

De tal forma que quanto mais tentam corrigir, mais aprofundavam a ferida e a rejeição; e mais favorecem imobilidade dos fiéis, pois não conquistavam a sua confiança.


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quinta-feira, 3 de abril de 2025

Nada como um jantar com os amigos



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Católicos confrontam o Arcebispo de Madrid


Mons. José Cobo Cano foi criticado por ter feito um acordo com o governo socialista de Pedro Sánchez, graças ao qual ficou em risco o Mosteiro Beneditino do Valle de los Caídos, onde está erigida a maior cruz do Mundo.


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quarta-feira, 2 de abril de 2025

Há 20 anos morria o Papa João Paulo II

Aqui ainda o jovem Padre Wojtyla, de batina preta.



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terça-feira, 1 de abril de 2025

O Papa Gregório XIII e o dia das mentiras

Foi graças ao Papa Gregório XIII que o ano civil começou a começar no dia 1 de Janeiro. Em 1582 o Papa reformou o calendário Juliano, instaurando, através da bula "Inter Gravissimas" o calendário Gregoriano, que usamos hoje em dia.

O calendário Juliano tinha originado uma diferença de 10 dias entre o equinócio da Primavera e o dia 21 de Março. Para resolver esse problema a reforma incluiu um salto de 10 dias no calendário: o dia 4 de Outubro de 1582 (Quinta-Feira) foi seguido pelo dia 15 de Outubro (Sexta-Feira).

O início do ano civil passou de dia 1 de Abril, ou últimos dias de Março, para o dia 1 de Janeiro. 

A reforma foi adoptada imediatamente por Portugal, Espanha, Itália e Polónia; e seguidamente por França e os outros países católicos europeus.

Os países protestantes adiaram essa reforma, preferindo "estar em desacordo com o Sol a estar de acordo com o Papa". Os mais apegados à tradição juliana, que continuaram a celebrar a passagem do ano no dia 1 de Abril, foram alvo de chacota e de algumas partidas, e daí surgiu a tradição do Dia das Mentiras (Poisson d'Avril ou April Fool’s).


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segunda-feira, 31 de março de 2025

Que doce é sofrer perdoando

Jesus bendito, que me ensinaram os homens que Tu não me tenhas ensinado na Tua cruz? Ontem vi claramente que só aprendemos acorrendo a Ti e só Tu nos dás forças nas provas e tentações; que somente ao pé da tua cruz, vendo-Te pregado a ela, aprendemos o perdão, a humildade, a caridade, a bondade. 

Não Te esqueças de mim, Senhor; olha para mim, prostrado na tua frente, e concede-me o que Te peço. Depois, que venham os desprezos, que venham as humilhações, que me importa! Contigo a meu lado tudo posso. A lição prodigiosa, admirável, inexprimível que me dás com a tua cruz dá-me forças para tudo. 

Cuspiram-Te, insultaram-Te, flagelaram-Te, pregaram-Te a uma cruz e, sendo Tu Deus, perdoaste, calaste-Te humildemente e ofereceste-Te a Ti próprio. Que posso dizer da tua Paixão? É melhor não dizer nada e que, no fundo do meu coração, medite no que o homem nunca poderá chegar a compreender; que me contente com amar profundamente, apaixonadamente, o mistério da tua Paixão.

Que doce é a cruz de Jesus! Que doce é sofrer perdoando! Como não ficar louco? Ele mostra-me o seu coração aberto aos homens e por eles desprezado. Onde já se viu e quem alguma vez sonhou suportar tamanha dor? Como vivemos bem no coração de Cristo!

São Rafael Arnaiz Baron  in Escritos espirituais, 07/04/1938 


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domingo, 30 de março de 2025

Católico interrompe Missa Negra no Kansas



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Hoje é o Domingo 'Laetare' (Alegra-te)

"Laetare, Ierusalem", assim começa o Introito desta Missa do IV Domingo da Quaresma. 

"Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos todos os que amais; entregai-vos à alegria, vós que estivestes na tristeza para que exulteis e vos sacieis na abundância de vossa consolação. Ps. Alegrei-me com o que me foi dito: iremos à casa do Senhor."

Esta alegria serve para aliviar a penitência quaresmal, sensivelmente a meio da Quaresma, e assim se percebe por que se usam hoje os paramentos cor-de-rosa, substituindo os roxos que são típicos do tempo penitencial.


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sábado, 29 de março de 2025

Bons hábitos




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«Priest holes» (esconderijos de padres)

Padres do Colégio dos Inglesinhos, em Lisboa, acabados de ordenar pelo Núncio Apostólico, no princípio dos anos 60

Chegou a altura de o povo britânico conhecer a sua história, é o que agora pensam os historiadores do Reino Unido. Não basta ler o que há escrito? J. J. Scarnbrick, Christopher Haig, Eamon Duffy, Diarmaid MacCulloch e outros académicos dizem que a história foi distorcida, ao serviço de uma mensagem, e é preciso recuperar as fontes. Tudo muda. Os novos livros fazem lembrar as obras antigas monumentais do Lingard, do Milner, ou a síntese do Cobbett, geralmente desprezadas como «propaganda católica».

O impacto deste novo olhar sobre os últimos quinhentos anos de história é imenso, porque, em certo sentido, é a própria identidade deste Povo que está em causa. Além disso, o movimento «revisionista» não é uma moda extravagante, é a unanimidade dos principais especialistas. Dizia-me um professor da universidade que a história do Reino Unido já não volta atrás, depois do revisionismo. Começa a aparecer um «pós-revisionismo», mas nada que ponha em causa aquela ruptura com a história habitual.

Ao mesmo tempo, é interessante notar que os revisionistas são revisionistas por razões científicas. Em geral, não alteraram as suas convicções religiosas. Alguns já eram católicos ou converteram-se ao catolicismo, mas a maioria continua a achar que o catolicismo é uma religião de pobres e italianos. O surpreendente – reconhecem os historiadores – é que esses marginais tenham realizado coisas tão extraordinárias, apesar de séculos de perseguição. Tiveram um papel determinante na educação e ainda hoje são maioria nas áreas da enfermagem e do apoio social, além de que produziram figuras de primeiro plano no âmbito da cultura.

A nova visão da história tem facetas inesperadas e até divertidas do ponto de vista turístico, como os «priest holes». A maioria já desapareceu, mas ainda se conservam muitas centenas, que se podem visitar. Estes buracos são cavidades no interior das paredes, ou poços por baixo do soalho, para esconder os padres que iam, de casa em casa, celebrar a Missa. A polícia vigiava (numas épocas mais do que noutras) e o jogo era a sério. Os disfarces e os sistemas para alimentar os padres dentro do buraco eram variados e imaginativos. Um passo em falso significava morte. Porque, desde o tempo de Henrique VIII, houve o cuidado de considerar que o catolicismo não era uma religião mas uma traição à pátria. Assim, evitava-se reconhecer a perseguição religiosa e as penas eram mais pesadas e sem apelo.

Li relatos de católicos ingleses que viajavam ao estrangeiro e ficavam escandalizados pela pressa com que se celebrava a Missa, mesmo em Roma. Imagino que estivessem habituados a Missas pouco frequentes, às escondidas, celebradas por um padre saído do «priest hole», alimentado através da gaveta da cómoda.

Ser padre, naquela época, era complicado. Os rapazes ingleses tinham de fugir do país para ir estudar para um seminário, em Roma, em França, em Espanha, na Bélgica. Até em Lisboa havia um seminário, na Travessa dos Inglesinhos, que funcionou até 1973. Para as famílias não serem perseguidas, os estudantes mudavam de nome, mal desembarcavam no continente. Em Roma, S. Filipe de Neri ajoelhava na rua, quando passava em frente do colégio dos ingleses e honrava-os como se tivessem sido mártires. Terminada a formação no seminário e ordenados, os padres regressavam clandestinamente à sua ilha e, de casa, em casa, dedicavam-se a atender os católicos. Às vezes, a coisa acabava mal. Mas, enquanto durava, era bom.

Os católicos ingleses nunca sabiam quando podiam voltar a confessar-se e assistir à Missa, de modo que queriam saborear esses momentos. No Continente, a Missa era tão rápida! Nem dava tempo para a pessoa se concentrar. Pelo menos, é o que os ingleses achavam.

José Maria C. S. André in 'Correio dos Açores'


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