Como introdução ao que vou escrever digo que sou benfiquista, que fiquei muito contente com o título de campeão nacional (mais do que merecido), que fui festejar para o Marquês de Pombal, que estive perto dos jogadores e da taça e que tenho fotografias que podem provar isto tudo!
Mas estar no meio daquela imensa multidão, no Domingo de Páscoa, fez-me pensar numa coisa: Como é que tanta gente sai de casa para comemorar um título nacional de futebol e não para comemorar a Ressurreição de Jesus (o verdadeiro)?
Acho a coisa mais natural do mundo a alegria que se segue a uma vitória destas, e a consequente vontade de comemorar, não tenho nada contra. Mas o que é esta alegria, que dura no máximo uns meses (até começar o próximo campeonato), a comparar com a alegria de ser salvo (não confundir com salvio)?
O mistério Pascal de Jesus responde a todas as perguntas e necessidades do coração humano: a pergunta sobre o sentido da vida, do sofrimento, a vontade de ser perdoado, de ser feliz, de viver para sempre com quem amamos.
Será que este evento não merece todos os anos, no mínimo, uma festa igual à que assistimos há dois dias?
Só vejo dois impedimentos para que isto aconteça:
- Muitas pessoas acham que nada disto tem a ver com elas e vivem as suas vidas como se não precisassem de ser salvos e sem tentar responder ao desejo de vida eterna.
- Muitos dos que sabem que realmente foram salvos, consideram a salvação como um dado adquirido e não deixam que a Ressurreição se torne um evento marcante nas suas vidas, e digno de ser comemorado com a maior das alegrias.
Mesmo assim não consigo deixar de sonhar ver um dia o "Marquês" reservado para que uma multidão incontável de cristãos comemore a Ressurreição do seu Senhor. Carrega Jesus!
João Silveira
João Silveira
3 comentários:
eu (que sou sportinguista ...) acrescentaria mais uma pergunta: porque é que "aqui", e mesmo em Espanha, as pessoas participam "bastante mais" nas prossissões de 6ªf Santa e "bastante menos"não no Domingo de Páscoa?
Acho que as suas respostas também servem para esta.
Panem et circensis. E cum brutus non est lutandum.
Bem ... e porque não organizar e fazer acontecer em vez de estar à espera que outros organizem ?
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