Santa Ana, ou
Sant'Ana - do hebraico Hannah: Graça - foi a Mãe de Maria Santíssima e
pertencia à família do sacerdote Aarão. O seu marido, São Joaquim, homem pio,
fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Segundo narra a
Tradição, Rubén parou Joaquim quando este estava para entrar no Templo para
levar a sua costumeira oferenda anual em dinheiro e disse: “Tu não tens o
direito de ser o primeiro, porque não geraste prole”.
Sant’Ana já era
idosa e estéril, e São Joaquim não queria tomar outra mulher para gerar filhos,
segundo os costumes hebraicos, porque amava a esposa. Confiando no poder divino,
São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do
Senhor apareceu-lhe e disse que Deus havia ouvido as suas preces. Tendo voltado
a Jerusalém, ambos se encontraram na Porta Áurea.
Algum tempo
depois Sant’Ana, a quem também aparecera concomitantemente um anjo (“Ana, Ana,
o Senhor ouviu a tua prece e tu conceberás e parirás e falar-se-á da tua prole
em todo o mundo”), ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a
esterilidade deu-lhes o prémio de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe
de Jesus.
O santo casal
residia em Jerusalém, perto da Porta dos Leões, ao lado da piscina de Betesda,
onde hoje se ergue a Basílica de Sant'Ana, construída pelos Cruzados e cuidada
pelos Padres Brancos (Sociedade dos Missionários da África). Num Sábado, 8 de
Setembro do ano 20 a.C., nasceu-lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam -
do hebraico: "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria.
Os pais de Maria
nunca foram nomeados nos textos bíblicos; a sua história foi narrada pela
primeira vez nos apócrifos¹ Protoevangelho de Tiago e Evangelho do
Pseudo-Mateus². Depois foi enriquecida de detalhes hagiográficos no curso dos
séculos, incluindo a Legenda Aurea de Jacopo de Varazze.
A Tradição conta
que as relíquias de Sant’Ana foram salvas de serem destruídas pelo
centurião Longinho. Os restos foram custodiados na Terra Santa até que, por
obra de alguns monges, chegaram a França, onde permaneceram durante anos.
Durante as incursões otomanas, o inteiro corpo da Santa foi guardado num caixão
de cipreste e murado, por precaução, que se encontrava numa capela escavada sob
a nascente catedral de Apt. Muitos anos depois, o corpo foi encontrado, graças
a diversos milagres e graças também a uma inscrição em grego. De seguida, o
corpo foi desmembrado e as relíquias enviadas por toda parte do Ocidente.
Actualmente, o crânio está em Castelbuono, na Sicília, onde no dia 27 de Julho
é levado em procissão. Entre os milagres, conta-se o do "lumezinho"
que permaneceu aceso ao lado do caixão durante anos, apesar da ausência de ar.
A mãe da Virgem
possui os mais diferentes patronatos, quase todos ligados a Maria; por ter
levado no ventre a Esperança do Mundo (Maria), o manto de Sant'Ana é verde. Por
isso na Bretanha, onde são devotíssimos, é invocada na colheita do feno. Por
ter custodiado Maria como uma jóia num cofre, ela é patrona dos ourives e
tanoeiros. Protege também os mineiros, os marceneiros, os carpinteiros e os
oleiros.
Por ter ensinado
à Virgem a cuidar da casa, tecer e costurar, é a padroeira dos fabricantes de
vassouras, dos tecelões, dos costureiros, dos fabricantes e comerciantes de
tecidos. É sobretudo a padroeira das mães de família, das viúvas, e, por ter
concebido a mais alta das criaturas humanas, sobretudo das parturientes; é
invocada nos partos difíceis e nos casos de esterilidade conjugal.
in Pale
Ideas
1 comentário:
Santa Ana, Padroeira dos Avós, ajude e proteja aqueles que, nesta Sociedade, cada vez mais conspurcada pelos valores do mundo, AINDA, falam de Deus aos seus netinhos, tentando transmitir-lhes o que é realmente CERTO!
E falo com conhecimento de causa! Porque, dialogando com jovens da rua, já várias vezes ouvi deles: "as palavras da senhora lembram-me a MINHA AVÓ!"--e dizem-no com nostalgia e muito carinho--
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