Qual é a raiz ideológica da atitude que hoje (na Europa) temos em relação ao Islão? É a ideia de que não existe um dualismo lógico entre verdade e erro nem um dualismo moral entre bem e mal, mas que tudo é relativo às necessidades e interesses do indivíduo no momento presente.
Relativismo moral e pragmatismo político são duas faces desta abordagem à realidade que não se alimenta da realidade mas da utopia, porque crê num mundo fictício e irreal que o desejo de poder, mascarado de debilidade, do indivíduo pós-moderno é incapaz de conquistar.
Se a Europa quer sobreviver deve modificar esta atitude psicológica e cultural. Mas como é que podemos contribuir para esta mudança? Começando por reavivar a ideia de que existe o bem e o mal, em sentido objectivo e absoluto, e que a verdade e os princípios, sobre os quais está fundada a nossa civilização, não são para arquivar como ideias do passado ou preconceitos ideológicos.
Roberto di Mattei (historiador) in Corrispondenza Romana
2 comentários:
Creio que falha num ponto: o islão é minoritário, largamente, na Europa, mesmo em França. Como sabemos, de relativismo tem nada.
O que abunda na Europa é outro tipo de atitude: os que não têm religião, seja porque não têm fé seja porque não se integram nem no catolicismo nem no protestantismo. Estes andam pelo menos em 40% da população e, eles sim, são relativistas. E são também os maiores opositores do islão.
Pelo que me é dado saber, neste momento o Islão é, no mínimo, muito mais coerente, relativamente aos Valores morais e Religiosos em que acredita, dando lições aos Católicos modernistas, que, pelo seu relativismo humanista, andam cada vez mais à deriva e ao sabor das modas, "não sendo carne nem peixe!"
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