terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

PMA

Bom post, Hugo! Lá no Seminário já passou a folha para assinarmos! Fez-me lembrar aqueles milhares de assinaturas que conseguimos juntar em semanas por causa do aborto! Temos de bisar!!

Tava a ver o site do referendo que puseste no post (recomendo a todos que vão ver) e descobri um artigo da nossa amiga Cancioneira! Apesar de ter lá coisas com que discordamos, obviamente, põe uma questão muito pertinente. Não passo o artigo todo, só excertos, por isso vão lá lê-lo!


"Matar embrião no útero é crime mas em laboratório é 'acidente' "

Ninguém sabe quantos embriões humanos já foram destruídos, por acidente ou desígnio, em duas décadas de procriação modicamente assistida (PMA) nos hospitais e clínicas portugueses. Como se ignora quantos embriões existem, em criopreservação, no País. Nenhum levantamento ou fiscalização foi jamais feito nessa área, que não é regulada por qualquer lei.

Ora é precisamente a destruição de um embrião que está em causa no aborto, que em Portugal, fora de determinadas circunstâncias, é criminalizado com pena de prisão até três anos para a mulher e até oito anos para quem induz o procedimento. Assim, o mesmo acto - destruir um embrião - pode ser crime, se ocorrer dentro do útero de uma mulher , ou «um acidente de percurso» laboratorial, sem qualquer gravidade em termos legais e não passível de qualquer penalização, se se passar no âmbito de técnicas de PMA.

Como explicar que o aborto seja considerado como um dos temas mais «fracturantes» da sociedade portuguesa, dando periodicamente origem a discussões extremadas, e ninguém pareça preocupar-se com o que se passa com os embriões nos laboratórios?

«É uma enorme incongruência». Para o presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, Silva Carvalho, a situação é difícil de entender: «É o mesmo embrião! Há estatutos diferentes, incoerências de procedimento. É o legislador a falar de ideias abstractas e princípios filosóficos, sem se ater à realidade.» Para este especialista de PMA, as questões éticas e legais suscitadas pela técnica e pelo aborto «podem e devem ser ligadas, e embora só encare a interrupção da gravidez em situações excepcionais, nunca a tendo praticado, não vejo motivo para escamotear as coisas.»
...

É bom perceber que não somos só nós, os que andam ainda nas Trevas, a perceber a gravidade do assunto da PMA!!

P.S depois o artigo tem pérolas como: "Num dado momento entendeu-se que a PMA é um bem para a humanidade, mas não há bela sem senão... E agora eis-nos perante esta situação, em relação à qual, pela sua novidade e dificuldade, o legislador não encontra uma solução. "

Du

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