“Deixa tudo, vem e segue-Me!”
É o que o Senhor me continua a dizer hoje,
como o disse ao homem rico, respondendo a uma pergunta corajosa
que eu gostava de ser capaz de fazer como ele a fez:
«que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?»
Não me pesam na consciência pecados graves
e penso ser razoavelmente justo,
aceitavelmente cumpridor e caridoso quanto baste.
Mas… não basta, diz o Senhor!
Falta-me, também a mim uma coisa: deixar tudo,
libertar-me de tudo o que não me deixa ir… para O seguir.
O peso das minhas coisas e do meu trabalho,
das minhas certezas, dos meus planos,
e do conforto de uma vida organizada…
não me deixam voar, não me deixam partir…
Partir para O seguir é bem diferente de fugir,
porque fugir é fácil e às vezes apetecível.
Partir para O seguir é pisar o caminho da Sua vontade,
levando comigo tudo o que sou e me foi confiado.
Mas para isso é preciso mesmo viver cada instante em função d’Ele,
fazer tudo diante d’Ele, decidir tudo segundo os seus critérios
que tantas vezes divergem dos meus
e quase sempre colidem com os do mundo.
Deixar tudo… é deixar que tudo seja d’Ele
o que me deu e o que Ele me tira,
o que conquistei e que Ele me pede,
o que desejo e Ele me nega.
Deixar tudo… é ter tudo e nada possuir
para que Ele possa dispor de mim a cada instante.
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