«Humildade»: a palavra grega é «tapeinophrosyne», a mesma palavra que são Paulo usa na Carta aos Filipenses quando fala do Senhor, que era Deus e se humilhou, se fez «tapeinos», e desceu fazendo-se criatura, fazendo-se homem, até à obediência da Cruz (cf. 2, 7-8). Portanto, humildade não é uma palavra qualquer, uma simples modéstia, uma coisa qualquer... mas é palavra cristológica. Imitar Deus que vem até mim, que é tão grande que se faz meu amigo, sofre por mim, morreu por mim. Esta é a humildade que se deve aprender, a humildade de Deus. Significa dizer que devemos ver-nos sempre à luz de Deus; assim, ao mesmo tempo, podemos conhecer a grandeza de ser uma pessoa amada por Deus, mas também a nossa pequenez, a nossa pobreza, e deste modo comportar-nos de modo justo, não como donos, mas como servos. Como diz são Paulo: «Não porque pretendamos dominar a vossa fé: queremos apenas contribuir para a vossa alegria» (2 Cor 1, 24). Ser sacerdote, ainda mais do que ser cristão, requer esta humildade.
«Mansidão»: no texto grego é esta a palavra «praütes», a mesma que aparece nas bem-aventuranças: «Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra» (Mt 5, 5). E no Livro dos Números, o quarto livro de Moisés, encontramos a afirmação de que Moisés era o homem mais manso do mundo (cf. 12, 3) e, neste sentido, era uma prefiguração de Cristo, de Jesus, que diz de si: «Eu sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29). Portanto, também esta palavra, «manso», «humilde», é uma palavra cristológica e exige de novo este imitar Cristo. Porque no Baptismo somos conformados com Cristo, portanto devemos conformar-nos com Cristo, encontrar este espírito do ser mansos, sem violência, de convencer com o amor e com a bondade.
«Magnanimidade», «makrothymia» significa generosidade do coração, não ser minimalistas que dão só o que é estreitamente necessário: demo-nos a nós mesmos com tudo o que pudermos, e cresçamos também nós na magnanimidade.
«Suportando-vos no amor»: é uma tarefa de todos os dias suportar-se uns aos outros na própria alteridade, e precisamente suportando-se com humildade, aprender o amor verdadeiro.
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