A cristã sudanesa condenada à morte por se ter recusado a renunciar à sua fé, e que se encontra detida, deu ontem à luz uma menina na ala hospitalar da cadeia.
Segundo o seu advogado, Elshareef Ali Mohammed, citado pela imprensa local, “ela nem foi levada para um hospital”. “Até ao momento, nem eu nem o marido tivemos autorização para a visitar”.
Meriam Ibrahim, 27 anos, foi condenada à morte no passado dia 15 de Maio, por um tribunal da capital sudanesa, por adultério e apostasia.
O tribunal não reconheceu o seu casamento, em 2011, com Wani, um cristão de quem tem um outro filho, de 20 meses, que se encontra com ela na cadeia.
Entretanto, mais de 660 mil pessoas já assinaram uma petição internacional para a libertação imediata e incondicional de Meriam Ibrahim, documento onde se afirma que a “apostasia e o adultério” não devem ser considerados como crimes.
Os advogados de Meriam entregaram, na passada semana, um recurso da sentença para o Tribunal de Bahri, havendo ainda a possibilidade de recorrerem para o Supremo e para o Tribunal Constitucional.
Caso estes recursos não surtam efeito, e segundo as regras em vigor, Meriam Ibrahim tem agora dois anos para amamentar a sua filha, até ser executada.
in AIS
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