O Santo Padre Francisco autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto relativo ao martírio do servo de Deus Óscar Arnulfo Romero y Galdámez, juntamente com outros futuros beatos. D. Óscar Romero (El Salvador, 1917-1980) foi Arcebispo de São Salvador, assassinado por ódio à fé no dia 24 de marco de 1980, enquanto celebrava a Santa Missa.
"Os mártires interpelam-nos a todos, crentes e não crentes, mas são sobretudo um farol luminoso para os que têm a sua esperança posta em Deus. Estou certo de que D. Óscar Romero vai ser um Santo muito querido."
"Conheci D. Óscar Romero – explica o Prelado do Opus Dei – por ocasião de alguma das visitas que fez a S. Josemaria, em Roma, em 1970. Era um homem piedoso, desprendido de si mesmo e entregue ao seu povo. Notava-se que lutava pela santidade. D. Óscar Romero foi um dos primeiros Bispos que, após a morte de S. Josemaria em 1975, escreveu ao Beato Paulo VI para pedir a abertura da sua causa de canonização. Estou certo de que agora, do Céu, continuará a interceder com o seu amigo S. Josemaria por esta porção do povo de Deus".
S. Josemaria e D. Óscar Arnulfo Romero conheciam-se desde 1955. O Arcebispo de São Salvador estimou o espírito do Opus Dei e manteve contactos frequentes com o trabalho apostólico dos fiéis da Prelatura em El Salvador. Em 1970 foi a Roma e teve várias conversas com S. Josmaria. Como relata o sacerdote Antonio Rodríguez Pedrezuela no seu livro "Um mar sem margens", o fundador do Opus Dei conseguiu que D. Óscar Romero descansasse durante aqueles dias romanos, porque conhecia bem a situação de tensão que se vivia em El Salvador.
O carinho era mútuo e, ao falecer o fundador do Opus Dei, D. Óscar Romero,na carta postulatória para a causa de canonização de S. Josmaria, expressava o seu agradecimento por ter recebido "alento e fortaleza de São Josemaría Escrivá para ser fiel à doutrina inalterável de Cristo e para servir com afã apostólico a Santa Igreja Romana".
Na mesma carta escreveu: "Soube unir na sua vida um diálogo contínuo com o Senhor e uma grande humanidade: notava-se que era um homem de Deus e o seu trato estava cheio de delicadeza, carinho e bom humor. São muitíssimas as pessoas que desde o momento da sua morte, lhe estão a pedir privadamente pelas suas necessidades". Como manifesta uma carta que lhe dirigiu o Beato Álvaro del Portillo meses antes da sua morte, esse afeto continuou depois do falecimento do fundador do Opus Dei.
Unia-o uma profunda amizade a Mons. Fernando Sáenz, que foi vigário do Opus Dei no país e, mais tarde, sucessor de D. Óscar Romero como Arcebispo de São Salvador. Esta amizade durou até ao próprio dia do seu assassinato, no dia 24 de março de 1980. Precisamente, nesse duro dia, D. Óscar Romero tinha participado, como noutras ocasiões, num convívio para sacerdotes organizado por sacerdotes do Opus Dei. Anos mais tarde, D. Fernando Sáenz relatou neste artigo como tinha sido o último dia do futuro Beato.
in opusdei.pt
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