Jornada de reflexão orientada pelo psicoterapeuta americano Richard Cohen
As questões relacionadas com a orientação sexual são hoje temas que merecem uma cuidada análise e por isso o nosso empenho em aproveitar a vinda a Portugal do Richard Cohen, fundador da International Healing Foundation, para ouvir a experiência dele nesta área. Tratou-se de uma proposta de reflexão e diálogo em conjunto que pensamos ter contribuído para a aprendizagem de uma perspectiva alternativa sobre o tema e de algumas ferramentas de intervenção úteis para estas situações.
A este propósito gostaríamos de partilhar as nossas impressões e também o feedback que nos foram dando as pessoas que assistiram a esta jornada de 27 de Abril de 2015. A perspetiva do Richard Cohen resulta da experiência pessoal de um processo de re-orientação sexual e de 25 anos de intervenção com pessoas com atracção pelo mesmo sexo (AMS). Humana e terapeuticamente revelou um percurso rico, de procura verdadeira, com um conhecimento abrangente e ecléctico de estratégias de intervenção aplicáveis em casos de AMS indesejada.
Partilhamos convosco, de forma breve, algumas ideias que Richard Cohen nos deixou, na esperança de que juntos, continuemos a refletir sobre este tema.
As ideias centrais sobre as quais o autor se baseia:
1. Não há provas conclusivas de que alguém nasça com Atracção pelo Mesmo Sexo (AMS);
2. Ninguém decide ter AMS;
3. É possível ter esperança num processo de re-orientação sexual.
Segundo o autor, as causas da AMS podem criar predisposição ou preferência pela Atracção pelo Mesmo Sexo, mas não predeterminação. Todavia, reforçou que a motivação é indispensável para a mudança.
Richard Cohen fala a partir de uma perspetiva de possibilidade de mudança, em casos de AMS indesejada:
1. A AMS é um sintoma, é necessário descobrir as causas que estão na sua raíz;
2. A AMS é, na sua essência, uma condição baseada em aspectos emocionais/relacionais;
3. A AMS é uma condição de género não-identificado.
Deixou-nos a referência de algumas investigações em linha com a sua perspectiva, com o repto urgente de investigarmos sobre este tema:
- 200 participantes relatam uma mudança de orientação homossexual para heterossexual - “Como a maioria dos psiquiatras, eu acreditava que a conduta homossexual só podia ser combatida e que nada podia realmente mudar a orientação sexual. Agora eu acredito que isso é falso; algumas pessoas podem mudar e mudam de facto.” Robert L. Spitzer, M.D., Columbia University. Archives of Sexual Behavior, October 2003, 32(5), 403 417.
- “A evidência empírica demonstra que a orientação homossexual pode de facto ser alterada através de terapia, em clientes motivados e nos quais a terapia de reorientação não produza dano emocional.” J.S. Maxmen, M.D. et al. (2009). Essential Psychopathology and Its Treatment, 3rd Edition, New York: Norton and Co.
A APSIC tem todo o interesse em formar um grupo de trabalho sobre o tema, com o intuito de promover a continuidade do estudo aprofundado sobre as questões da Orientação Sexual. Quem estiver interessado envie um e-mail para apsic2006@gmail.com.
Só assim poderemos ajudar melhor quem nos procura!
Comunicado da APSIC, Associação de Psicólogos Católicos
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