Tradicionalmente, as duas semanas do tempo "da Paixão" começam no quinto Domingo da Quaresma. A primeira semana é a Semana da Paixão e a segunda semana é a Semana Santa.
A leitura tradicional do Evangelho para
este Domingo foca-se no ódio crescente das autoridades judaicas contra
Cristo. Acusam-nO de
ser um samaritano, de fazer feitiços, de blasfémia e de estar possuído por
Satanás. Não pensam em Cristo como "um bom mestre". Julgam que é um
agente demoníaco.
A antiga leitura do Evangelho no Primeiro
Domingo da Paixão (o quinto Domingo da Quaresma) do capítulo oitavo do
Evangelho de S. João acaba com estas palavras “Então pegaram em pedras
para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio
deles, e assim se retirou". (Jo 8, 59)
De acordo com Santo Agostinho, neste
momento quando "Jesus se ocultou", Cristo ficou de facto invisível
devido à Sua natureza divina. Santo Agostinho escreve:
"Ele não se esconde a Si mesmo num
canto do templo, como se tivesse medo, ou a correr para uma casa, ou
desviando-se para trás de uma parede ou coluna: mas pelo Seu Poder Divino,
fazendo-se a Si mesmo invisível, passa pelo meio deles."
Para ajudar a exprimir este mistério, as
estátuas e imagens Católicas são tapadas com véus roxos desde as Vésperas do
fim de tarde antes do Domingo da Paixão. Jesus "esconde-Se a Si
mesmo".
As estátuas permanecem cobertas até ao Glória de Sábado Santo. Este é o momento em que acaba o jejum da Quaresma e começa a glória da Páscoa. Este desvelar revela Cristo que se revelou a si mesmo como ressuscitado e vitorioso.
Também é um costume piedoso para os leigos
Católicos cobrirem com véus roxos as imagens e estátuas de casa durante a época
da Paixão.
A nossa Fé Católica é tão rica! Assegurem-se que ensinam aos vossos filhos e netos estas tradições antigas e bonitas!
Taylor Marshall
1 comentário:
Todo esse simbolismo eu vivi quando era criança, assim como, até as músicas, passadas na Rádio e na Televisão, eram Sacras. De repente, tudo mudou e o mais grave é que ninguém nos explicou nada! E talvez, tenha sido esse o grande erro da Igreja: se antes nada explicava e tudo se assimilava mecanicamente, depois TUDO se banalizou da mesma maneira, e ficámos a saber o mesmo. Ora, aqui sim; teria sido necessária a "tal Pastoral", que ENSINASSE, ou melhor, que levasse os Crentes a SENTIR e, consequentemente, a VIVER Esse Momento tão Sagrado, como é a Paixão de Cristo.
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