terça-feira, 24 de março de 2020

Mensagem do Cardeal Burke sobre o combate contra o Coronavírus

Caros amigos,         

Há já algum tempo que estamos a lutar contra a propagação do Coronavírus (COVID-19). Pelo que entendemos – e uma das dificuldades da luta é que grande parte da pestilência é pouco clara –, a batalha ainda continuará por mais algum tempo. O vírus em questão é particularmente insidioso porque tem um período de incubação relativamente longo – alguns dizem quatorze dias, outros vinte dias – e é altamente contagioso, muito mais contagioso do que outros vírus que já experimentámos.            

Um dos principais meios naturais de nos defendermos do Coronavírus é evitando qualquer contacto próximo com outras pessoas. É importante, de facto, manter sempre uma distância – alguns dizem um metro, outros um metro e meio – dos outros e, naturalmente, evitar encontros de grupo, isto é, os encontros nos quais um certo número de pessoas se encontram muito próximas umas das outras. 

Além disso, como o vírus é transmitido por pequenas gotículas emitidas quando se espirra ou se assoa o nariz, é fundamental lavar as mãos frequentemente com sabão desinfectante e água quente durante, pelo menos, vinte segundos e usar toalhetes. É igualmente importante desinfectar mesas, cadeiras, superfícies de trabalho, etc., nas quais essas gotas possam ter caído e através das quais possam transmitir a infecção por um certo tempo. Se espirrarmos ou assoarmos o nariz, é-nos aconselhado que usemos um lenço de papel, colocando-o imediatamente no lixo, e que depois lavemos as mãos. Naturalmente, aqueles que são diagnosticados com o Coronavírus devem ser colocados em quarentena e aqueles que não se sentem bem, mesmo que não tenham sido diagnosticados com Coronavírus, devem, por caridade para com os outros, permanecer em casa até se sentirem melhores.     

Vivendo em Itália, onde a disseminação do Coronavírus tem sido particularmente letal, especialmente para os idosos e para aqueles que já se encontram num delicado estado de saúde, sinto-me edificado pelo grande cuidado que os italianos estão a ter para se proteger e para proteger os outros do contágio. Como já devem ter lido, o sistema de saúde italiano é posto duramente à prova na tentativa de fornecer aos mais vulneráveis os necessários internamentos e os cuidados intensivos.

Rezem pelo povo italiano e, sobretudo, por aqueles para quem o Coronavírus pode ser fatal e por aqueles a quem foi confiado o tratamento. Como cidadão dos Estados Unidos, acompanhei a situação da propagação do Coronavírus na minha pátria e sei que aqueles que vivem nos Estados Unidos se preocupam cada vez mais em parar a sua propagação para impedir que uma situação como a italiana se repita no país.  

A situação expõe-nos certamente a uma profunda tristeza e também ao medo. Ninguém quer contrair a doença ligada ao vírus ou fazer com que alguém a contraia. Não queremos, sobretudo, que os nossos queridos idosos ou outras pessoas que sofrem de problemas de saúde sejam postas em perigo de vida por causa da propagação do vírus. Ao combatermos a propagação do vírus, encontrámo-nos todos numa espécie de retiro espiritual forçado, confinados à acomodação e incapazes de mostrar os usuais sinais de afecto à família e aos amigos. Para os que estão em quarentena, o isolamento é claramente ainda mais grave, não podendo ter contacto com ninguém, nem mesmo à distância.

Se a doença associada ao vírus já não fosse suficiente para nos preocupar, não podemos ignorar a devastação económica que a propagação do vírus causou com os seus graves efeitos nos indivíduos e nas famílias e naqueles que nos são úteis de muitas maneiras na nossa vida quotidiana. Naturalmente, o nosso pensamento não pode deixar de incluir a possibilidade de uma devastação ainda maior da população da nossa pátria e do mundo.

Certamente, temos razão em conhecer e usar todos os meios naturais para nos defendermos do contágio. É um acto de caridade fundamental usar todos os meios prudentes para evitar contrair ou espalhar o Coronavírus. Os meios naturais para prevenir a propagação do vírus devem, no entanto, respeitar o que precisamos para viver, por exemplo o acesso aos alimentos, à água e aos medicamentos. O Estado, por exemplo, ao impor restrições cada vez maiores à circulação de pessoas, permite que as pessoas possam ir ao supermercado e à farmácia cumprindo as precauções de distância social e do uso de desinfectantes por todos os envolvidos.         

Ao considerar o que é necessário para viver, não devemos esquecer que a nossa primeira consideração é o nosso relacionamento com Deus. Recordemos as palavras de Nosso Senhor no Evangelho segundo João: “Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada” (14, 23). Cristo é o Senhor da natureza e da história. Ele não está distante e desinteressado em nós e no mundo. Ele prometeu-nos: “E sabei que Eu estarei convosco até ao fim dos tempos” (Mt 28, 20).

Na luta contra o mal do Coronavírus, a nossa arma mais eficaz é, portanto, a nossa relação com Cristo através da oração e da penitência, das devoções e do culto sagrado. Dirigimo-nos a Cristo para nos libertar da pestilência e de todo o mal e Ele nunca deixa de responder com amor puro e desinteressado. Eis por que é essencial para nós, em todos os momentos e especialmente em tempos de crise, ter acesso às nossas igrejas e capelas, aos sacramentos, às devoções e às orações públicas.    

Tal como somos capazes de comprar alimentos e medicamentos, tomando cuidado para não espalhar o Coronavírus, também devemos poder rezar nas nossas igrejas e capelas, receber os sacramentos e participar em actos de oração e devoção pública, para que conheçamos a proximidade de Deus para connosco e permaneçamos próximos d’Ele invocando oportunamente a Sua ajuda. Sem a ajuda de Deus estamos verdadeiramente perdidos. Historicamente, em tempos de peste os fiéis reuniam-se em fervorosa oração e participavam em procissões.

De facto, no Missal Romano promulgado, em 1962, pelo Papa São João XXIII, há textos especiais para a Santa Missa a ser oferecida em tempos de pestilência, a Missa Votiva para a libertação da morte em tempos de pestilência (Missae Votivae ad Diversa, n. 23). Do mesmo modo, na tradicional Ladainha dos Santos reza-se: “Da peste, da fome e da guerra, livrai-nos, Senhor”.             

Muitas vezes, quando nos encontramos em grande sofrimento e até mesmo defronte à morte, perguntamo-nos: “Onde está Deus?”. Mas a verdadeira questão é: “Onde estamos?”. Por outras palavras, Deus está certamente connosco para nos ajudar e salvar, especialmente no momento de uma grave prova ou da morte, mas muitas vezes estamos muito longe d’Ele porque não reconhecemos a nossa total dependência d’Ele e, portanto, não Lhe rezamos todos os dias e não Lhe oferecemos a nossa adoração. 

Nestes dias, ouvi de muitos católicos devotos que estão profundamente tristes e desencorajados por não poderem rezar e adorar nas suas igrejas e capelas. Compreendem a necessidade de observar a distância social e de seguir as outras precauções, e seguirão essas práticas prudentes, que podem ser praticadas facilmente nos seus locais de culto. Mas, muitas vezes, devem aceitar o profundo sofrimento de ter as suas igrejas e capelas fechadas e de não terem acesso à Confissão e à Santíssima Eucaristia.   

Do mesmo modo, uma pessoa de fé não pode considerar a actual calamidade em que nos encontramos sem considerar também quão distante a nossa cultura popular está de Deus. Não só é indiferente à Sua presença entre nós, mas também se rebela abertamente contra Ele e contra a boa ordem com que nos criou e nos sustenta no ser. Basta pensar nos banais e violentos ataques à vida humana, masculina e feminina, que Deus criou à Sua imagem e semelhança (Gn 1, 27), aos ataques aos nascituros inocentes e indefesos e àqueles que estão aos nossos cuidados, aos que são fortemente oprimidos por doenças graves, idade avançada ou necessidades especiais. Somos testemunhas quotidianas da propagação da violência numa cultura que não respeita a vida humana.     

Do mesmo modo, basta pensar no ataque generalizado à integridade da sexualidade humana, à nossa identidade de homem ou mulher, com o pretexto de definir para nós mesmos, frequentemente com meios violentos, uma identidade sexual diferente da que nos foi dada por Deus. Assistimos, com cada vez maior preocupação, ao efeito devastador sobre os indivíduos e sobre as famílias da chamada “ideologia de género”.      

Também somos testemunhas, mesmo dentro da Igreja, de um paganismo que adora a natureza e a terra. Há quem, dentro da Igreja, se refira à terra como a nossa mãe, como se viéssemos da terra e a terra fosse a nossa salvação. Mas nós vimos da mão de Deus, Criador do céu e da terra. Somente em Deus encontramos a salvação. Rezemos com as palavras divinas do Salmista: “Só em Deus repousa a minha alma, d’Ele vem a minha salvação. Só Ele é o meu rochedo e a minha salvação, a minha fortaleza: jamais vacilarei” (Sl 62 [61]). Vemos como a própria vida de fé se tornou cada vez mais secularizada e, portanto, comprometeu o Senhorio de Cristo, Deus Filho Encarnado, Rei do céu e da terra.

Somos testemunhas de muitos outros males que derivam da idolatria, da adoração de nós mesmos e do mundo, em vez de adorarmos a Deus, a fonte de cada ser. Vemos tristemente em nós mesmos a verdade das palavras inspiradas de São Paulo relativas à “impiedade e injustiça dos homens que retêm a verdade” e “que trocaram a verdade de Deus pela mentira e que veneraram a criatura e lhe prestaram culto de preferência ao Criador, o Qual é bendito por todos os séculos” (Rom 1, 18.25).     

Muitos com os quais estou em contacto, reflectindo sobre a actual crise sanitária mundial com todos os seus efeitos, expressaram-me a esperança de que ela nos leve – como indivíduos e famílias e como sociedade – a reformar a nossa vida, a voltarmo-nos para Deus que está seguramente próximo de nós e que é incomensurável e incessante na Sua misericórdia e no Seu amor por nós. Não há dúvida de que os grandes males, como a peste, são um efeito do pecado original e dos nossos pecados reais. Deus, na Sua justiça, deve reparar a desordem que o pecado introduz na nossa vida e no nosso mundo. De facto, Ele satisfaz as exigências da justiça com a Sua misericórdia superabundante.   
          
Deus não nos deixou no caos e na morte que o pecado trouxe ao mundo, mas enviou o Seu Filho unigênito, Jesus Cristo, para sofrer, morrer, ressuscitar dos mortos e ascender na glória à Sua direita, para permanecer sempre connosco purificando-nos do pecado e inflamando-nos com o Seu amor. Na Sua justiça, Deus reconhece os nossos pecados e a necessidade da sua reparação, enquanto que na Sua misericórdia nos dá a graça de nos arrependermos e de repararmos. O profeta Jeremias rezou: “Senhor, conhecemos a nossa malícia e a iniquidade dos nossos pais. Pecámos realmente contra Vós. Mas, por amor do Vosso nome, não nos abandoneis nem desonreis o trono da Vossa glória. Lembrai-Vos e não anuleis a aliança que connosco firmastes” (Jer 14, 20-21).               

Deus nunca nos vira as costas; jamais anulará a Sua aliança de amor fiel e duradouro connosco, mesmo que sejamos indiferentes, frios e infiéis. Enquanto o sofrimento actual descobre tanta indiferença, frieza e infidelidade da nossa parte, somos chamados a dirigir-nos a Deus e a implorar a Sua misericórdia. Estamos confiantes que Ele nos ouvirá e nos abençoará com os Seus dons de misericórdia, perdão e paz. Unamos os nossos sofrimentos à Paixão e à Morte de Cristo e, como diz São Paulo, “alegro-me nos sofrimentos suportados por vossa causa e completo na minha carne o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo Seu Corpo, que é a Igreja” (Col 1, 24).

Vivendo em Cristo conhecemos a verdade da nossa oração bíblica: “Pelo Senhor é que o justo se salva, o seu refúgio na hora da angústia” (Sl 37 [36], 39). Em Cristo, Deus revelou-nos plenamente a verdade expressa na oração do salmista: “Amor e Fidelidade se encontrarão. Justiça e Paz se beijarão” (Sl 85 [84], 11).          

Na nossa cultura totalmente secularizada há a tendência de ver a oração, a devoção e o culto como qualquer outra actividade, como por exemplo ir ao cinema ou a um jogo de futebol, que não é essencial e, portanto, pode ser cancelada ao se tomar precauções para conter a propagação de uma infecção mortal. Mas a oração, a devoção e o culto, sobretudo a Confissão e a Santa Missa, são essenciais para permanecermos saudáveis e espiritualmente fortes e para procurar a ajuda de Deus num tempo de grande perigo para todos.

Não podemos, portanto, aceitar simplesmente as decisões dos governos laicos que tratam o culto a Deus como se fôssemos a um restaurante ou a uma competição de atletismo. Caso contrário, as pessoas que já sofrem tanto com as consequências da peste são privadas daqueles encontros objectivos com Deus que está entre nós para restaurar a saúde e a paz.       

Nós, bispos e padres, devemos explicar publicamente a necessidade dos católicos de rezarem e de praticarem o culto nas suas igrejas e capelas e de andarem em procissão pelas estradas e ruas pedindo a bênção de Deus para o Seu povo que sofre tão intensamente. Devemos insistir para que as regras do Estado, também para o bem do Estado, reconheçam a importância distinta dos locais de culto, especialmente em tempos de crise nacional e internacional. No passado, de facto, os governos compreendiam, acima de tudo, a importância da fé, da oração e do culto das pessoas para superar uma peste.         

Como encontrámos o modo de prover os alimentos, os medicamentos e as outras necessidades da vida num período de contágio, sem arriscar irresponsavelmente a propagação do próprio contágio, de maneira semelhante podemos encontrar a maneira de prover as necessidades da nossa vida espiritual. Podemos providenciar mais ocasiões para a Santa Missa e para as devoções nas quais possa participar um certo número de fiéis sem violar as precauções necessárias contra a propagação da infecção. Muitas das nossas igrejas e capelas são muito grandes e permitem que um grupo de fiéis se reúna para a oração e o culto sem violar os requisitos da “distância social”.

O confessionário com a tela tradicional é geralmente dotado ou, caso contrário, pode ser facilmente dotado de um subtil véu que pode ser tratado com desinfectante para que o acesso ao sacramento da confissão seja possível sem grandes dificuldades e sem perigo de transmissão do vírus. Se uma igreja ou capela não tem pessoal suficiente para desinfectar regularmente os bancos e as outras superfícies, não tenho dúvida de que os fiéis, como sinal de gratidão pelos dons da Santa Eucaristia, da Confissão e da devoção pública, terão gosto em ajudar.         

Mesmo que, por qualquer motivo, não possamos ter acesso às nossas igrejas e capelas, devemos recordar que as nossas casas são uma extensão da nossa paróquia, uma pequena Igreja para a qual trazemos Cristo do nosso encontro com Ele na Igreja maior. Neste momento de crise, deixemos que nosso lar reflicta a verdade de que Cristo é hóspede de cada casa cristã. Voltemo-nos para Ele através da oração, especialmente o Rosário, e de outras devoções. Se a imagem do Sagrado Coração de Jesus, juntamente com a imagem do Imaculado Coração de Maria, ainda não estiver entronizada na nossa casa, este é o momento de fazê-lo.

O lugar da imagem do Sagrado Coração é para nós um pequeno altar em casa onde nos reunimos conscientes da morada de Cristo em nós através da efusão do Espírito Santo nos nossos corações e colocamos os nossos corações, muitas vezes pobres e pecaminosos, no Seu glorioso Coração trespassado, sempre aberto para nos acolher, curar dos nossos pecados e encher de amor divino. Se desejarem entronizar a imagem do Sagrado Coração de Jesus, recomendo o manual A Entronização do Sagrado Coração de Jesus, disponível através do Apostolado Catequista Mariano. Também está disponível em polaco e eslovaco.     

Para aqueles que não podem aceder a Santa Missa e à Sagrada Comunhão, recomendo a prática devota da Comunhão espiritual. Quando estamos correctamente dispostos a receber a Sagrada Comunhão, isto é, quando estamos em estado de graça, desconhecendo um pecado mortal que tenhamos cometido e pelo qual ainda não fomos perdoados no sacramento da Penitência, e desejamos receber Nosso Senhor na Sagrada Comunhão, mas não podemos fazê-lo, unimo-nos espiritualmente ao Santo Sacrifício da Missa, rezando a Nosso Senhor Eucarístico com as palavras de Santo Afonso de Ligório: “Já que, neste momento, não Vos posso receber sacramentalmente, chegai, pelo menos, espiritualmente ao meu coração”. A Comunhão espiritual é uma bela expressão de amor por Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento. Não deixará de nos trazer abundante graça.                      

Ao mesmo tempo, quando temos consciência de que cometemos um pecado mortal e não podemos aceder ao sacramento da Penitência ou da Confissão, a Igreja convida-nos a fazer um acto de perfeita contrição – isto é, de dor pelo pecado – que “nasce de um amor pelo qual Deus é amado acima de tudo”. Um acto de perfeita contrição “obtém igualmente o perdão dos pecados veniais se incluir o propósito firme de recorrer, logo que possível, à confissão sacramental” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1452). Um acto de perfeita contrição dispõe a nossa alma para a comunhão espiritual.

Afinal, fé e razão, como sempre, trabalham juntas para fornecer a correcta solução para um desafio difícil. Devemos usar a razão, inspirada pela fé, para encontrar a maneira correcta de lidar com uma pandemia mortal. Deste modo, devemos dar prioridade à oração, à devoção e ao culto, à invocação da misericórdia de Deus sobre o Seu povo que sofre muito e está em perigo de morte. Feitos à imagem e semelhança de Deus, desfrutamos dos dons do intelecto e do livre arbítrio. Usando estes dons de Deus, unidos aos dons de Fé, Esperança e Caridade, encontraremos o nosso caminho no actual tempo da provação mundial que é causa de tanta tristeza e medo.    

Podemos contar com a ajuda e a intercessão do grande grupo dos nossos amigos celestiais, aos quais estamos intimamente unidos na Comunhão dos Santos. A Virgem Mãe de Deus, os santos Arcanjos e Anjos Custódios, São José, verdadeiro esposo da Virgem Maria e Patrono da Igreja Universal, São Roque, que invocamos em tempos de epidemia, e os outros santos e beatos a quem recorremos regularmente na oração estão ao nosso lado. Eles guiam-nos e asseguram-nos constantemente que Deus nunca deixará de ouvir a nossa oração: Ele responderá com a Sua incomensurável e incessante misericórdia e amor.           

Caros amigos, ofereço-vos estas breves reflexões, profundamente consciente de como estão a sofrer por causa do Coronavírus pandémico. Espero que vos ajudem. Acima de tudo, espero que vos inspirem a dirigir-vos a Deus na oração e na adoração, cada um de acordo com as suas possibilidades, e a experimentar, assim, a Sua cura e a Sua paz. Com estas reflexões, chegue até vós a certeza da minha lembrança diária das vossas intenções na minha oração e na minha penitência, especialmente na oferta do Santo Sacrifício da Missa.                           

Peço que se lembrem de mim nas vossas orações diárias.          

Vosso, no Sagrado Coração de Jesus e no Imaculado Coração de Maria e no Coração Puro de São José, 
Raymond Leo Cardeal Burke
21 de Março de 2020
Festa de São Bento, Abade

Tradução para português: diesiraept.blogspot.com


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