Chama-se "Apelo para a Igreja e para o Mundo aos fiéis Católicos e aos
homens de boa vontade" e tem como primeiros signatários Prelados da Igreja
Católica, como os Cardeais Gerhard Müller,
Janis Pujats, Joseph Zen e os Bispos Carlo Viganò, Luigi Negri, Tomasz Peta,
Athanasius Schneider, etc. O texto é um importante alerta sobre a grave crise
que o Mundo atravessa e pode ser assinado aqui: Apelo para a Igreja e para o Mundo.
Num momento de
grave crise, nós, Pastores da Igreja Católica, em virtude do nosso mandato,
consideramos que é nosso dever sagrado dirigir um Apelo aos Nossos Irmãos no
Episcopado, ao Clero, aos Religiosos, ao Povo santo de Deus e a todos os homens
de boa vontade. Este Apelo é subscrito também por intelectuais, médicos,
advogados, jornalistas e profissionais que concordam com o seu conteúdo, e é
aberto à subscrição de quantos desejem fazê-lo.
Os factos
demonstraram que, com o pretexto da epidemia do COVID-19, se chegou, em muitos
casos, a violar os direitos inalienáveis dos cidadãos, limitando, de modo desproporcional e injustificado,
as suas liberdades fundamentais, entre as quais o exercício da
liberdade de culto, de expressão e de movimento.
A saúde pública
não deve e não pode tornar-se um álibi para desprezar os direitos de milhões de
pessoas em todo o mundo, e muito menos para que a Autoridade civil negligencie
o seu dever de agir com sabedoria para o bem comum; isto é ainda mais
verdadeiro à medida que crescem as dúvidas, levantadas por diversas partes,
sobre a efectiva contagiosidade, perigosidade e resistência do vírus: muitas
vozes autorizadas do mundo da ciência e da medicina confirmam que o alarmismo
sobre o COVID-19, por parte dos media, não parece absolutamente justificado.
Temos razões para crer, com base nos dados
oficiais relativos à incidência da epidemia no número de mortes, que existem
poderes interessados em criar pânico entre a população com o único
objectivo de impor permanentemente formas de inaceitável limitação das
liberdades, de controlo de pessoas, de rastreamento das suas deslocações. Estes
métodos de imposição arbitrária são um prelúdio perturbador da criação de um Governo
Mundial isento de qualquer controlo.
Acreditamos também que, em algumas
situações, as medidas de contenção adoptadas, incluindo o encerramento das
actividades comerciais, determinaram uma crise que prostrou sectores inteiros
da economia, favorecendo a interferência de poderes estrangeiros,
com graves repercussões sociais e políticas.
Estas formas de engenharia social devem ser
impedidas por aqueles que têm responsabilidades governamentais, adoptando as
medidas destinadas a proteger os seus cidadãos, de quem são representantes e em
cujo interesse têm uma séria obrigação de agir. Da mesma forma, ajude-se a
família, célula da sociedade, evitando penalizar injustificadamente as pessoas
débeis e os idosos, forçando-os a dolorosas separações dos seus entes queridos.
A criminalização dos relacionamentos pessoais e sociais também deve ser julgada
como parte inaceitável do plano daqueles que promovem o isolamento dos
indivíduos, a fim de melhor manipulá-los e controlá-los.
Pedimos à comunidade científica que esteja
atenta para que os tratamentos para o COVID-19 sejam promovidos com honestidade
para o bem comum, evitando escrupulosamente que interesses
iníquos influenciem as escolhas dos governantes e dos
organismos internacionais.
Não é razoável penalizar
medicamentos que se mostraram eficazes, geralmente baratos, apenas porque se
pretendem privilegiar tratamentos ou vacinas que não são igualmente válidas,
mas que garantem às empresas farmacêuticas lucros muito maiores, agravando as
despesas da saúde pública. Recordamos igualmente, como Pastores, que, para os
Católicos, é moralmente inaceitável tomar
vacinas nas quais seja usado material proveniente de fetos abortados.
Do mesmo modo, pedimos aos Governantes que
estejam vigilantes para que sejam rigorosamente evitadas as formas de controlo
dos cidadãos, seja através de sistemas de rastreamento, seja com qualquer outra
forma de localização: a luta contra o COVID-19, por mais grave que seja, não
deve ser o pretexto para favorecer intenções pouco claras de entidades
supranacionais que têm fortíssimos interesses comerciais e políticos neste plano.
Em particular, deve ser
dada a possibilidade aos cidadãos de recusarem estas limitações da liberdade
pessoal, sem impor qualquer forma de penalização para aqueles que não pretendem
fazer uso de vacinas, métodos de rastreamento e de qualquer outro instrumento
análogo. Considere-se também a óbvia contradição em que se encontram aqueles
que adoptam políticas de redução drástica da população e, ao mesmo tempo, se
apresentam como salvadores da humanidade sem terem legitimidade alguma, seja
política ou social. Finalmente, a responsabilidade política de quem representa
o povo não pode absolutamente ser confiada a técnicos que até reivindicam para
si mesmos formas de imunidade penal no
mínimo inquietantes.
Apelamos energicamente a que os meios
de comunicação se empenhem activamente para uma exacta
informação que não penalize a discordância, recorrendo a formas de censura,
como está a acontecer amplamente nas redes sociais, na imprensa e na televisão.
A exactidão da informação exige que seja dado espaço a vozes que não estejam
alinhadas com o pensamento único, permitindo aos cidadãos que avaliem
conscientemente a realidade, sem serem fortemente influenciados por
intervenções parciais.
Um confronto democrático e
honesto é o melhor antídoto para o risco de impor subtis
formas de ditadura, presumivelmente piores do que aquelas que
a nossa sociedade viu nascer e morrer no passado recente.
Recordamos, por último, como Pastores
responsáveis pelo Rebanho de
Cristo, que a Igreja reivindica firmemente a própria autonomia
no governo, no culto, na pregação. Estas autonomia e
liberdade são um direito inato que Nosso Senhor Jesus Cristo lhe concedeu para
a prossecução das finalidades que lhe são próprias. Por este motivo, como
Pastores, reivindicamos firmemente o direito de decidir autonomamente sobre a
celebração da Missa e dos Sacramentos, assim como pretendemos absoluta
autonomia nos assuntos que sejam da nossa imediata jurisdição, como as normas
litúrgicas e os métodos de administração da Comunhão e dos Sacramentos.
O Estado não tem direito
algum de interferir, por qualquer motivo, na soberania da Igreja. A colaboração
da Autoridade Eclesiástica, que nunca foi negada, não pode implicar, por parte
da Autoridade Civil, formas de proibição ou de limitação do culto público ou do
ministério sacerdotal. Os direitos de Deus e dos fiéis são a lei
suprema da Igreja, que esta não pretende, nem pode, derrogar.
Pedimos que sejam eliminadas as limitações à celebração pública dos serviços
religiosos.
Convidamos as pessoas de boa vontade a não
se esquivarem do seu dever de cooperarem para o bem comum, cada um segundo o
próprio estado e as próprias possibilidades e em espírito de fraterna Caridade.
Tal cooperação, desejada pela Igreja, não pode, contudo, prescindir nem do
respeito pela Lei natural, nem da garantia das liberdades dos indivíduos. Os
deveres civis, aos quais os cidadãos estão vinculados, implicam o
reconhecimento, por parte do Estado, dos seus direitos.
Somos todos chamados a uma avaliação,
coerente com o ensinamento do Evangelho, dos factos presentes. Isto implica uma
escolha de campo: ou com Cristo ou contra Cristo.
Não nos deixemos intimidar nem assustar por aqueles que nos fazem crer que
somos uma minoria: o Bem é muito mais difundido e poderoso do que aquilo que o
mundo nos quer fazer crer. Estamos a lutar contra um inimigo invisível, que
separa os cidadãos entre si, os filhos dos pais, os netos dos avós, os fiéis
dos seus pastores, os estudantes dos professores, os clientes dos vendedores.
Não permitamos que, com o
pretexto de um vírus, se apaguem séculos de civilização cristã, instaurando uma odiosa
tirania tecnológica na qual pessoas sem nome e sem rosto
possam decidir o destino do mundo, confinando-nos a uma realidade virtual. Se
este é o plano a que se pretendem curvar os poderosos da terra, saibam que
Jesus Cristo, Rei e Senhor da História, prometeu que «as portas do Abismo nada
poderão» (Mt 16, 18).
Confiamos os Governantes e aqueles que
regem o destino das Nações a Deus Omnipotente, para que os ilumine e os guie
nestes momentos de grande crise. Lembrem-se de que, tal como a Nós, Pastores, o
Senhor julgará pelo rebanho que nos confiou, também julgará os Governantes
pelos povos de que têm o dever de defender e governar. Peçamos com fé ao Senhor
para proteger a Igreja e o mundo. A Virgem Santíssima, Auxílio dos Cristãos,
possa esmagar a cabeça da antiga Serpente e derrotar os planos dos filhos das
trevas.
5 comentários:
A minha saudação para a publicação deste apelo que é fundamental para que todos os católicos se disponham para os novos desafios que a Igreja irá enfrentar e que são os de sempre: a luta do dogma contra a heresia!
E não esqueçamos que Nª Sra. de Fátima assegurou à irmã Lúcia que em Portugal o dogma venceria...mas também passa por nós recorrermos às recomendações por ela feitas.
Este apelo, peca por TARDIO!
Como diz o povo mais vale tarde do que nunca...
Que o vírus se transmite MUITO FACILMENTE e que idosos e não idosos morrem, e jovens ficam com sequelas graves ... é melhor ter isso em conta !!!
Toudos unidos venceremos porque Deus e más forte que cualquer vírus
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