Silvestre Guzzolini nasceu numa família de nobres, na pequena Osimo (Itália), em 1177. Os pais, Gislério e Branca, deram ao filho uma boa formação religiosa, não poupando os esforços para que Silvestre seguisse a carreira de jurista.
Estudou Direito na Universidades de Bolonha. Mas decidiu abandonar o curso para estudar teologia em Pádua. Foi ordenado sacerdote na sua cidade natal, tornando-se, em seguida, cónego da catedral.
Mais tarde, em 1227, quando já estava com cinquenta anos de idade, decidiu retirar-se para a vida eremítica numa gruta perto de Frassassi. A fama de santidade e de grande espiritualidade fez chegar outros religiosos com a mesma aspiração ascética. Assim se formou uma nova comunidade monástica.
Silvestre teve de procurar um local maior, por causa do grande número de monges lá agrupados. Foram, então, para uma localidade próxima chamada Montefano, onde, em 1231, fundou a Congregação Beneditina masculina, mais tarde chamada de monges silvestrinos, da qual o fundador se tornou o abade.
Ele era uma alma contemplativa, desejosa de coerência evangélica, por isso tornou-se eremita. Praticou uma vida monástica rigorosa e amadureceu uma profunda e forte espiritualidade. Escolheu a Regra de São Bento porque desejava constituir uma nova família religiosa dedicada à contemplação, mas que não abandonasse a realidade social à sua volta.
Silveste unia ao recolhimento o apostolado de uma sublime paternidade espiritual e a pregação do Evangelho às populações da região. Morreu em santidade no Ermo de Montefano, a 26 de Novembro de 1267.
Sobre sólidas bases, a sua Congregação percorreu mais de oito séculos de história da Igreja, ultrapassando muitas dificuldades. Na metade do século XIX, atravessou os horizontes europeus, levando pela primeira vez a Regra Beneditina à Ásia, para a ilha de Ceilão, hoje Sri Lanka. No século XX, apareceram novas fundações nos Estados Unidos da América, na Austrália, na Índia e, recentemente, nas Filipinas. Em virtude desse florescimento continua a dar valorosos frutos apostólicos e missionários.
in Paulinas
1 comentário:
Sempre que.leio a vida destes Santos pergunto a mim mesma, porque é que nos tempos atuais a nossa Igreja desprestigia essa necessidade de silêncio e recolhimento, sobrevalorizando o contrário...
Se o mundo é barulhento por natureza, não estará aí o verdadeiro antídoto, para a cura de tão grande confusão?
Que Deus abençoe os poucos que ainda conseguem set canais de Bênçãos, porque intuem a Verdade.
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