segunda-feira, 27 de junho de 2005

Constituição Europeia...

Queridos Senzas,

vamos politizar o nosso blog...
Embora não seja para já,
Que posição deve ter um Cristão Católico em relação à Constituição Europeia? Uma constituição laica, que não refere as raízes Cristãs e até mesmo Deus.
Ou não interessa minimamente? Esta constituição não vai mudar nada, e as referências a Cristo e a Deus são indiferentes.

Quero saber a vossa opinião. Quero saber mais sobre este tratado. Falo sem saber exactamente do que trata... Quem souber onde posso ter mais informações diga-me, sff.

O debate está lançado...

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5 comentários:

Pipos disse...

Querida MAriana, bom tema...

eu tb n sabia nada, e fui-me informar às uns meses, porque queria saber em quem votava...apesar de tudo isso, eu, neste momento, sou a favor da consituição...acho q é bom p uma Europa unida e forte, e o não à constituição pode ser mau pa Europa e mto mau p Portugal...

Penso q temos de pensar no país...apesar das indiferenças a Deus, a nossa constituição continua em vigor..

eu votava SIM!

Senzhugo disse...

Bem, a nossa constituição indica no preâmbulo que caminhamos para a construção de uma sociedade socialista, à boa maneira soviética... digamos que isto não é propriamente uma referência a Deus.

Há uma coisa que é bom não esquecer: o projecto europeu tem muitas coisas erradas.

Por exemplo, os constantes incrementos e apoios ao aborto, gays e outras porcarias afins.

Votaria NÃO no referendo, pois não vi nenhuma referência aos Senzas no texto proposto.

pguedes disse...

Este é um caminho inevitável e que quer queiramos quer não, vamos mesmo ter de o percorrer. Não é por acaso que o nosso pastor actual é Bento XVI ...

torna-se assim, cada vez mais necessário e exigente que nós, Igreja, saibamos ocupar o nosso lugar na sociedade sem andarmos sentados / a reboque das leis humanas...

torna-se assim, cada vez mais necessário actuarmos em conformidade com as nossas crenças e em coerência com o que Jesus nos veio ensinar...

Eu voto Sim a este novo desafio. Eu voto Sim a uma Europa com uma constituição a vigurar, de forma a garantir a sua unidade, a sua uniformidade e aplicabilidade das suas leis.

Deixo para o Uso e Costume - como fonte de direito de cada um dos países europeus – a a tarefa de manter a cultura que caracteriza cada um dos países da união.

Deixo para nós, cristãos, a tarefa de garantirmos que a palavra de Jesus continue a ser espalhada e tranmitida aos nossos filhos.

Posso chamar a esta nova era do cristianismo: Trapézio sem rede...

Não tenhais medo Senzas...

pguedes disse...

mariana: tens umm bom sitio para leres artigos relacionados com o tema no site destacado pelo nosso blog:

http://www.pensabem.net/areastematicas/detalhe/?id=86

Duarte 16 disse...

O facto de não haver referência ao Cristianismo no preâmbulo da eventual Constituição Europeia é vergonhoso! Sei que não vai influenciar em nada o que está na própria Constituição, mas quer dizer, ninguém, por mais estupido ou comunista que seja, pode ignorar que o Cristianismo foi fulcral na história da Europa e do Mundo!
Isto é o primeiro ponto que eu discordo da Constituição - se fosse este o único parece-me que não seria por isso que votaria Não.

Mas acho que esta Constituição não é necessária, nesta altura da Europa, não vai trazer nada (melhor) do que esta Europa assim como está tem. Preocupa-me sim a facilidade com que toda a gente diz que sim a uma constituição Europeia, que na verdade significa um golpe à nossa Constituição - Se no artigo 1º é referido que "Portugal é uma república soberana" , com a entrada em vigor de uma constituição estamos a perder parte da nossa soberania...é bom que as pessoas tenham noção disso!

Li agora uma introdução do constitucionalista Jorge Miranda na minha Constituição que é bem explícita - "(...)Por outro lado, e sobretudo, pode-se perguntar se as alterações ao artigo 7º e o aditamento ao artigo 8º(Relações internacionais e Direito internacional), acabadas de introduzir, não ultrapassam os limites da soberania do Estado e do primado da Constituição e do poder constituinte nacional. Há quem assim o entenda, embora se possa atalhar com a invocação aí feita da subordinação sempre aos princípios fundamentais do Estado de Direito democrático enquanto princípios constitucionais. De momento, não é possível responder com inteira segurança."

Voto portanto NÃO