segunda-feira, 30 de março de 2009

"Os maus pais acham que a criança tem direito a tudo"

Pediatra francês e autor de 14 livros sobre educação, Aldo Naouri defende uma educação ditatorial para ter filhos democratas.

Os pais têm mais direitos do que os filhos?
Hoje os pais procuram o prazer da criança e devia ser ao contrário. Os pais têm mais direitos, mas também mais deveres. O direito de saber o que é que lhes convém e às crianças e o dever de o impor à criança.

Não é isso a ditadura?
Não! Não é ditadura, mas autoridade. Se os pais continuarem a dar todos os direitos à criança, começam a pedir-lhe autorização para sair à noite, para fazer esta ou aquela compra. Em França, 53 por cento das decisões sobre que produtos comprar são decididas pelas crianças. Alerto para o risco de estarmos a criar tiranos.

Que tipo de adultos estamos a criar?
A mensagem do marketing insiste na importância dos filhos, o que paralisa os pais. A mensagem tem como objectivo aumentar o consumo. E estamos a criar crianças tiranas, autocentradas, perversas, que só pensam nelas.

Isso significa que as duas gerações anteriores já foram educadas nesse paradigma de que a criança é o centro do mundo?
Sim. As coisas começaram a mudar a partir do momento em que entrámos numa sociedade de abundância. Antes disso, dizíamos: "Não se pode ter tudo." A partir dos anos de 1955/1960, passámos a dizer: "Temos direito a tudo." A partir desse momento, começou a crescer a importância do "eu, eu, eu".

Sempre pensou assim, ou, à medida que foi envelhecendo, foi mudando?
As crianças vão ao meu consultório e não têm problemas. Porquê? Porque trato rapidamente desta dimensão da educação com os pais. Quando estes falam com outros pais, recomendam-me: "Vai falar com Naouri." E eles vêm. Preciso de duas ou três consultas para resolver os problemas com eles. Porquê? Porque dou este tipo de explicações.

Quais são as principais queixas dos pais?
Falta de disciplina, mau comportamento, desobediência nas horas de comer, tomar banho ou de dormir. Os pais pedem socorro, porque não conseguem reprimir as pulsões das crianças. Seja uma criança de um, três ou sete anos, procedo sempre do mesmo modo. Falo com os pais, escuto o que se passa, agradeço à criança por me ter vindo ver e ter trazido os pais e digo-lhe ainda que me vou ocupar dos pais. Em 80 por cento dos casos, as coisas ficam em ordem.

Como é que os pais sabem que são bons pais?
Os bons pais são os que permitem à criança poder desejar. Os excelentes não existem. Todos os pais têm defeitos, os maus são os que acham que a criança tem direito a tudo.

Qual é a sua opinião sobre as novas famílias, as monoparentais, as homossexuais, as divorciadas que voltam a casar... Podem ou não ser boas educadoras?
Em nome do egoísmo pessoal tomamos decisões que são prejudiciais para as crianças. As crianças filhas de pais divorciados divorciam-se mais rapidamente. As crianças de famílias monoparentais são crianças sós. Quanto aos casais homossexuais, a criança é como que um produto. Temos direito à felicidade, à saúde, a tudo o que queremos e também a uma criança. Isso é desumanizante.

Deviam existir escolas de pais, para estes aprenderem a educar?
Pessoalmente acho que a escola de pais vai ainda paralisá-los mais. Eles recebem demasiadas mensagens, algumas contraditórias e que paralisam. Defendo que os pais devem ser pais, que não tenham medo de o ser e de ter confiança. Se assim agirem, saberão o que fazer.


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O que se aprende nas aulas de Cristologia!

Oração encontrada num fragmento de papel junto do corpo duma criança no Campo de Concentração de Ravensbruck, no final da Segunda Guerra Mundial



Senhor, não Vos lembreis só dos homens e mulheres de boa vontade, mas tam­bém dos de má vontade. Não Vos lembreis só dos muitos sofrimentos que nos in­fligiram, lembrai-Vos dos frutos que alcançámos graças a esses mesmos sofrimen­tos: a nossa camaradagem, a nossa lealdade, a nossa humildade, a fortaleza, a ge­nerosidade, a grandeza de coração que daí brotaram; e quando eles vierem a jul­gamento, que todos os frutos gerados em nós sejam o seu perdão.


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quinta-feira, 26 de março de 2009

Entrevista ao Papa Bento XVI na viagem para África

P. – Santidade, entre os muitos males que atormentam a África, existe também e sobretudo o da difusão da SIDA. A posição da Igreja católica sobre o modo de lutar contra ele é com frequência considerada irrealista e ineficaz. Vossa Santidade enfrentará este tema durante a viagem?

R.Diria o contrário: penso que a realidade mais eficiente, mais presente na frente da luta contra a SIDA é precisamente a Igreja católica, com os seus movimentos, com as suas diversas realidades. Penso na Comunidade de Santo Egídio que faz tanto, visível e também invisivelmente, pela luta contra a SIDA, nos Camilianos, em todas as outras realidades e em todas as Irmãs que estão à disposição dos doentes... Diria que não se pode superar este problema da Sida só com dinheiro, mesmo se necessário, mas se não há alma, se os africanos não ajudam (assumindo a responsabilidade pessoal), não se pode resolver o flagelo com a distribuição de preservativos: ao contrário, aumentam o problema.
A solução só pode ser dúplice:

a primeira, uma humanização da sexualidade, isto é, uma renovação espiritual e humana que tenha em si um novo modo de se comportar uns com os outros;
a segunda, uma verdadeira amizade também e sobretudo pelas pessoas que sofrem, a disponibilidade, até com sacrifícios, com renúncias pessoais, a estar com os sofredores.

E estes são os factores que ajudam e proporcionam progressos visíveis. Portanto, diria esta nossa dúplice força de renovar o homem interiormente, de dar força espiritual e humana para um comportamento justo em relação ao próprio corpo e ao do outro, e esta capacidade de sofrer com os que sofrem, de permanecer presente nas situações de prova. Parece-me que esta é a resposta justa, e a Igreja faz isto e oferece deste modo uma grandíssima e importante contribuição. Agradeço a quantos o fazem.


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domingo, 22 de março de 2009

Direcções Espirituais...

   Qual o papel do Director Espiritual?
   Até que ponto devemos "confiar" a nossa vida aos conselhos dele?
   
   Gostava que houvesse discussão neste post...


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sexta-feira, 20 de março de 2009

Em relação ao preservativo em África

‘We have found no consistent associations between condom use and lower HIV-infection rates, which, 25 years into the pandemic, we should be seeing if this intervention was working.”

So notes Edward C. Green, director of the AIDS Prevention Research Project at the Harvard Center for Population and Development Studies, in response to papal press comments en route to Africa this week.

“The pope is correct,” Green told National Review Online Wednesday, “or put it a better way, the best evidence we have supports the pope’s comments. He stresses that “condoms have been proven to not be effective at the ‘level of population.’”

“There is,” Green adds, “a consistent association shown by our best studies, including the U.S.-funded ‘Demographic Health Surveys,’ between greater availability and use of condoms and higher (not lower) HIV-infection rates. This may be due in part to a phenomenon known as risk compensation, meaning that when one uses a risk-reduction ‘technology’ such as condoms, one often loses the benefit (reduction in risk) by ‘compensating’ or taking greater chances than one would take without the risk-reduction technology.”

Green added: “I also noticed that the pope said ‘monogamy’ was the best single answer to African AIDS, rather than ‘abstinence.’ The best and latest empirical evidence indeed shows that reduction in multiple and concurrent sexual partners is the most important single behavior change associated with reduction in HIV-infection rates (the other major factor is male circumcision).” Entrevista toda aqui


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Estudo britânico defende escolas femininas

Um estudo britânico revelou que as raparigas têm mais hipóteses de ter sucesso escolar e prosseguir os estudos, se frequentarem escolas exclusivamente femininas.

O estudo, pedido pelo Guia de Boas Escolas britânico, debruçou--se sobre os resultados dos exames para o GCSE (certificado de ensino secundário) das raparigas que frequentaram escolas públicas entre 2005 e 2007.

Das 700 mil raparigas, as alunas que fizeram os exames para o GCSE em escolas femininas tiveram em média melhores resultados do que o previsto com base nas suas notas do ensino primário, enquanto 20 por cento das alunas de escolas mistas obtiveram piores resultados do que o previsto.

Para Janette Wallis, editora do Guia de Boas Escolas, "o estudo mostra que as raparigas trabalham melhor sem os rapazes a distraí-las", e reconhece que "os pais com ambições para as suas filhas procuram escolas femininas, o que pode fazer diferença". in Público

(postei isto a pensar nos senzas já com filhas, e nos que virão a tê-las)


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quinta-feira, 19 de março de 2009

segunda-feira, 16 de março de 2009

O que nos foi dado

A expressão "tempo livre" é impressionantemente infeliz. Se calhar é de mim, mas surge-me sempre a imagem de alguém que agora pode respirar, de que agora pode estar à vontade, de que agora está bem. A acrescentar a isto, existe ainda a estranha mania de falarmos de "tempo livre "sempre precedido de um pronome possessivo. O meu tempo livre, o teu tempo livre, o nosso tempo livre…Talvez seja apenas uma tentativa sobeja de nos mostrarmos poderosos.

Dividimos simetricamente a vida em oficio, cumprimento de regras, em sermos dominados – tempo de trabalho; e lazer, descanso, férias – tempo livre. Ó pobre de ti, que acreditas dominar tudo, acreditas que tens as cartas todas na mão e que ainda não disseste tudo.

O tempo sim, esse é livre! Livre para passar por cima de todos os teus sonhos e todos os teus desejos de calmaria. Livre porque te pode cilindrar, sem deixar rasto da tua memória. Nem o tempo é teu, nem tu mesmo és teu. Repito, nem o tempo é teu, nem tu mesmo és teu. Algo te foi dado, algo de muito precioso, algo de sagrado te foi entregue. Foi-te dado de graça. Não pediste por saúde, família, nem por toda a boa ou má sorte que te tem esperado. Não foste consultado sobre a geografia da terra, sobre o bairro em que cresceste, nem mesmo sobre se querias nascer. Foi-te dada uma herança que te cabe gerir até ao próximo. "O amor que não dou perde-se", dizia Sta Rafaela. Fechar-me sobre mim próprio é ameaça de implosão. A mim compete servir, entregar o que tenho para que se transforme no que sou. Ao tempo compete-lhe apenas passar…

Estive esta semana nas Irmãs da Caridade em Setúbal. Acolhem em sua casa dezasseis crianças sendo quatro delas deficientes profundas. Às irmãs cabe-lhes zelar por elas, sem fazerem grandes perguntas existenciais. Estimam-nas, amam-nas, educam-nas, quer seja Verão, Inverno, tempo de praia ou montanha.

Distam entre em Portugal e a Índia suficientes quilómetros para se tornarem incógnitos um ao outro. Duvido mesmo, que em toda a sua Santidade, Madre Teresa, desconfiasse (se) alguma vez pudesse prever a casa de Setúbal. Duvido também que o sorridente Romão ou o pequeno Zidane alguma vez saibam da vida daquela simples mulher.

Somos então afrontados pela pergunta: Dás o que te sobra ou dás-te, ainda que não sobre?

Manuel Vilhena


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sexta-feira, 13 de março de 2009

Homem louco


Um ex-ferroviário italiano, paralítico há mais de dez anos, foi levado ao Vaticano para participar na audiência geral de Bento XVI, esta Quarta-feira, e entregar ao Papa uma mensagem pelo "direito à vida".

Giampiero Steccato, de 58 anos, sofre da síndrome de “locked-in”, que faz os pacientes permanecerem cientes e despertos, mas incapazes de se mover e comunicar.
"Com estas poucas linhas, quis transmitir o que meu corpo pode esconder: tenho vontade de viver, sou entusiasmado e curioso, amo a natureza e o mundo em que tenho a sorte e o privilégio de existir", escreveu Steccato.

Oitaliano, acompanhado pela sua esposa, seus filhos e por um cardiologista, viajou de avião até Roma, onde uma ambulância da Cruz Vermelha italiana o levou ao Vaticano.

"Tenho consciência de que minha sorte é fruto da vontade do Senhor e agradeço infinitas vezes pelo quanto Ele me concede", disse Giampiero Steccato, no documento.

Ao deixar a praça de São Pedro após a audiência geral, Bento XVI cumprimentou Steccato, colocando por alguns instantes a sua mão no rosto do italiano.
In Ecclesia
Perante isto só me ocorre:
«nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos»
(1 Cor 1, 23).


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quarta-feira, 11 de março de 2009

Vamos ou não vamos?

Quem é que vai festejar os 4 anos senza e assistir, já agora, à canonização do Beato Nuno?

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My favourite japanese song

http://www.youtube.com/watch?v=Jh7qtQOTFaU

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terça-feira, 10 de março de 2009

A força dos missionários

Vejam o power dos missionários católicos nesta apresentação sobre a expansão das religiões. São 90 segundos para resumir 5000 anos de História:

http://mapsofwar.com/images/Religion.swf


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Não és nada o único!

Olá Senzas!

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terça-feira, 3 de março de 2009

Já que sou o único que escreve posts neste blog...

PARABÉNS SILVEIRA!!!

Os senzas (ex-grupo silveira) também estão de algum modo de parabéns


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segunda-feira, 2 de março de 2009

O 13.º Dia

Trailer do último filme feito sobre Fátima

E encontrei também a edição do jornal (anticlecrical) "O Século", de dia 15 de Outubro de 1917, onde o jornalista (ateu) Avelino de Almeida descreve os acontecimentos de 13 de Outubro, impressionante:
http://holy.harmoniae.com/pdf/Fatima_OSeculo.pdf


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