sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Ruiu o tecto da igreja 'San Pietro in Carcere' em Roma

Trata-se de uma igreja construída junto ao Cárcere Mamertino, onde São Pedro esteve preso, converteu os carcereiros, Processo e Martiniano, e mais 47 prisioneiros.


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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Senza Pagare no Instagram

Depois de muitos, e insistentes, pedidos o Senza Pagare chegou finalmente ao Instagram. Obviamente, aconselhamos que nos sigam e recomendem o mesmo aos vossos amigos.

Para isso, basta procurar no Instagram por: senzapagareblog

Ou então usar este link: https://www.instagram.com/senzapagareblog

Estamos disponíveis para publicar fotografias ou vídeos que nos enviem por mensagem privada no Facebook, Instagram ou por email: senzapagareblog@gmail.com.


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Woodstock na igreja de São Sebastião em Cem Soldos


A paróquia de S. Sebastião em Cem Soldos (Tomar) foi palco de um concerto nada condizente com a sacralidade de uma igreja. O evento estava integrado num festival de música que aconteceu em Cem Soldos na segunda semana de Agosto.

Em relação ao uso de lugares sagrados, diz a Lei da Igreja:



Cân. 1210 — No lugar sagrado apenas se admita aquilo que serve para exercer ou promover o culto, a piedade e a religião; e proíbe-se tudo o que seja discordante da santidade do lugar. Porém, o Ordinário pode permitir acidentalmente outros actos ou usos, que não sejam contrários à santidade do lugar.


Este uso acidental, no qual se incluem os concertos, é regulado pelos "Princípios e Orientações sobre os Bens Culturais da Igreja", emitida pela Conferência Episcopal Portuguesa no dia 16 de Novembro de 2005:

28. A realização destes concertos em igrejas, que é superiormente preconizada, obedecerá sempre às normas publicadas pela Santa Sé e pelas dioceses portuguesas, segundo as quais o reportório deverá ser condizente com o lugar sagrado, constituído por música sacra ou religiosa, e sujeito a aprovação superior. Estabelece-se também que estes concertos, que se destinam a proporcionar momentos de elevação espiritual, sejam inteiramente gratuitos.

O concerto que decorreu na igreja de São Sebastião não foi de música sacra ou religiosa. O ambiente foi totalmente profano, nada condizente com o ambiente de culto a Deus que é próprio de uma igreja. As orientações da Conferência Episcopal exigem também a aprovação superior, leia-se do Bispo da diocese. Será que o D. José Traquina, Bispo de Santarém, foi informado da natureza deste evento?

Deixamos aqui o email da Diocese de Santarém caso algum fiel deseje pedir esclarecimentos: diocstr@sapo.pt.


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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

O Martírio de São João Baptista por Caravaggio

São João Baptista foi um homem que não teve medo de ser morto por dizer a verdade. Exactamente o contrário do "politicamente correcto", do "que será que eles vão pensar de mim?", e do "é melhor ficar calado para não sofrer consequências".


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Reflexões de D. Athanasius Schneider sobre o caso Viganò, a 'homossexualidade' e os abusos sexuais na Igreja

Reflexões sobre o “Testemunho” de Mons. Carlo Maria Viganò

É um facto raro e extremamente grave, na história da Igreja, que um bispo acuse pública e especificamente o Papa reinante. Num documento recentemente publicado (de 22 de Agosto de 2018), o Arcebispo Carlo Maria Viganò testemunha que, desde há cinco anos, o Papa Francisco possui conhecimento de dois factos: que o Cardeal Theodor McCarrick cometeu violações sexuais contra seminaristas e contra seus subordinados, e que havia sanções, que o Papa Bento XVI lhe tinha imposto. Ademais, Dom Viganò confirmou a sua declaração por meio de um juramento sacro invocando o nome de Deus. Não há, portanto, motivo razoável e plausível para duvidar da veracidade do conteúdo do documento do Arcebispo Carlo Maria Viganò.

Católicos por todo o mundo, simples fiéis, os “pequenos”, estão profundamente chocados e escandalizados com os graves casos recentemente divulgados, nos quais autoridades da Igreja acobertaram e protegeram clérigos que cometeram abusos sexuais contra menores e contra seus próprios subordinados. Tal situação histórica, que a Igreja vive em nossos dias, requer absoluta transparência em todos os níveis da hierarquia da Igreja, e, em primeiro lugar, evidentemente, do próprio Papa.

É completamente insuficiente e nada convincente que as autoridades da Igreja continuem a formular apelos genéricos de tolerância zero em casos de abusos sexuais por parte de clérigos e pelo término de acobertamento desses casos. Igualmente insuficientes são os apelos estereotipados de perdão em nome das autoridades da Igreja. Esses apelos por tolerância zero e pedidos de perdão se tornarão críveis somente se as autoridades da Cúria Romana lançarem as cartas à mesa, dando nomes e sobrenomes de todos aqueles na Cúria Romana – independentemente do seu posto e título – que acobertaram os casos de abusos sexuais de menores e de subordinados.

Do documento de Dom Viganò pode-se chegar às seguintes conclusões:

(1) Que a Santa Sé e o próprio Papa começarão a expurgar da Cúria Romana e do episcopado, sem compromissos,  as cliques e redes homossexuais. (2) Que o Papa proclamará de maneira inequívoca a doutrina Divina sobre o caráter gravemente pecaminoso dos actos homossexuais. (3) Que serão publicadas normas peremptórias e detalhadas, que impedirão a ordenação de homens com tendência homossexual. (4) Que o Papa restaurará a pureza e a inequivocidade de toda a doutrina Católica no ensinamento e na pregação. (5) Que será restaurada na Igreja, pelo ensinamento pontifício e episcopal e por normas práticas, a sempre válida ascese Cristã: os exercícios do jejum, da penitência corporal, da abnegação. (6) Que serão restaurados na Igreja o espírito e a praxe de reparação e expiação pelos pecados cometidos. (7) Que haverá na Igreja um processo seletivo, garantido seguramente, de candidatos ao episcopado, que sejam comprovadamente homens de Deus; e que seria melhor deixar as dioceses vários anos sem um bispo do que nomear um candidato que não fosse um verdadeiro homem de Deus na oração, na doutrina e na vida moral. (8) Que se iniciará na Igreja um movimento, especialmente entre cardeais, bispos e padres, de renúncia a qualquer compromisso e flerte com o mundo.

Não surpreenderia se a oligarquia dos meios de comunicação social mainstream internacional, que promove a homossexualidade e a depravação moral, começasse a denegrir a pessoa do Arcebispo Viganò e deixasse o núcleo do assunto do seu documento cair no esquecimento.

No meio à difusão da heresia de Lutero e à profunda crise moral de considerável parte do clero e, especialmente, da Cúria Romana, o Papa Adriano VI escreveu as seguintes surpreendentes e francas palavras, dirigidas à Dieta Imperial de Nuremberg, em 1522: “Sabemos que, há algum tempo, muitas abominações, abusos em assuntos eclesiais, e violações de direitos ocorreram na Santa Sé; e que tudo foi corrompido para pior. A corrupção passou da cabeça para os membros, do Papa para os prelados: todos nós nos desviamos; não houve um que agisse bem, não, nem um”.

Firmeza e transparência em constatar e confessar os males na vida da Igreja ajudarão a iniciar um eficiente processo de purificação e renovação espiritual e moral. Antes de condenar os outros, qualquer detentor de cargo eclesiástico na Igreja, independentemente do cargo e título, deve se questionar, na presença de Deus, se ele mesmo acobertou, de alguma forma, abusos sexuais. Descobrindo-se culpado, deveria confessá-lo publicamente, pois a Palavra de Deus o admoesta: “Não te envergonhes de reconhecer tua culpa” (Ecl. 4, 26). Pois, como São Pedro, o primeiro Papa, escreveu: “chegou o tempo do juízo, a começar pela Casa (Igreja) de Deus”. (1 Pedro 4, 17)

+ Athanasius Schneider, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Maria Santíssima em Astana 


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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Santo Agostinho explica as Bem-Aventuranças com passagens da Escritura

O que significa seguir, se não imitar? Prova disso é que Cristo sofreu por nós, deixando-nos um exemplo, como diz o Apóstolo, para que Lhe sigamos os passos (1P 2, 21).

Felizes os pobres em espírito.
Imitai Aquele que, sendo embora rico, Se fez pobre por vossa causa (2Co 8, 9).

Felizes os mansos.
Imitai Aquele que disse: aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração (Mt 11, 29).

Felizes os que choram.
Imitai Aquele que chorou sobre Jerusalém (Lc 19, 41).

Felizes os que têm fome e sede de justiça.
Imitai Aquele que disse: o Meu alimento é fazer a vontade dAquele que Me enviou (Jo 4, 34).

Felizes os misericordiosos.
Imitai Aquele que socorreu o homem que fora atacado pelos salteadores e que jazia à beira da estrada, desesperado e meio morto (Lc 10, 33).

Felizes os puros de coração.
Imitai Aquele que não teve pecado e em cujos lábios não se encontrou malícia (1P 2, 22).

Felizes os pacificadores.
Imitai Aquele que disse acerca dos que O perseguiam: Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem (Lc 23, 24).

Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça.
Imitai Aquele que sofreu por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais os Seus passos.

Vejo-Te, ó bom Jesus, com os olhos da fé que abriste em mim, vejo-Te gritando e dizendo, como se pregasses ao género humano: «Vinde a Mim e aprendei de Mim».

Santo Agostinho in Tratado sobre a Virgindade


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"Tarde Te amei", um dos mais belos textos alguma vez escritos

Tarde Te amei, beleza tão antiga e tão nova, tarde Te amei!
E eis que estavas dentro de mim e eu fora, e aí Te procurava e eu, sem beleza, precipitava-me nessas coisas belas que Tu fizeste.
Tu estavas comigo e eu não estava Contigo.
Retinham-me longe de Ti aquelas coisas que não seriam, se em Ti não fossem.
Chamaste, e clamaste, e rompeste a a minha surdez;
brilhaste, cintilaste, e afastaste a minha cegueira;
exalaste o Teu perfume, e eu respirei e suspiro por Ti;
saboreei-te e tenho fome e sede;
tocaste-me e inflamei-me no desejo da Tua Paz.

Santo Agostinho in Confissões, cap. X


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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

domingo, 26 de agosto de 2018

Ex-Núncio Apostólico acusa Papa Francisco de encobrir os abusos sexuais do Cardeal McCarrick

O Arcebispo italiano Carlo Maria Viganò escreveu uma chocante carta de 11 páginas na qual descreve vários episódios ocorridos enquanto era Núncio Apostólico nos Estados Unidos da América, cargo que desempenhou de 2011 a 2016. Mais concretamente, Mons. Viganò abordou a questão do Cardeal McCarrick, Arcebispo emérito de Washington que abusou sexualmente de inúmeros rapazes adolescentes ao longo da sua carreira eclesiástica. O escândalo rebentou há 1 mês, e o Papa Francisco impôs ao Cardeal uma vida de oração e penitência em reclusão, e aceitou a sua renúncia do Colégio Cardinalício. Uma saída deste modo do Colégio dos Cardeais não acontecia há mais de 90 anos, desde a renúncia do Cardeal Louis Billot.

Surpreendentemente, o Arcebispo Viganò afirma que já em Junho de 2013 tinha informado o Papa Francisco dos crimes do Cardeal McCarrick mas que o Papa nada fez em relação a isso, ao contrário do Papa Bento XVI, que havia já condenado o Cardeal a uma vida de reclusão e penitência pelos pecados horríveis que cometera e pelo mal imenso que fez às vítimas e à Igreja.

Antes disso, porém, Mons. Viganò sublinha a seriedade dos acontecimentos que irá descrever, e dispõe-se a prestar testemunho público sob juramento, tendo Deus como testemunha:

«A minha consciência obriga-me a revelar factos, sobre o Papa Francisco, que vivi na primeira pessoa e que têm uma carga dramática, mas que, como Bispo, compartilhando das responsabilidades de todos os Bispos da Igreja Universal, não me posso permitir ficar em silêncio, e que aqui afirmo, disposto a confirmá-los sob juramento chamando Deus como minha testemunha.»

Passa, então, a descrever essas graves ocorrências:

«Imediatamente depois, o Papa perguntou-me em tom cativante: "O Cardeal McCarrick como é?" Eu respondi com toda franqueza e se quiser com tanta ingenuidade: "Santo Padre, não sei se conhece o Cardeal McCarrick, mas, se pedir à Congregação dos Bispos, verá que existe um grande dossier sobre ele. Ele corrompeu gerações de seminaristas e padres, e o Papa Bento XVI obrigou-o a retirar-se para uma vida de oração e penitência." O Papa não expressou de surpresa, como se já soubesse de tudo isto há algum tempo, e mudou imediatamente de assunto.»

O ex-Núncio Apostólico continua depois a acusar assertivamente o Papa Francisco de ter encoberto McCarrick:

«O Papa Francisco pediu repetidamente a total transparência na Igreja, e para que os Bispos e fiéis agissem com franqueza. Os fiéis de todo o mundo também lhe exigem que o faça de maneira exemplar. Que diga quando soube dos crimes cometidos por McCarrick, abusando da sua autoridade com seminaristas e sacerdotes. De qualquer forma, o Papa ouviu-me no dia 23 de Junho de 2013 e continuou a encobri-lo, não teve em conta as sanções que o Papa Bento XVI tinha imposto ao Cardeal McCarrick e, em vez disso, fez dele o seu fiel conselheiro junto com Maradiaga.»

Faz, de seguida, um apelo a todos os fiéis da Igreja Católica, especialmente aos Bispos:

«Imploro a todos, especialmente aos Bispos, que quebrem o silêncio para derrotar esta tão difundida cultura de cumplicidade, para informar os meios de comunicação social e as autoridades civis dos casos de abuso sexual que conhecem.»

Mons. Viganò vai ainda mais longe e pede a renúncia de todos os envolvidos no escândalo McCarrick:

«Neste momento extremamente dramático para a Igreja Universal, que o Papa Francisco reconheça os seus erros e seja coerente com o princípio da tolerância zero, seja o primeiro a dar o exemplo aos Cardeais e Bispos que cobriram os abusos de McCarrick e demitir-se juntamente com todos eles.»

A carta de Mons. Viganò pode ser lida aqui em italiano: Testimonianza di Mons. Carlo Maria Viganò

Aqui em português: Testemunho de Mons. Carlo Maria Viganò



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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

A Igreja Católica é imaculada e indefectível




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Quase 400 padres foram reduzidos ao estado laical pelo Papa Bento XVI em 2011 e 2012

260 sacerdotes em 2011 e 124 em 2012 foram reduzidos ao estado laical (por seu pedido ou obrigados pela Santa Sé) por abusos sexuais de menores e violência sexual

É um dado que choca e que mostra como a legislação canónica introduzida em 2010 por Bento XVI é apertada e rigorosa. Esta permite enfrentar de modo mais eficaz o triste fenómeno: nos dois anos sucessivos 384 Padres foram dados como culpados de abusos a menores.

As estatísticas - que resultam de dados publicados no volume "Attività della Santa Sede 2012", na qual também se descrevem outras acções da Congregação para a Doutrina da Fé junto destes dramáticos casos - revelam ainda que entre 2008 e 2009 foram reduzidos aos estado laical, pelos mesmos motivos, 171 sacerdotes.

Nos primeiros anos do novo milénio, depois do grave escândalo dos Padres pedófilos nos EUA, João Paulo II e, na altura cardeal, o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé Joseph Ratzinger, decidiram chamar a Roma a resolução de todos os casos de sacerdotes acusados de abuso a menores. Mas é com a eleição de Bento XVI que a luta ao fenómeno dá um salto em frente. Em Abril de 2008, a caminho dos EUA, na entrevista do avião papal, o Papa Ratzinger disse: "Excluiremos rigorosamente os pedófilos do sacro ministério: é absolutamente incompatível e aqueles que são verdadeiramente culpados de pedofilia não podem exercer o sacerdócio".

O Papa, por ocasião das suas viagens, começou a encontrar-se com algumas vítimas de abusos, pedindo, a toda a Igrela, com o seu exemplo concreto e ainda antes com a sua palavra, uma mudança de mentalidade.

2009 é o ano da publicação do relatório sobre os abusos na Irlanda. Em 2010 surgem os escândalos na Alemanha. Bento XVI publica uma carta endereçada aos católicos irlandeses e ordena uma visita apostólica a todas as dioceses daquele país. Na entrevista durante o voo para Lisboa, em Maio de 2010, o Papa Ratzinger afirma: "A maior perseguição da Igreja não vem dos inimigos de fora, mas nasce do pecado da Igreja e a Igreja tem a profunda necessidade de reaprender a penitência, de aceitar a purificação, de aprender, por um lado, o perdão e, por outro, a necessidade de justiça. O perdão não substituiu a justiça."

Em Julho de 2010 são dadas a conhecer algumas modificações às "Normae de gravioribus delectis", que de facto introduzem uma legislação de emergência para estes casos.

Entre as novidades mais importantes, está aquela que abrange o período de prescrição, elevado de dez para vinte anos. Os procedimentos são simplificados e, nos casos mais graves, a redução ao estado laical pode ser dada por via administrativa. Reitera-se, ainda, mais uma vez, a obrigatória colaboração com as autoridades civis e o cumprimento da lei do país respectivo.

O registo considerável do aumento de reduções ao estado laical nos dois anos seguintes aparece como uma directa consequência das normas mais eficazes, apenas introduzidas para combater o fenómeno dos abusos.

Andrea Tornielli in Vatican Insider


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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Noiva de Cristo: os votos perpétuos de uma religiosa



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Consagração de Portugal ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria

Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria, inteiramente confiados a Vós, oferecemo-Vos em oblação o nosso país e povo de Portugal, para que sobre eles reineis plenamente.

Oferecemo-nos em reparação de todas as ofensas a Deus cometidas em Portugal, recorrendo confiadamente aos Corações de Jesus e de Maria aos quais pedimos a graça de um espírito contrito e humilhado e o perdão por todos os que não crêem, não adoram, não esperam, nem Vos amam.

Do desprezo dos mandamentos de Deus, livrai-nos.
Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos.
Dos pecados contra a vida humana desde os seus primeiros até aos seus últimos momentos, livrai-nos.

Dos pecados contra o matrimónio e a família, livrai-nos.
Da perversão das crianças e dos jovens, livrai-nos.
Do intento de apagar nos corações a fé e a verdade mesma de Deus, livrai-nos.

Da mentira e do pecado contra o Espírito Santo, livrai-nos.
De toda a classe de injustiça na vida social, livrai-nos.
Do consumismo desenfreado e do esquecimento dos pobres, livrai-nos.
Do adormecimento dos cristãos, livrai-nos.

Acolhei, Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria, a consagração que agora Vos fazemos, em nome de todos os baptizados e de todas as pessoas de boa vontade. Que se revele mais uma vez na história de Portugal o infinito poder da Redenção, a força do Amor Misericordioso. Que detenha o Mal! Que transforme as consciências e as acorde. Estamos totalmente seguros de Vós.

Oração da Irmã Lúcia

Ó Maria concebida sem pecado, olhai para Portugal, rogai por Portugal, salvai Portugal. Quanto mais culpado ele é, mais necessidade tem da vossa intercessão. Uma palavra dita por vós a Jesus e Portugal será salvo. Ó Jesus, obediente a Maria, perdoai-nos, salvai Portugal. AVÉ MARIA.

Mãe de Misericórdia que sois alento dos fracos e saúde dos enfermos, curai Portugal de todos os males de que sofre, perdoai-nos, salvai Portugal. AVÉ MARIA.

Rainha dos portugueses e refúgio dos pecadores, não desprezeis as nossas preces, perdoai-nos, salvai Portugal. AVÉ MARIA.

Nossa Senhora do Rosário de Fátima, rogai por nós e pela nossa pátria, perdoai-nos e atendei-nos. SALVÉ RAINHA.


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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

A caridade de não ficar calado

Ides a Deus? Procurai não chegar lá sozinhos. Aquele que no seu coração já ouviu o apelo do Amor divino, procure tirar daí uma palavra de encorajamento para o seu próximo.

Talvez não tenhais pão para dar a um mendigo; mas o que tem uma língua pode dar melhor do que pão, porque alimentar com a Palavra uma alma destinada a viver eternamente vale mais que saciar do pão terrestre um corpo que um dia tem de morrer. Tomai por isso cuidado para não privardes o vosso próximo da esmola da palavra. 

São Gregório Magno


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domingo, 19 de agosto de 2018

45 filósofos, teólogos e escritores fazem um Apelo aos Cardeais da Igreja Católica sobre a Pena de Morte

O Papa Francisco fez uma revisão ao Catecismo da Igreja Católica onde se passou a ler: "a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e dignidade da pessoa.” Esta afirmação leva muitos – dentro e fora da Igreja - a crer que a pena capital é intrinsecamente imoral e, por essa razão, é sempre ilícita, mesmo enquanto princípio.

Ainda que nenhum Católico seja obrigado a defender o uso da pena de morte na prática – e nem todos os signatários deste apelo defendem o seu uso – sabe-se que ensinar que a pena capital é sempre e intrinsecamente má iria contradizer a Sagrada Escritura. Em Génesis 9, 6 – tal como em muitos outros textos bíblicos – é afirmado que a pena de morte pode ser um meio legítimo de assegurar justiça retributiva - e a Igreja defende que a Sagrada Escritura não pode ensinar erros morais. De facto, a legitimidade em princípio da pena capital tem sido, também, consistentemente ensinada pelo Magistério ao longo de dois milénios. Contradizer a Escritura e a Tradição neste aspecto lançaria dúvidas relacionadas com a credibilidade do Magistério no seu todo. 

Preocupados com esta situação gravemente escandalosa, os abaixo-assinados gostariam de exercer o direito expresso no Código de Direito Canónico da Igreja Católica, que no Cânone 212 afirma:

«Os fiéis têm a faculdade de expor aos Pastores da Igreja as suas necessidades, sobretudo espirituais, e os seus anseios. Os fiéis, segundo a ciência, a competência e a proeminência de que desfrutam, têm o direito e mesmo por vezes o dever, de manifestar aos sagrados Pastores a sua opinião acerca das coisas atinentes ao bem da Igreja, e de a exporem aos restantes fiéis, salva a integridade da fé e dos costumes, a reverência devida aos Pastores, e tendo em conta a utilidade comum e a dignidade das pessoas.»

Também somos guiados pelos ensinamentos de São Tomás de Aquino, que afirma:

«Devemos porém saber, que correndo iminente perigo a fé, os súbitos devem advertir os prelados mesmo publicamente. Por isso Paulo, súbdito de Pedro, repreendeu-o em público, por causa de perigo iminente de escândalo, para a fé. E assim, diz a Glosa de Agostinho: O próprio Pedro deu aos maiores o exemplo de se porventura se desviarem do caminho recto, não desdenhem ser repreendidos mesmo pelos inferiores.» (Summa Theologiae, Part II-II, Questão 33, Artigo 4, ad 2)

Desta forma, nós, abaixo-assinados, emitimos o seguinte apelo:


A Suas Eminências Reverendíssimas, os Cardeais da Santa Igreja Católica Romana:
Sabendo que é uma verdade contida na Palavra de Deus – e ensinada pelo Magistério ordinário universal da Igreja Católica – que criminosos podem, legalmente, ser condenados à morte pelo poder público quando isso se mostra necessário para preservar a ordem na sociedade civil; sabendo, também, que o Romano Pontífice já manifestou publicamente – mais do que uma vez – a sua recusa em transmitir esta doutrina e que, pelo contrário, tem trazido grande confusão à Igreja ao parecer que a contradiz; sabendo ainda que, ao inserir no Catecismo da Igreja Católica um parágrafo que já está a levar muitas pessoas – crentes e não-crentes – a supor que a Igreja considera, contrariamente à Palavra de Deus, que a pena capital é intrinsecamente má, nós pedimos a Vossas Eminências que aconselhem Sua Santidade a pôr fim a este escândalo, como é seu dever. 

Nesse sentido, deverão aconselhar Sua Santidade a retirar este parágrafo do Catecismo e a transmitir a Palavra de Deus de forma não-adulterada. Por fim, afirmamos a nossa convicção de que este é um dever ao qual Vossas Eminências estão seriamente vinculadas, perante Deus e perante a Igreja.

Atenciosamente, 


Hadley Arkes
Edward N. Ney Professor in American Institutions Emeritus
Amherst College
Joseph Bessette
Alice Tweed Tuohy Professor of Government and Ethics 
Claremont McKenna College
Patrick Brennan
John F. Scarpa Chair in Catholic Legal Studies
Villanova University
J. Budziszewski
Professor of Government and Philosophy
University of Texas at Austin
Isobel Camp
Professor of Philosophy 
Pontifical University of St. Thomas Aquinas
Richard Cipolla
Priest 
Diocese of Bridgeport
Eric Claeys
Professor of Law
Antonin Scalia Law School, George Mason University
Travis Cook 
Associate Professor of Government 
Belmont Abbey College
S. A. Cortright 
Professor of Philosophy 
Saint Mary’s College
Cyrille Dounot 
Professor of Legal History 
Université Clermont Auvergne
Patrick Downey 
Professor of Philosophy 
Saint Mary’s College
Eduardo Echeverria 
Professor of Philosophy and Theology 
Sacred Heart Major Seminary
Edward Feser 
Associate Professor of Philosophy 
Pasadena City College
Alan Fimister 
Assistant Professor of Theology 
St. John Vianney Theological Seminary
Luca Gili 
Assistant Professor of Philosophy 
Université du Québec à Montréal
Brian Harrison 
Scholar in Residence 
Oblates of Wisdom Study Center
L. Joseph Hebert 
Professor of Political Science 
St. Ambrose University
Rafael Hüntelmann 
Lecturer in Philosophy 
International Seminary of St. Peter
John Hunwicke 
Priest 
Personal Ordinariate of Our Lady of Walsingham
Robert C. Koons 
Professor of Philosophy 
University of Texas at Austin
Peter Koritansky 
Associate Professor of Philosophy 
University of Prince Edward Island
Peter Kwasniewski 
Independent Scholar
Wausau, Wisconsin
John Lamont 
Author
Divine Faith
Roberto de Mattei 
Author 
The Second Vatican Council: An Unwritten Story
Robert T. Miller 
Professor of Law 
University of Iowa
Gerald Murray 
Priest 
Archdiocese of New York
Lukas Novak 
Lecturer in Philosophy 
University of South Bohemia
Thomas Osborne 
Professor of Philosophy 
University of St. Thomas
Michael Pakaluk 
Professor of Ethics 
Catholic University of America
Claudio Pierantoni 
Professor of Medieval Philosophy 
University of Chile
Thomas Pink 
Professor of Philosophy 
King’s College London
Andrew Pinsent 
Research Director of the Ian Ramsey Centre 
University of Oxford
Alyssa Pitstick
Independent Scholar
Spokane, Washington
Donald S. Prudlo 
Professor of Ancient and Medieval History 
Jacksonville State University
Anselm Ramelow 
Chair of the Department of Philosophy 
Dominican School of Philosophy and Theology
George W. Rutler 
Priest 
Archdiocese of New York
Matthew Schmitz
Senior Editor 
First Things
Josef Seifert
Founding Rector
International Academy of Philosophy
Joseph Shaw 
Fellow of St Benet’s Hall 
University of Oxford
Anna Silvas 
Adjunct Senior Research Fellow 
University of New England
Michael Sirilla 
Professor of Dogmatic and Systematic Theology 
Franciscan University of Steubenville
Joseph G. Trabbic 
Associate Professor of Philosophy 
Ave Maria University
Giovanni Turco 
Associate Professor of Philosophy 
University of Udine
Michael Uhlmann 
Professor of Government 
Claremont Graduate University
John Zuhlsdorf 
Priest 
Diocese of Velletri-Segni
 Tradução: Mamede Fernandes


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