Uma vida semelhante levou o filósofo francês Michel Foucault, considerado uma das maiores referências da ideologia de género. Homossexual, membro do Partido Comunista, teve uma juventude um pouco conturbada, durante a qual foi iniciado no sadomasoquismo e uso de drogas de todos os tipos durante seu tempo na União Soviética. Ele tentou o suicídio várias vezes e morreu de SIDA em 1984, aos 57 anos.
Outro filósofo comunista francês, Louis Althusser, não terminou muito bem. Em 1980 estrangulou a sua esposa Hélène, o que levou ao seu internamento num hospital psiquiátrico. Althusser escreveu a obra "Aparelhos Ideológicos do Estado", onde demonstra como uma ideologia é utilizada para subverter e controlar culturalmente uma nação, através de recursos (aparelhos) como as escolas, universidades, força policial, sindicatos, etc.
Planned Parenthood
A grande multinacional americana Planned Parenthood promove o aborto em vários países. Apenas nos Estados Unidos, 530 milhões de dólares eram usados para financiar cerca de 324 mil abortos - por ano - no país, dinheiro esse que foi cortado depois da tomada de posse do Presidente Donald Trump.
A fundadora da Parenthood, Margaret Sanger, abandonou os seus filhos por causa da sua ninfomania. Grande fã de eugenia e controle populacional, especialmente entre a população imigrante e as classes sociais mais pobres, chegou a ser próxima do Ku Klux Klan. Ela morreu em 1966, quando era uma alcoólatra incontrolável.
Para Shulamith Firestone, outra grande referência do feminismo radical e da ideologia de género, a maternidade foi "a opressão radical das mulheres." Ela passou vários anos numa clínica psiquiátrica devido ao tratamento da sua esquizofrenia, quando em 2012 foi encontrada morta em casa.
Além da iniciação sexual infantil, Firestone defende no livro "A Dialética do Sexo" a extinção total das diferenças sexuais, negando que a maternidade, por exemplo, seja exclusividade das mulheres e algo natural. Para isso ela propõe que novos métodos de reprodução sejam explorados, para que a mulher não precise mais de dar a luz.
"Assim também a meta final da revolução feminista deve ser, ao contrário da meta do primeiro movimento feminista, não apenas a eliminação do privilégio do homem, mas também da própria distinção sexual: as diferenças genitais já não significariam nada culturalmente", escreveu ela.
De resto, a contribuição da ideologia de género feminista tem sido muito activa. Outra conhecida pelo seu radicalismo era Kate Millet, de ideias maoístas, que "se converteu" ao lesbianismo não meramente por uma questão sexual, mas pelo ódio aos homens.
Grande defensora do totalitarismo, ainda disse que "o privado também é político". No final da sua vida foi internada num hospital psiquiátrico e pediu vigilância 24 horas, porque ela mesma estava ciente do seu desejo incontrolável pelo suicídio.
Margaret Mead disse que os papéis sexuais eram construídos culturalmente a partir da sua experiência na região de Samoa, na Polinésia Oceania. Mas em seguida mostrou que a ilha não era representativa em relação ao conjunto da Humanidade
Outra mulher e não menos importante do que Mead foi a filósofa feminista Simone de Beauvoir. A namorada do filósofo existencialista Jean Paul Sartre argumentou que ninguém nasce mulher, mas torna-se numa. Segundo ela, isso é uma "construção social".
A morte dela por causas naturais foi uma excepção entre a multidão de suicídios cometidos por outros autores. A sua grande contribuição para o progressismo e o marxismo cultural foi o conceito de género como uma construção social que seria introduzida na psicologia e sexologia dos anos 50.
Um refúgio do progressismo repressivo
Kinsey, um pedófilo e promotor do sadomasoquismo, havia reivindicado que 37% dos homens tinham experimentado prazer em experiências homossexuais; mas depois a fraude foi descoberta: fez a pesquisa apenas entre a população prisional.
O rigor científico não era a preocupação do sexólogo mais influente da Universidade de Indiana. As conclusões de Kinsey, alcançadas após a realização de 5300 entrevistas pessoais, foram na verdade manipuladas pelos seus métodos e intenções. Além de fazer as entrevistas em contextos discrepantes da realidade social comum, como entre a população prisional, mais tarde soube-se também que Kinsey e a sua equipa praticavam a pedofilia e promoviam o sadomasoquismo na Universidade de Indiana.
A autora responsável por grande parte dessas denúncias foi Judith Reisman. Para os interessados vale a pena procurar: "Kinsey: crimes e consequências".
Igualmente perturbado foi o antropólogo francês Georges Bataille. Embora inicialmente tenha estudado para o sacerdócio, muito cedo abandonou esse caminho afirmando que as suas verdadeiras igrejas eram os bordéis de Paris.
Ele foi um defensor do satanismo orgiástico e fundou uma sociedade secreta para a prática de sacrifícios - não foram realizados, embora tivessem surgido voluntários - e sexo ritual.
Comentário:
A ideologia de género possui raízes e autores mais antigas que os que foramcitados neste texto. A diferença está no delineamento e consolidação da concepção de "género" como uma ideologia.
O francês Abel Jenniere, por exemplo, autor de "Antropologia Sexual", foi um dos primeiros a dar os contornos dessa ideologia, ao tentar explicar por meio do pensamento antropológico o comportamento sexual humano. Os argumentos desse autor são rasos, mas ilustra com precisão o que seria dito décadas depois da sua obra por alguns dos autores citados acima, como Shulamith Firestone.
O arqueologista Timothy Taylor, professor da Universidade de Viena, defende que já na era glacial havia a concepção de "signos sexuais", o que podemos entender como equivalente à ideia de "género". Todavia, ao contrário de hoje em dia, a noção de género no passado servia para reforçar as diferenças entre os sexos e não para as ignorar.
Os autores referidos neste texto desenvolveram a questão de "género" apenas como uma ideologia e puseram-lhe uma maquilhagem "científica", motivo pelo qual se tornaram mais conhecidos, bem como pelo avanço globalizado dos meios de comunicação.
in opiniaocritica.com.br (com informações Actuall)