sexta-feira, 7 de maio de 2010

Despertar do comodismo - Aura Miguel

Não é sempre que o Papa Bento XVI dedica quatro dias a um só país da Europa. Portugal é, por isso, privilegiado.
Mais: o programa destes quatro dias é bastante variado, porque pretende ir ao encontro das realidades da Igreja portuguesa.
Isto é, Bento XVI é como um pai, que vem ao nosso encontro.
E nós ? Vamos ao encontro dele?
Por que é que eu estou a falar nisto?
É que noutros contextos – como, por exemplo, aconteceu em Angola
– só o facto do Papa sair de sua casa em Roma, para ir ao encontro dos fiéis africanos, só isso, foi motivo de festa, com toda a gente na rua para acolher o Sucessor de Pedro.
Será que temos esta consciência em Portugal?
Já ouvi bons católicos dizer que preferem seguir tudo pela televisão. E até mesmo religiosas, que não vão pôr os pés em Fátima nesses dias (apesar do Papa ter agendado um encontro específico com os consagrados). Não gostam de confusão – dizem, como desculpa.
Este é o típico retrato da velha Europa: acomodada, rotineira e cansada da fé.
Espero que os portugueses despertem deste comodismo e permitam que Bento XVI se sinta aqui como em sua casa, sob pena da nossa herança secular de amor e fidelidade ao Papa ficar definitivamente arrumada no passado, apenas reduzida aos livros de história.


blogger

Sem comentários: