O Papa Francisco foi hoje almoçar à cantina do Vaticano, com os vários funcionários. Um Vaticanista italiano (Gianluca Barile) estava lá e partilhou as suas fotografias no Twitter:
No entanto... Não foi o único! Alguém conhece o homem vestido de branco?
(Março 1981)
8 comentários:
Mas penso que no caso de S.João Paulo II foi planeado. Neste caso não, a julgar pela indumentária dos comensais ....
Mas penso que no caso de S.João Paulo II foi planeado. Neste caso não, a julgar pela indumentária dos comensais ....
Intriga-me esta necessidade de subtilmente desvalorizar tudo o que o Papa Francisco diz e faz com o argumento de que não é inédito...
Intriga-me mais a necessidade de dizer que tudo o que o Papa faz é inédito, mesmo que não o seja.
E também me intriga como é que mostrando que não é inédito se está a desvalorizar alguma coisa. Se alguém der a vida pelo seu irmão hoje isso já não tem valor porque alguém já o fez ontem?
Concordo: "inédito" e "bom" não são sinónimos nem tão-pouco se excluem mutuamente. Agora, falemos abertamente. Há setores e grupos, dentro e fora da Igreja, a quem incomoda a popularidade do Papa Francisco, da mesma forma que outros tentam fazer dele a vedeta que ele não quer ser ou ouvir-lhe o que ele não diz. Neste caso concreto, é mesmo necessário relativizar o gesto do Santo Padre recordando que "Não foi o único!" a ir almoçar à cantina do Vaticano? É um facto que não foi o único, mas os factos são evocados ou omitidos consoante o ponto de vista que se pretende fazer valer.
Prezado Anónimo, continuo sem perceber qual a linha da sua argumentação.
Concordou que não existe relação entre inédito e bom, mas agora relaciona "não-inédito" com "relativizar". Na prática continua a dizer o mesmo.
Porque é que a informação que o Papa Francisco almoçou com "comuns mortais" deve ser comunicada e o facto de que o Papa João Paulo II também o fez deve ser omitido?
Não sei que grupos são esses, nem me interessa.
Caro João Silveira,
Esta forma de comunicação não é, por certo, a mais adequada à troca de pontos de vista, prestando-se a um ou outro equívoco que não estava nos meus planos.
Agora, certamente já se deparou com discussões entre católicos sobre as virtudes e defeitos de Francisco, que incluem comparações simplistas com os antecessores nas quais o atual Papa fica a perder. Há desconfianças em relação a Francisco, assim como há entusiasmos despropositados.
Foi dessas comparações pouco filiais que me lembrei quando vi esta publicação. O autor entendeu oportuno recordar que o gesto de Francisco não era inédito. Pareceu-me haver uma desvalorização.
A metáfora vale o que vale: se um filho obtém um bom resultado na escola e a mãe faz questão de lhe recordar de imediato que o irmão já tinha obtido resultado idêntico, isso não é desvalorizar ao menos um pouco?...
Também pode dizer-me (e isso arrumaria a questão): se o objetivo era desvalorizar o gesto do Papa Francisco, o mais simples era nem sequer o mencionar.
Agradeço a sua disponibilidade para o diálogo. Tenho aprendido muito com este blog, que continuarei a "frequentar" com interesse.
Caro Anónimo,
Se formos contar o número de grupos de católicos ou católicos individuais que discordam do Papa, o que acontece com o Papa Francisco é “peaners” (como diria o Jorge Jesus) em relação ao que acontecia com o Papa Bento. O pontificado deste foi completamente boicotado, desde dentro da Igreja, o que é bastante grave.
Para mim, e para este blog, o Papa é o Papa. Pode chamar-se Francisco, Bento, Bernardino ou Tó Zé. Não seguimos o Papa pela sua personalidade ou sensibilidade, mas sim por ser o Sucessor de Pedro, Vigário de Cristo.
O Papa Francisco faz coisas fantásticas, a maior parte delas tem sido noticiada neste blog. Mas também nos parece bom informar totalmente as pessoas, e não parcialmente. Que outros Papas também tenham feito algumas coisas que faz o Papa Francisco não é tirar valor ao que faz este Papa, mas pôr as coisas no devido contexto e não nos deixarmos guiar pela visão que os media têm do papado.
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