sábado, 6 de fevereiro de 2021

Os efeitos devastadores da pílula contraceptiva no organismo da mulher

Na base do crânio existe uma glândula em forma
de pêra chamada hipófise. Na mulher, a hipófise é responsável por lançar no sangue, todos os meses, a hormona folículo-estimulante (FSH), que provoca o amadurecimento de um óvulo no ovário. Sem o FSH, não há ovulação. Durante a gravidez, a mulher não ovula. Por quê? Porque a hipófise deixa de enviar o FSH, uma vez que o organismo está espera o nascimento da criança que já foi concebida.

O que a pílula contraceptiva faz é enganar a hipófise, dando-lhe uma mensagem falsa de gravidez. A droga anticonceptiva é constituída de dumas hormonas: estrógenio e progesterona. Quando são lançadas na corrente sanguínea, vão até a hipófise e informam (falsamente) a essa glândula que a mulher está grávida. Enganada por essa mensagem, a hipófise deixa de produzir o FSH, à espera de que a criança – que não existe – venha a nascer. Assim, a mulher pára de ovular. Deixando de produzir um óvulo, ela deixa de conceber.

De tudo o que foi dito, percebe-se que a pílula contraceptiva não é um remédio, mas um veneno. Ela não cura um organismo doente. Ao contrário, faz com que os ovários – que funcionam bem – parem de funcionar.

Não se poderia chamar remédio a um comprimido que alguém tomasse para fazer com que o coração parasse de bater; nem a uma injeção que alguém tomasse para fazer com que os pulmões deixassem de respirar; nem a uma pomada que alguém aplicasse para que os olhos deixassem de ver. Pelo mesmo motivo, não é coerente que se chame “remédio” a uma combinação de hormonas que se toma para paralisar os ovários. A pílula contraceptiva é um veneno no sentido próprio da palavra.

No entanto, o seu efeito não se limita aos ovários. A ingestão artificial de hormonas desequilibra o sistema endócrino e causa danos em todo o organismo. Alguns desses danos são descritos a seguir.

Trombose, acidente vascular cerebral (AVC), embolia pulmonar

Carla Simone de Castro, quando tinha 41 anos, procurou uma ginecologista a fim de operar-se de miomas uterinos que lhe causavam cólicas. A médica aconselhou não a cirurgia, mas o uso de um anticonceptivo (Yasmin) como forma de tratamento. Após alguns dias, Carla sofreu fortes dores de cabeça, que foram diagnosticadas como sintoma de sinusite. 

Durante 55 dias ela sofreu diplopia nos dois olhos e via as imagens duplas e embaçadas. Apenas um exame de ressonância magnética revelou que, na verdade, ela sofrera uma trombose venosa cerebral, que lhe causou três AVCs (acidentes vasculares cerebrais ou “derrames”). Suspendeu então o anticonceptivo e começou a fazer um tratamento anticoagulante, para evitar uma embolia cerebral, que poderia levá-la à morte[1]. Como a trombose foi muito extensa, ela foi obrigada a fazer cirurgias de altíssimo risco a fim de minimizar as sequelas.

Carla publicou um vídeo em que aparecia com uma pala num dos olhos, ainda impossibilitada de escrever, e contava a sua dolorosa história. O vídeo teve um sucesso excepcional e Carla criou no Facebook uma página chamada “Vítimas de anticonceptivos – unidas a favor da vida”[2]. Ao relato de Carla associaram-se os depoimentos de inúmeras outras mulheres com reações adversas graves causadas pelo uso de anticonceptivos.

Daniele Medeiros, 33 anos, procurou uma ginecologista para tratar de cistos ovarianos, que causavam fortes cólicas menstruais. Em vez de oferecer à sua cliente o tratamento inofensivo e eficaz da metformina (um remédio para diabete, que ajuda muito no tratamento de ovário policístico), prescreveu-lhe um anticonceptivo (Yasmin) como tratamento. Após três meses de uso, Daniele sofreu uma embolia pulmonar, com consequências gravíssimas: três paradas cardíacas, dois meses de internação, 40 dias em coma e a amputação dos dez dedos dos pés, necrosados por causa dos medicamentos que a mantiveram viva[3].

Daniele apresentava tendência à trombose (trombofilia), o que aumentava o risco trombótico associado ao uso de contraceptivos orais. Além disso, utilizou uma droga (Yasmin) que contém um tipo de progesterona chamado drospirenona, que elevava ainda mais o risco (ver tabela abaixo).

Simone Vasconcelos, 34 anos, fez todos os exames e o seu médico não encontrou nenhum factor que aumentasse o risco do uso de anticonceptivos. Após três meses de uso da pílula Iumi ela sofreu embolia pulmonar, com risco de morte. Passou dois dias nos cuidados intensivos e seis no quarto do hospital. Como o coágulo era pequeno, o tratamento de seis meses com anticoagulante e restrições alimentares foi bem sucedido[4].

Qualquer mulher, mesmo que não tenha trombofilia e mesmo que use pílulas com outro tipo de progesterona, diverso da drospirenona, está sujeita a sofrer tromboses. É o que relata um extenso estudo feito na Holanda entre 1999 e 2004 e publicado em 2009 na revista médica The BMJ. A pesquisa abrangeu 1.524 pacientes e um grupo de controle de 1760 mulheres. Como resultado, “os contraceptivos orais actualmente disponíveis aumentaram em cinco vezes o risco de trombose venosa, comparado com o não uso”. Esse risco variou segundo o tipo de progesterona:

“Confirmou-se ainda – diz o estudo – um alto risco de trombose venosa durante os primeiros meses de uso do contraceptivo oral, independentemente do tipo de contraceptivo oral” [5].

Cancro da mama

Um estudo feito nos Estados Unidos com 1102 mulheres, de 20 a 49 anos, diagnosticadas com cancro de mama invasivo, de 1990 a 2009, usando um grupo de controle de 21952 mulheres, foi publicado em 2014 na revista Cancer Research. A originalidade do estudo é que não se baseou em relatos pessoais, mas em registros eletrónicos de farmácias. Verificou-se um aumento global de 50% na incidência de cancro de mama nas mulheres que tinham usado contraceptivo oral durante o ano anterior[6]. Comentando o resultado, a médica Dra. Denise Hunnell observa que o cancro de mama em mulheres de 20 a 49 anos é mais agressivo e menos sensível à terapia que após a menopausa. O aumento do risco dessa doença em mulheres jovens significa, portanto, um aumento do risco de morte dessas mulheres[7].

Glaucoma

Em 2013, foi apresentado na reunião anual da Academia Americana de Oftalmologia, em Nova Orleans, o resultado de um estudo que envolveu 3406 mulheres de 40 anos ou mais. Os pesquisadores descobriram que as mulheres que haviam usado contraceptivos durante três anos ou mais, eram duas vezes mais propensas a terem tido um diagnóstico de glaucoma. Esse resultado não dependia do tipo de anticonceptivo usado[8]. O glaucoma caracteriza-se pelo aumento da pressão intraocular, que determina o endurecimento do globo e a compressão do nervo óptico, podendo levar à cegueira.

Conclusão

O contraceptivo oral, além de privar o acto conjugal de sua abertura à vida, convertendo-o num ato de egoísmo a dois, traz terríveis malefícios para a saúde da mulher, que podem levá-la à morte. No entanto, quase ninguém se atreve a dizer que as mulheres não devem usar tal droga ou que o Estado deve proibir sua comercialização. Mesmo as vítimas de contraceptivos acima citadas limitam-se a advertir que a pílula deve ser usada “com cuidado” e levando-se em conta os riscos. 

Por quê essa resistência em condenar os anticonceptivos? Por dois motivos: 1º. Porque essa droga livra os cônjuges do fardo dos filhos e não exige qualquer sacrifício (como o exige a continência periódica admitida pela Igreja em casos de real necessidade); 2º. Porque até hoje nenhuma outra droga trouxe tanto lucro para as indústrias farmacêuticas.

Pe. Luiz Lodi in Zenit

[1] Cf. http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/09/professora-diz-que-teve-trombose-apos-usar-pilula-anticoncepcional.html
[2] https://www.facebook.com/pages/Vítimas-de-anticoncepcionais-Unidas-a-favor-da-Vida/279481195591370?fref=photo
[3] Cf. http://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/03/quando-pilula-anticoncepcional-e-pior-escolha.html
[4] Cf. https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Fk-ESFV8_FQ
[5] ROSENDAAL, F.R. et al. The venous thrombotic risk of oral contraceptives, effects of oestrogen dose and progestogen type: results of the MEGA case-control study. BMJ 2009;339:b2921 in: http://www.bmj.com/content/339/bmj.b2921.full
[6] Cf. BEABER, Elizabeth et al. Recent oral contraceptive use by formulation and breast cancer risk among women 20 to 49 years of age. Cancer Research; 74(15) August 1, 2014, p. 4078-4089, in: http://cancerres.aacrjournals.org/content/74/15/4078.full.pdf
[7] HUNNELL, Denise. Link between breast cancer and contraceptives, too big to ignore, in:
http://www.truthandcharityforum.org/link-between-breast-cancer-and-contraceptives-too-big-to-ignore/
[8] THE HUFFINGTON POST. Prolonged Use Of The Contraceptive Pill Double The Risk Of Glaucoma, Study Finds, in: http://www.huffingtonpost.co.uk/2013/11/18/glaucoma-contraceptive-pill-risk_n_4295553.html


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1 comentário:

Anónimo disse...

"O salário do pecado é a morte."

(Romanos VI, 23)