segunda-feira, 3 de abril de 2023

Satanás explicado pelo Catecismo da Igreja Católica

Por detrás da opção de desobediência dos nossos primeiros pais, há uma voz sedutora, oposta a Deus (Gn 3,1-5), a qual, por inveja, os faz cair na morte (Sb 2,24). A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo decaído, chamado Satanás ou Diabo (Jo 8,44; Ap 12,9). Segundo o ensinamento da Igreja, ele foi primeiro um anjo bom, criado por Deus. «O Diabo e os outros demónios foram por Deus criados naturalmente bons; mas eles, por si, é que se fizeram maus» (Concílio de Latrão).

A Escritura fala dum pecado destes anjos (2Pe 2,4). A queda consiste na livre opção destes espíritos criados, que radical e irrevogavelmente recusaram Deus e o Seu Reino. Encontramos um reflexo desta rebelião nas palavras do tentador aos nossos primeiros pais: «Sereis como Deus» (Gn 3,5). O Diabo é «pecador desde o princípio» (1 Jo 3, 8), «pai da mentira» (Jo 8,44). É o carácter irrevogável da sua opção, e não uma falha da infinita misericórdia de Deus, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado. «Não há arrependimento para eles depois da queda, tal como não há arrependimento para os homens depois da morte» (São João Damasceno).

A Escritura atesta a influência nefasta daquele a que Jesus chama «assassino desde o princípio» (Jo 8,44), e que chegou ao ponto de tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai (Mt 4,1-11). «Foi para destruir as obras do Diabo que apareceu o Filho de Deus» (1 Jo 3,8). Dessas obras, a mais grave em consequências foi a mentirosa sedução que induziu o homem a desobedecer a Deus.

No entanto, o poder de Satanás não é infinito. Satanás é uma simples criatura, poderosa pelo facto de ser puro espírito, mas criatura: impotente para impedir a edificação do Reino de Deus. (§§ 391-395)


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2 comentários:

Alex disse...

No entanto, devemos estar também conscientes de que, no final dos tempos, nos tempos do Apocalipse, tempos em que estamos vivendo, a atividade de Satanás e dos demônios se intensificará e se tornará mais forte. Porque será o tempo da última batalha, como predito no Apocalipse. Nesse sentido também cito o exorcista Pe. Fortea em sua Summa Daemoniaca: "A Bíblia nos ensina, em Apocalipse, que no fim dos tempos Deus permitirá uma manifestação mais livre dos poderes demoníacos. E assim, em Apocalipse 13,13-14 fala-se desses prodígios." (Questão 37). Por fim, é interessante também lembrar a visão que Leão XIII teve de Satanás dialogando com Deus como no livro de Jó e pedindo ao Todo-Poderoso um tempo de um século para destruir a Igreja. É de se crer que estamos nesse tempo de provação no qual Satanás está tentando destruir a Igreja.

Maria José Martins disse...

E como a luta continua, não resisto a relembrar, MAIS UMA VEZ, a Passagem Evangélica, tão bem explicada por Jesus, na Obra: " O Evangelho, como me foi revelado", de Maria Valtorta.
(...)Pensai bem, no que é um Sacerdote. No Bem que ele pode fazer, mas, também, no Mal. Vós já vistes o que pode fazer um Sacerdote decaído, do seu Carácter Sagrado.
Em verdade, em verdade Eu vos digo que, igualmente a Terra será destruída, tal como, pelas culpas do Templo esta Nação será dispersa, quando a desolação entrar no Meu Novo Sacerdócio, conduzindo os homens, para a Apostasia, a fim de ABRAÇAREM AS DOUTRINAS DO INFERNO. E será então, que surgirá O FILHO DE SATANÁS, e os povos gemerão, em tremendo espanto, e poucos ficarão fiéis ao Senhor e, no meio de CONVULSÓES e HORROR, virá o FIM, depois da VITÓRIA de Deus sobre os malditos!(...)
Em verdade, em verdade Eu vos digo, que a última perseguição será horrenda, porque não é entre homens, MAS FEITA PELO FILHO DE SATANÁS e seus sequazes (...)