quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Woodstock na igreja de São Sebastião em Cem Soldos


A paróquia de S. Sebastião em Cem Soldos (Tomar) foi palco de um concerto nada condizente com a sacralidade de uma igreja. O evento estava integrado num festival de música que aconteceu em Cem Soldos na segunda semana de Agosto.

Em relação ao uso de lugares sagrados, diz a Lei da Igreja:



Cân. 1210 — No lugar sagrado apenas se admita aquilo que serve para exercer ou promover o culto, a piedade e a religião; e proíbe-se tudo o que seja discordante da santidade do lugar. Porém, o Ordinário pode permitir acidentalmente outros actos ou usos, que não sejam contrários à santidade do lugar.


Este uso acidental, no qual se incluem os concertos, é regulado pelos "Princípios e Orientações sobre os Bens Culturais da Igreja", emitida pela Conferência Episcopal Portuguesa no dia 16 de Novembro de 2005:

28. A realização destes concertos em igrejas, que é superiormente preconizada, obedecerá sempre às normas publicadas pela Santa Sé e pelas dioceses portuguesas, segundo as quais o reportório deverá ser condizente com o lugar sagrado, constituído por música sacra ou religiosa, e sujeito a aprovação superior. Estabelece-se também que estes concertos, que se destinam a proporcionar momentos de elevação espiritual, sejam inteiramente gratuitos.

O concerto que decorreu na igreja de São Sebastião não foi de música sacra ou religiosa. O ambiente foi totalmente profano, nada condizente com o ambiente de culto a Deus que é próprio de uma igreja. As orientações da Conferência Episcopal exigem também a aprovação superior, leia-se do Bispo da diocese. Será que o D. José Traquina, Bispo de Santarém, foi informado da natureza deste evento?

Deixamos aqui o email da Diocese de Santarém caso algum fiel deseje pedir esclarecimentos: diocstr@sapo.pt.


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6 comentários:

José Paulo C. F. da Bandeira de Figueiredo disse...

Como é que é possível tal desplante?

Maria de Fátima disse...

Quando é que isto começou? Foi quando começaram a bater palmas dentro das Igrejas e a cantar os parabéns a você, etc. ?

Anónimo disse...

Não sei qual é o problema ...
Deus está em todos nós, e acho que também ele deve gostar de musica ...
Se ELE não quisesse que isto acontecesse ., tinha "iluminado" o bispo e não acontecia..
Apeteceu-Lhe ouvir um concerto ... está no seu direito (...)


Unknown disse...

Olá, muito bom dia. Antes de tudo, queria dizer que o senhor João não tem autoridade alguma para classificar o tipo ambiente se não esteve presente. Segundo, o local onde decorreu o concerto não era uma igreja durante o período do festival, era apenas um local cujo edifício se assemelha com as igrejas católicas. Este edifiedi estava desprovido de tudo que que é necessário para poder classificado como uma igreja, isto inclui o sacrário bem como as velas que o acompanham. Se o senhor queizer pode construir um edifício igual aquele, não é isso que o faz uma igreja. Como já disse, no período do festival o local não era uma igreja por isso nada foi profanado. Para a próxima em vez de fazer acusações ignorantes e problemáticas, tente chegar ao fundo do assunto. O modo como este artigo está escrito e a sua incrível falta de informação do ponto de vista religioso gritam as intenções impuras do autor. O objetivo não é fazer chegar a informação aos cristãos preocupados, mas sim gerar caos e fazer surgir questões quanto à legitimidade do acontecimento. O senhor João não está em posição nenhuma para escrever um artigo como este pois obviamente não é cristão, mesmo que diga ou penss que é, digo-lhe que não. Qualquer membro honesto da comunidade cristã conseguia ver o quão absurdas as acusações são. Tenha um bom dia.

João Silveira disse...

Caro Filipe Laíns, a paróquia de São Sebastião em Cem Soldos é um lugar sagrado, dedicado ao culto a Deus. Não é por se retirar o sacrário e as velas que uma igreja deixa de ser uma igreja. Para um lugar sagrado deixar de o ser e passar a poder albergar eventos profanos, desde que não sórdidos, tem de ser dessacralizado pelo Bispo local. Isso não aconteceu e o próprio Bispo diz que não foi sequer informado sobre este evento.

Joao Gil disse...

Deve ser realmente doloroso para algumas almas observar no vídeo que aquela igreja não reunia tantas pessoas tão novas e tão diferentes há bastante tempo, todas elas a celebrar a vida de uma forma tão bonita.

Se alguns Cristãos tivessem nascido no ano 0, teriam aplaudido a crucificação. Onde já se viu apoiar blasfémias?