sábado, 24 de junho de 2023

São João e as notas musicais

Já alguém se questionou sobre a origem do nome das notas musicais? Porque é que o Dó é o Dó e o Mi, o Mi? Existe uma história interessante na origem da escala musical.

Tudo começa com um monge beneditino, que viveu no Séc. XI (995-1050), de seu nome Guido d'Arezzo, que denotou uma particularidade num hino a São João Baptista, uma música bastante popular na época. Este hino era composto por 7 versos com notas diferentes; e o primeiro verso começava com uma nota a que chamaria posteriormente Ut, o segundo começava com outra a que chamaria posteriormente e aí por diante até ao último verso...

Ele teve a ideia de nomear as notas conforme o início de cada verso. Este é o hino:

Ut queant laxisPara que possam, de libertas
Resonare fibrisvozes, ressoar
Mira gestorumas maravilhas das tuas acções
Famuli tuorum,dos teus servos,
Solve pollutiapaga dos impuros
Labii reatum,lábios a culpa,
Sancte Ioannes.ó São João.

Como a sílaba Ut não era fácil de ser cantada foi substituída, por Giovanni Baptista Doni, em , por volta de 1640.


Não deixa de ser irónico que, não sendo o mundo musical em geral muito católico, seja usado um hino a São João Baptista - precursor de Jesus Cristo para compor todas as músicas. Deus é realmente Omnipresente!


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2 comentários:

Davi Corrêa disse...

É realmente impressionante. Eu também nunca sabia disso até fazer algumas aulas de canto coral na Universidade Católica de Petrópolis (Rio de Janeiro/Brasil). Em 2017 tive a oportunidade de conhecer a cidade italiana de Arezzo e recordar-me dessa história.

Na publicação do link abaixo, além da história já exposta aqui no Senza Pagare, há a execução do Hino a São João Baptista, que inspirou Guido d'Arezzo: http://www.simsoucatolico.com.br/2018/06/voce-sabia-que-foi-um-monge-catolico-quem-nomeou-as-notas-musicais.html

Maria José Martins disse...


E nem de propósito, aqui vemos a beleza e a delicadeza da Arte na sua Essência, enquanto no Vaticano o Papa Francisco elogia e recebe "com toda a pompa e circunstância", entre outros, pseudoartistas, que a usam somente para abandalhar.
Entre vários, recebeu Andrés Serrano, que usou a Arte para profanar um crucifixo--e nem digo como, porque me repugna-- e Joana Vasconcelos que construiu um lustre, há anos, usando preservativos, com o título: "A noiva", tendo sido PROIBIDA de o expor no Palácio de Versalhes, em Paris, FRANÇA! Um País LAICO e...não digo mais nada, porque para "bom entendedor meia palavra basta!"
Que, pelo menos, a Bênção Papal os CONVERTA!