sexta-feira, 24 de abril de 2020

A missão do Sacerdote em tempos de epidemia

O Cardeal John Henry Newman descreveu a forma heróica como muitos sacerdotes do seu País deram a vida para conferir os sacramentos em tempos de epidemia: 

Qual é a recompensa dos sacerdotes por se comprometerem com uma vida de auto-disciplina e trabalho; uma morte prematura e miserável? A febre irlandesa matou, entre Liverpool e Leeds, mais de trinta padres: tanto jovens na flor dos seus dias como velhos que mereciam ter algum sossego depois de décadas de trabalho. 

Houve um Bispo que morreu no norte; mas o que é que um homem da sua classe eclesiástica tinha a ver com o esforço e o perigo do serviço aos doentes, excepto a obrigação que lhe vem da Fé cristã e da caridade? Sacerdotes voluntariaram-se para o perigoso serviço. O mesmo aconteceu no primeiro surto de cólera, aquela misteriosa motivação inspiradora. O que poderia motivar um grupo de hipócritas, durante o surto de uma doença mortal, a ir um atrás do outro numa longa marcha até a esperança perdida, e um após o outro perecendo? 

Assim, posso dizer, que é essa a missão de cada sacerdote. Ele está sempre pronto para se sacrificar pelo seu povo. Noite e dia, doente ou saudável, faça chuva ou faça sol, lá vai ele ele, depois de uma chamada de um doente. O facto de um paroquiano morrer sem os sacramentos por culpa dele é terrível para ele.


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