terça-feira, 5 de novembro de 2024

D. Athanasius Schneider: O Vaticano II prometeu uma Primavera mas chegou um amargo Inverno

Os pais de D. Athanasius Schneider ajudaram a organizar “Missas secretas” durante a era das “catacumbas” do regime soviético em que cresceu, disse em entrevista ao DailyWire.com. Crescer numa “Igreja perseguida” e receber a fé católica como “leite materno” foi uma das maiores dádivas da sua vida.

Quando se mudou para a Alemanha Ocidental, nos anos 70, após o Concílio Vaticano II, ficou “chocado” ao ver as mudanças radicais que tinham sido introduzidas na Missa, com a nova “falta de reverência, sacralidade e seriedade”.

Acrescentou que a sua família “não aceitou as novidades da falta de respeito durante a Santa Missa” e continuou a receber a Sagrada Comunhão de joelhos.

D. Athanasius lamenta que muitas liturgias se tenham tornado numa espécie de entretenimento [aborrecido] com os homem no centro, acrescentando que Deus foi empurrado para fora do centro para “nos adorarmos a nós próprios”.

Depois do Concílio Vaticano II, “muitas coisas” que eram ensinadas claramente pela Igreja tornaram-se “ambíguas, incertas” e começou uma “perseguição dentro da Igreja”.

Recorda ainda que o Vaticano II prometeu uma Primavera, “mas não houve Primavera. Pelo contrário, a evidência é tão óbvia - houve um Inverno, não uma floração”.

D. Athanasius Schneider considera que o problema mais profundo da crise da Igreja é o facto de esta “querer agradar ao mundo”, tentando obter “o reconhecimento e a simpatia do mundo. Mas isso é uma ilusão”.

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