sexta-feira, 31 de outubro de 2025
quinta-feira, 30 de outubro de 2025
quarta-feira, 29 de outubro de 2025
A ulterior importância da Missa do Cardeal Burke na Basílica de São Pedro
Este acontecimento possui uma importância—até simbólica—muito maior do que se poderia imaginar hoje; e a sua memória merece ser transmitida à reflexão dos historiadores do amanhã.
Eram cerca de 14h30 quando o canto do Credo ecoou sob as majestosas abóbadas da Basílica de São Pedro, entoado com vozes poderosas por uma procissão de mais de duzentos sacerdotes, avançando lentamente, seguidos por milhares de fiéis que participavam na 14.ª Peregrinação Internacional Ad Petri Sedem.
Após cruzarem a Porta Santa, a procissão chegou ao grandioso átrio da Basílica de São Pedro, onde se ergue a monumental Cátedra de Pedro, rodeada de mármore, bronze e raios de glória. O génio de Bernini esculpiu não apenas um triunfo artístico, mas um símbolo da Tradição da Igreja, fielmente preservada há dois milénios. Os sacerdotes dispuseram-se em duas filas à direita e à esquerda do altar, dominado pelo grande relicário de bronze contendo a Cátedra e as imponentes estátuas dos quatro Doutores da Igreja: os latinos, Santo Ambrósio e Santo Agostinho, e os gregos, Santo Atanásio e São João Crisóstomo. Sobre a cátedra, numa cascata de ouro e luz, a Pomba do Espírito Santo, colocada na célebre janela de alabastro, irradiava um cálido esplendor sobre todo o átrio.
De ambos os lados da tribuna, os monumentos funerários de Urbano VIII, também de Bernini, e Paulo III, o Papa que convocou o Concílio de Trento, parecem ainda velar sobre o coração do Primado petrino. No alto, na abóbada, a entrega das chaves a São Pedro narra a origem da autoridade papal, enquanto nas laterais, cenas do martírio de São Pedro e da decapitação de São Paulo compõem um drama sagrado que fala do sangue derramado pela fé.
Não poderia haver cenário mais eloquente para a cerimónia solene que se iniciou pouco depois das 15h, quando Sua Eminência o Cardeal Raymond Leo Burke, Patrono Emérito da Ordem Soberana Militar de Malta, ingressou e celebrou uma solene Missa Pontifical segundo o antigo Rito Romano, assistido por oficiais cerimoniais que contribuíram para dar à liturgia a magnificência que merece.
As novecentas cadeiras disponibilizadas revelaram-se exíguas para uma multidão três ou quatro vezes maior, composta por homens e mulheres, jovens e idosos, vindos de todas as partes do mundo. A ocasião tornou-se extraordinária pelo local onde se realizou: um cenário único no mundo, onde arquitetura, escultura, teologia e história se entrelaçam para tornar visível a missão da Igreja e do Papado: preservar a fé e transmiti-la ao longo dos séculos.
O Cardeal Burke, na sua apreciada homilia, recordou o centenário da aparição do Menino Jesus, acompanhado de Nossa Senhora de Fátima, à Venerável Serva de Deus Irmã Lúcia de Jesus, a 10 de dezembro de 1925, em que "o Senhor nos mostrou o Coração Doloroso e Imaculado de Nossa Senhora, coberto de muitos espinhos por causa da nossa indiferença e ingratidão, e por causa dos nossos pecados. Em particular, Nossa Senhora de Fátima deseja proteger-nos do mal do comunismo ateu, que afasta os corações do Coração de Jesus—única fonte de salvação—e os leva à rebelião contra Deus e contra a ordem que Ele estabeleceu na criação e inscreveu no coração de cada homem.
Pelas suas aparições e pela mensagem confiada aos pastorinhos, Santos Francisco e Jacinta Marto, e à Venerável Lúcia de Jesus—uma mensagem destinada à Igreja inteira—Nossa Senhora denunciou a influência da cultura ateia na própria Igreja, que levou muitos à apostasia e ao abandono das verdades da fé católica.
Ao mesmo tempo, Nossa Senhora ensinou-nos a praticar atos de amor e reparação pelas ofensas cometidas contra o Sacratíssimo Coração de Jesus e o seu Imaculado Coração através da Devoção dos Primeiros Sábados do mês. Essa consiste em confessar sacramentalmente os próprios pecados, receber dignamente a Sagrada Comunhão, rezar cinco dezenas do Santo Rosário, e fazer companhia a Nossa Senhora, meditando nos mistérios do Rosário (...). A Devoção dos Primeiros Sábados é a nossa resposta obediente à nossa Mãe celeste, que não deixará de interceder para obter todas as graças de que nós e o mundo inteiro tanto necessitamos."
O Cardeal lembrou então o 18.º aniversário da publicação do Motu Proprio Summorum Pontificum, com o qual o Papa Bento XVI possibilitou a celebração regular da Missa segundo esta forma, em uso desde o tempo de São Gregório Magno. “Demos graças a Deus”, disse, “porque, graças ao Summorum Pontificum, toda a Igreja amadurece numa compreensão e amor cada vez mais profundos pelo grande dom da Sagrada Liturgia, tal como nos foi transmitido numa linha ininterrupta desde a Tradição Apostólica, dos Apóstolos e dos seus sucessores.”
A cerimónia foi acompanhada pelas notas do canto gregoriano da Capela Musical do Panteão Romano, que se espalharam como vento sagrado, unindo as orações dos presentes às de incontáveis gerações de fiéis que, antes deles, haviam contemplado aquele átrio, buscando a verdade da doutrina e o conforto da fé.
Mártir desta fé foi o Cardeal albanês Ernest Simoni, que assistiu à cerimónia na primeira fila, juntamente com o Cardeal Walter Brandmüller. Preso pelo regime comunista em 1963, o Cardeal Simoni passou mais de vinte e cinco anos da sua vida em trabalhos forçados até à libertação em 1991. Hoje é conhecido pelo poder dos seus exorcismos e, no final da Missa, pronunciou do púlpito uma fórmula abreviada de exorcismo contra Satanás e os anjos rebeldes, composta em 1884 por Leão XIII, inspirada no arcanjo São Miguel, depois de ter tido uma terrível visão dos demónios reunidos para destruir a Igreja.
A celebração terminou, após o Salve Regina, com o solene canto do Christus vincit, enquanto uma intensa emoção tocava sacerdotes e fiéis. Os rostos de muitos deles mostravam o sofrimento daqueles que, para permanecerem fiéis à Missa de Sempre, tiveram de enfrentar incompreensões, provações e humilhações. Mas agora, em torno daquela antiga liturgia, os raios dourados do átrio, as figuras dos evangelistas e dos Padres da Igreja pareciam reunir passado e presente num só abraço perante a Cátedra de Pedro.
Pela primeira vez desde a entrada em vigor da Traditionis Custodes (2021), foi autorizada a celebração da Missa tradicional no altar da Cátedra na Basílica Vaticana. Durante as primeiras peregrinações à Petri Sedem, a Missa Tridentina era celebrada livremente em São Pedro, mas há alguns anos isso já não era permitido. Só a autorização do Papa reinante Leão XIV tornou possível este acontecimento, que para muitos apareceu como uma luz da aurora, enquanto no mundo tantas estrelas efémeras caíram ou se preparam para desaparecer na noite.
Professor Roberto de Mattei in Corrispondenza Romana
sábado, 25 de outubro de 2025
Procissão Summorum Pontificum 2025
sexta-feira, 24 de outubro de 2025
terça-feira, 21 de outubro de 2025
segunda-feira, 20 de outubro de 2025
domingo, 19 de outubro de 2025
D. Athanasius Schneider: "O politicamente correcto alimenta a islamização da Europa"
Nos últimos dez anos, alguns países da Europa Ocidental, nomeadamente a Alemanha e o Reino Unido, têm incentivado um afluxo desproporcionado de pessoas provenientes de países de maioria muçulmana, classificadas sobretudo como refugiados, afirmou o Bispo Athanasius Schneider numa entrevista ao LaNuovaBq.it.
Descreve este processo como «a instalação de cidadãos muçulmanos em países europeus cristãos, orquestrada por altas autoridades políticas em colaboração com certas organizações internacionais».
Monsenhor Schneider acrescenta que, sob o pretexto da integração, estão a ser introduzidas nas escolas e na vida pública práticas religiosas islâmicas, como a comida halal, jantares públicos para quebrar o jejum durante o Ramadão e publicidade com temas do Ramadão.
Afirma que, em muitos países tradicionalmente cristãos, a população islâmica está prestes a superar em número a população autóctone num futuro próximo e que já há figuras muçulmanas a ocupar cargos de influência política.
O Bispo Schneider descreve esta abordagem como um enorme erro, declarando: «Em vez de promoverem a imigração, os governos europeus deveriam investir em projectos humanitários e económicos que permitissem aos refugiados e imigrantes permanecer nos seus próprios países, melhorando as suas condições de vida e, assim, contribuindo para a prosperidade e o progresso da sua pátria.»
Adverte que «muitos representantes da Igreja hoje são guiados pelo politicamente correcto»: «O diálogo inter‑religioso é um método ambíguo. Exige uma harmonia entre as religiões que não existe nem na doutrina nem na moral e que muitas vezes também falta na prática.»
E acrescenta: «O Corão e a lei da Sharia contêm afirmações claras que discriminam os não‑muçulmanos, mas estas nunca são abordadas. Este tipo de “diálogo” carece de sinceridade. O problema do Islão politizado e da crescente perseguição dos cristãos, particularmente nos países islâmicos ou pelas mãos de grupos extremistas islâmicos, raramente é discutido.»
in gloria.tv
sábado, 18 de outubro de 2025
Nova igreja para a FSSPX em Lisboa
sexta-feira, 17 de outubro de 2025
A missão de Santa Margarida Maria Alacoque
Em 1647, quando nasceu Santa Margarida Maria, a devoção ao Sagrado Coração não era muito conhecida, se bem que já existia. A sua missão foi dar-lhe um impulso e uma difusão universal, precisar o seu espírito, adapta-lo às necessidades da Igreja nos tempos modernos e fixar as práticas de piedade mais adequadas às novas circunstâncias.
Santa Margarida Maria foi uma simples freira que nunca transpôs os muros do seu convento e morreu antes de completar 45 anos, em 1690. A Providência compraz-se deste modo em realizar um desígnio imenso a partir de uma humilde religiosa que, para fugir do mundo, tinha-se retirado a um obscuro convento da Ordem da Visitação e levou ali uma vida apagada aos olhos dos homens e até das freiras visitandinas com as quais convivia.
O quadro hoje é completamente diverso. Ornato da Ordem da Visitação, a religiosa então apagada foi elevada ao ápice de glória na Igreja e, do alto dos altares, da sua santidade despede raios de salvação à terra inteira, enquanto a maioria dos homens famosos e importantes da sua época são desconhecidos pelos nossos contemporâneos.
O Papa Pio XII, depois de fazer a lista dos Santos que se destacaram na prática e difusão da devoção ao Coração de Jesus, diz a este propósito: “Mas entre todos os promotores desta excelsa devoção, merece um lugar especial Santa Margarida Maria Alacoque que, com a ajuda do seu director espiritual, o Beato Cláudio de la Colombière (hoje santo) e com o seu zelo ardente, obteve, não sem a admiração dos fiéis, que este culto adquirisse um grande desenvolvimento e, revestido das características do amor e da reparação, se distinguisse das demais formas da piedade cristã.” (Encíclica Haurietis Aquas, 49)
in Pale Ideas
Leia também: As 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus
quinta-feira, 16 de outubro de 2025
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
11 conselhos de Santa Teresa de Ávila para a vida de oração
Hoje é dia de Santa Teresa de Jesus, também conhecida como Santa Teresa de Ávila. Reformou o Carmelo e criou as Carmelitas Descalças, no séc. XVI. Era uma guerreira e é considerada uma das maiores santas de todos os tempos. Foi declarada Doutora da Igreja.
2. Oferece-te a Deus cinquenta vezes por dia, e que seja com grande fervor e desejo de Deus.
3. Em todas as coisas, observa a Providência de Deus e a Sua sabedoria; em tudo, envia-Lhe o teu louvor.
4. Em tempos de tristeza e de inquietação não abandones nem as obras de oração, nem a penitência a que estás habituado. Antes, intensifica-as, e verás com que prontidão o Senhor te sustentará.
5. Nunca fales mal de quem quer que seja, nem jamais escutes. A não ser que se trate de ti mesmo. E terás progredido muito no dia em que te alegrares por isso.
6. Não digas nunca, de ti mesmo, algo que mereça admiração, quer se trate do conhecimento, da virtude, do nascimento, a não ser para prestar serviço. Mas então, que isso seja feito com humildade e considerando que esses dons vêm pelas mãos de Deus.
7. Não vejas em ti se não o servo de todos, e em todos contempla Cristo Nosso Senhor; assim O respeitarás e O venerarás.
8. Não te mostres curioso a respeito de coisas que não te dizem respeito, nem de perto, nem de longe, nem com comentários, nem com perguntas.
9. Mostra a tua devoção interior só em caso de necessidade urgente. Lembra-te do que diziam São Francisco e São Bernardo: Secretum meum mihi (o meu segredo pertence-me).
10. Cumpre todas as coisas como se Sua Majestade estivesse realmente visível; agindo assim, muito ganhará a tua alma.
11. Que o teu desejo seja ver a Deus. O teu temor, perdê-Lo. A dor, não comprazer na Sua presença. A satisfação, o que puder conduzir até Ele. E viverás numa grande paz.
Prof. Felipe de Aquino in 'Orações de todos os tempos da Igreja'
terça-feira, 14 de outubro de 2025
Nosso Senhor pediu à Beata Alexandrina que compensasse os pecados dos Sacerdotes
Jesus a Alexandrina: «Paga-me a dívida mais penosa e de maior valor. É a dívida dos Sacerdotes: a dívida mais cara. Ofereceste-te a Mim por eles como vítima: paga-Me. Eles calcam aos pés a minha Carne, o meu divino Sangue. Paga-Me, miserável, paga-Me, desgraçada.»
Alexandrina ao director espiritual:
- Ai, meu Padre: figurava-se que o corpo de Nosso Senhor estava todo em pedacinhos e andava a ser esmigalhado aos pés. Que aflição! E sobre mim caiu também o peso esmagador e Nosso Senhor disse-me: «É o peso da Justiça divina; é o peso que os deveria esmagar!»
Alexandrina a Jesus:
- Ó meu Jesus, eu quero que sobre mim venha toda a vingança, toda a Justiça divina; mas quero que eles se salvem e se voltem depressa para Vós e se encham todos do vosso divino amor, para que possam incendiar as almas numa só chama de amor por Vós.
Carta de 21 de Agosto de 1939 de Alexandrina ao seu director espiritual in 'No Calvário de Balasar'
segunda-feira, 13 de outubro de 2025
quinta-feira, 9 de outubro de 2025
São Dionísio pregou um sermão depois de ter sido decapitado
Decapitado durante a perseguição dos católicos pelo Imperador romano Décio, São Dionísio levantou a própria cabeça e pregou um sermão sobre o arrependimento.
Pouco se sabe sobre Dionísio, excepto que foi Bispo de Paris no século III d.C. Ele foi enviado de Itália para converter os gauleses sob o Papa Fabiano, tornando-o um dos "apóstolos dos gauleses".
Juntamente com os santos Rústico e Eleutério, se estabeleceu-se na Île de la Cité, uma ilha no rio Sena. Dionísio e os seus companheiros eram famosos pela capacidade de evangelizar. Eram tão eficazes na conversão de pessoas que os líderes romanos pagãos ficaram alarmados com a perda de seguidores.
O governador romano local ordenou a detenção e prisão do trio. Acabaram por ser decapitados na colina mais alta de Paris, hoje conhecida como Montmartre ou "Montanha dos Mártires".
A tradição conta que, depois de ter a sua cabeça cortada, Dionísio pegou nela e caminhou vários quilómetros desde o topo da colina, pregando um sermão sobre o arrependimento durante todo o caminho. O local onde terminou o seu sermão e realmente morreu foi marcado por um pequeno santuário que hoje é conhecido como a Basílica de São Dionísio, o local de sepultura dos reis de França desde o século X até ao século XVIII.
São Dionísio é o cefalóforo mais famoso - literalmente “portador da cabeça” - descrito na hagiologia. O seu martírio único tornou-se objeto de arte ao longo da história, pintado e retratado em mármore. A sua festa, juntamente com os Santos Rústico e Eleutério, é celebrada no dia 9 de Outubro.
quarta-feira, 8 de outubro de 2025
Texto do Acto de Reparação pelo "Jubileu LGBT" - D. Athanasius Schneider
Acto de reparação pela profanação do Ano Jubilar e da Basílica de São Pedro por ativistas «LGBTQ+»
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, olhai com misericórdia para nós, pobres pecadores, que oferecemos à Vossa Divina Majestade este acto de reparação pela abominação perpetrada na Cidade Eterna, durante este Ano Jubilar, por aqueles que, «transformando a graça de nosso Senhor Deus em sensualidade» (Jd 4), usaram — infelizmente, com a permissão das autoridades da Santa Sé — a Igreja do Gesù, a Porta Santa e a Basílica de São Pedro como plataforma para defender orgulhosamente a legitimação da sodomia, da fornicação e de outros pecados contra o Sexto Mandamento da Vossa Santa Lei. Ousaram, além disso, mostrar «aparência de piedade, mas negando a sua essência» (2Tm 3, 5).
Com tristeza clamamos a Vós com as palavras do salmo: «Ó Senhor, lembrai-Vos da Vossa congregação, que possuístes desde o princípio. O ceptro da Vossa herança, que resgatastes: o Monte Sião, onde habitastes. Levantai as nossas mãos contra o orgulho deles até ao fim; vede o que o inimigo fez de perverso no santuário. E aqueles que Vos odeiam se vangloriam no meio da Vossa solenidade. Eles ergueram as suas bandeiras como sinais. Eles profanaram a morada do Vosso Nome na Terra. Até quando, ó Deus, o inimigo vai insultar: o adversário vai provocar o Vosso Nome para sempre? Não deixeis que os humildes sejam afastados com confusão: os pobres e necessitados louvarão o Vosso nome» (Sl 73, 2-4.7.10.21).
Embora sejamos pobres pecadores, oferecemos, em união com os actos de expiação do Imaculado Coração de Maria, de todos os Santos e de todos os fiéis piedosos da Terra, a satisfação que uma vez fizestes ao Vosso Pai Eterno na Cruz, e que continuais a renovar diariamente nos nossos altares, em reparação e expiação:
— Por aqueles que abusaram do Ano Jubilar, da Igreja do Gesù, da Porta Santa e da Basílica de São Pedro, transformando-os numa plataforma para defender a legitimação da sodomia, da fornicação e de outros pecados contra o Sexto Mandamento da Vossa Santa Lei! Senhor, tende piedade! Cristo, tende piedade! Senhor, tende piedade!
— Pela cumplicidade das autoridades da Santa Sé em tal abominação! Senhor, tende piedade! Cristo, tende piedade! Senhor, tende piedade!
— Pelos grupos de pressão ideológicos, dentro e fora da Igreja, que defendem a legitimação da sodomia, da fornicação e de outros pecados contra o Sexto Mandamento da Vossa Santa Lei! Senhor, tende piedade! Cristo, tende piedade! Senhor, tende piedade!
— Pelo apelo descarado de cardeais, bispos, padres e leigos para mudar o ensinamento imutável da Igreja Católica, expresso no Catecismo, de modo a legitimar a sodomia, a fornicação e outros pecados contra o Sexto Mandamento da Vossa Santa Lei! Senhor, tende piedade! Cristo, tende piedade! Senhor, tende piedade!
— Pelos membros do clero que, abusando do seu cargo e pervertendo o verdadeiro objetivo do cuidado pastoral, apoiam a legitimação da sodomia, da fornicação e de outros pecados contra o Sexto Mandamento da Vossa Santa Lei! Senhor, tende piedade! Cristo, tende piedade! Senhor, tende piedade!
— Pelos membros do clero que, sob o pretexto do acompanhamento pastoral, negam às pessoas a verdade perene dos Teus Santos Mandamentos e evitam chamar aqueles que erram à penitência salutar, confirmando-os, em vez disso, no erro e no vício, e expondo-os ao perigo da condenação eterna! Senhor, tende piedade! Cristo, tende piedade! Senhor, tende piedade!
— Pelos membros do clero que encorajam aqueles que vivem abertamente o estilo de vida «LGBTQ+» a receber a Sagrada Comunhão, levando-os assim a comer e beber o seu próprio julgamento (cf. 1Cor 11, 29).
— Por todos aqueles que, orgulhosos e impenitentes, Vos ofendem com um estilo de vida de sodomia e fornicação! Senhor, tende piedade! Cristo, tende piedade! Senhor, tende piedade!
— Por todos aqueles que denigrem a bondade e a beleza da criação do casamento e dos dois sexos — masculino e feminino — ao defenderem a legitimação moral e legal das uniões entre pessoas do mesmo sexo e do chamado casamento entre pessoas do mesmo sexo! Senhor, tende piedade! Cristo, tende piedade! Senhor, tende piedade!
— Por todos aqueles que blasfemam contra Vós, afirmando que criaste a atração pelo mesmo sexo! Senhor, tende piedade! Cristo, tende piedade! Senhor, tende piedade!
— Pelos membros do clero que blasfemam contra o Vosso Santo Nome, os Vossos Mandamentos e o sacramento do casamento divinamente instituído, ao concederem bênçãos a "casais" do mesmo sexo e outros casais em uniões extraconjugais! Senhor, tende piedade! Cristo, tende piedade! Senhor, tende piedade!
Ó Senhor, nós também Vos imploramos misericordiosamente que concedais a Vossa luz e a graça da conversão aos nossos pobres irmãos e irmãs que, cegos pelo erro e escravizados pelo vício, se esforçam por impor a sua própria vontade à Vossa Santa Vontade, exigindo impudentemente que a Igreja mude as verdades imutáveis e divinamente reveladas dos Vossos Mandamentos. Concedei-lhes, nós Vos imploramos, que sejam conduzidos de volta ao abraço da vossa Santa Vontade.
Ó Senhor, derramai o Vosso Espírito de verdade e compaixão sobre os pastores e as ovelhas do Vosso rebanho, para que eles Vos temam, sigam todos os Vossos caminhos e Vos amem (cf. Dt 10, 12). Que o mundo compreenda, nas palavras e acções da Vossa Igreja, a Vossa verdade libertadora: «Quão bela é a geração casta com glória: pois a sua memória é imortal, porque é conhecida tanto por Deus como pelos homens» (Sb 4, 1).
Ó Senhor, olhai com misericórdia para a Vossa Igreja afligida, que foi publicamente humilhada pelo abuso do Ano Jubilar, da Porta Santa e da Basílica de São Pedro. Recebei graciosamente este nosso acto de reparação e olhai para as lágrimas da Virgem Maria Imaculada e Dolorosa, o sangue de inúmeros mártires, especialmente aqueles martirizados pela castidade, e para os sofrimentos, suspiros, orações e actos de reparação amorosa de tantas almas católicas. Ó Senhor, faz com que a Vossa Igreja brilhe novamente, católica, livre e casta.
Santo Deus, Santo Poderoso, Santo Imortal, tende piedade de nós! Santo Deus, Santo Poderoso, Santo Imortal, tende piedade de nós! Santo Deus, Santo Poderoso, Santo Imortal, tende piedade de nós! Ámen.
segunda-feira, 6 de outubro de 2025
Extinção das Ordens Religiosas na Alemanha
Alemanha: o número de monges e, sobretudo, de freiras está a diminuir. Em 2036, já não haverá religiosos na Alemanha. O Caminho Sinodal para o esquecimento
Tal como o resto do catolicismo alemão, o número de freiras está a diminuir, segundo estatísticas oficiais da Igreja Católica na Alemanha:
«Em 2024, havia 12.628 mulheres e homens», anunciou a Conferência Alemã dos Superiores das Ordens Religiosas (DOK), na segunda-feira, em resposta a um pedido da Agência de Notícias Católica (KNA), em Bona. Segundo os números, o número de freiras, em particular, diminuiu em mais de 700.
«Existem 297 generalatos, províncias, abadias e mosteiros independentes, com 9.467 freiras a viver em 883 aldeias monásticas», declarou o porta-voz da DOK, Arnulf Salmen. No final de 2023, ainda havia 10.211 freiras a residir em 923 aldeias monásticas.
De acordo com o relatório, no ano passado existiam 111 províncias religiosas, abadias e priorados independentes pertencentes a 65 diferentes ordens religiosas. Cerca de 3.200 religiosos viviam em 369 casas monásticas, disse o porta-voz. Em 2023, haverá 3.223 religiosos em 376 estabelecimentos monásticos».
A queda de 7% num só ano também indica que o número de freiras na Alemanha está a envelhecer consideravelmente e que o declínio dos seus números e da sua rede só pode piorar.
Monges e freiras
1960 110.000
1999 38.348
2019 17.900
2024 12.628
in cathcon.blogspot.com
domingo, 5 de outubro de 2025
Acto de reparação pelo "Jubileu LGBT"
Durante o encontro Catholic Identity Conference, organizado pelo Remnant, quatro Bispos fizeram um acto de reparação pela profanação por causa do “Jubileu LGBT” na Basilica de São Pedro. Foram eles:
- D. Athanasius Schneider, bispo auxiliar de Astana, Cazaquistão;
- D. Robert Mutsaerts, bispo auxiliar de ’s-Hertogenbosch, Países Baixos;
- D. Joseph Strickland, bispo emérito de Tyler, EUA;
- D. Marian Eleganti, bispo emérito auxiliar de Coira, Suíça.
Os quatro prelados ajoelharam-se diante de uma imagem de Nossa Senhora de Fátima com as centenas de pessoas presentes na sala em silêncio absoluto. Foi depois rezada uma longa oração de reparação à Santíssima Trindade pela profanação ocorrida na Basílica do Vaticano no dia 6 de Setembro. Depois rezou-se o Santo Rosário.
Kyrie eleison, Christe eleison, Kyrie eleison.
sábado, 4 de outubro de 2025
São Francisco de Assis
Hoje é dia do grande Francisco de Assis, que está bem longe do hippie pacifista que nos é apresentado hoje em dia. São Francisco encontrou em Jesus Cristo o único Amor que, nesta Terra, merece ser amado. Viveu a pobreza de forma radical e levou a penitência a sério.
Foi o primeiro santo a receber os estigmas. De nenhum outro vieram tantas ordens e comunidades como de São Francisco. Foi diácono permanente (celibatário, como todos eram) por julgar não ter dignidade para ser sacerdote. Sobre eles, escreveu:
«Devíamos também jejuar e abster-nos dos vícios e pecados e da quantidade exagerada de comida e bebida e ser Católicos. Devíamos também ir às Igrejas com mais frequência e reverenciar os sacerdotes não por eles mesmos, se forem pecadores, mas por causa do seu trabalho e administração do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, que eles oferecem no altar e recebem e administram a outros.
E saibamos todos também que ninguém pode ser salvo a não ser pelo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e pelas santas palavras do Senhor que os sacerdotes dizem e anunciam e distribuem e que só eles podem administrar e não outros.» (Epistola ad Fideles II)
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
Amar os inimigos - Santa Teresinha do Menino Jesus
«Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem» (Mt 5,43-44)
Claro que no Carmelo não se encontram inimigos mas, enfim, há simpatias; sentimo-nos mais atraídas por esta irmã, enquanto aquela nos levaria até a fazer um desvio para não deparar com ela. Assim, sem mesmo o saber, ela torna-se objecto de perseguição.
Pois bem, Jesus diz-me que é preciso amar essa irmã, rezar por ela, mesmo que a sua conduta me leve a crer que ela não gosta de mim: «Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam.»
E não basta amar, é preciso demonstrá-lo. Ficamos naturalmente felizes por dar um presente a um amigo, gostamos muito de fazer surpresas, mas a caridade não é isso, pois os pecadores também o fazem.
Eis que Jesus continua a ensinar-me: «Dá a todo aquele que te pede, e a quem se apoderar do que é teu, não lho reclames». Dar a todas as que pedem é menos doce que oferecer-se a si mesma num movimento amoroso. Se é difícil dar a quem nos pede, ainda o é mais deixar alguém apoderar-se do que é nosso sem o reclamar.
Oh minha Mãe, digo que é difícil, mas deveria antes dizer que parece ser difícil, pois o jugo do Senhor é leve e suave (Mt 11,30). Quando o aceitamos, sentimos logo a sua doçura e clamamos como o salmista: «Correrei pelo caminho dos Teus mandamentos, porque deste largas ao meu coração» (Sl 118,32).
Não há como a caridade para dilatar o meu coração, oh Jesus. Desde que essa doce chama o consome, corro com alegria no caminho do Vosso mandamento novo (Jo 13,34).
in Manuscrito autobiográfico C, 15v°-16r°
Sobre os Anjos da Guarda
A missão do Anjo da Guarda
O Anjo da Guarda tem uma missão insubstituível ao longo da existência! Embora sempre silencioso e oculto, inspira a prática das boas intenções e das boas obras; ilumina o espírito na busca da verdade; sugestiona a mente afastar-se da doutrina errada; insinua sugestões a problemas de difícil solução; conduz as pessoas a cultivarem santos ideais, com o objetivo maior de dilatar cada vez mais o reino de Deus; estimula a pratica da fidelidade, da justiça e do amor fraterno, zelando e orientando as pessoas pelo caminho da salvação eterna.
Devoção ao Anjo da Guarda
Havemos de venerar e invocar devotamente o santo anjo da guarda porque:
1. Ele é um eminente príncipe da corte celeste;
2. Ele foi-nos designado por Deus como nosso companheiro, protector e guia.
Lembra-te sempre da sua presença, e nunca faças à vista dele o que não ousarias fazer à vista da tua mãe. Em todos os perigos corporais e espirituais, invoca-o e segue as suas inspirações. Não te esqueças de que também o teu semelhante tem o seu anjo custódio. Saúda também a este anjo muitas vezes, e regula o teu procedimento com o próximo em conformidade com essa verdade.
Fr. António Wallenstein, O.F.M. in 'Catecismo da Perfeição Cristã'
Oração ao Anjo da Guarda
Meu Santo Anjo da Guarda
Tu que me foste dado por Deus
como companheiro de toda a minha vida,
salva-me para a eternidade e cumpre
a tua obrigação para comigo,
a qual te foi imposta pelo Deus do Amor.
Sacode-me na tibieza
e livra-me da minha fraqueza.
Preserva-me de qualquer caminho
e pensamento errado.
Abre-me os olhos para Deus e para a cruz.
Fecha-me, no entanto, os meus ouvidos
às inspirações do inimigo maligno.
Vela sobre mim
enquanto durmo, e fortifica-me durante
o dia para o cumprimento do dever
e para cada sacrifício.
Deixa-me ser, um dia, a tua alegria
e a tua recompensa no Céu
Assim seja!
quarta-feira, 1 de outubro de 2025
1 de Outubro, o dia em que morreu o Padre Cruz

O Padre Francisco Cruz morreu no dia 1 de Outubro de 1948, em Lisboa. Era considerado um santo. Não somente os crentes lhe beijavam as mãos e a orla da batina, mas também os inimigos da igreja se curvavam diante dele.
Numa das horas mais difíceis da história de Portugal, foi um símbolo de Fé inabalável. Depois da revolução de 1910, os bispos foram exilados, os padres presos e o desânimo apoderou-se das almas. Então o Padre Cruz percorria incansavelmente as cidades e aldeias prometendo um futuro melhor. Ele não se enganou: Em 1917 aparecia em Fátima a Virgem Maria pedindo oração e penitência. Foi o Padre Cruz que lhe preparou o caminho. Ele dirigia há muito essa mensagem ao povo e praticou-a na sua vida.
O Padre Cruz não era um orador eloquente, nem um organizador. Não construiu hospitais nem escolas; não fundou ordens nem sequer uma única irmandade. Atribuem-se-lhe casos extraordinários e inúmeras versões. Exercia o seu poder sobre os homens principalmente na escuridão do confessionário. Este modesto sacerdote dominou a tempestade e as nuvens da revolução que ameaçavam aniquilar a Fé em Portugal. Repeliu o espírito de descrença, tal como São João Maria Vianney, o cura d´Ars, ao qual tanto de assemelhava.
Vianney também não possuía o dom da palavra como os grandes oradores sacros franceses. Em Ars não se ouviam pregações brilhantes, nem máximas elaboradas. O Santo cura trazia a imagem de Cristo na sua alma. A paz do paraíso brilhava nos seus olhos. Uma palavra sua na homilia, uma pequena frase no confessionário, modificava uma vida inteira e iluminava a escuridão das consciências.
Não se podia pensar numa vida de prazer, depois de uma visita à modesta aldeia d´Ars. Vianney tinha lançado nas almas uma profunda inquietação. Preparou, como um segundo S. João Baptista, o caminho para a Virgem Maria que, poucos anos antes da sua morte, aparecia em La Salette e Lourdes.
Nossa Senhora repetiu as mesmas palavras que Vianney sempre proclamara aos que o escutavam, e que ele próprio viveu: oração e penitência. Na mesma semana em que o Santo cura d´Ars morreu, nasceu em 29 de Julho de 1859 Francisco Cruz, o precursor de Fátima. O "Padre Cruz", como todos lhe chamavam, tornou-se tal como Vianney, símbolo de contradição do seu tempo, do seu povo, da sua condição.
O velho Portugal, que outrora na força da fé derrubou o crescente das ameias dos seus castelos, o país, cujos barcos ostentavam a cruz de Cristo e que descobriu novos mundos, há muito que enverdara por caminhos completamente diferentes.
A Igreja Portuguesa estava muito na dependência do poder civil, e o governo estava em geral dominado pela maçonaria. A monarquia liberal mais atraiçoada do que apoiada pelas massas das grandes cidades, procurava conduzir a barca do poder através de todas as crises e tempestades, fazendo numerosas concessões. Nesses tempos de perturbação da ordem, e negação de todos os valores, teve lugar a acção do Padre Cruz. Não se assemelhava a Santo António, que como um meteoro apareceu no céu e iluminou toda a Europa com o fogo da sua palavra.
A vida do Padre Cruz é idêntica à chama ardente e orientadora da lâmpada do sacrário, que na tempestade anuncia a presença do Salvador. A veneranda figura deste sacerdote foi, para o seu povo, a âncora salvadora, quando a queda da monarquia ameaçava arrastar também a igreja para o redemoinho da destruição. Permaneceu firme, enquanto tudo à sua volta se desmoronava.
Durante mais de meio século pregou em centenas de igrejas, ouviu inúmeras confissões. Trouxe aos crentes coragem e confiança num futuro melhor e mais cristão.
A coroação da sua obra, a realização da sua mensagem foi Fátima. Aquilo que já há vinte anos ele vinha exigindo - oração e penitência - foi pedido a Portugal e ao mundo inteiro pela Virgem Maria, na Cova de Iria. O Padre Cruz foi o precursor de Fátima, e merece ser conhecido. A sua vida é a melhor explicação, a mais pura realização da lei renovadora de Fátima.
Autor: desconhecido
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