Seis meses depois da publicação do "Motu Proprio" sobre a liturgia romana anterior à reforma de 1970, "Summorum Pontificum", em que Bento XVI aprova a utilização universal do Missal promulgado pelo Beato João XXIII em 1962, a Santa Sé fala de reconciliação com os católicos que colocaram objecções às reformas litúrgicas do Concílio Vaticano II.
O Cardeal Darío Castrillón Hoyos, presidente da Comissão Pontifícia "Ecclesia Dei", revelou à agência Zenit que um grupo já pediu para regressar à “plena comunhão” com a Igreja Católica.
A “Ecclesia Dei” é uma Comissão que tem objectivo “facilitar a plena comunhão eclesial” dos fiéis ligados à Fraternidade fundada por Monsenhor Lefebvre, “conservando as suas tradições espirituais e litúrgicas”.
Criada por João Paulo II, em 1988, a Comissão quer ser um sinal de comunhão para todos os fiéis católicos que se sentem vinculados a algumas precedentes formas litúrgicas e disciplinares da tradição latina, procurando adoptar “as medidas necessárias para garantir o respeito das suas justas aspirações”.
O Cardeal Castrillón revela que em Roma há uma comunidade que “pediu para voltar e já estamos a começar uma mediação para o seu pleno retorno”. Outros pedidos chegam de todo o mundo.
O presidente da Comissão Pontifícia "Ecclesia Dei" esclareceu a actual situação dos membros da Fraternidade São Pio X, após as excomunhões do Vaticano dos membros do grupo, em1988.
“As excomunhões pela consagração episcopal, realizada sem autorização do Papa, afectam só os bispos que levaram a cabo a consagração, e os bispos que receberam a ordenação episcopal desta forma ilícita na Igreja, mas não afectam os sacerdotes ou os fiéis. Só alguns bispos foram excomungados”, explica.
Segundo o prelado, agora é necessário “refazer juntos o tecido eclesial, porque os nossos irmãos são todos pessoas de boa vontade, pessoas que desejam ser discípulos de Jesus”.
“Com um pouco de humildade, com um pouco de generosidade, podemos voltar à comunhão plena, e os fiéis desejam isso porque não querem participar nos ritos quando o sacerdote está suspenso, porque a Igreja não lhe permite presidir a Missa nem absolver os pecados”, prosseguiu.
O Bispo Bernard Fellay, superior geral da Fraternidade, foi recebido por Bento XVI no dia 29 de Agosto de 2005, num encontro marcado pelo “desejo de chegar à perfeita comunhão”.
Fellay e outros três Bispos foram excomungados a 2 de Julho de 1988, por terem sido ordenados “ilegitimamente” no seio da Fraternidade, por parte do Arcebispo Lefebvre. A carta apostólica “Ecclesia Dei”, de João Paulo II, constatou que esta ordenação de Bispos (a 30 de Junho de 1988) constituiu “um acto cismático”.
in Agência Ecclesia
3 comentários:
Este Domingo o padre leu na homilia uma carta do bispo (de Gdansk, onde eu estava) a toda a diocese em que alertava para a abertura de uma igreja lefebvriana ali na zona. Explicava o que era, porque não se deveria participar nos seus ritos e no fim dizia que a Igreja prevê certas "penas" para quem lá for (não dizia excomunhão, mas algo do estilo - bem, era em polaco!!! não dá para perceber tudo a 100%...). Por isso, eles andem aí!
Não dá para perceber polaco a 100%? Que estranho. Mas eles ainda andam a abrir igrejas? Não perceberam que chegou a recessão, ou melhor a comunhão?
eu compreendo-os. ainda há não muito tempo estive avec le fevre a 39º.
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