quinta-feira, 26 de março de 2009

Entrevista ao Papa Bento XVI na viagem para África

P. – Santidade, entre os muitos males que atormentam a África, existe também e sobretudo o da difusão da SIDA. A posição da Igreja católica sobre o modo de lutar contra ele é com frequência considerada irrealista e ineficaz. Vossa Santidade enfrentará este tema durante a viagem?

R.Diria o contrário: penso que a realidade mais eficiente, mais presente na frente da luta contra a SIDA é precisamente a Igreja católica, com os seus movimentos, com as suas diversas realidades. Penso na Comunidade de Santo Egídio que faz tanto, visível e também invisivelmente, pela luta contra a SIDA, nos Camilianos, em todas as outras realidades e em todas as Irmãs que estão à disposição dos doentes... Diria que não se pode superar este problema da Sida só com dinheiro, mesmo se necessário, mas se não há alma, se os africanos não ajudam (assumindo a responsabilidade pessoal), não se pode resolver o flagelo com a distribuição de preservativos: ao contrário, aumentam o problema.
A solução só pode ser dúplice:

a primeira, uma humanização da sexualidade, isto é, uma renovação espiritual e humana que tenha em si um novo modo de se comportar uns com os outros;
a segunda, uma verdadeira amizade também e sobretudo pelas pessoas que sofrem, a disponibilidade, até com sacrifícios, com renúncias pessoais, a estar com os sofredores.

E estes são os factores que ajudam e proporcionam progressos visíveis. Portanto, diria esta nossa dúplice força de renovar o homem interiormente, de dar força espiritual e humana para um comportamento justo em relação ao próprio corpo e ao do outro, e esta capacidade de sofrer com os que sofrem, de permanecer presente nas situações de prova. Parece-me que esta é a resposta justa, e a Igreja faz isto e oferece deste modo uma grandíssima e importante contribuição. Agradeço a quantos o fazem.


blogger

2 comentários:

João Silveira disse...

que é que está errado nisto?

Carvalho disse...

Edward Green diz que a campanha dos preservativos provoca uma maior taxa de infecção "encobre a realidade dos interesses multinacionais, agências internacionais e governos".
Edward Green, o maior especialista em AIDS da Universidade de Harvard, afirma que existe "uma relação entre uma maior disponibilidade de preservativos e uma maior taxa de contágios de AIDS".Desta forma o cientista descreve as palavras de Bento XVI no avião que o levou aos Camarões que "afirmou a postura da Igreja de que o problema da AIDS não pode ser resolvido simplesmente com a distribuição de preservativos: ao contrário existe o risco de aumentar o problema".
O especialista alerta sobre a causa deste fenómeno o especialista alerta sobre a causa deste fenómeno com o conhecido "comportamento promiscuo": "Quando se usa alguma tecnologia, para reduzir um risco, como o preservativo, muitas vezes se perde os benefícios assumindo um maior risco do que se não usasse essa tecnologia".
As palavras de Green e portanto as palavras do Santo Papa remetem a obviedade sobre o contágio e a enfermidade do HIV. Sem embaraço porta vozes de governos como da Alemanha, França e Espanha criticaram a posição da Igreja e as palavras do Papa Bento XIV.
O programa da ONU sobre HIV e AIDS (ONUSIDA) admitiu em Janeiro passado ter inflado as cifras de infectados de AIDS no mundo depois que os doutores Edward Green, Daniel Halperin e James Chin apontaram evidencias cientificas.
Os pesquisadores tem confirmado que esta estratégia teria beneficiado a industria da AIDS que constantemente solicita mais fundos.
James Chin foi chefe do programa da AIDS da Organização Mundial da Saúde (OMS) entre 1987 e 1997 e os doutores Edward Green e Daniel Halperin são antigos membros da Agência Americana para o desenvolvimento internacional e para a Aids (USAID).
http://eucreiojesus.blogspot.com/2009/03/edward-green-harvard-especialista-em.html