sábado, 3 de setembro de 2011

Depois de Madrid: Como Bento XVI renovou as JMJ

Pelo menos são 3 as novidades que caracterizam as Jornadas Mundiais da Juventude com este Papa:
os espaço de silêncio, os participantes muito jovens, a paixão de testemunhar a fé no mundo.

Para quem olha de fora, estas reuniões mundiais presididas por Bento XVI têm características diferenciadoras, que em Madrid apareceram com particular notoriedade.

A primeira é o silêncio. Um silêncio prolongado, intensíssimo, que irrompe nos momentos chave, no meio de um oceano de jovens que até esse momento estavam em grande festa.

A Via Sacra é um desses momentos. Outro, mais impressionante, é o da adoração da Hóstia santa durante a vigília nocturna. Outro ainda é o da comunhão na missa de encerramento.

Uma segunda característica diferenciadora desta última JMJ é a média de idades dos participantes muito baixa: 22 anos. Isto significa que muitos deles participaram pela primeira vez. O Papa deles é Bento XVI, não é João Paulo II, que aliás só conheceram quando eram muito novos.

Eles são de uma geração muito exposta a uma cultura secularizada. Mas são ao mesmo tempo o sinal de que as perguntas sobre Deus e o destino último estão vivas e presentes também nesta geração.

Uma terceira característica diferenciadora é a projecção "ad extra" destes jovens. A eles não lhes interessam as batalhas internas da Igreja à procura de se modernizar ao ritmo dos tempos.

Estão a anos-luz do caderno reivindicativo de certos irmãos mais velhos na fé: exigir padres casados, mulheres sacerdotes, comunhão aos divorciados recasados, escolha dos bispos pelo povo, democracia na Igreja, etc., etc. Para eles, isso é tudo irrelevante.

A eles basta-lhes ser católicos como o Papa Bento XVI propõe e faz ver e perceber. Sem evasivas, sem descontos. Se foi alto o preço que nos salvou, o sangue de Cristo, alta deve ser também a oferta de vida dos cristãos verdadeiros.

O que mobiliza estes jovens não é a reorganização interna da Igreja, mas a paixão de testemunhar a fé no mundo. O Papa previa usar estas palavras, mas foi impedido pelo temporal:

"Caros amigos, não tenhais medo do mundo, nem do futuro, nem da vossa fragilidade. O Senhor concedeu-vos viver este momento da história, para que graças à vossa fé o seu Nome continue a ressoar por toda a terra." in Zenit


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