quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Como (até) um repórter pode encontrar a fé

Li com atenção o relato de Tom Breen, jornalista que agora trabalha na Associated Press¸ sobre o surpreendente efeito que teve na sua vida a cobertura de notícias relacionadas com os abusos sexuais cometidos por alguns sacerdotes. Foi o trabalhar essas notícias que o levaria a aproximar-se da fé católica, em que fora baptizado mas que deixara de praticar.

O facto é que quando o redactor-chefe do diário em que então trabalhava o incumbiu de seguir essas notícias, respeitantes à zona de Boston, Breen tomou consciência de que "não sabia nada sobre o catolicismo". Confessa que para evitar cair no ridículo (ele e o jornal), resolveu agir com profissionalismo: informar-se, aprender, ler, perguntar... Dessa maneira veio a descobrir um âmbito profissional e pessoal até então desconhecido. "Aprendi tudo o que era possível sobre a fé, para ter a certeza de que as minhas histórias eram correctas, e esta aprendizagem convenceu-me de que era aí que estava a verdade".

É curioso o comentário que fez um dos seus chefes a propósito da cobertura da religião na imprensa: "compara a quantidade de recursos que a imprensa gasta na cobertura das eleições primárias [nos EUA] com o número de votantes nessas eleições. E agora compara os recursos que se gastam em cobrir religião com o número de pessoas que assiste semanalmente a um serviço religioso".


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