terça-feira, 17 de junho de 2014

Quem está em pecado mortal não pode comungar

O Vigário-Geral de Chur (Suiça), Pe. Martin Grichting,  recorda que São Pio X "deu algumas condições para a comunhão frequente. Os fiéis não têm que recebê-la por costume, vaidade ou respeitos humanos; e, acima de tudo, devem estar livres de qualquer pecado mortal, segundo as palavras de São Paulo: “Que cada um reconheça o Corpo do Senhor e não coma ou beba a sua própria condenação ao recebê-Lo indignamente.” (1Cor 11, 27-29)

O sacerdote sublinha que "as condições para receber a comunhão sacramental, que na época de Pio X eram consideradas óbvias, não voltaram praticamente a ser relembradas pela Igreja nas últimas décadas."

Perante isto, propõe o seguinte:

É necessário que exista também uma referência aos que "recasaram", pelo civil, mas também uma mudança de mentalidade. Se as condições mencionadas pelo Papa Pio X para se aproximar da comunhão sacramental ser aplicadas na prática pastoral, a questão da comunhão sacramental dos "recasados" surgiria num contexto mais amplo e favorável para eles. Estes fiéis já não seriam as únicas “ovelhas negras” discriminadas porque, como se sabe, não existe apenas o sexto mandamento, existem dez.

Quanto ao argumento do Cardeal Kasper, Pe. Grichting é contundente:

O procedimento do Cardeal Kasper ignora princípios teológicos da doutrina da Igreja sobre o sacramento da Penitência, Eucaristia e Matrimónio. Obviamente não se podem sacrificar esses princípios para "salvar" a Igreja. Se o debate permanece tão estreito, corre o risco de ficar bloqueado.

E propõe ainda:

Resta, portanto, como única solução a de desenvolver e implementar uma pastoral específica para os fiéis "recasados" que respeite a doutrina da Igreja. A Igreja deve ocupar-se, antes demais, de enfrentar o empobrecimento litúrgico que aconteceu nas últimas décadas. Consequentemente deve voltar a estudar e pôr em discussão a nível da Igreja universal a questão da aproximação digna e frutuosa aos sacramentos.

in infocatolica.com


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