quarta-feira, 15 de julho de 2015

Não se pode obrigar ninguém a mudar a visão sobre o matrimónio

O Arcebispo Anthony Fisher de Sydney criticou os esforços para "obrigar" as pessoas a aceitar a desconstrução do casamento, dizendo que "homogeneizar a 'igualdade'" era marginalizar as questões sobre "o que é o casamento e para que serve".
O Arcebispo Fisher fez estes comentários na sua homilia na anual Missa de Casamentos e de renovamento de votos no dia 12 de Julho, na Catedral de St. Mary, Sydney.
"Há vozes na nossas cultura que já não acham que o casamento é preciso para a vida ou que seja aberto aos filhos, ou que seja exclusivo ou entre um homem e uma mulher," disse o Arcebispo Fisher à assembleia, que incluia 30 casais a celebrar os aniversários de 50 e 65 anos.
Os casais Cristãos estão a encontrar-se "numa posição desconfortável," disse o arcebispo, "porque algumas forças políticas, culturais e comercialmente poderosas estão determinadas a silenciar qualquer alternativa à posição politicamente correcta sobre isto; a obrigar-nos a todos a aceitar a desconstrução e redefinição de uma instituição fundamental; e a relegar questões sobre o que é o casamento e para que serve para um patamar secundário para homogeneizar a 'igualdade'."
"Chamam ignorantes e preconceituosos aos que defendem o casamento tal como é conhecido tradicionalmente."
O Arcebispo Fisher disse que no contexto de uma cultura que esqueceu o seu fim e significado, o verdadeiro matrimónio é "uma forma de pregação e terapia."
"Apresenta um testemunho sem palavras da compreensão Cristã da pessoa humana e da sociedade, da nossa missão de amar dada por Deus não apenas como um serviço centrado em si mesmo, romântico, de um amor em forma de coração do dia dos namorados, mas com um amor que se dá, redentor, com a forma da Cruz do dia de Páscoa."
A pressão para o casamento do mesmo sexo na Austrália tem aumentado muito nos últimos meses, na sequência do referendo da Irlanda. Muitos membros do paralmento anunciaram que estavam agora a favor da "igualdade de casamento."
Também aumentou no sector dos negócios, com muitas das grandes empresas, incluindo bancos e companhias aéreas, a emprestas as suas marcas a anúncios a promover a igualdade de casamentos, no dia 29 de Maio.
A Conferência de Bispos Católicos da Austrália lançou uma carta pastoral pró-matrimónio, "Don't Mess With Marriage" [Não se metam com o matrimónio], a 28 de Maio, que foi distriuída pelas paróquias e escolas, incluindo cada aluno nas escolas Católicas de Sydney, Melbourne e outras dioceses australianas.
Rodney Croome, director da campanha pela igualdade do matrimónio na Austrália, denunciou a carta como "perigosa" e acusou os bispos de tornar as crianças em "portadores do preconceito", ao dar-lhes a carta.
O Arcebispo Fisher disse na sua homilia que reconhecer a relação única entre marido e mulher "não era criticar ninguém," incluindo as pessoas com atracção entre o mesmo sexo e as pessoas separadas e divorciadas que "deram tudo ao casamento."
"O matrimónio, tal como visto tradicionalmente ...(quando) os nossos aniversariantes entraram nele, significava uma união corporal, psicológica e espiritual entre um homem e uma mulher, por isso se tornam "uma só carne" e formam um família."
"É por isso que estes casais não prometeram tornar-se esposos ou parceiros, mas tornar-se homem e mulher," disse ele.
"Estas dimensões do verdadeiro matrimónio tornam-no um sinal profético nos dias de hoje, um sinal de contradição, porque alguns querem reduzir o casamento a não mais do que um acordo público e uma ligação físco-emocional entre quaisquer duas pessoas."
Arcebispo Fisher a cumprimentar os casais à porta da Catedral de St. Mary
in Catholic News Servive


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