Hoje existem visões segundo as quais toda a história da Igreja no segundo milénio teria sido um declínio permanente; alguns vêem o declínio subitamente após o Novo Testamento. Na verdade, “Opera Christi non deficiunt, sed proficiunt” (As obras de Cristo não retrocedem, não são enfraquecidas, mas progridem). O que seria a Igreja sem a nova espiritualidade dos Cistercienses, dos Franciscanos e Dominicanos, da espiritualidade de Santa Teresa de Ávila e de São João da Cruz, e assim por diante? Também hoje vale afirmar: Opera Christi non deficiunt, sed proficiunt, ide avante.
São Boaventura ensina-nos, pelo exemplo, o discernimento necessário, por vezes severo, do realismo sóbrio e da abertura a novos carismas doados por Cristo, no Espírito Santo, à sua Igreja. E, enquanto se repete essa ideia de declínio, há também uma outra, o utopismo espiritualístico que se repete.
Nós sabemos como, depois do Concílio Vaticano II, alguns estavam convencidos de que tudo era novo, que havia uma outra Igreja, que a Igreja pré-conciliar é finita e teríamos outra, totalmente diferente. Um utopismo anárquico e, graças a Deus, os sábios timoneiros da barca de Pedro – Papa Paulo VI, Papa João Paulo II – defenderam, por um lado, a novidade do Concílio e, ao mesmo tempo, a unicidade e continuidade da Igreja, que é sempre Igreja de pecadores e sempre um lugar de graça.
Papa Bento XVI in Audiência Geral, 10 de Março de 2010
Nós sabemos como, depois do Concílio Vaticano II, alguns estavam convencidos de que tudo era novo, que havia uma outra Igreja, que a Igreja pré-conciliar é finita e teríamos outra, totalmente diferente. Um utopismo anárquico e, graças a Deus, os sábios timoneiros da barca de Pedro – Papa Paulo VI, Papa João Paulo II – defenderam, por um lado, a novidade do Concílio e, ao mesmo tempo, a unicidade e continuidade da Igreja, que é sempre Igreja de pecadores e sempre um lugar de graça.
Papa Bento XVI in Audiência Geral, 10 de Março de 2010
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