A Lei tenho d'Aquele a cujo império
Obedece o visibil e invisibil,
Aquele que criou todo o Hemisfério,
Tudo o que se sente e todo o insensibil;
Que padeceu desonra e vitupério,
Sofrendo morte injusta e insofribil,
E que do Céu à Terra, enfim, deceu,
Por subir os mortais da Terra ao Céu.
Deste Deus-Homem, alto e infinito,
Os Livros que tu pedes não trazia,
Que bem posso escusar trazer escrito
Em papel o que na alma andar devia.
Luís de Vaz Camões in 'Os Lusíadas' (Canto I, 65-66)
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