quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Uma testemunha conta como foi a renúncia do Papa Bento XVI

Há oito anos, Bento XVI tornou-se o primeiro Papa a renunciar nos últimos 600 anos. Aqui está o relato comovente do Arcebispo Leo Cushley sobre o que se passou nesse dia.

11 de Fevereiro é feriado no Vaticano. É o dia em que a Santa Sé celebra o acordo de 1929 da tão conhecida "Questão Romana", a resolução dos 59 anos de disputa entre o Reino de Itália e a Santa Sé, depois da queda de Roma em 1870 para as tropas do Reinado e o fim efectivo dos antigos Estados Papais na Itália central. Por acaso, foi também o dia em que Bento XVI decidiu resignar há um ano atrás. 

A data tinha sido marcada para um pequeno consistório, consistindo numa oração da hora intermédia e o anúncio do Cardeal Angelo Amato de alguns beatos que seriam promovidos a santos. Também já haviam uns suaves e pequenos rumores na Cúria Romana sobre o Santo Padre anunciar uma ou duas mudanças importantes na altura, talvez em relação ao topo da administração, mas este tipo de rumores circulam como gaivotas à volta do Belvedere do Vaticano: andam frequentemente por aí, fazem algum ruído e depois desaparecem outra vez. Por outras palavras, tal como na maior parte dos sítios, nada acontece até acontecer.

Não havia nenhuma indicação de que este dia iria ser diferente. Também era feriado e, apesar de o resto da Cúria estar a desfrutar de um descanso, as poucas pessoas à volta da pessoa do Santo Padre, incluindo eu próprio, estavam de serviço na Sala del Concistoro do Palácio Apostólico para o receber quando ele fosse rezar com os cardeais presentes em Roma e para estar na curta cerimónia.

Como Prelado da Antecâmara, uma espécie de auxiliar de campo, que ajuda os principais convidados do Santo Padre e que assegura que tudo corre de acordo com o previsto quando as pessoas importantes aparecem, cruzei-me com o Santo Padre antes de a cerimónia começar. Como sempre, ele desceu dos seus apartamentos por um elevador privado com o Arcebispo Georg Gänswein e o Msgr. Alfred Xuereb, os seus dois secretários. Parecia bem, mas cansado, e cumprimentou-nos de forma normal.

Como este era um dia de alguma solenidade, o Mestre de Cerimónias estava presente. O Arcebispo Guido Pozzo, na altura Esmoleiro, também lá estava. Quando o Santo Padre ficou pronto para a Liturgia das Horas, todos o seguimos para a Sala del Concistoro para rezar com os cardeais que lá estavam à espera.

Rezámos a hora intermédia da memória de Nossa Senhora de Lourdes (11 de Fevereiro) e depois o Cardeal Angelo Amato fez o seu anúncio relativamente aos que iam ser promovidos aos altares. Até aqui tudo bem.

O Santo Padre tomou então a sua vez de discursar. Era a primeira vez que eu me sentava num consistório, por isso não fazia ideia se isto era normal ou não. Ele falou em Latim, ia ser por isso necessário um esforço maior que o normal para todos nós - sendo o italiano a língua normal da Cúria - portanto era evidente uma certa tensão enquanto tentávamos perceber por onde é que ele estava a ir.

Dentro de segundos tornou-se claro o que se estava a passar. Este não era nenhum discurso normal. Não falou sobre o consistório e os quase-santos, de algumas mudanças na administração ou do aniversário dos tratados lateranenses ou do fim da disputa histórica com Itália. Em vez disso, ele fez história.

O meu estômago virou-se do avesso quando percebi que aqui diante de nós estava uma coisa que não se via há séculos: a resignação voluntária do Romano Pontífice.

Parecia que, em câmara lenta mesmo diante de mim, um cameraman assistente da televisão levou a sua mão à boca num gesto de espanto tipo desenho-animado, o monsenhor sentado ao meu lado começou a soluçar devagar, os ombros do Arcebispo Gänswein pareceram cair. Os cardeais inclinaram-se para a frente para ter a certeza de que tinham percebido exactamente o que estava a ser dito e eu apercebi-me que me estava a certificar se que a minha boca não estava totalmente aberta. Depois fez-se silêncio.

Após uma pausa, o decano do Colégio de Cardeais, o Cardeal Angelo Sodano, levantou-se e começou a falar. Não me lembro precisamente do que ele disse, mas foi breve, calmo e adequado. Estava claro que ele tinha sido informado antes e tinha preparado algumas palavras.

Pelo contrário, as caras dos cardeais mostravam que não tinham tido nenhum aviso do que se ia passar naquela manhã.

Depois do Cardeal Sodano saudar o Papa, nós seguimos o Santo Padre de volta ao hall. O coro tentou cantar uma espécie de canção de saída, mas tudo parecia fora de sítio agora. Eu olhei em volta para ver os cardeais a juntar-se num pequeno círculo, no sítio onde os tínhamos deixado. Olhavam uns para os outros num silêncio estupefacto.

O Papa tinha anunciado que ia largar o cargo daqui a cerca de três semanas, mas já parecia que era o fim. Nós seguimo-lo até ao elevador que sobe até ao apartamento privado. Normalmente, isto passa-se numa dignidade serena. As nossas comuns palavras de despedida - "Até amanhã, Santo Padre", "Tenha um bom almoço, Santo Padre" ou "Boa festa!" - simplesmente não se materializaram, não me lembro de ser capaz de lhe dizer o que quer que seja. Apertámos a sua mão em silêncio ou dissemos algo inaudível. Enquanto lhe apertava a mão achei que ele parecia muito velho e muito pálido. E depois tinha-se ido embora. Virei-me para o leigo que liderava o grupo, apertei-lhe a mão e disse: "Ora, cosa facciamo?" ("O que é que fazemos agora?"). Ele não me deu resposta.

Desde aquele dia até 28 de Fevereiro, o último dia do pontificado, o calendário do Papa Bento simplesmente ganhou mais e mais velocidade. Parecia que todas as pessoas queriam vir e dizer-lhe adeus. Reuniões extra foram marcadas, mesmo nas noites, para que ele pudesse ver toda a gente que queria vir. Mas até isso parecia quase como que uma morte anunciada.

No penúltimo dia do pontificado, houve a última audiência geral do Papa na Praça de S. Pedro. Eis outra coisa que eu nunca tinha visto antes e uma das mais comoventes que alguma vez testemunhei. Em vez da multidão normal de peregrinos, turistas curiosos e visitantes, aqui estava toda a Roma Católica na praça, tinham vindo para se despedir do Papa. No meu trabalho desse dia, estava sentado por trás do Santo Padre e tinha a mesma vista que ele sobre a Praça. Era um dia frio, luminoso e bonito. A audiência começou normal o suficiente dadas as circunstâncias. O Santo Padre fez-nos o seu discurso de despedida e todos ouvimos.

De repente, apercebi-me que, em vez dos movimentos normais da multidão - com canções a distrair, bandeiras a mexer e uma onda de festa - vi cada uma das caras até à outra ponta da Praça de S. Pedro virar-se atentamente para o Papa Bento. Aqui estava um enorme grupo de pessoas - pelo menos 100 mil - a ouvir cada uma das coisas que o Papa dizia com a maior das atenções.

Ouviam com cuidado, aplaudiam cada conjunto de frases e tentavam (com sucesso, penso) comunicar algo que um Papa nunca viu na sua vida: uma mensagem de enorme gratidão e de despedida afectuosa. Isto é uma coisa que os pontífices só recebem quando é tarde demais, quando já se foram embora, quando estão a ser elogiados.

Dado o fantástico e abnegado serviço que este cavalheiro da Baviera deu à Igreja, sempre me pareceu que ele mereceu ver e sentir um pouco a enorme gratidão de imensas pessoas pelo mundo fora por ter tomado a grande cruz de liderança da Igreja, por ter perseverado sob o calor e o suor de cada dia e por ter escolhido sabiamente o momento certo para pousar esse terrível fardo.

No dia 28 de Fevereiro juntei-me a muitos colegas da Secretaria de Estado no Pátio de S. Dâmaso a cerca das 16h30. O Santo Padre veio ao pátio, acenou-nos em despedida e deu-nos a sua benção. Nós aplaudimo-lo de uma forma moderada mas solidária, enquanto ele era levado do pátio e foi com uma grande mistura de sentimentos que voltei a subir as escadas para o meu escritório para ver na televisão o resto da sua viagem para o exílio. Apesar de ser um momento triste, Roma raramente estava tão bonita no crespúsculo cinzento e azul do inverno enquanto o helicóptero que levava o Santo Padre para Castel Gandolfo era filmado por outro helicóptero.

O homem que depois apareceu brevemente na varanda em Castel Gandolfo parecia tão abatido que nenhum dos meus colegas esperava vê-lo durar muitas mais semanas.


Felizmente, no entanto, eu pude ver Bento XVI bem outra vez, mais uma vez, antes de deixar Roma. Cerca de seis meses depois da sua resignação, em Agosto desse ano, ele pediu para me ver no seu pequeno mosteiro no Vaticano, que é a sua nova residência.

Usava uma batina branca folgada sem a faixa e caminhava com a sua bengala normal, mas estava bem e relaxado e parecia feliz, rodeado dos seus velhos amigos: a sua considerável biblioteca de livros. Também tinha a sua cor e sorriso de volta.

Falámos sobre Edimburgo e sobre alguns dos tempos em que tínhamos trabalhado juntos, especialmente a sua visita de estado à Bretanha e os seus vários momentos, incluindo o seu encontro com a Rainha, que tinha dado um início tão bem sucedido à visita. Foi bom saber que houve uma conclusão feliz para o Calvário que eu tinha visto o Papa Bento subir no dia em que anunciou a sua decisão para deixar o papado.

Às vezes pergunto-me a mim mesmo, daqui a 100 anos, quantas pessoas vão estar a ler o corpus literário deixado por Joseph Ratzinger? Mas penso que já não há pequena dúvida de que este modo corajoso e sábio de partir vai dar a Bento XVI um lugar especial na história dos Papas.

Mons. Leo Cushley (Arcebispo de St. Andrews e Edimburgo) in 'The Catholic Herald'


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10 comentários:

Rafael Pauli disse...

Perdoe-me, porém o texto apenas floreia de forma melodramática um dos piores atos já ocorridos na história da Igreja. Na minha ignorância já fui admirador de Ratzinger, porém descobri o quão voraz foi o progressismo dele e sua responsabilidade no CVII.
Seus escritos possuem teologias bem questionáveis, e ele nunca se arrependeu publicamente disso. Sua renúncia feita de maneira desastrosa só aprofundou a crise da Igreja (ele co-responsável por ela).

E endossou muitas vezes o pontificado desastroso de Francisco. Em suma, desde seus 30 anos vorazmente destruindo a Igreja Católica com seu progressismo, e agora com esse final de texto exaltando sua trajetória?

Para concordar com esse texto só sendo simpatizante desse modernismo que há décadas destrói a Santa Igreja Católica.

Maria José Martins disse...

Devo confessar, que a Renúncia de Bento XVI foi para mim uma desilusão, apesar de ter assistido, INCRÉDULA, ao documentário sobre o Vatileaks, e ter ficado com uma enorme pena dele, pela impotência sobre TODO O NOJO, existente no Vaticano!
Várias vezes, tinha defendido a FIDELIDADE de S. João Paulo II, que mesmo pressionado por todos respondia: "Mas, Jesus também não desceu da Cruz!"
Sendo assim, Bento XVI desiludiu-me! E penso que, sabendo nós, o perigo que corria, seria de certeza, uma prova de FORÇA para todos os Católicos e, talvez, DEUS NOS ABENÇOASSE, em vez de nos deixar ir, em direção ao que temos constatado!
Contudo, mesmo conhecendo, agora, algumas das suas falhas, AINDA GOSTO MUITO DELE, porque já se PENITENCIOU várias vezes e era muito jovem, na altura do VCII. E o mal, segundo a minha o opinião, foi a AMBIGUIDADE daqueles que o ARQUITETARAM...

Anónimo disse...

Quem fez esse comentário devia explicar porque razão a Igreja Católica está a desaparecer do Brasil Às tantas,já anda a cantar a teologia da prosperidade.

Rafael Pauli disse...

Cara Sra. Maria José Martins,

Bento XVI defendeu a "Hermenêutica da Continuidade" que seria olhar o CVII e seus documentos como parte legítima da tradição. Para ele não existia problema algum. Mas essa teoria já foi e muito refutada.

Embora fosse jovem, como a Sra colocou, hoje ele é tido como um dos maiores teólogos vivos. Então creio que ele teve tempo suficiente já em fase madura de vida a analisar os frutos do CVII se arrepender publicamente de sua participação e do que foi produzido.

Isso nunca ocorreu e ao seu biógrafo oficial (Peter Seewald) ao questioná-lo diretamente se ele se arrependia respondeu:

“Eu sempre tive a consciência de que o que de fato dissemos e implementamos estava certo e que também precisava acontecer."

Já fui muito iludido com Ratzinger, mas conhecendo em detalhes sua participação através da Biografia Oficial, perdi completamente qualquer admiração. Vejo-o como participante ativo ao longo de décadas da destruição da Tradição e da Igreja Católica.

Mais detalhes em: https://rorate-caeli.blogspot.com/2020/12/rorate-exclusivenew-biography-describes.html

Reitero que a biografia acima é oficial. Então é de total confiança.

Meu objetivo aqui não é uma crítica vazia por si só. Mas para alertar que é muito fácil cair nas ambiguidades do CVII, seus discursos vazios dos seus peritos (Ratzinger um deles) e flertar com o Progressismmo.

Isso é totalmente contrário ao que os Santos Papas condenaram por séculos. É modernismo às claras, sendo aquilo que São Pio X definiu como a síntese de todas as heresias.

Anónimo disse...

A teologia da prosperidade é da igreja protestante, não da Igreja Católica. A praga que tem minado a Igreja Católica no Brasil é a Comunista Teologia da libertação; uma verdadeira desgraça, e eu conheço bem.
De qualquer forma, conhecemos bem as consequências terríveis da infiltração maçônica na Igreja. O que conta agora é o que nós leigos fazemos, se continuamos fielmente na Igreja cuja Cabeça é Cristo e os membros somos nós, ou se vamos usar outros como desculpa pra relaxarmos na fé e na piedade. Rezemos, sejamos nós os santos que não vemos nos outros.

Maria José Martins disse...

Sempre me dediquei mais à vivência e ao estudo da Palavra, do que à Organização da igreja; daí, ser uma ignorante, nessa matéria. E somente despertei para tal, quando começaram todas estas últimas polémicas, que põem em causa a imutabilidade da MESMA.
Logo, Bento XVI, para mim, e qualquer outro Papa são "enviados de Deus", até nos IMPOREM versões ambíguas, da SUA LEI.
Assim, senti necessidade de me informar melhor, e muita desilusão aconteceu, concordo. Mas não, com as pessoas, mas com o que "defendem."
E, realmente, descobri, que Bento XVI foi um dos REDATORES do CVII e na sua mensagem Urbi et Orbi do Natal de 2005, ele apela "ao HOMEM MODERNO, uma Nova Ordem Mundial", tal como o Papa Francisco-- podem ler no terceiro parágrafo--salientando, também, a Justiça Social, baseada em soluções mundanas e ecológicas!
Que dizer?
Quero acreditar, que "possa ser um bem intencionado". Pelo menos, se o forçaram a RETIRAR-SE, é porque NÃO SERVIA, e isso já é bom, pelo menos, um mal menor.
Agora, que com o seu intelectualismo exacerbado, talvez tenha prejudicado a Igreja, em certos pontos e que, depois, não pode barrar...talvez!
E que Deus nos ajude, porque se assim foi, também já se penitenciou de alguns, e o seu calvário também já chegou!
REZEMOS POR ELE!

Maria José Martins disse...

E, no livro, " Os Princípios da Teologia Católica", Bento XVI afirma que a Religião Católica se deve reconciliar com o mundo, a partir de 1789--Revolução Francesa, mãe da Maçonaria--
Agora, entendo, o porquê de tanta relutância com a Mensagem de Fátima e com as Aparições de Nossa Senhora-- mesmo com as Profecias cumpridas-- pois, se já, por essa ordem de ideias, nem La Salette foi aceite, mesmo que TUDO se tenha concretizado!

Maria José Martins disse...

E depois de ter refletido melhor, receio ter escrito alguma coisa que possa ser mal interpretada, uma vez que são "teses", que, para mim, são muito complicadas, para não dizer, ambíguas. Habituei-me à simplicidade de Jesus Cristo, e sou FÃ do Seu sim, sim; não, não!
Daí, tudo me parecer complicado, quando vai para além disso. Logo, sou de opinião que mesmo os Teólogos deveriam deixar de perder tempo, com tantas dissertações que só nos BARALHAM; e deviam empenhar-se em saber MAIS, SOBRE TUDO O QUE DIRETAMENTE SE RELACIONA COM JESUS, como Ele pede, em "O Evangelho como me foi revelado". E, segundo Ele, lancem fora todas essas escritas poeirentas, cheias de heresias e sensualidade... --Maria Valtorta--
Por tudo isto, agradeço que os meus comentários possam ser anulados, porque, como disse, talvez eu não possua capacidade de CAPTAR a verdadeira mensagem desses escritos, e acabe por ser injusta.

Rafael Pauli disse...

Cara sra. Maria José Martins,

Peço desculpas se meus comentários trouxeram escândalo. Porém São Francisco de Sales disse que "é uma caridade descobrir o lobo que se esconde entre as ovelhas, em qualquer parte onde o encontremos".

Os católicos conservadores são aqueles que conservam todos os "dogmas" destruidores da fé Católica oriundos do Concílio Vaticano II. Infelizmente Ratiznger é um deles, e mais infelizmente ainda, nunca se arrependeu.

Rezemos pela Santa Igreja Católica.

Maria José Martins disse...

Caro Rafael Pauli
Infelizmente, e como já afirmei, tudo isto, para mim, é novidade, porque fui habituada a confiar totalmente na Igreja, ao ponto de REFUTAR, perentoriamente, qualquer informação, que A pudesse atingir. Daí, ter sido apanhada de surpresa, perante todos os escândalos, mais do que documentados, acrescentando-se-lhe, também, a CONFUSÃO na Doutrina, considerada IMUTÁVEL, por Jesus Cristo, e que à Qual a Igreja SEMPRE foi fiel!
E como, a minha IGNORÂNCIA era muita, fui obrigada a tentar entender o verdadeiro motivo, acabando por aceitar--mesmo a custo--que na base, está, realmente, a arbitrariedade do CVII.
Por isso, hoje, já nada me escandaliza, mas o que não quer dizer, que a DESILUSÃO não seja muito grande. E, quem viveu, embora muito criança, a ANTIGA FORMA da Igreja, começa a entender, como TUDO era muito mais Sagrado e Profundo, antes!
Porém, também acredito, que, mesmo sofrendo, Deus NUNCA A abandonou e, daí, as constantes Mensagens de N.S. a avisar-nos...E aí, é que me CUSTA ACEITAR; porque a dureza dos seus corações já é tanta, que não só A contestam, como ridicularizam, quem aceita as Suas Mensagens!
Por isso, acredito que tenha razão, quando afirma que essa Fação da Igreja não esteja arrependida, mas Bento XVI já disse em Fátima, que se desenganem aqueles que pensam que a 3ª parte do Segredo se cumpriu totalmente...e, relativamente a M. Lefebvre, também lhe levantou a excomunhão, embora, com condições...
E, no meio de toda esta CONFUSÃO e DESAMPARO--por parte da Igreja, hierarquia-- em horas tão dramáticas para a HUMANIDADE, eu acredito nas Profecias de Jesus, que nos alertam para o que vemos acontecer: "... tudo acontecerá, quando a Apostasia entrar na Sua Igreja! Mas, mesmo assim, as portas do inferno não hão de prevalecer contra Ela".
Rezemos então, pela CONVERSÃO dos que AINDA teimam em permanecer "cegos" e, sobretudo, para que Deus abrevie os tempos de Luta contra o MALIGNO e seus SQUAZES!! E que nos dê CORAGEM e FORÇA, para não O trairmos.
E acredite, que, infelizmente, já nada me escandaliza!