sábado, 8 de junho de 2019

3 coisas que o Vaticano II não ensinou

Na minha experiência, quando alguém acaba uma frase com: "que é, afinal de contas, o espírito do Vaticano II" ou "o espírito do Papa João XXIII", quase nunca sabe o que está a dizer. De facto, o "espírito" de que normalmente falam está em conflicto directo tanto com o Vaticano II como com João XXIII.

A Sacrosanctum Concilium é o documento do Vaticano II que lida especificamente com a a liturgia. Neste texto dou o exemplo (de uma forma ridiculamente breve) de três coisas que a constituição não disse.

1. ACABAR COM O LATIM NA LITURGIA

No parágrafo 54, a constituição diz: "Em Missas que são celebradas com o povo, pode-se dar um lugar próprio à língua vernácula. Isto é para aplicar em primeiro lugar às leituras e à Oração Comum. Mas também se pode aplicar às respostas das pessoas, se as condições locais o permitirem.

No entanto, a constituição continua, "Ainda assim, devem ser dados passos para que os fiéis também sejam capazes de rezar ou cantar juntos em Latim as partes do Ordinário da Missa que lhes correspondem" (isto é, as partes que não mudam e que rezamos todos os Domingos, como o Credo, o Glória ou o Pai Nosso).

2. DAR À MÚSICA CONTEMPORÂNEA UM LUGAR DE DESTAQUE

No parágrafo 116, o documento diz: "A Igreja reconhece o Canto Gregoriano como o canto próprio da Liturgia Romana; por isso, este terá, em igualdade de circunstâncias, o primeiro lugar nas acções litúrgicas.”

3. QUE O SACERDOTE SE VIRE PARA O POVO NA LITURGIA

Em nenhum sítio do documento se diz que a Missa devia ser celebrada virada para as pessoas. Vejam vocês mesmos. O fundador e presidente da Ignatius Press, o Pe. Joseph Fessio, diz "A Missa virada para o povo não é um requisito do Vaticano II; não está no espírito do Vaticano II; definitivamente não está nos textos do Vaticano II. É algo que foi introduzido em 1969.”

in mattfradd.com


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